O Pentágono está a preparar o envio de 1.500 soldados adicionais, para a fronteira com o México, apenas dois dias depois do presidente Donald Trump ter assinado uma ordem executiva sobre imigração.
A Guarda Costeira, encarregada da segurança marítima, já havia dito terça-feira que iria "imediatamente enviar" forças e navios para uma série de áreas, incluindo a fronteira sudeste perto da Florida, para "dissuadir e prevenir uma migração marítima em massa do Haiti e/ou Cuba".
Acrescentou que outra área importante é a fronteira marítima entre o Texas e o México, no "Golfo da América", como lhe chamou o novo presidente, Donald Trump, rebatizando o Golfo do México.
Durante o seu primeiro mandato, o republicano ordenou 5.200 soldados para reforcar a proteção da fronteira terrestre dos EUA com o México. O ex-presidente democrata Joe Biden seguiu-lhe o exemplo.
Logo no seu primeiro dia da sua segunda Administração, Trump declarou a imigração ilegal uma emergência nacional, e incumbiu os militares dos EUA de auxilar na segurança das fronteiras.
Proibiu ainda o asilo e adotou medidas para restringir a cidadania de crianças nascidas em solo americano.
A ordem executiva de Trump, de 20 de Janeiro, instruiu o Pentágono para enviar tantas tropas quantas fossem necessárias para obter "controlo operacional completo da fronteira sul dos Estados Unidos".
"Dentro de 90 dias, os chefes do Departamento de Defesa e do Departamento de Segurança Interna precisarão recomendar se poderão ser necessárias ações adicionais, incluindo a invocação da Lei de Insurreição de 1807", afirmou o novo presidente. A Lei da Insurreição de 1807 permite ao presidente dos EUA mobilizar os militares para suprimir a insurreição interna e foi usada no passado para reprimir a agitação civil.
Trump reconquistou a Casa Branca em novembro de 2024, depois de prometer, durante a campanha, a intensificação da segurança nas fronteiras e a deportação de um número recorde de migrantes entrados ilegalmente no país ou culpados de diversos crimes.
Criticou igualmente Biden pelos níveis elevados de imigração ilegal.