Dono da Tesla promete eliminar contaminação da água em Michigan

por RTP
Joe Skipper - Reuters

O multimilionário e diretor executivo da Tesla garante que vai resolver a crise de contaminação da água que decorre na cidade de Flint, Estados Unidos, desde 2016. Elon Musk comprometeu-se a “arranjar solução” e a financiá-la de modo a que os cem mil habitantes possam voltar a ter água potável e a evitar que surjam novos casos de legionella.

Flint é uma das maiores cidades do Estado norte-americano de Michigan. Em 2014, por razões económicas, a fonte de abastecimento de água da região foi alterada, passando do lago Huron para o rio Detroit.

Devido à falta de utilização de químicos que controlam a corrosão dos materiais, o chumbo presente nos canos contaminou a água proveniente do rio que deixou, assim, de ser potável. Esta foi a origem de uma crise que dura até hoje e que atingiu cerca de cem mil habitantes.

A contaminação das águas de Flint levou a que, em janeiro de 2016, fosse declarado um estado de emergência que impede que as pessoas possam beber a água e utilizá-la para cozinhar ou tomar banho.

Após uma recente publicação no Twitter onde foi pedida ajuda para resolver esta crise, Elon Musk respondeu que se compromete a “financiar e arranjar solução para todas as casas em Flint que possuam níveis de contaminação da água” acima dos normais. “Estou a falar a sério”, acrescentou.
A presidente da Câmara de Flint, Karen Weaver, dirigiu-se de seguida a Musk na mesma rede social para propor que conversassem sobre “as necessidades específicas” da cidade. O empresário respondeu que lhe iria telefonar esta sexta-feira.

Mari Copeny, uma ativista de Flint, declarou que tem estado a trabalhar com Musk “há mais de uma semana” para que consigam encontrar a melhor solução para a crise de contaminação da água.

Alegadamente, a contaminação com chumbo prejudicou o desenvolvimento de crianças e desencadeou um surto de legionella que matou 12 pessoas. Várias autoridades municipais e estatais estão envolvidas em processos de tribunal.

Apesar de, no início de 2017, a qualidade da água ter alcançado níveis aceitáveis para consumo, os habitantes foram aconselhados pela agência federal norte-americana Food and Drug Administration a continuar a utilizar apenas água engarrafada ou filtrada.

Esta medida deverá prolongar-se até 2020, altura em que as obras de substituição dos canos estarão terminadas e os vestígios de chumbo na água desaparecerão. Estas obras deverão custar cerca de 55 milhões de dólares (cerca de 47 milhões de euros).

Os habitantes receberam gratuitamente filtros para a água e, até abril deste ano, foi-lhes também dada água engarrafada.
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