A Embaixadora da União Europeia (UE) na Venezuela, a portuguesa Isabel Brilhante Pedrosa, saudou o acordo entre Caracas e Bruxelas, que lhe permite, disse, manter o compromisso de apoiar os venezuelanos.
Isabel Brilhante Pedrosa sublinhou ainda que agradece "as demonstrações de solidariedade, reconhecimento e carinho recebidas".
"O meu agradecimento infinito a todos", afirmou.
A representante da União Europeia na Venezuela, a diplomata portuguesa Isabel Brilhante Pedrosa, deveria deixar Caracas no sábado, num voo de repatriamento de cidadãos europeus, depois de a 29 de maio, o presidente, Nicolás Maduro, ordenar a sua expulsão, dando-lhe 72 horas para abandonar o país.
A decisão de Nicolás Maduro foi tomada poucas horas depois de Bruxelas ter sancionado mais 11 funcionários de Caracas.
A 2 de julho, Nicolás Maduro saudou um acordo entre Bruxelas e Caracas para suspender a expulsão da diplomata e instou a UE a mudar a relação com o Estado sul-americano.
"(Peço) que a UE entre noutro entendimento e que haja uma retificação profunda, histórica, sobre o papel que tem tido na sua relação com a Venezuela", disse Nicolás Maduro.
Maduro explicou que teve de "tomar uma decisão soberana, digna, dura, difícil", de "declarar a embaixadora `persona non grata` e dar-lhe 72 horas para abandonar o país", perante "as sanções ilegais" da União Europeia.
O presidente referiu que o ministro venezuelano das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, teve uma conversa telefónica com o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, que "foi tensa e dura no começo", durante a qual a Venezuela "fez uma reclamação sólida sobre a ilegalidade e a injustiça" das sanções.
"Surgiu a ideia de se tomar o caminho do diálogo político, diplomático, de elevar o nível do diálogo e aprofundar e dinamizar o diálogo direto (...)", referiu Maduro, adiantando que se decidiu "suspender a expulsão da embaixadora".
O Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, e o ministro para as Relações Externas da Venezuela, Jorge Arreaza, indicaram que "concordaram na necessidade de manter o quadro das relações diplomáticas, especialmente numa altura em que a cooperação entre ambas partes pode facilitar os caminhos do diálogo político".