Um homem armado matou esta terça-feira dois agentes da polícia e um civil em Liège, na Bélgica. O presumível atirador, que chegou a fazer uma refém, foi entretanto abatido pelas forças de segurança belgas, que admitem ter-se tratado de terrorismo.
Os primeiros disparos no centro daquela cidade do leste da Bélgica foram ouvidos cerca das 10h30. Um homem alvejou dois agentes e um civil que ocupava o lugar do passageiro a bordo de um automóvel estacionado no local. Pôs-se, depois, em fuga e ainda fez uma refém – uma funcionária do liceu de Waha.
As forças de segurança bloquearam os acessos à Avenida de Avroy, onde ocorreu o incidente.
Fusillade à #Liège Périmètre de sécurité en place. @CrisiscenterBE suit la situation de près en contact @GouverneurLiege @PolicedeLiege Priorité à la sécurité de tous. Evitez la zone et facilitez le travail des services sur le terrain. Plus d'info via https://t.co/u4Gyw2anxd pic.twitter.com/UvIOgFG0lz
— CrisisCenter Belgium (@CrisiscenterBE) 29 de maio de 2018
A procuradoria de Liège adiantou que o homem abordou os dois polícias pelas costas com uma faca, apoderando-se da arma de fogo de um dos agentes.
A refém saiu ilesa da troca de disparos, que teve lugar à porta do liceu. As autoridades belgas afiançam que o atirador não chegou a ter contacto com os alunos, que permanecem confinados ao interior da escola.
O burgomestre de Liège, Willy Demeyer, deslocou-se ao local e o centro federal de crise está a acompanhar a situação, como sublinhou na rede social Twitter o ministro belga do Interior, Jan Jambon.
Fusillade à Liège. @CrisiscenterBE fait un aperçu de la situation.
— Jan Jambon (@JanJambon) 29 de maio de 2018
O jornal La Libre Belgique escreve que a investigação está a “privilegiar a pista de terrorismo”. Fonte da polícia, citada por esta publicação, adiantou que o atirador teria gritado Allahu Akbar - “Deus é grande” em arábico. Também a emissora pública RTBF indica que as autoridades estão a encarar como sólida a tese de motivações terroristas.
“É uma das questões em cima da mesa, mas por agora todos os cenários estão em aberto”, sublinhou um porta-voz do centro federal de crise.
Liège, cidade industrial próxima da fronteira com a Alemanha, foi palco de um tiroteio em 2011, quando um homem armado matou quatro pessoas e feriu mais de uma centena, acabando por se suicidar.