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Covid-19. Cuba culpa EUA por falta de materiais médicos para combater pandemia

por RTP
Cuba possui 212 pessoas infetadas, das quais apenas oito recuperaram, e seis vítimas mortais. Foto: Alexandre Meneghini - Reuters

Cuba está a acusar os Estados Unidos de um "bloqueio criminoso" depois de ter visto anulada a entrega de equipamentos médicos vindos da China, entre os quais ventiladores e kits de testes de despiste à Covid-19, devido às sanções norte-americanas impostas a Havana.

“Cuba denuncia que a doação de equipamentos médicos para combater a Covid-19, por parte da Fundação chinesa Alibaba, não pôde chegar ao país devido aos regulamentos do bloqueio criminoso imposto pelo Governo dos Estados Unidos contra o nosso povo”, lê-se na página oficial da Presidência cubana no Twitter.

O enviado-especial de Cuba a Pequim, Carlos Miguel Pereira, explicou que uma empresa norte-americana foi contratada para entregar os bens médicos que tinham sido doados por Jack Ma, o proprietário da gigante do comércio eletrónico chinês Alibaba.

No entanto, de acordo com a agência estatal de notícias da China, “no último minuto” essa empresa recusou-se a fazer a entrega, dizendo estar preocupada com a possibilidade de violar a Lei Helms-Burton, que em 1995 veio fortalecer as sanções norte-americanas contra Cuba.

“O bloqueio criminoso do Governo [norte-americano] viola os direitos humanos do povo cubano”, escreveu no Twitter o Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez.


Jack Ma anunciou em março que a sua fundação iria doar equipamentos médicos de emergência a Cuba e a outras 23 nações da América Latina e Caribe. A doação incluiria, no total, dois milhões de máscaras, 400 mil kits de teste e 104 ventiladores.

Até ao momento, Cuba possui 212 pessoas infetadas, das quais apenas oito recuperaram, e seis vítimas mortais. Os bens que deveriam ter sido entregues eram essenciais na luta contra a pandemia nesse país.

Mas esta não é a única nação a culpar os Estados Unidos pela falta de material médico. Na segunda-feira, o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Javad Zarif, referiu a um jornal russo que “o bloqueio ilegal exercido pelas sanções dos Estados Unidos torna impossível o acesso a medicamentos e equipamentos médicos”, o que origina “uma catástrofe humanitária”.

O novo coronavírus já infetou mais de 954 mil pessoas em todo o mundo. Existem agora mais de 200 mil recuperados e 48 mil mortos.
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