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Flotilha de ajuda a Gaza regressa a Barcelona devido a tempestade

A flotilha de dezenas de barcos que partiu para Gaza no domingo, transportando ajuda humanitária e ativistas pró-Palestina - incluindo a ativista climática Greta Thunberg e a deputada portuguesa Mariana Mortágua - teve de regressar ao porto de Barcelona devido a uma tempestade que se abateu sobre a costa catalã, anunciaram os organizadores esta segunda-feira.

Joana Raposo Santos - RTP /
Participam nesta missão três portugueses: a deputada bloquista Joana Mortágua, a atriz e modelo Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte. Foto: Nacho Doce - Reuters

"Fizemos uma prova de mar e regressámos ao porto para deixar passar a tempestade. Isto significou atrasar a nossa partida para evitar o risco de complicações com os barcos mais pequenos", explicou a Missão Global Sumud Flotilla em comunicado, acrescentando que os ventos tinham sido de cerca de 56 quilómetros por hora.

Segundo o diário El País, a organização aproveitou o que descreve como uma "paragem técnica" para fazer alguns ajustes finais nos barcos que compõem a flotilha.

As embarcações tinham partido às 15h00 de domingo, observadas por uma multidão que aplaudiu a passagem dos barcos, que deveriam fazer uma paragem na Tunísia a 4 de setembro.

Tiveram, porém, de regressar na noite de domingo. Agora, a intenção é que voltem a partir já no início da tarde desta segunda-feira, segundo o El País.Três portugueses participam na missão
Participam nesta missão humanitária personalidades de vários países, nomeadamente o ator Liam Cunningham, conhecido por ter participado na série Game of Thrones, e a jovem ativista sueca Greta Thunberg.

Vão também a bordo três portugueses: a deputada bloquista Mariana Mortágua, a atriz e modelo Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte.

A flotilha de várias dezenas de barcos tem como objetivo quebrar o bloqueio naval de Israel e entregar alimentos e outros bens humanitário no enclave, devastado por quase dois anos da ofensiva israelita.

Telavive tem argumentado que o bloqueio naval que impôs em 2007 é necessário para impedir o contrabando de armas para o grupo militante palestiniano Hamas. Na visão de Israel, as tentativas de quebrar esse bloqueio - incluindo uma em que participou Greta Thunberg, em junho - são uma manobra de propaganda e de apoio ao Hamas.

O movimento Global Sumud Flotilla, também chamado de Flotilha da Liberdade, foi fundado em 2010. A palavra “sumud” traduz-se do árabe como "persistência ou perseverança constante".

c/ agências
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