Pelo menos 150 mortos e mais de 10.000 casos estão contabilizados num surto de cólera que está a afetar a Tanzânia desde o fim de agosto.
Duas ilhas semiautónomas do arquipélago de Zanzibar estão também afetadas.
A cólera é endémica na região, lembrou Chaib, mas o surto atual está a assumir uma amplitude razoável, apesar de alguns progressos recentes no terreno.
"O número de casos registados em cada dia está a diminuir", reconheceu a porta-voz da OMS, para logo acrescentar que não é altura de baixar os braços.
"A próxima época das chuvas e a chegada esperada do mais intenso episódio do El Nino jamais registado desde há 20 anos poderão provocar grandes chuvas e aumentar a transmissão da doença e a sua propagação além-fronteiras", avisou a responsável.A cólera é uma doença altamente contagiosa que se transmite pela água contaminada por excrementos humanos. Após um curto período de incubação de dois a cinco dias, a cólera provoca uma diarreia severa e a desidratação do corpo, seguindo-se, à falta da tratamento urgente, a morte em poucas horas.
Em 1997, outro ano em que se registou igualmente um fenómeno intenso do El Nino, a Tanzânia viveu uma situação climatérica semelhante registando na altura 40.000 casos de cólera.
Para já, a OMS afirma não ser necessário lançar uma campanha de vacinação, sendo preferível a prevenção, através do tratamento dos casos recenseados e da melhoria da distribuição da água e dos sistemas sanitários.
A OMS reconheceu todavia que as suas reservas de vacinas de cólera estão em baixo devido a campanha de vacinação em curso no Iraque.