As duas explosões ocorreram com um intervalo de minutos, junto a uma escola primária, precisamente no momento da saída das aulas. Há pelo menos 39 mortos, dos quais 30 são crianças, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, mas o balanço final deverá ser mais elevado. Pela primeira vez o alvo das bombas foram as crianças.
Um canal de televisão governamental síria transmitia cenas de pais em pânico à procura dos filhos, no meio de escombros misturados com crianças aos gritos, mochilas escolares, cadernos e livros, quando ocorreu a segunda explosão.
Talal Barazzi, governador da cidade, falou em 31 mortos na maioria crianças e classificou o ataque como "um ato terrorista e uma tentativa desesperada que atingiu as nossas crianças."
Pelo menos 56 pessoas ficaram feridas no duplo atentado, que não foi de imediato reivindicado.
Este foi o atentado mais violento em Homs desde há meses e, em quatro anos de uma guerra sangrenta marcada por atentados violentos contra civis, foi o primeiro em que as crianças foram, aparentemente, o alvo principal.
A escola fica no bairro de Ekrama, de maioria muçulmana xiita alauíta, a mesma a que pertence o presidente sírio Bashar al-Assad.
A cidade de Homs, é a terceira maior cidade síria e foi considerada bastião dos rebeldes na luta contra o Governo.
Está agora nas mãos do Governo sírio, após um cerco que durou dois anos.