Coronavírus. Número de mortes ultrapassa 2000

por RTP
Reuters

O número de mortes do Covid-19 acabou de ultrapassar as 2000. A maioria das vítimas mortais é da China mas uma segunda morte já foi reportada em Hong Kong. Existem mais de 75 mil casos de infeção confirmados em todo o mundo, sendo que mais de um milhar se encontra fora do território continental chinês.

O coronavírus continua a causar vítimas mortais. Já foram reportadas 2012 mortes, a maioria na China continental. No entanto, foi confirmada uma segunda morte em Hong Kong, de um homem de 70 anos, que tinha sido diagnosticado com o vírus a 14 de fevereiro.

Com mais de 75 mil casos confirmados de infeção, Japão, Singapura e Coreia do Sul registaram subidas no número de casos.

No Japão, os passageiros que testaram negativo para o vírus já começaram a sair do cruzeiro Diamond Princess, depois de 14 dias de quarentena. A embarcação registou mais de 600 casos de infeção e vários países estão a evacuar os seus cidadãos devido ao número crescente de casos confirmados. Todos eles serão colocados em quarentena.

Todos aqueles que testaram negativo poderão sair e regressar às vidas normais mas continuarão a ser contactados de forma frequente para haver atualizações sobre o estado de saúde. Aqueles que testaram negativo mas partilharam quartos com pessoas infetadas terão de permanecer em quarentena.

No entanto, o processo de desembarque está a ser questionado. A embaixada norte-americana em Tóquio emitiu um comunicado em que critica a saída dos passageiros em Yokohama por haver um grande risco de contágio e avisou que ninguém terá permissão para regressar aos Estados Unidos nos próximos 14 dias.

No Cambodja, as autoridades revelaram que mais de 700 passageiros do Westerdam testaram negativo para o coronavírus e poderão desembarcar
, depois de uma semana na embarcação, que saiu de Hong Kong.

Na Austrália, o primeiro-ministro Scott Morrison anunciou que o último grupo de pessoas que estava em quarentena na ilha de Natal vai sair do local e regressar a casa, já que foi considerado não terem o vírus. O primeiro-ministro também comunicou que os cidadãos australianos que estavam no Diamond Princess vão regressar e ser colocados em quarentena.

Na Mongólia, a Comissão de Emergência de Estado anunciou que as escolas do país vão continuar fechadas até ao fim de março. A Mongólia ainda não tem nenhum caso confirmado, apesar de um grupo de 32 pessoas ter sido repatriado de Wuhan.

A China continental regista mais de 74 mil casos de infeção, com Singapura, Japão, Hong Kong. Na Coreia do Sul, houve um crescimento do número casos, com mais de 20 a serem reportados nas últimas horas. São agora 51 casos no total, a maioria localizados em Daegu.
Xi Jinping fala em “progresso visível”
O presidente chinês disse, numa chamada com o primeiro-ministro britânico, que a China está apresentar medidas preventivas com “progresso visível”. Explicando que a batalha contra o vírus está a chegar a ponto crucial, Xi Jinping garantiu que o país está a adotar medidas rigorosas para controlar o Covid-19.

De acordo com a agência de notícias Xinhua, Xi Jinping também conversou com Emmanuel Macron, homólogo francês, para agradecer a ajuda francesa no combate ao coronavírus.

O presidente chinês afirmou que a ajuda vinda de Paris mostra a “profunda amizade” e o nível alto de parceria estratégica entre os dois países e Emmanuel Macron mostrou-se disponível para dar mais assistência à China.
Jornalistas expulsos da China
Foi anunciado esta quarta-feira que três jornalistas do Wall Street Journal vão ser expulsos da China devido à publicação de um artigo de opinião intitulado “A China é o verdadeiro homem doente da Ásia”.

De acordo com Geng Shuang, porta-voz governamental, a expulsão deve-se à utilização de linguagem “racialmente discriminatória” que indignou o povo chinês e comunidade internacional.

“Infelizmente, o que Wall Street Journal tem feito até agora é amenizar e esquivar-se das suas responsabilidades. Não emitiu um comunicado oficial a desculpar-se nem nos informou sobre os planos que tem para os trabalhadores envolvidos. Assim, foi decidido que a partir de hoje os títulos profissionais destes três jornalistas serão retirados”.

Apesar das restrições que o governo chinês impõe à comunicação social estrageira, é pouco habitual que jornalistas estrageiros sejam expulsos da China.
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