Embaixada israelita na Irlanda vai fechar por "políticas extremas anti-Israel"
A embaixada de Israel em Dublin vai ser encerrada, anunciou a diplomacia israelita, alegando "políticas extremas anti-Israel" por parte do Governo irlandês, incluindo o reconhecimento do Estado da Palestina. A decisão surge depois de a Irlanda ter divulgado que apoiava o processo internacional contra Israel por genocídio em Gaza.
“A Irlanda ultrapassou todas as linhas vermelhas na relação com Israel”, afirmou no domingo o novo ministro dos Negócios Estrangeiros, Gideon Saar, numa declaração, qualificando as ações e a retórica da Irlanda de ‘antissemitas’.
Israel já tinha retirado o embaixador israelita de Dublin após a Irlanda se ter manifestado a favor um Estado palestiniano, o que provocou retaliações por parte do Governo israelita e a declaração de novos colonatos em território palestiniano ocupado. Mas com o apoio irlandês, divulgado na semana passada, à ação legal da África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), acusando Israel de genocídio em Gaza, o Governo de Benjamin Netanyahu decidiu encerrar a Embaixada na Irlanda.
"A decisão de fechar a embaixada de Israel em Dublin foi tomada à luz das políticas anti-Israel extremas do governo irlandês", acrescentou Saar, salientando que Israel dá prioridade às relações bilaterais com países de todo o mundo, de acordo com posição que assume em relação a Israel.
"As ações e a retórica antissemita usadas pela Irlanda contra Israel estão enraizadas na deslegitimação e demonização do Estado judeu, juntamente com padrões duplos”.
Israel não aplicou, contudo, medidas semelhantes a outros países que tenham apoiado o processo legal, incluindo Egito, Espanha e México.
Micheal Martin assegurou, entretanto, que os dois países devem manter relações diplomáticas e que não está previsto encerrar a embaixada da Irlanda em Israel.
“Houve uma punição coletiva do povo palestiniano através da intenção e do impacto das ações militares de Israel em Gaza, deixando 44 mil mortos e milhões de civis deslocados”, disse Martin, em comunicado.
Segundo o governante, Dublin receia que “uma interpretação muito restrita do que constitui genocídio leve a uma cultura de impunidade na qual a proteção de civis é minimizada”.
Reagindo ao anúncio israelita, o primeiro-ministro irlandês classificou como “profundamente lamentável” a decisão de Israel de encerrar a embaixada em Dublin.
“Esta é uma decisão profundamente lamentável por parte do governo de (Benjamin) Netanyahu. Rejeito categoricamente a afirmação de que a Irlanda é anti-israelita. A Irlanda é a favor da paz, dos direitos humanos e do direito internacional”, reagiu Simon Harris na rede social X.
"A Irlanda quer uma solução de dois estados e que Israel e Palestina vivam em paz e segurança”, acrescentou.
Israel já tinha retirado o embaixador israelita de Dublin após a Irlanda se ter manifestado a favor um Estado palestiniano, o que provocou retaliações por parte do Governo israelita e a declaração de novos colonatos em território palestiniano ocupado. Mas com o apoio irlandês, divulgado na semana passada, à ação legal da África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), acusando Israel de genocídio em Gaza, o Governo de Benjamin Netanyahu decidiu encerrar a Embaixada na Irlanda.
"A decisão de fechar a embaixada de Israel em Dublin foi tomada à luz das políticas anti-Israel extremas do governo irlandês", acrescentou Saar, salientando que Israel dá prioridade às relações bilaterais com países de todo o mundo, de acordo com posição que assume em relação a Israel.
"As ações e a retórica antissemita usadas pela Irlanda contra Israel estão enraizadas na deslegitimação e demonização do Estado judeu, juntamente com padrões duplos”.
A Irlanda já tinha anunciado, em março, que iria intervir no processo de genocídio no TIJ contra Israel, mas a 11 de dezembro o ministro irlandês dos Negócios Estrangeiros, Micheal Martin, afirmou que tinha garantido o apoio do Governo e que a intervenção seria apresentada ainda este mês.
Ao intervir legalmente no caso sul-africano, a Irlanda irá pedir ao TIJ que "alargue a sua interpretação do que constitui a prática de genocídio", afirmou em comunicado, argumentando que uma leitura ‘muito restrita’ poderia incentivar uma cultura de impunidade.
Israel não aplicou, contudo, medidas semelhantes a outros países que tenham apoiado o processo legal, incluindo Egito, Espanha e México.
Micheal Martin assegurou, entretanto, que os dois países devem manter relações diplomáticas e que não está previsto encerrar a embaixada da Irlanda em Israel.
“Houve uma punição coletiva do povo palestiniano através da intenção e do impacto das ações militares de Israel em Gaza, deixando 44 mil mortos e milhões de civis deslocados”, disse Martin, em comunicado.
Segundo o governante, Dublin receia que “uma interpretação muito restrita do que constitui genocídio leve a uma cultura de impunidade na qual a proteção de civis é minimizada”.
Reagindo ao anúncio israelita, o primeiro-ministro irlandês classificou como “profundamente lamentável” a decisão de Israel de encerrar a embaixada em Dublin.
“Esta é uma decisão profundamente lamentável por parte do governo de (Benjamin) Netanyahu. Rejeito categoricamente a afirmação de que a Irlanda é anti-israelita. A Irlanda é a favor da paz, dos direitos humanos e do direito internacional”, reagiu Simon Harris na rede social X.
"A Irlanda quer uma solução de dois estados e que Israel e Palestina vivam em paz e segurança”, acrescentou.