Ex-polícia condenado a sete anos de prisão pela invasão do Capitólio

por Lusa
Thomas Robertson, ex-sargento da polícia, foi condenado por ter entrado no Capitólio numa área restrita com uma arma perigosa Reuters

Um antigo polícia da Virgínia, que invadiu o Capitólio dos Estados Unidos com um colega, foi condenado a sete anos de prisão, igualando a pena mais extensa aplicada até agora envolvendo o ataque mortal.

Thomas Robertson, ex-sargento da polícia de Rocky Mount, no estado da Virgínia, não prestou declarações no tribunal antes de o juiz distrital dos EUA, Christopher Cooper, ler a sentença de sete anos e três meses de prisão.

O ex-polícia também foi condenado a três anos de liberdade condicional, após cumprir a pena de prisão.

Os procuradores federais pediram uma sentença de oito anos de prisão para Robertson, sendo que a sentença aplicada é igual à de Guy Reffitt, um homem do Texas que atacou o Congresso norte-americano armado com uma arma no coldre.

A redução da pena deveu-se aos 13 meses que o antigo polícia já cumpriu em detenção.

Em abril, um júri condenou Robertson por atacar o Capitólio em 6 de janeiro de 2021, quando apoiantes do ex-presidente Donald Trump, incentivados por este, invadiram o espaço na tentativa de impedirem o Congresso de certificar a vitória eleitoral do presidente Joe Biden, num motim que resultou em mortos.

Os jurados consideraram o ex-polícia culpado de todas as seis acusações, incluindo de que este interferiu com polícias no Capitólio e que entrou numa área restrita com uma arma perigosa, uma grande vara de madeira.

Robertson viajou para Washington na manhã de 6 de janeiro com um outro agente de folga, Jacob Fracker, e um terceiro homem, um vizinho que não foi acusado neste caso.

Fracker deveria ter sido julgado ao lado de Robertson, mas declarou-se culpado de uma acusação de conspiração em março e concordou em cooperar com as autoridades federais.

O juiz distrital deverá anunciar a sentença de Fracker na terça-feira.

Os procuradores pediram a Christopher Cooper para poupar Fracker a uma pena de prisão efetiva e, ao invés, a aplicar seis meses de liberdade condicional, juntamente com um período de detenção domiciliária ou "confinamento comunitário", pela sua colaboração no caso.

 

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