O Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou esta segunda-feira ter tomado "boa nota das decisões", por parte de diferentes países europeus, no sentido da "expulsão de diplomatas da Federação Russa". Sem dar qualquer sinal de que pretenda fazer o mesmo, o gabinete de Augusto Santos Silva sublinha que "a concertação no quadro da União Europeia é o instrumento mais eficaz para responder à gravidade da situação presente".
Em comunicado, as Necessidades começam por afirmar que o país "tomou boa nota" das decisões de vários países europeus, para adiante colocar a tónica na "concertação" entre os países do bloco europeu.
"Portugal condenou imediatamente o atentado de Salisbury e expressou com veemência a sua solidariedade com o Reino Unido. Além da intervenção em instâncias internacionais como a NATO e a OSCE, participou nos debates ocorridos no Conselho Europeu e no Conselho de Negócios Estrangeiros, de que resultou, designadamente, a decisão de a União Europeia chamar para consultas o seu embaixador em Moscovo", pode ler-se no comunicado.
O antigo espião russo Sergei Skripal e a filha foram encontrados a 4 de março inconscientes num banco em Salisbury, no sul de Inglaterra.
Sergei e Yulia Skripal foram envenenados com um agente neurotóxico conhecido por Novichok. A Grã-Bretanha não perdeu tempo e acusou o Kremlin de estar por trás do ataque ao antigo espião. Putin refutou as críticas e desde essa altura que a comunidade internacional tem imposto sanções à Federação Russa.
Expulsão de diplomatas
Esta segunda-feira os Estados Unidos e mais de uma dezena de países europeus deram ordem de expulsão a diplomatas russos. A Casa Branca anunciou a saída de 48 diplomatas e 12 funcionários das Nações Unidas e que o consulado russo em Seattle vai ser encerrado.
Na Europa foram vários os países a tomar medidas análogas. Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, explicou que a decisão vem no seguimento de conversações na cimeira europeia e que poderão existir medidas adicionais.
Alemanha, França, Polónia e Canadá deram ordem de expulsão a quatro diplomatas, Lituânia e República Checa a três, Itália, Holanda e Dinamarca a dois, enquanto a Estónia expulsou um diplomata russo do país. A Ucrânia foi mais longe mandou expulsar 13 diplomatas. Também Madrid já fez saber que tenciona expulsar dois diplomatas russos.
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