Ex-advogado de Trump condenado a três anos de prisão

por RTP
Andrew Kelly - Reuters

Michael Cohen, ex-advogado de Donald Trump, foi condenado a três anos de prisão efetiva depois de se declarar culpado por uma série de crimes, entre os quais violação das leis de financiamento das campanhas eleitorais, evasão fiscal e por ter mentido ao Congresso sobre o seu papel na campanha eleitoral do atual inquilino da Casa Branca.

Condenado por um juiz federal de Manhattan, Nova Iorque, o antigo advogado pessoal de Trump obteve uma pena mais moderada do que era esperado, depois de ter diretamente implicado o chefe de Estado.

"Várias vezes senti que era meu dever encobrir os seus golpes sujos", declarou Michael Cohen.

O Ministério Público tinha pedido uma pena de entre 51 e 63 meses pela "gravidade" das "flagrantes violações" de Cohen das leis eleitorais, bem como por ter "deliberadamente" emitido "declarações falsas" sobre as negociações de uma potencial Torre Trump em Moscovo, que acabou por não ser construída.

Cohen, que compareceu no tribunal acompanhado da sua família, declarou-se culpado de oito crimes de evasão fiscal, falsas declarações a um banco e violações da lei de financiamento de campanhas eleitorais.

Cohen foi durante vários anos conhecido como o braço-direito de Trump em questões legais e empresariais e torna-se o primeiro membro do círculo mais próximo do Presidente a ser condenado apena de prisão.

Esta é a sentença mais pesada nos processos saídos das investigações sobre as suspeitas da interferência russa nas eleições presidenciais de 2016.

O ex-advogado de Trump é ainda acusado de ter comprado o silêncio de mulheres que, durante a campanha presidencial, alegaram ter mantido relacionamentos íntimos com o candidato republicano. 

Esta quarta-feira, Donald Trump afirmou aos jornalistas da Reuters que “supunha que, visto que Cohen era um advogado, saberia o que estava a fazer”.
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