Desde novembro de 2018 que está a decorrer em tribunal, nos EUA, um dos maiores casos relacionados com droga. No banco dos réus está o mexicano Joaquin Guzman, mais conhecido por El Chapo, que a par do colombiano Pablo Escobar foi um dos maiores traficantes de droga da história. Durante o julgamento, esta terça-feira, um dos homens mais próximos de El Chapo afirmou que o antigo presidente mexicano Peña Nieto recebeu um suborno de 100 milhões de dólares.
Não é a primeira vez que políticos são envolvidos em subornos relacionados com o tráfico de droga no México. O mesmo acontece com polícias e até militares.
Mais raras são acusações que atingem o topo, neste caso, a própria presidência do país. Em tribunal, Alex Cifuentes, um dos elementos mais próximos de El Chapo, afirmou que o traficante mexicano autorizou o pagamento de um suborno de 100 milhões de dólares ao antigo presidente mexicano Peña Nieto, que esteve no poder entre 2012 e 2018.
De acordo com jornalistas que estão a assistir ao julgamento - que não pode ser gravado -, Cifuentes terá dito que, inicialmente, Peña Nieto pediu 250 milhões, antes de ter chegado a um acordo sobre os 100 milhões.
O pagamento, disse este elemento do cartel de El Chapo, foi realizado em outubro de 2012, na cidade do México, por um amigo de El Chapo.
Peña Nieto recusou, até ao momento, responder a estas acusações, isto apesar de já antes ter negado outras alegações de corrupção relacionadas com El Chapo.
