Os efeitos da pandemia no desemprego nos EUA são devastadores. Nas últimas duas semanas os pedidos de subsídio de desemprego atingiram os 10 milhões. Para muitos norte-americanos, o desemprego implica também a perda do seguro de saúde, um cenário particularmente alarmante tendo em conta a situação atual.
No espaço de duas semanas, cerca de 10 milhões de norte-americanos ficaram desempregados.
Através de um gráfico publicado no Twitter pelo economista norte-americano Len Kiefer é possível perceber o impacto da Covid-19 no desemprego em comparação com décadas anteriores.
Updated: Initial jobless claims as number 1/2 pic.twitter.com/VoQ3hye1LT
— 📈 𝙻𝚎𝚗 𝙺𝚒𝚎𝚏𝚎𝚛 📊 (@lenkiefer) April 2, 2020
Um gráfico da agência Reuters também demonstra como os pedidos de subsídios de desemprego são várias vezes superiores aos registados durante a crise financeira de 2008/2009 ou à crise de 1982, quando cerca de 695 mil norte-americanos ficaram desempregados apenas numa semana.
Crédito: Reuters
Estes números ultrapassam, inclusivamente, as estimativas feitas pelos analistas. As previsões que alguns economistas entregaram à Reuters apontavam para 3,5 milhões de novos pedidos de subsídio de desemprego. No pior dos cenários, faziam uma previsão de 5,25 milhões.
Os dados revelados nas últimas semanas são explicados não só pela suspensão de atividade por parte de várias empresas norte-americanas, mas também pelo facto de o acesso ao subsídio de desemprego ter sido facilitado e alargado a uma porção maior da população. Trabalhadores independentes, por exemplo, que antes estavam impedidos de requerer este subsídio, agora podem fazê-lo.
Os economistas sublinham ainda que o país deve estar preparado para eu
os pedidos de subsídio de desemprego continuem a aumentar.
Os EUA são o país com maior número de infetados por Covid-19 a nível global. Até ao momento existem mais de 312 mil infetados no continente americano e cerca de 8.500 mortes.
c/agências