Futuro da Ucrânia. Reino Unido e Suécia admitem enviar tropas de manutenção de paz
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou no domingo estar “pronto e disposto” a enviar tropas para a Ucrânia, caso seja necessário, como parte de uma força de manutenção da paz no pós-guerra. A Suécia também anunciou que “não descarta” enviar forças de paz para o país invadido pela Rússia de Vladimir Putin.
“O Reino Unido está pronto para desempenhar um papel de liderança na aceleração do trabalho sobre garantias de segurança para a Ucrânia. Isto inclui um maior apoio às forças armadas ucranianas (...), mas também significa estar pronto para contribuir para as garantias de segurança, enviando as nossas próprias tropas para o terreno, se necessário”, afirmou o líder trabalhista num artigo exclusivo publicado no jornal The Telegraph.
Esta é a primeira vez que o primeiro-ministro britânico diz explicitamente que está a considerar enviar forças de paz britânicas para a Ucrânia, em declarações que surgem poucas horas antes de participar na reunião informal com os líderes europeus, que terá lugar esta segunda-feira em Paris.
"Não digo isto de ânimo leve", acrescentou Keir Starmer, dizendo compreender "a responsabilidade que acompanha o potencial de pôr em risco" os militares britânicos. “Mas ajudar a garantir a segurança da Ucrânia significa ajudar a garantir a segurança do nosso continente e a segurança do nosso país", sublinhou.
“O fim desta guerra, quando chegar, não pode tornar-se apenas uma pausa temporária antes de Putin voltar a atacar", escreveu Starmer no Daily Telegraph.
Na opinião do líder britânico, alcançar uma “paz duradoura” na Ucrânia requer uma cooperação estreita entre a Europa e os Estados Unidos e por isso propôs que o Reino Unido atue como uma ponte para que "isso aconteça".
“Só os Estados Unidos podem dissuadir Putin de atacar novamente”, disse Starmer, que irá reunir-se com o presidente norte-americano, Donald Trump, nos próximos dias e trabalhar com o G7 para chegar a um acordo "sólido".
Suécia não descarta enviar forças de paz para a Kiev
Depois do Reino Unido, a Suécia também anunciou que “não descarta” enviar forças de paz para a Ucrânia.
"Precisamos primeiro de negociar agora uma paz justa e duradoura que respeite o direito internacional (...). Quando tivermos essa paz estabelecida, ela terá que ser mantida e, para isso, o nosso governo não descarta nada", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros da Suécia, esta segunda-feira.
Starmer deverá juntar-se ao ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, ao primeiro-ministro polaco, à primeira-ministra italiana, ao secretário-geral da NATO, à presidente da Comissão Europeia e a outros líderes europeus, em Paris, esta segunda-feira, depois de o presidente francês, Emmanuel Macron, ter convocado negociações sobre a Ucrânia.
A reunião de líderes europeus tem como objetivo discutir a postura do presidente norte-americano face à Ucrânia, depois de Donald Trump ter surpreendido os aliados europeus na NATO e na Ucrânia na semana passada, quando anunciou que tinha conversado com o homólogo russo, Vladimir Putin, e que iria iniciar um processo de paz.
O enviado de Trump à Ucrânia, Keith Kellogg, sugeriu que os líderes europeus não teriam lugar nas conversações de paz, o que gerou uma onda de críticas por parte dos aliados do bloco europeu.
“Devemos deixar claro que a paz não pode vir a qualquer custo”, salientou Keir Starmer, reiterando que “a Ucrânia deve estar à mesa nessas negociações”.
c/ agências
Esta é a primeira vez que o primeiro-ministro britânico diz explicitamente que está a considerar enviar forças de paz britânicas para a Ucrânia, em declarações que surgem poucas horas antes de participar na reunião informal com os líderes europeus, que terá lugar esta segunda-feira em Paris.
"Não digo isto de ânimo leve", acrescentou Keir Starmer, dizendo compreender "a responsabilidade que acompanha o potencial de pôr em risco" os militares britânicos. “Mas ajudar a garantir a segurança da Ucrânia significa ajudar a garantir a segurança do nosso continente e a segurança do nosso país", sublinhou.
“O fim desta guerra, quando chegar, não pode tornar-se apenas uma pausa temporária antes de Putin voltar a atacar", escreveu Starmer no Daily Telegraph.
Na opinião do líder britânico, alcançar uma “paz duradoura” na Ucrânia requer uma cooperação estreita entre a Europa e os Estados Unidos e por isso propôs que o Reino Unido atue como uma ponte para que "isso aconteça".
“Só os Estados Unidos podem dissuadir Putin de atacar novamente”, disse Starmer, que irá reunir-se com o presidente norte-americano, Donald Trump, nos próximos dias e trabalhar com o G7 para chegar a um acordo "sólido".
Suécia não descarta enviar forças de paz para a Kiev
Depois do Reino Unido, a Suécia também anunciou que “não descarta” enviar forças de paz para a Ucrânia.
"Precisamos primeiro de negociar agora uma paz justa e duradoura que respeite o direito internacional (...). Quando tivermos essa paz estabelecida, ela terá que ser mantida e, para isso, o nosso governo não descarta nada", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros da Suécia, esta segunda-feira.
Starmer deverá juntar-se ao ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, ao primeiro-ministro polaco, à primeira-ministra italiana, ao secretário-geral da NATO, à presidente da Comissão Europeia e a outros líderes europeus, em Paris, esta segunda-feira, depois de o presidente francês, Emmanuel Macron, ter convocado negociações sobre a Ucrânia.
A reunião de líderes europeus tem como objetivo discutir a postura do presidente norte-americano face à Ucrânia, depois de Donald Trump ter surpreendido os aliados europeus na NATO e na Ucrânia na semana passada, quando anunciou que tinha conversado com o homólogo russo, Vladimir Putin, e que iria iniciar um processo de paz.
O enviado de Trump à Ucrânia, Keith Kellogg, sugeriu que os líderes europeus não teriam lugar nas conversações de paz, o que gerou uma onda de críticas por parte dos aliados do bloco europeu.
“Devemos deixar claro que a paz não pode vir a qualquer custo”, salientou Keir Starmer, reiterando que “a Ucrânia deve estar à mesa nessas negociações”.
c/ agências