Mundo
Diplomatas sírios expulsos em série do Ocidente
A comunidade internacional começou a reagir ao massacre na cidade síria de Houla. Países como França, Alemanha, Espanha e Itália anunciaram esta terça-feira as expulsão dos embaixadores da Síria nos respetivos países, enquanto o Reino Unido, a Austrália e o Canadá decidiram também pela expulsão dos diplomatas sírios aí radicados. A tomada de posição surge na sequência do mais recente relatório da ONU que revela que a grande maioria dos mortos na cidade de Houla foram executados.
"Pensamos que menos de 20 pessoas das 108 assassinadas tenham sido mortas por tiros de artilharia e de tanques", disse em conferência de imprensa Rupert Colville, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.
Numa declaração à imprensa francesa feita esta manhã, o Presidente francês, François Hollande, revelou que que a embaixadora da Síria no país deverá deixar a França entre hoje e amanhã, acrescentando ainda que vai organizar em Paris, em julho, uma reunião dos amigos da Síria.
"Persona non grata"
Em Itália, o embaixador da Síria foi declarado “persona non grata” e intimado com uma ordem de expulsão. O mesmo aconteceu na Holanda que, segundo um comunicado do ministério dos Negócios Estrangeiros, “tomou esta decisão em conjunto com os parceiros da União Europeia”. O Governo declarou que o embaixador sírio já não é “bem-vindo” no país, sendo que na prática não pode expulsá-lo, porque o representante tem residência em Bruxelas.
O Governo espanhol seguiu a mesma linha de atuação, e anunciou a saída do embaixador Hussam Edin Aala do país. A Suíça e a Bulgária juntaram-se ao protesto da comunidade internacional já esta tarde. A juntar à expulsão de diplomatas, o Executivo búlgaro vai encerrar temporariamente a missão que o país mantém em Damasco.
Nos Estados Unidos, a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, anunciou a mesma medida, a aplicar ao agente diplomático que ocupa a embaixada da Síria atualmente. “Os EUA responsabilizam o Governo sírio por este massacre de vidas inocentes”, declarou. 72 horas foi o prazo fixado.
Também o Governo da Austrália optou pela expulsão de dois diplomatas sírios. O responsável pelas relações externas da Síria no país, Jawdat Ali, juntamente com outro representante sírio, recebeu ordens para abandonar a Austrália nas próximas 72 horas.
“Não haverá mais nenhuma ligação oficial entre a Austrália e o Governo sírio enquanto o país não aceitar o cessar-fogo definido pelas Nações Unidas e der passos ativos para implementar o plano de paz acordado com o emissário especial Kofi Annan», declarou ontem Bob Carr, ministro australiano dos Negócios Estrangeiros. Carr salientou ainda que pediu aos diplomatas sírios para transmitirem ao Governo de al-Assad que “os australianos estão revoltados com o massacre e vão seguir uma resposta internacional unificada para deter os responsáveis".
Assad cada vez mais isolado
A escalada de violência na Síria, por parte do Governo de Bashar al-Assad, contra civis e membros da oposição, está gerar uma onda de indignação na comunidade internacional. A ação coordenada que está a ser levada a cabo hoje acontece no dia em que Kofi Annan, enviado especial da ONU e da Liga Árabe a Damasco, esteve reunido com Assad, numa tentativa de salvar o plano de paz traçado para a Síria.
“Ele transmitiu ao Presidente Assad que o plano não terá êxito a não ser que sejam dados passos ousados para pôr fim à violência e libertar os detidos, e salientou a importância da plena implementação do plano”, declarou o porta-voz de Kofi Annan, Ahmed Fawzi.
Por outro lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, entrou hoje em contacto com Kofi Annan para exigir ao enviado da ONU que a investigação ao massacre de Houla seja “objetiva e imparcial”, culpabilizando ambas as partes pelo ataque.
Nas próximas horas, espera-se que mais países tomem atitudes semelhantes às que já foram anunciadas hoje pelos vários países, no sentido de pressionar Bashar al-Assad a cumprir o cessar-fogo.
Numa declaração à imprensa francesa feita esta manhã, o Presidente francês, François Hollande, revelou que que a embaixadora da Síria no país deverá deixar a França entre hoje e amanhã, acrescentando ainda que vai organizar em Paris, em julho, uma reunião dos amigos da Síria.
"Persona non grata"
Em Itália, o embaixador da Síria foi declarado “persona non grata” e intimado com uma ordem de expulsão. O mesmo aconteceu na Holanda que, segundo um comunicado do ministério dos Negócios Estrangeiros, “tomou esta decisão em conjunto com os parceiros da União Europeia”. O Governo declarou que o embaixador sírio já não é “bem-vindo” no país, sendo que na prática não pode expulsá-lo, porque o representante tem residência em Bruxelas.
O Governo espanhol seguiu a mesma linha de atuação, e anunciou a saída do embaixador Hussam Edin Aala do país. A Suíça e a Bulgária juntaram-se ao protesto da comunidade internacional já esta tarde. A juntar à expulsão de diplomatas, o Executivo búlgaro vai encerrar temporariamente a missão que o país mantém em Damasco.
Nos Estados Unidos, a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, anunciou a mesma medida, a aplicar ao agente diplomático que ocupa a embaixada da Síria atualmente. “Os EUA responsabilizam o Governo sírio por este massacre de vidas inocentes”, declarou. 72 horas foi o prazo fixado.
Também o Governo da Austrália optou pela expulsão de dois diplomatas sírios. O responsável pelas relações externas da Síria no país, Jawdat Ali, juntamente com outro representante sírio, recebeu ordens para abandonar a Austrália nas próximas 72 horas.
“Não haverá mais nenhuma ligação oficial entre a Austrália e o Governo sírio enquanto o país não aceitar o cessar-fogo definido pelas Nações Unidas e der passos ativos para implementar o plano de paz acordado com o emissário especial Kofi Annan», declarou ontem Bob Carr, ministro australiano dos Negócios Estrangeiros. Carr salientou ainda que pediu aos diplomatas sírios para transmitirem ao Governo de al-Assad que “os australianos estão revoltados com o massacre e vão seguir uma resposta internacional unificada para deter os responsáveis".
Assad cada vez mais isolado
A escalada de violência na Síria, por parte do Governo de Bashar al-Assad, contra civis e membros da oposição, está gerar uma onda de indignação na comunidade internacional. A ação coordenada que está a ser levada a cabo hoje acontece no dia em que Kofi Annan, enviado especial da ONU e da Liga Árabe a Damasco, esteve reunido com Assad, numa tentativa de salvar o plano de paz traçado para a Síria.
“Ele transmitiu ao Presidente Assad que o plano não terá êxito a não ser que sejam dados passos ousados para pôr fim à violência e libertar os detidos, e salientou a importância da plena implementação do plano”, declarou o porta-voz de Kofi Annan, Ahmed Fawzi.
Por outro lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, entrou hoje em contacto com Kofi Annan para exigir ao enviado da ONU que a investigação ao massacre de Houla seja “objetiva e imparcial”, culpabilizando ambas as partes pelo ataque.
Nas próximas horas, espera-se que mais países tomem atitudes semelhantes às que já foram anunciadas hoje pelos vários países, no sentido de pressionar Bashar al-Assad a cumprir o cessar-fogo.