Ex-presidente da Catalunha Carles Puigdemont detido em Itália

por RTP
Yves Herman - Reuters

O ex-presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, foi detido esta quinta-feira na Sardenha pela polícia italiana.

Carles Puigdemont era alvo de um mandado de captura internacional emitido pelo Supremo Tribunal Federal.

Gonzalo Boye, advogado do líder da independência, confirmou ao diário El Pais que o seu cliente estava em Itália para uma reunião.
Espanha acusa Puigdemont de sedição na sequência do referendo à independência em 2017 que a justiça considerou ilegal.
Puigdemont passou a noite numa prisão em Sassari. 

O antigo presidente da "Generalitat", que é também eurodeputado, foi detido pelos agentes à paisana assim que saiu do avião em Alghero, disse o delegado do governo da Catalunha em Itália.

Inicialmente havia a informação de que a audiência iria decorrer esta sexta-feira, mas o chefe de gabinete de Puigdemont já veio dizer que ainda não há confirmação se a audiência será ainda hoje ou amanhã ainda. Segundo uma nota do gabinete de Puigdemont, este será levado ao Tribunal de Justiça de Sássari, também na Sardenha, para que seja decidida a sua libertação ou extradição.

Para além do seu advogado, Puigdemont está também a ser acompanhado por uma equipa de advogados italianos.

Fontes consultadas pelo jornal espanhol adiantaram que o ex-presidente da Catalunha estava na ilha de Sardenha para participar em vários eventos, nomeadamente no Aplec Internacional Adifolk, um evento de cultura popular. Iria também reunir-se com prefeitos da Sardenha e autoridades municipais pró-independência.

Um dos eventos iria contar com a participação de Victòria Alsina, responsável pela pasta dos Negócios Estrangeiros na Catalunha, e com Laura Borràs, presidente do parlamento da Catalunha.

O Governo espanhol considerou, em comunicado, que a prisão de Puigdemont corresponde a um procedimento judicial em curso que se aplicar a qualquer cidadão da União Europeia que tem de responder perante os tribunais”. “Deve ser presente à Justiça como qualquer outro cidadão”, acrescenta.

O atual presidente da Catalunha, Pere Aragones –também um separatista- já veio condenar o que chamou de “perseguição” a Puigdemont.

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