Desenham-se auroras boreais nas noites geladas de janeiro

por Carla Quirino - RTP
Aurora boreal vista por cima de Muonio na Lapónia, Finlandia Alexander Kuznetsov - Reuters

Os céus do norte da Europa têm sido visitados por inúmeras auroras boreais nas últimas noites. As condições atmosféricas das noites frias e sem nuvens têm favorecido a visibilidade nos territórios de Escócia, Noruega, Finlândia, Suécia e também no Alasca e no norte do Canadá.

A aurora é um indicador das condições de tempestade geomagnética centrada nos pólos onde o campo magnético da Terra é maior.

As luzes neon ocorrem imediatamente ao pôr do Sol ou antes de amanhecer.

Partículas provenientes de tempestades na superfície do Sol viajam pelo espaço como um vento solar e, ao serem atraídas pela Terra, colidem com o campo magnético terrestre, criando as auroras. 

Nas colisões, essas partículas misturam-se com gases atmosféricos, como o oxigénio ou nitrogénio, e libertam energia em forma de luz.

A tonalidade avermelhada ocorre em maiores altitudes e o tom esverdeado revela-se quando a transferência de energia cruza altitudes mais baixas.

O fenómeno noturno depende da atividade do Sol e do ciclo de 11 em 11 anos do astro.

Esses 11 anos dividem-se num período com cerca de quatro anos que corresponde à energia solar máxima.

Segue-se uma fase de transição que abre o capítulo de quatro anos de mínimo solar.

 
Em dezembro de 2019, segundo a NASA começou o novo ciclo polar mínimo chamado Ciclo Solar 25, que aumentará até ao máximo em 2025

Rodney Viereck, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos sublinha que 2021, sendo um ano mais próximo do mínimo solar, tem a vantagem das auroras serem mais previsíveis, enquanto que as auroras no período máximo são repentinas e de curta duração.
 

Os Serviços Nacionais Metereológicos americanos da localidade de Boise, no Idaho, partilham a imagem captada pelo satélite VIIRS, onde se vê a a mancha da aurora a norte do Canadá. 
 
Nas ultimas duas semanas, milhares de testemunhos com vídeos e fotografias têm ocupado as redes sociais dos países do norte.

Este fenómeno costumava atrair muitos turistas, mas o contexto de pandemia deixa esse privilégio apenas para os moradores das terras geladas.
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