Desaparecida. Departamento de Estado procura garrafa de whisky oferecida a Pompeo

por RTP
EPA

Uma garrafa de whisky japonês avaliada em quase cinco mil euros (5.800 dólares) está a ser alvo de procura minuciosa nas "despensas" onde se arquivam este tipo de presentes oferecidos a membros da Administração norte-americana. A oferta da garrafa ocorreu numa cimeira do G-20, sendo o destinatário o então secretário de Estado Mike Pompeo.

A oferta do precioso whisky aconteceu há dois anos no Japão, em 2019, durante uma cimeira do G-20, destinando-se a Mike Pompeo, então secretário de Estado da equipa de Trump. Outras duas ofertas levadas do Japão por Pompeo apareceram na altura do inventário anual, mas da garrafa nem rasto.

Uma oferta a uma figura da Administração será sempre um acto oficial, para a fotografia, mas tal não significa que esses responsáveis venham a ser os fiéis depositários desses objectos. Por norma, os presentes são entregues ao departamento, para que sejam depois arquivados e catalogados.

Foi o que aconteceu depois da cimeira do G-20 no Japão, com Pompeo a regressar a casa, além da garrafa de whisky avaliada em 5.800 dólares, com dois tapetes avaliados em 19.400 dólares, um deles oferecido pelo presidente do Cazaquistão e o outro pelo chefe da diplomacia dos Emirados Árabes Unidos.

As ofertas podem ser reivindicadas pela pessoa presenteada, mas esta deverá ressarcir o Tesouro norte-americano no montante em que estiverem avaliadas. De outra forma, revertem para os arquivos nacionais ou uma qualquer entidade governamental. Parece ter sido esse o destino dos tapetes árabe e cazaque.

O problema é a garrafa de whisky que desapareceu e que está agora a ocupar os responsáveis do Departamento de Estado.

E o departamento já fez saber num aviso apresentado no registo federal que está a investigar o desaparecimento da garrafa de quase seis mil dólares oferecida a Mike Pompeo pelo governo do Japão.

O departamento reportou a investigação na sua contabilidade anual de presentes a altos funcionários dos Estados Unidos por governos e líderes estrangeiros, dizendo que não encontrou vestígios do paradeiro da garrafa e que há um “inquérito em curso” sobre o que aconteceu com a bebida.
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