Governo britânico admite vacinação obrigatória nos hospitais. Covid continua a crescer

por RTP
Boris Johnson num centro de vacinação. Imagem de arquivo Reuters

O Governo britânico já admite tornar obrigatória a vacinação para todos os funcionários Serviço Nacional de Saúde. O número de casos e de vítimas mortais continua a aumentar na Grã-Bretanha. Crescimento a rondar os 15 por cento que voltou a colocar sob pressão os hospitais.

Ainda não há uma decisão final mas o Governo britânico está a ponderar a possibilidade de tornar obrigatória a vacinação para qualquer trabalhador no Serviço Nacional de Saúde.

Sajid David, responsável pela pasta da Saúde, afirmou à Sky News que a vacinação obrigatória iria proteger os doentes. "Estamos a considerar isso", admitiu este elemento do Governo de Boris Johnson. "Ainda teremos que tomar uma decisão final mas estamos inclinados nesse sentido".

Palavras que chegam numa altura em que o número de casos na Grã-Bretanha continua a crescer. Este domingo foram mais 39.962 novos casos e 72 mortes. Foi o domingo com mais vítimas mortais desde o início de março.

Nos últimos sete dias, na Grã-Bretanha, 333.465 pessoas testaram positivo à Covid-19, um aumento de 15 por cento em comparação com a semana anterior. E a pior desde a semana de 21 de julho.

Apesar de a vacinação e o maior conhecimento da doença terem reduzido o número de mortes, em comparação com outras ondas, não deixa também de ser verdade que os hospitais britânicos voltaram nos últimos dias a sentir a pressão de outros tempos, com muitas pessoas que acabam a ocupar uma cama.

Os britânicos, que começaram em força no arranque do processo de vacinação, estão agora a sentir dificuldades em chegar aos 85 por cento da populaçáo com a vacinação completa. 

Dados oficiais indicam que nesta altura 79,2% da população britânica recebeu as duas doses da vacina.

Conselheiros de saúde do Governo britânico já alertaram para a possibilidade de nos próximos dias serem reintroduzidas medidas de controlo da pandemia, tais como o teletrabalho, ou outras mais severas.

Apesas da situação cada vez mais difícil, o primeiro-ministro britânico continua a colocar de parte a possibilidade de um novo confinamento. "Não vemos nada que indique esse necessidada agora", disse Boris Johnson. 
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