Edouard Philippe nomeado primeiro-ministro francês

por RTP
Edouard Philippe (à direita) ao lado de Bernard Cazeneuve, à entrada para a cerimónia de tomada de posse Julien de Rosa - EPA

Edouard Philippe é um conservador, agora anunciado oficialmente como novo primeiro-ministro, depois da tomada de posse de Emmanuel Macron este domingo. A escolha do novo Presidente foi comunicada pelo secretário-geral do Eliseu.

Edouard Philippe tem 46 anos e era até agora presidente da Câmara do Havre e deputado republicano.

O nome era já apontado como favorito nos últimos dias para ocupar o cargo de primeiro-ministro, mas apenas foi confirmado esta segunda-feira.

Edouard Philippe é um republicano e foi apoiante de Alain Juppé nas primárias.



Edouard Philippe tem 46 anos e surge da ala moderada do partido republicano, de centro-direita.

O anúncio do novo primeiro-ministro reflete a vontade do novo Presidente centrista e pró-europeu de encontrar uma mais ampla base de apoio para as eleições parlamentares, que decorrem em junho.

A nomeação de Philippe parece dar corpo ao que o porta-voz da campanha de Macron tinha revelado aos jornalistas este domingo, à margem da cerimónia de tomada de posse: “No Governo, vão ver que muitos do círculo mais próximo vão ficar de fora”, assumia Christophe Castaner.
A equipa ministerial deverá ser apresentada terça-feira, e o primeiro conselho de ministros deve acontecer na quarta-feira.
A composição do novo Governo é vista como um teste à recomposição política prometida por Emmanuel Macron, eleito no âmbito de um projeto “nem de direita nem de esquerda”.

É a primeira vez na história da França moderna que um Presidente nomeou um primeiro-ministro fora da sua área política sem que fosse obrigado a isso por uma derrota nas eleições parlamentares.
Socialista que virou à direita
Philippe começou a vida política como ativista socialista filiado com o antigo primeiro-ministro Michel Rocard, enquanto estudante. Dois anos depois, virou à direita.

O advogado trabalhou como diretor de Relações Públicas do grupo de energia nuclear Areva entre 2007 e 2010. Tornou-se deputado em 2012 e presidente da Câmara de Le Havre em 2014.

No ano passado, fez parte da equipa da campanha mal sucedida de Alain Juppé para as primárias do partido republicano. Depois juntou-se à campanha presidencial de François Fillon, o nomeado do partido.

Philippe abandonou a campanha na sequência das notícias sobre o escândalo financeiro que envolvia empregos falsos para a família de Fillon.

Philippe, tal como Macron, frequentou a Escola Nacional de Administraçãoe o seu herói político é Rocard, noutro ponto em comum com o presidente de 39 anos.



c/agências internacionais

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