Governo brasileiro rejeita "atos de intimidação" contra venezuelano Juan Guaidó

por Lusa

O Governo brasileiro rejeitou "veementemente", na segunda-feira, os atos de "intimidação" contra Juan Guaidó, líder da oposição a Nicolás Maduro e a quem o Brasil, juntamente com 50 outros países, reconhece como Presidente interino da Venezuela.

"O Governo brasileiro rechaça veementemente os atos de intimidação perpetrados por forças de segurança do regime de Nicolás Maduro contra o Presidente encarregado da Venezuela, Juan Guaidó, e outras lideranças democráticas na data de hoje", indicou, em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

O texto foi difundido pelo Governo de Jair Bolsonaro algumas horas após efetivos das Forças de Ações Especiais (FAES), da Polícia Nacional Bolivariana, tentarem encontrar o líder político opositor Juan Guaidó, detendo, entretanto, o ex-vice-presidente do parlamento, o oposicionista Freddy Guevara.

As ações das FAES foram denunciadas através da rede social Twitter por Fabiana Rosales, mulher de Juan Guaidó, que confirmou, posteriormente e pela mesma via, a detenção de Freddy Guevara.

"Neste momento, os funcionários de FAES estão na cave da minha casa. Homens encapuzados com armas rodeiam a carrinha onde está o `Presidente` Juan Guaidó", escreveu Fabiana Rosales no Twitter.

Entretanto, a equipa de comunicação de Guaidó partilhou, através das redes sociais, várias fotografias em que é possível ver pessoas em uniforme, armadas, alegados efetivos das FAES, no edifício onde aquele dirigente da oposição reside, em Santa Fé, no leste de Caracas.

"Os atos praticados colocam em dúvida a efetiva disposição do regime de estabelecer diálogo e negociações de boa-fé com as forças democráticas venezuelanas, com vista à realização de eleições livres e transparentes no país", avaliou o executivo brasileiro, no comunicado.

O executivo de Bolsonaro concluiu o texto frisando que continua a apoiar "uma solução pacífica, constitucional e liderada pelos próprios venezuelanos para colocar fim à grave crise por que passa o país vizinho".

"Chama a atenção, contudo, para o que parece ser uma nova tentativa do regime de inviabilizar processos negociadores capazes de promover uma transição democrática no país", terminou.

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