A primeira-ministra da Nova Zelândia garantiu que nos próximos dias vão ser anunciadas novas leis sobre o uso e compra de armas no país. Uma reacção ao ataque a duas mesquitas, em Christchurch, que matou 50 pessoas. Sabe-se agora que o homem que atirou sobre inocentes comprou quatro armas de forma legal numa loja.
O australiano responsável pelo ataque às mesquitas, Brenton Tarrant, de 28 anos, está preso. É acusado de assassinato. Deve regressar a tribunal no próximo dia 5 de abril para enfrentar novas acusações.
Sabe-se agora que Brenton Tarrant comprou armas e munições, de forma legal, numa loja – Gun City – entre dezembro de 2017 e março de 2018. Não foi aí, no entanto, que adquiriu uma das armas com grande poder de fogo utilizada no massacre.
De acordo com a lei da Nova Zelândia é possível comprar armas classificadas com categoria A. As armas nesta categoria podem ser semiautomáticas mas estão limitadas a sete tiros.
Na Nova Zelândia, pelos cerca de 5 milhões de habitantes estão espalhadas 1,5 milhões de armas.
Jovem neozelandês acusado de distribuir imagens do ataque às duas mesquitas de Christchurch
Um jovem de 18 anos foi hoje acusado por um tribunal neozelandês de distribuir imagens do ataque às duas mesquitas de Christchurch, na sexta-feira, transmitidas em direto pelo atacante no Facebook.
O tribunal de Chirschurch aceitou manter o anonimato do jovem, também acusado de ter publicado uma fotografia da mesquita Al-Nur, em Christchurch, com a menção "alvo atingido". O jovem deverá comparecer novamente em tribunal a 8 de abril.
No domingo, a primeira-ministra neozelandesa afirmou que pretende discutir com a rede social Facebook a transmissão de vídeos em direto, após a transmissão do ataque que causou 50 mortos.
A porta-voz da plataforma na Nova Zelândia, Mia Garlick, garantiu que vão ser também removidas todas as versões editadas do vídeo, mesmo que não mostrem conteúdo gráfico.
"Nas primeiras 24 horas, removemos 1,5 milhões de vídeos do ataque, em todo o mundo, dos quais mais de 1,2 milhões foram bloqueados durante o `download`", disse o Facebook.
C/ Lusa