Foram encontrados dez sobreviventes da avalanche que soterrou um hotel na região da montanha Gran Sasso, Abruzzo, Itália. Entre eles estão três crianças.
Há informações que os cães das equipas de resgate encontraram “mais sinais de vida”.
Dois sobreviventes foram helitransportados. Uma das crianças estava em estado grave e foi transportada para o hospital de Aquilla.
Os sobreviventes foram encontrados na área da cozinha do hotel. E conseguiram resistir ao frio porque se abrigaram na cozinha e conseguiram acender o lume.
Em declarações aos jornalistas, Titti Postiglione, oficial da Proteção Civil, afirmou que “encontrar estas pessoas com vida reaviva a esperança de encontrar mais sobreviventes”.
As autoridades continuam à procura de sobreviventes sob a enorme camada de neve e gelo que cobre o hotel.
O primeiro contacto com os sobreviventes foi estabelecido pouco depois das 11h00, hora local (menos uma hora em Lisboa). "Estão identificados, estão vivos, estamos a falar com eles", referiu Luca Cari, porta-voz do corpo de bombeiros, em declarações à agência Reuters.
Até agora, há o registo de quatro vítimas mortais, sendo que a imprensa italiana dá conta de mais um corpo que terá sido encontrado durante a madrugada de sexta-feira.
Avalanche ocorreu quarta-feira
Uma avalanche atingiu na quarta-feira o hotel de Rigopiano, numa pequena estância da cidade de Farindola, situada na montanha Gran Sasso, na região de Abruzzo. Deu-se depois de quatro sismos no centro de Itália, ocorridos no mesmo dia, todos com uma magnitude acima de 5 na escala de Richter.
Uma parte do hotel colapsou e a outra parte ficou soterrada pela neve. As autoridades estimam que se encontravam hospedadas cerca de 22 pessoas, sem contar com os trabalhadores, num total de pelo menos 29 pessoas.
Buscas prosseguem
As equipas de resgate continuam o trabalho em condições meteorológicas extremas, dado o mau tempo que se tem feito sentir um pouco por toda a Itália. A camada de neve na zona de Farindola chegou aos três metros de altura em algumas zonas, dificultando o acesso por estrada ao hotel atingido pela avalanche.
Com tais condições adversas, os primeiros elementos de socorro só chegaram ao local durante a madrugada de quinta-feira, onze horas depois de o hotel ter sido engolido pela avalanche. Os primeiros homens aproximaram-se do hotel a esquiar, perante a grossa camada de neve que cortava as estradas de acesso à estância.
Para além do trabalho junto aos destroços do hotel, continuam os trabalhos das turbinas e escavadoras para libertar a via que dá acesso ao local, de forma a permitir uma melhor circulação dos veículos de emergência.
Em Farindola, na zona do hotel, a 1.200 metros de altitude, as temperaturas são negativas e as previsões apontam para a continuação da queda de neve, o que poderá dificultar os trabalhos de resgate.
As equipas trabalham a um ritmo e número reduzidos, já que não existem as condições de segurança necessárias para operar em grande escala.
