Médio Oriente. Televisão israelita dá conta da morte do sucessor de Nasrallah
Médio Oriente. Exército israelita está em três frentes de combate
Força Aérea Portuguesa fez regressar 41 portugueses e estrangeiros a Portugal
Hamas confirma morte de comandante em ataque israelita na Cisjordânia
Em comunicado, as brigadas indicaram que um dos seus líderes, Zahi Yaser Awfi, morreu no bombardeamento israelita de quinta-feira em Tulkarem.
Anteriormente, os militares israelitas tinham reportado a morte de "sete terroristas", incluindo Awfi, que descreveu como o líder do Hamas em Tulkarem, e "outros membros proeminentes do grupo".
As forças israelitas anunciaram ainda a morte neste ataque de Jit Radwan, membro da Jihad Islâmica Palestiniana, a quem as forças armadas atribuem um papel chave na milícia, o que não foi corroborado pelas Brigadas al Qassam.
O braço armado do Hamas acrescentou na sua nota que juntamente com Awfi, outros sete militantes da organização e 20 civis também morreram, reportando ainda um número indeterminado de feridos.
Por seu lado, o Ministério da Saúde palestiniano referiu que 18 pessoas morreram no ataque.
O bombardeamento foi realizado em coordenação com o serviço nacional de informações israelita, Shin Bet.
É o ataque israelita mais mortífero contra a Cisjordânia desde a Segunda Intifada (2000-2005).
Segundo a agência de notícias palestiniana Wafa, um míssil atingiu um café popular localizado no beco Al Hamam, no campo de refugiados de Tulkarem.
Os militares sustentam que Awfi planeava realizar uma "operação terrorista" dentro de Israel "em breve".
Em comunicado, o Exército detalha que Awfi preparou e dirigiu um ataque com um carro armadilhado na zona de Atara, em 02 de setembro, e que planeava "realizar várias outras grandes operações terroristas" na Cisjordânia e no interior de Israel.
O porta-voz da presidência da Autoridade Palestiniana, Nabil Abou Rudeina, condenou o "massacre" e considerou o governo de Benjamin Netanyahu "totalmente responsável" pelas "repercussões deste crime atroz" contra o povo palestiniano.
As Nações Unidas condenaram a operação, que qualificaram de "ilegal", de Israel sobre o campo de refugiados na Cisjordânia ocupada.
Só em Tulkarem, pelo menos 94 palestinianos morreram desde janeiro, incluindo oito menores de 15 e 17 anos, segundo a contagem da agência Efe.
Israel em três frentes simultâneas de guerra
Americano morto no Líbano era cidadão dos EUA
Hezbollah lançou hoje mais de 220 projéteis contra o norte de Israel
As autoridades militares israelitas têm relatado ao longo do dia vários ataques do Hezbollah, que no total ascendem aos referidos 180 projéteis.
Pouco depois das 23:15 (21:15 em Lisboa), as Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que cerca de 222 projéteis foram disparados hoje desde o Líbano para o seu território.
De acordo com as FDI, a maioria dos projéteis foi derrubado e não causou vítimas.
Os `rockets` lançados pelo Hezbollah que não foram abatidos no ar caíram em zonas desabitadas, provocando incêndios na zona.
O norte de Israel tem vindo a sofrer os efeitos dos incêndios resultantes do impacto dos projéteis lançados pela milícia islâmica libanesa.
Por outro lado, as FDI informaram que os ataques lançados na quinta-feira contra várias áreas do Líbano tiveram como alvo instalações do Hezbollah em todo o país.
No sul do Líbano, segundo as FDI, atingiram depósitos de armas e edifícios utilizados pelas milícias, enquanto na capital, Beirute, Israel também destruiu depósitos de armas, salas de comando, gabinetes de informações e equipamento de vigilância.
Sobre os confrontos entre as tropas israelitas e os milicianos do Hezbollah no terreno no sul do Líbano, o grupo islamita informou que disparou contra um grupo de soldados israelitas, sem reportar quaisquer vítimas. No dia anterior, reivindicaram a morte de quase 20 soldados israelitas.
Israel intensificou os bombardeamentos no Líbano desde 23 de setembro, depois de uma ofensiva de 11 meses na Faixa de Gaza, que se seguiu a um ataque do grupo extremista palestiniano Hamas em solo israelita, a que se seguiu um ataque do Hezbollah, grupo considerado terrorista por União Europeia e Estados Unidos.
As forças israelitas iniciaram operações terrestres limitadas no sul do Líbano na madrugada de terça-feira, embora o grupo xiita libanês Hezbollah afirme que está a conter a ofensiva, que até agora está a ter lugar nas aldeias mais próximas da linha divisória comum.
No último ano, segundo o governo, mais de 2.000 pessoas foram mortas e perto de 9.500 ficaram feridas em ataques israelitas em diferentes partes do Líbano.
O relatório refere que a maioria das vítimas ocorreu cerca de duas semanas após o início da campanha de bombardeamentos israelitas em massa.
MNE dá como concluída operação de repatriamento
O C130 da Força Aérea Portuguesa que trouxe um segundo grupo de repatriados do Líbano aterrou em Figo Maduro, em Lisboa, pouco depois das 20hH. Para além dos 41 portugueses o voo trouxe também cidadãos espanhois e são tomenses.
Paulo Rangel, o ministro dos negócios estrangeiros, deu como concluída a operação do governo português. No Líbano continuam ainda alguns portugueses que optaram por ficar com as famílias.
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Canal israelita anuncia morte de Hasheem Safieddine, do Hezbollah
Alemanha considera "chocante" ataque israelita a Tulkarem
Hamas confirma morte de um dos seus comandantes em Tulkarem
Mais de 172 mil deslocados no Líbano e centros "completamente cheios" diz governo
O relatório da Presidência do Conselho de Ministros libanesa indica ainda que os bombardeamentos israelitas continuam a concentrar-se no sul do país, nomeadamente nos distritos de Tyre, Marjayoun e Bint Jbeil, zonas que o exército israelita ordenou que fossem evacuadas para ataques aéreos pesados, presumivelmente em preparação para um ataque terrestre contra as forças do movimento extremista pró-iraniano Hezbollah, que ali têm redutos.
A violência dos ataques obrigou mais de 1,2 milhões de pessoas a abandonar as suas casas, a deslocarem-se para casa de familiares, apartamentos alugados, hotéis, a fugir do país ou a procurar refúgio nos 931 abrigos criados pelo Governo.
O número de vítimas aumentou após Israel ter lançado um total de 153 ataques em diferentes partes do Líbano, sobretudo nos subúrbios do sul, leste e sul de Beirute, conhecidos como Dahye, bastião do Hezbollah.
Israel intensificou os bombardeamentos no Líbano desde 23 de setembro, depois de uma ofensiva de 11 meses na Faixa de Gaza, que se seguiu a um ataque do grupo extremista palestiniano Hamas em solo israelita, a que se seguiu um ataque do Hezbollah, grupo considerado terrorista por União Europeia e Estados Unidos.
As forças israelitas iniciaram operações terrestres "limitadas" no sul do Líbano na madrugada de terça-feira, embora o grupo xiita libanês Hezbollah afirme que está a conter a ofensiva, que até agora está a ter lugar nas aldeias mais próximas da linha divisória comum.
No último ano, segundo o governo, mais de 2.000 pessoas foram mortas e perto de 9.500 ficaram feridas em ataques israelitas em diferentes partes do Líbano.
O relatório refere que a maioria das vítimas ocorreu cerca de duas semanas após o início da campanha de bombardeamentos israelitas em massa.
Médio Oriente. Líder supremo do Irão considera "legítimo" ataque a Israel
Ofensiva no Líbano. Israel intensifica ataque a alvos do Hezbollah
Mais de 2.020 mortos no Líbano "desde o início da agressão de Israel"
Voo de repatriamento do Líbano aterrou em Lisboa pelas 20h20
O segundo voo traz a bordo de um C130, operado pela Força Aérea Portuguesa, 41 repatriados, 16 dos quais com a nacionalidade portuguesa e os outros familiares de outras nacionalidades (oito do Líbano, cinco de Espanha, oito de São Tomé, um do Brasil, um de Angola, um da Rússia e um de França). O ministro dos Negócios Estrangeiros aguarda-os no aeroporto de Figo Maduro.
EUA atacaram 15 alvos "militares" Houthi no Iémen
Joe Biden. Israel ainda não decidiu como responder ao Irão
Questionado se Netanyahu está a tentar influenciar as eleições presidenciais norte-americanas, agendadas para 05 de novembro, Biden respondeu: "Não sei, mas não conto com isso".
Onze socorristas mortos em ataques israelitas no sul do Líbano indica Hezbollah
Sete dos membros do CSI foram hoje mortos num "ataque sionista direto às equipas de socorro" no hospital público de Marjayoun, enquanto outros quatro foram mortos em dois outros ataques no sul do Líbano, segundo a organização.
As forças israelitas alegam que grupos como o Hezbollah e Hamas - considerados terroristas pela União Europeia, Estados Unidos e outros países - infiltram os seus membros em organizações humanitárias, incluindo das Nações Unidas, e usam civis como escudos humanos.
Israel e o Hezbollah estão em confronto desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, mas a violência atingiu um nível sem precedentes há cerca de dez dias, quando as forças israelitas iniciaram uma campanha de bombardeamentos maciços, antes de iniciarem uma incursão terrestre.
Neste contexto, desde a semana passada, a zona de Dahye, um importante bastião do Hezbollah nos arredores da capital libanesa, é alvo de intensas vagas de ataques aéreos quase diariamente.
Desde o início das hostilidades, os ataques de Israel mataram mais de mil pessoas e forçaram 1,2 milhões a abandonar as suas casas, principalmente no sul e no leste do país mediterrânico, segundo as autoridades libanesas.
ONU. Número de civis mortos no Líbano devido aos ataques israelitas é "totalmente inaceitável"
"Todas as partes devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para proteger os civis e as infra-estruturas civis e garantir que os civis nunca sejam colocados em perigo”, afirmou.
Exército israelita diz que 7 dos 18 mortos na Cisjordânia eram terroristas
Segundo as forças armadas, sete dos mortos pertenciam aos islamitas do Hamas e à `Jihad` Islâmica, dois dos grupos armados palestinianos responsáveis pelos ataques de 07 de outubro em solo israelita, nos quais morreram 1.200 pessoas.
Entre os mortos estará Ghaith Radwan, a quem Israel atribui uma posição importante na `Jihad` Islâmica. No entanto, a imprensa palestiniana sugere que Radwan é membro das Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, o braço armado dissidente do principal partido da Autoridade Palestiniana, a Fatah.
O exército indicou que o principal alvo da operação era um comandante do Hamas, Zahi Yasser Abdelrazaq Ufi, que, segundo os serviços secretos israelitas, estava a preparar um ataque terrorista para assinalar o aniversário do início da ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza, a 07 de outubro.
Os serviços secretos confirmaram também a sua morte e descreveram o palestiniano como uma "bomba-relógio" que poderia explodir a qualquer momento, segundo o jornal The Times of Israel.
"Israel está em alerta para novos ataques do Hamas no período que antecede o aniversário do massacre, seja em Gaza ou na Cisjordânia", afirmaram as forças de segurança.
Já as autoridades palestinianas calculam em 18 o número de mortos no último ataque israelita ao campo de Tulkarem.
O jornal "Filastin", ligado ao Hamas, confirmou a morte do palestiniano, apelidado de "O Dilúvio", líder das Brigadas Al Qassam, o braço armado do Hamas, acrescentando que duas crianças também foram mortas nos bombardeamentos israelitas.
O porta-voz da presidência da Autoridade Palestiniana, Nabil Abou Rudeina, condenou o "massacre" e considerou o governo de Benjamin Netanyahu "totalmente responsável" pelas "repercussões deste crime atroz" contra o povo palestiniano.
As Nações Unidas condenaram a operação que qualificaram de "ilegal" de Israel sobre o campo de refugiados na Cisjordânia ocupada.
"Este ataque insere-se num contexto muito preocupante de uso ilegal da força por parte das forças de segurança israelitas durante as operações militares na Cisjordânia, que causaram numerosos feridos a palestinianos e danos significativos em edifícios e infraestruturas", afirmou Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, em comunicado.
Médicos Sem Fronteiras denuncia "matança indiscriminada" de civis em Gaza
A presidente dos Médicos Sem Fronteiras França, Isabelle Defourny, defendeu esta sexta-feira ser "absolutamente essencial" que a ajuda humanitária chegue à Faixa de Gaza, em quantidades e a um ritmo "proporcional à urgência"."Tem-se dito repetidamente que a Faixa de Gaza se tornou inabitável, mas tornou-se inabitável", afirmou Isabelle Defourny.
"Mais de dois milhões de pessoas estão praticamente ao relento, debaixo de pedaços de plástico, junto ao mar e, com a chegada do frio, as coisas vão ficar muito más", receia a médica, que considerou esta sexta-feira que a ajuda prestada em Gaza "não é de todo proporcional à gravidade da situação".
One year of all-out war on Gaza: “This has been a year of unrelenting horror and violence against civilians, with no end in sight."
— Doctors w/o Borders (@MSF_USA) October 2, 2024
As conflict continues to spread across the region, an immediate and sustained ceasefire is needed now more than ever.https://t.co/DIhZnTrGu4
Entre outros, a organização internacional apela a um cessar-fogo imediato, ao fim do bloqueio de Israel a Gaza, à abertura de fronteiras terrestres vitais, para garantir que a ajuda humanitária e médica possa chegar aos civis, e à evacuação médica das pessoas que necessitam de cuidados médicos especializados.
ONU condena como "ilegal" bombardeamento israelita na Cisjordânia
Embaixada do Irão em Portugal diz que país agiu de forma "responsável"
Israel insta populações libanesas a recuar a norte do rio Awali
Líbano. Unicef Portugal pede donativos para aquisição de comida e medicamentos
REUTERS/Ricardo Moraes
Alemanha reforça segurança antes de manifestações sobre o 7 de outubro
Movimento armado iraquiano reivindica ataques a forças de Israel
Televisão afeta aos Houthi denuncia ataques dos EUA e RU a três cidades do Iémen
Israel reporta mais de 2.000 alvos atingidos no sul do Líbano
Dois soldados israelitas mortos em combate no norte do país
Fracasso da comunidade internacional deixou o Médio Oriente "à beira de abismo"
Num discurso proferido na delegação de Madrid do Parlamento Europeu, Boucly apelou à comunidade internacional para redobrar os esforços para encontrar uma solução para a questão palestiniana, "tomando simultaneamente medidas urgentes para proteger os civis e aliviar o sofrimento em Gaza e no Líbano".
"Estas medidas incluem um cessar-fogo imediato em Gaza e agora também no Líbano, além da libertação de todos os reféns. Apelo veementemente a todas as partes para que respeitem o direito internacional, incluindo a proteção das pessoas", continuou.
A comissária-adjunta pediu ainda um aumento do financiamento das Nações Unidas para manter e aumentar a resposta humanitária em Gaza.
Para a responsável, o prolongar dos conflitos no Médio Oriente conduzem à "negação e à vulnerabilidade dos Direitos Humanos de gerações de palestinianos".
"Estamos a falar de um dos conflitos mais longos e complexos, um conflito que durante 75 anos gerou e continua a gerar milhares de vítimas", disse Natalie Boucly, frisando que a situação tem conduzido a "ciclos de violência, ódio e destruição".
"É um conflito que hoje está a caminhar de forma alarmante para uma guerra regional com consequências imprevisíveis, mas devastadoras para todos", alertou.
A comissária-adjunta lembrou que o organismo foi concebido para resolver os problemas "a seu tempo" e lamentou as críticas que são dirigidas contra as Nações Unidas.
"É possível que já tenham ouvido dizer que a UNRWA faz parte do problema e não da solução, ou que, pela sua mera existência, contribuiu para perpetuar a questão dos refugiados palestinianos. A verdade é que a UNRWA nunca pretendeu ser a solução para o conflito israelo-palestiniano. Não é esse o nosso mandato", disse criticando a "comunidade internacional".
"A responsabilidade pela resolução do conflito não cabe à UNRWA, que é uma agência humanitária e de desenvolvimento das Nações Unidas, mas sim às próprias partes em conflito e à comunidade internacional", sublinhou.
Boucly disse ainda que os riscos de fome são constantes na Faixa de Gaza, onde 96% da população enfrenta altos níveis de insegurança alimentar aguda.
"Se as condições não melhorarem, estaremos certamente a falar de fome até ao final do ano", afirmou.
"Há uma atmosfera de desespero e de ilegalidade em Gaza. Os saques são frequentes e não há ninguém responsável pela lei e pela ordem. A quantidade de ajuda que chega é insuficiente e continua a diminuir. Estas são condições verdadeiramente impossíveis para os trabalhadores humanitários que têm de arriscar a vida todos os dias, muitos dos quais também foram deslocados e perderam tudo", afirmou.
Da mesma forma sublinhou a importância de um cessar-fogo na região e da rápida libertação dos reféns, que descreveu como "urgente" tendo também mencionado a situação económica das populações.
"Milhares de trabalhadores palestinianos que trabalhavam em Israel antes de 07 de outubro (de 2023) estão agora desempregados na Cisjordânia, enquanto as restrições israelitas à mobilidade estão a estrangular a economia", acusou.
"Não há outro caminho senão a procura de uma solução justa e duradoura para os palestinianos. E agora a situação no Líbano reflete também a urgência de pôr fim ao conflito israelo-palestiniano, porque o mundo não pode permitir que o Líbano se transforme numa outra Gaza", alertou.
ONU alerta para situação de trabalhadores migrantes no Líbano
A OIM chama a atenção para a situação dos 170 mil trabalhadores migrantes do Líbano, muitos dos quais são mulheres de países como a Etiópia, o Quénia, o Sri Lanka, o Sudão, o Bangladesh e as Filipinas.
“Estamos a receber cada vez mais relatos de trabalhadores domésticos migrantes que são abandonados pelos seus empregadores libaneses, deixados na rua ou nas suas casas quando os seus patrões fogem”, afirma Mathieu Luciano, chefe do gabinete da OIM no Líbano.
“As opções de abrigo são muito limitadas”, acrescentou Luciano numa conferência de imprensa em Genebra, através de vídeo a partir de Beirute, acrescentando que na quinta-feira visitou um abrigo na capital que alberga 64 famílias sudanesas ‘que não têm para onde ir’.
A OIM está a receber cada vez mais pedidos de migrantes que procuram ajuda para regressar a casa. Muitos países também pediram a ajuda da agência para evacuar os seus cidadãos.
No entanto, “isso exigiria um financiamento significativo - de que não dispomos atualmente”, acrescenta.
A situação dos trabalhadores migrantes no Líbano é precária, uma vez que o seu estatuto legal está frequentemente ligado ao empregador, ao abrigo do sistema de patrocínio “kafala” que rege a mão-de-obra estrangeira.
Ataques israelitas no Líbano deixam três hospitais fora de serviço
O hospital Sainte Thérèse, perto dos subúrbios do sul, anunciou que tinha cessado os seus serviços devido aos ataques israelitas nas proximidades, tal como dois outros hospitais no sul do Líbano, segundo a agência.
Militares israelitas afirmam que abateram 250 combatentes do Hezbollah
O tenente-coronel Nadav Shoshani disse que os militares ainda estavam a avaliar os danos causados pelos ataques aéreos no sul de Beirute na noite de quinta-feira, que teve como alvo a sede de inteligência do Hezbollah.
Portugueses repatriados do Líbano chegam ao fim do dia a Figo Maduro
No C130 seguem também cidadãos do Líbano, Espanha, São Tomé, Brasil, Angola, Rússia e França.
Irão apoia "firmemente" o Líbano
“A República Islâmica do Irão está e estará firmemente ao lado dos seus amigos no Líbano”, disse Araghchi aos jornalistas, acrescentando que Teerão apoia o Líbano, a sua comunidade muçulmana xiita e o Hezbollah, ‘e era necessário dizê-lo pessoalmente’.
Anne Applebaum. Historiadora entrevistada na Janela Global da RTP3
Editora da revista The Economist, integrou o conselho editorial do diário norte-americano The Washington Post, de 2002 a 2006, além da revista Slate.Anne Applebaum destaca-se no tratamento de temas relacionados com o desenvolvimento da sociedade civil na Europa oriental e central.
Foi ainda editora da publicação The Spectator e colunista dos britânicos Daily Telegraph e Sunday Telegraph. Escreveu ainda para The Independent.
Na Economist, cobriu momentos históricos na Europa de leste, antes e após a queda do Muro de Berlim, em 1989.
Soldados israelitas realizam buscas generalizadas em Hebron
A maioria das pessoas detidas foi levada da cidade de Beit Ummar, segundo informações.
Grupos de defesa dos direitos humanos e organizações internacionais têm alegado abusos generalizados contra os presos detidos por Israel em rusgas na Cisjordânia ocupada.
Descreveram alegados tratamentos abusivos e humilhantes, incluindo a detenção de detidos com os olhos vendados e algemados em jaulas apertadas, bem como espancamentos, intimidação e assédio.
Ataques israelitas obrigam ao encerramento do hospital libanês de Marjayoun
O hospital era um dos principais prestadores de serviços médicos no sul do Líbano, sobretudo porque a intensificação da campanha aérea israelita, que teve início em 23 de setembro, deslocou muitos profissionais de saúde da região.
Israel também atacou o centro da organização islâmica de saúde em Khirbet Selem, segundo a agência noticiosa nacional do Líbano.
De acordo com os meios de comunicação social afiliados ao Hezbollah, mais um membro do serviço de ambulâncias morreu e outro ficou ferido quando efetuava serviços de socorro nos subúrbios do sul de Beirute, que foi intensamente bombardeada na noite anterior.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, manteve uma série de reuniões diplomáticas, a fim de pressionar Israel a permitir que as equipas de socorro e salvamento transfiram em segurança as vítimas dos ataques aéreos.
Desde o início dos combates entre Israel e o Hezbollah, há um ano, foram mortos pelo menos 102 paramédicos libaneses.
RTP em Telavive. Dirigente do Hamas visado por ataque em Tulkarem
Khamenei reivindica legitimidade do lançamento de mísseis sobre Israel
Foto: Gabinete do supremo líder do Irão via EPA
Na noite de quinta para sexta-feira, Israel voltou a bombardear a capital do Líbano. Anuncia ter eliminado mais um alto dirigente do Hezbollah.
RTP em Beirute. Segundo repatriamento "decorreu com muita normalidade"
Irão vai atingir instalações de energia e gás israelitas se for atacado
“Se os ocupantes cometerem um erro, vamos atacar todas as suas fontes de energia, instalações e todas as refinarias e campos de gás”, disse Fadavi.
Irão defende cessar-fogo simultâneo no Líbano e na Faixa de Gaza
Israel destrói túnel de contrabando de 3,5 quilómetros da Síria para o Líbano
De acordo com as IDF, o túnel era operado pela Unidade 4400 do Hezbollah, encarregada de entregar ao Líbano armas provenientes do Irão e dos seus representantes.
O ataque destruiu o túnel através do qual as armas eram transportadas e armazenadas, bem como edifícios, depósitos de armas e outras infraestruturas nas imediações, segundo os militares.
Um outro ataque noturno teve como alvo “infraestruturas” no posto fronteiriço de Masnaa, entre o Líbano e a Síria, depois de as IDF terem identificado tentativas de entrega de armas iranianas ao Hezbollah.
As IDF intensificaram os esforços para impedir a entrega de armas do Irão ao Hezbollah através da Síria. Na terça-feira, o comandante da Unidade 4400 do Hezbollah foi morto num ataque a Beirute.
Grupo de portugueses, espanhóis e franceses retirado do Líbano
Medicamentos da OMS chegam a Beirute
Estão previstos mais dois voos para esta tarde e outro para amanhã, segundo o responsável da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.The first flight with @WHO medical supplies - enough to treat tens of thousands of people with injuries - arrived in Beirut, #Lebanon, an hour ago.
— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) October 4, 2024
Two more flights are planned to arrive this afternoon, carrying more trauma supplies, as well as mental health and cholera… pic.twitter.com/tK2lE1VlYw
Israel tem "mais surpresas reservadas" para o Hezbollah
“O Hezbollah está a receber golpes muito severos, um após o outro. Eliminámos [o chefe do Hezbollah, Hassan] Nasrallah e temos mais surpresas reservadas, algumas das quais já foram levadas a cabo e outras ainda o serão”, afirmou durante uma visita ao quartel-general da 36ª Divisão no norte de Israel. As tropas da divisão estão a operar no sul do Líbano.
“A divisão de mísseis e foguetes [do Hezbollah] sofreu um duro golpe. Uma parte significativa foi destruída em resultado de uma operação precisa e de alta qualidade. O quartel-general de comando e controlo, as comunicações, toda a liderança [da força de elite Radwan] e, de facto, todo o segundo e terceiro escalões de comando abaixo de Nasrallah foram eliminados”, frisa.
Gallant acrescenta que as IDF estão “a levar a cabo uma operação esta sexta-feira em várias aldeias, e este processo continuará sempre que necessário para destruir todas as infraestruturas a partir das quais o Hezbollah planeava levar a cabo ataques”.
Maioria dos abrigos para deslocados no Líbano está cheia
“A maioria dos cerca de 900 abrigos coletivos estabelecidos pelo governo no Líbano já não tem capacidade”, afirmou Rula Amin, do ACNUR, numa conferência de imprensa em Genebra.
“Com a chegada do inverno, o ACNUR receia que as condições de vida das pessoas afetadas pela escalada do conflito só possam piorar”, acrescentou.
Israel confirma ataque do Hezbollah em Haifa
O Hezbollah tinha anunciado o ataque numa declaração no Telegram.
Petróleo continua a subir após revalorização de 5% devido às tensões no Médio Oriente
Às 09:30 em Lisboa, o petróleo Brent, a referência na Europa, subia 0,90% para 78,30 dólares por barril, contra 77,60 dólares na quinta-feira, segundo dados da Bloomberg.
Os mesmos dados indicam que o barril de petróleo subiu 9,2% desde segunda-feira.
Entretanto, o West Texas Intermediate (WTI), a referência norte-americana, também subiu hoje e, antes da abertura oficial do mercado, atingiu 74,22 dólares por barril, mais 0,7% do que na quinta-feira, depois de ter disparado 5,9% na quinta-feira.
Em relação a segunda-feira, o barril de WTI valorizou-se 8,9%.
O Brent reage a declarações de improviso do presidente dos EUA, Joe Biden, de que se está a estudar a possibilidade de Israel atacar as instalações petrolíferas do Irão, divulgou a Bloomberg na quinta-feira.
Depois da declaração de Biden, o Brent subiu para o nível mais alto do último mês.
Os investidores receiam também que a escalada de violência leve o Irão a bloquear o Estreito de Ormuz, ponto estratégico por onde passa um quinto do fornecimento mundial de petróleo, ou atacar as infraestruturas petrolíferas da Arábia Saudita.
Os investidores estão atentos igualmente ao excesso de produção de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo [OPEP] e ao facto de os fornecimentos mundiais de petróleo nunca terem sido interrompidos pelo conflito no Médio Oriente.
Por seu lado, a OPEP já garantiu que tem capacidade para compensar se for preciso a perda total da oferta iraniana, no caso de Israel destruir as instalações petrolíferas do país.
Nações muçulmanas com inimigo comum e ataque iraniano com mísseis balísticos foi legítimo
O Ayatollah Khamenei frisou que, “o nosso inimigo é um só”, acrescentando que “todos os países têm o direito de se defender dos agressores”.
“As nações muçulmanas têm de se defender contra o inimigo comum, do Afeganistão ao Iémen, do Irão à Faixa de Gaza e ao Líbano”, acrescentou durante um sermão na mesquita Imam Khomeini Grand Mosalla.
Para Khamenei, “o ataque do Hamas de 7 de outubro e o recente ataque com mísseis balísticos do Irão contra Israel são legítimos”.
“O povo palestiniano tem o direito legal de se defender. Enfrentar esses criminosos - as forças de ocupação. Não há um único tribunal ou organização internacional que possa culpar o povo palestiniano por defender simplesmente a sua pátria”.
Khamenei proferiu o sermão - o seu primeiro em quase cinco anos - perante milhares de fiéis que transportavam retratos dos líderes mortos do “eixo de resistência” do Irão contra Israel e os Estados Unidos.
Alguns seguraram a bandeira verde e amarela do Hezbollah, enquanto outros seguraram a bandeira palestiniana.
Hezbollah reivindica ataque a base militar de Ilania
Uma declaração do Hezbollah no Telegram diz que o ataque foi realizado às 10h20 (07h20 GMT) em resposta aos ataques israelitas em curso contra libaneses e palestinianos.
Não houve relatos imediatos de mortes ou danos.
Unicef afirma que 690 crianças ficaram feridas no Líbano em seis semanas
“Este conflito catastrófico está a afetar gravemente as crianças. Os médicos dizem-nos que tratam crianças com hemorragias, feridas e partidas, sofrendo tanto física como psicologicamente”, afirmou Adele Khodr, diretora regional da UNICEF, em comunicado.
“Muitas sofrem de ansiedade, recordações e pesadelos relacionados com as explosões. Nenhuma criança deveria ser exposta a situações tão horríveis”.
Os ferimentos mais comuns incluem concussões, ferimentos por estilhaços e perda de audição devido às explosões, disse a UNICEF.
Nasrallah foi enterrado “provisoriamente” em local não revelado
“Sayyed Hassan Nasrallah foi enterrado num local provisório, enquanto se aguardam circunstâncias que permitam um funeral popular”, disse a fonte, que pediu anonimato.
Ataques israelitas prosseguem na Faixa de Gaza
Os militares também lançaram bombas que provocaram incêndios em casas no campo de refugiados de Nuseirat, enquanto os aviões de guerra israelitas atingiram vários locais na cidade de Khan Younis, no sul do país, “causando mais vítimas e feridos”, acrescenta a Wafa.
O Ministério da Saúde de Gaza afirmou na quinta-feira que a guerra de Israel contra o enclave matou pelo menos 41 788 palestinianos e feriu 96 794 desde outubro passado.
Israel atacou estrada de ligação entre o Líbano e a Síria
Israel acusa o movimento libanês Hezbollah de contrabandear armas ao longo da estrada que faz a ligação entre o Líbano e a Síria, naquela zona.
De acordo com a agência noticiosa oficial libanesa ANI, "aviões de guerra inimigos (Israel) fizeram um ataque à zona de Masnaa, provocando o corte da estrada internacional".
É nesta zona do vale de Bekaa que se situa o principal posto fronteiriço com a Síria.
Dezenas de milhares de pessoas utilizaram esta estrada nos últimos dias para fugir do Líbano, onde Israel tem feito bombardeamentos intensivos contra o Hezbollah (Partido de Deus).
"A estrada que conduz ao principal corredor humanitário para milhares de libaneses está agora cortada após um ataque israelita", disse à France Presse o ministro libanês dos Transportes, Ali Hamieh.
Israel alegou que o Hezbollah estava a utilizar a estrada para transportar armas da Síria, um aliado do movimento pró-iraniano.
Apoiando o Hamas palestiniano, que está em guerra com Israel na Faixa de Gaza desde outubro de 2023, o Hezbollah abriu uma frente contra Israel há quase um ano.
Israel intensificou os ataques aéreos desde 23 de setembro tendo iniciado "incursões controladas" no terreno.
Resposta de Israel ao Hamas dividiu UE e a própria Comissão Europeia
Em 13 de outubro de 2023, pouco dias depois do atentado do movimento radical Hamas contra território israelita, a partir da Faixa de Gaza, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deslocou-se a Telavive, onde exigiu a libertação dos reféns levados para o enclave palestiniano e disse que Israel "tem direito à sua autodefesa".
Mas, cinco dias depois do atentando, von der Leyen não disse uma palavra sobre a morte de quase 2.000 pessoas na sequência da invasão israelita a Gaza.
A posição, considerada unilateral, da presidente da Comissão Europeia foi criticada dentro do bloco comunitário e destoou do consenso entre os 27 países da UE, que admitiam o direito à autodefesa, mas em respeito pelos direitos da população palestiniana.
O alto representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, apareceu depois para `corrigir` a orientação dos 27, e até o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, se `colou` a esta declaração, exacerbando uma cisão com von der Leyen nesta questão.
Face a questões dos jornalistas ao longo de várias semanas sobre qual era a posição oficial da UE, Borrell convocou uma reunião extraordinária dos ministros dos Negócios Estrangeiros.
A posição oficial foi clarificada: Israel tinha o direito à autodefesa, mas tinha de o fazer sempre em consonância com o respeito pela população palestiniana.
Também houve um apelo para uma intervenção militar proporcionada, numa altura em que os números de mortos em Gaza cresciam exponencialmente, de acordo com a informação transmitida pelas autoridades palestinianas e organizações não-governamentais no terreno.
A segunda polémica surgiu apenas dois dias depois do atentado do Hamas, a propósito do apoio da União Europeia à população palestiniana.
A UE é, de longe, o principal doador para as organizações que operam no enclave palestiniano.
No dia 09 de outubro, o comissário para a Política de Vizinhança, Oliver Varhelyi, anunciou que a Comissão Europeia ia suspender a totalidade dos pagamentos.
Um porta-voz da Comissão Europeia confirmou nesse dia a suspensão, mas horas depois, Janez Lenarcic, o comissário responsável pela ajuda humanitária, contrariou Varhelyi e disse que o executivo comunitário ia continuar a apoiar a população palestiniana.
Mais tarde, a Comissão Europeia anunciou que ia fazer uma investigação para apurar se o dinheiro para apoio humanitário tinha inadvertidamente sido utilizado para financiar as atividades do Hamas, sem restringir o apoio enquanto decorria o inquérito.
A terceira polémica envolveu os Estados-membros e as contribuições para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA).
Israel denunciou no início do ano que funcionários desta agência das Nações Unidas teriam participado no atentado de 07 de outubro e que estavam a facilitar as operações do Hamas na Faixa de Gaza.
Vários países do bloco comunitário, como a Alemanha, Itália, os Países Baixos, Áustria, Finlândia, Estónia e Roménia, interromperam imediatamente as contribuições para aquela agência, apesar dos apelos do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, até ser concluída uma investigação independente.
Portugal, pelo contrário, anunciou um apoio adicional de um milhão de euros. Espanha e Irlanda fizeram o mesmo.
A UNRWA foi o elemento de maior cisão entre os Estados-membros, com uma parte do bloco, a maioria, a cortar o financiamento, enquanto os restantes o mantiveram e, em alguns casos, aumentaram as contribuições.
Depois da polémica inicial, Ursula von der Leyen retirou-se das declarações sobre o conflito entre Israel e o Hamas, deixando para Josep Borrell quaisquer considerações sobre a guerra e a invasão em curso em Gaza.
Com a maioria dos países com posições mais favoráveis a Israel, só alguns como Espanha e a Irlanda, se insurgiram desde o princípio contra os métodos utilizados por Israel para combater os milicianos em Gaza, criticando a desproporcionalidade da intervenção militar.
À medida que o número de civis mortos em bombardeamentos israelitas aumentava e Josep Borrell fazia críticas mais veementes, também os Estados-membros começaram a consensualizar a posição de que Israel podia defender-se, mas tinha de respeitar integralmente a lei humanitária internacional.
Posições difíceis de acertar nas primeiras cimeiras de líderes tornaram-se mais evidentes e hoje a posição da UE é de que Telavive tem o direito à autodefesa, mas tem de o fazer em respeito total pela lei humanitária internacional e defendendo a população civil.
O tom das críticas à intervenção militar de Israel foi aumentando e a UE avançou com um pacote de sanções contra colonos extremistas na Cisjordânia, outro território palestiniano que está a ser fustigado por militares israelitas, através de expropriações, detenções arbitrárias e, em alguns casos, homicídios.
Recentemente, o chefe da diplomacia europeia anunciou que estão a ser consideradas sanções contra elementos do Governo israelita, por posições que apelam ao genocídio e a atentados contra a integridade física dos palestinianos, nomeadamente, Itamar Ben-Gvir, também um colono extremista.
No dia 28 de maio de 2024, Espanha, Irlanda e Noruega avançaram com o reconhecimento do Estado da Palestina, mas são os únicos países da UE até hoje que avançaram com esse reconhecimento.
Conflito Israel-Hezbollah poderá prolongar-se para 2025
A S&P acrescenta em nota sobre o Líbano, divulgada na quinta-feira, que a escalada do conflito, após a morte do líder do movimento xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, e a ação militar de Israel em território libanês "acarretam sérios riscos" para o país.
"Consideramos que o recrudescimento dos combates e dos ataques no Líbano poderá persistir até 2025 e expandir-se para outras partes do país. A perda de vidas humanas, os danos nas infraestruturas, o aumento dos custos fiscais da guerra, a deslocação da população e a diminuição das receitas do turismo, juntamente com a alteração da dinâmica política devido ao enfraquecimento do Hezbollah, exercerão, na nossa opinião, uma forte pressão sobre a economia libanesa", sublinhou a agência.
Além disso -- prossegue -- "atrasará ainda mais as reformas económicas e financeiras e a recuperação a longo prazo das contas fiscais e externas".
Segundo a S&P Global Ratings, que cita dados do Governo libanês, cerca de um milhão de pessoas foram deslocadas devido aos ataques israelitas em curso, situação que é suscetível de prejudicar a estabilidade social do Líbano, tendo igualmente em conta que o país já acolhe cerca de 1,5 milhões de refugiados sírios, "o que coloca as finanças e os serviços públicos sob pressão".
O ambiente político fragmentado do Líbano, a capacidade legal limitada do Governo provisório para promulgar legislação e os atrasos na nomeação de `funcionários-chave` -- incluindo um novo Presidente -- "continuam a impedir as reformas necessárias para iniciar a recuperação económica e sair da situação de incumprimento", afirma a S&P Global Ratings, frisando que a nota não constitui uma reavaliação da notação financeira do país.
O Hezbollah libanês integra o chamado "Eixo da Resistência", uma coligação liderada pelo Irão de que fazem parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes Huthis do Iémen.
O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, morreu no mês passado num bombardeamento israelita da sede da organização, nos subúrbios sul de Beirute.
A morte do líder do movimento xiita libanês Hezbollah aconteceu após a morte do chefe das operações militares e das forças de elite, Ibrahim Aqil, num outro ataque em Beirute.
O Governo do Irão lançou, na noite de terça-feira, cerca de 200 mísseis contra Israel, em retaliação por estas mortes e também da do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, e de um general iraniano.
As Forças de Defesa de Israel, que lançaram esta semana operações terrestres no sul do Líbano, disseram que a maioria dos mísseis foi intercetada com o apoio dos Estados Unidos e Washington garantiu que vai colaborar com Telavive na resposta a Teerão.
O bombardeamento iraniano foi o segundo feito por este país diretamente contra Israel, após um outro realizado em abril em resposta a um ataque aéreo mortal ao consulado iraniano em Damasco, que Teerão atribuiu a Israel.
Um ano após ataque do Hamas região em mudança sob risco de guerra total
Em declarações à agência Lusa, Ian Lesser, responsável pela delegação de Bruxelas do German Marshall Fund, desdramatizou a ideia de inevitabilidade que a situação se agrave ou se espalhe para além do Líbano, sublinhando tratar-se de "um desenvolvimento transformador".
"Temos assistido a uma série de desenvolvimentos transformadores ao longo do último ano. E poderá ter outros efeitos políticos mais alargados na região. Alguns negativos, obviamente, mas também alguns potencialmente positivos a longo prazo. Mas não há dúvida de que estamos num mundo ligeiramente diferente do que estávamos há um ano e não creio que seja inevitável que isto resulte num confronto direto à escala entre Israel e o Irão, por exemplo. Penso que ainda há uma boa dose de cautela em relação a isso", sustentou.
Para Lesser, é "uma possibilidade remota alguma forma de regresso a um processo de paz", o que exigiria uma mudança política dentro de Israel. "E penso que não há perspetivas a curto prazo para isso".
"O que vimos no último ano apenas sublinha o facto de que os países colocam a soberania e a segurança em primeiro lugar. Temos visto muitos exemplos disso. Basta pensarmos nos Estados Unidos depois do 11 de setembro [de 2001]. É muito fácil que as estratégias se tornem desproporcionadas e ganhem uma dinâmica própria. E é este o dilema que se está a colocar hoje em dia, embora não creia que o que está a acontecer entre Israel e os seus vizinhos esteja a redefinir o sistema internacional", explicou.
Lesser sublinhou que os Estados Unidos têm interesse em trabalhar com Israel para ultrapassar as atuais crises, tendo em vista uma região mais estável e, idealmente, reiniciar um processo com os palestinianos. "Esse continuará a ser o derradeiro prémio diplomático para os Estados Unidos".
Esse processo com os palestinianos, prosseguiu, "tem sido evitado por sucessivas administrações" da Casa Branca, mas "talvez, desta vez, as condições produzam efetivamente um acordo, idealmente com a solução com dois Estados".
"Não é impossível, porque estes acontecimentos foram tão desastrosos e cataclísmicos que abalaram realmente a ordem regional. E se as políticas se alinharem da forma correta, em Israel, mas também no seio da comunidade palestiniana, talvez seja possível fazer alguma coisa. E penso que qualquer administração norte-americana vai querer encorajar isso", concluiu Lesser.
O International Crisis Group (ICG) lembra que os sucessivos ataques e consequentes represálias de Israel, Hezbollah e Hamas, além dos Huthis (Iémen), têm levantado várias questões quanto ao futuro de um conflito, em que já se questiona uma intervenção com armas nucleares.
Num artigo de análise publicado na quinta-feira, o ICG refere que o Presidente norte-americano, Joe Biden, que tem tentado mediar um cessar-fogo, já defendeu que as represálias israelitas devem excluir o ataque às instalações nucleares do Irão, mas adverte para outros golpes importantes contra Teerão que podem também provocar uma escalada descontrolada.
"Apesar dos ataques de Israel ao Hezbollah, o aliado mais importante do Irão, a administração começou a unir-se em torno da opinião de que uma guerra total era cada vez mais improvável, com alguns funcionários a questionarem-se se o Irão responderia energicamente aos seus reveses. Perante este cenário, vários responsáveis norte-americanos parecem sentir-se cada vez mais atraídos pela lógica militar de Israel, tendo um deles afirmado que a campanha de Israel no Líbano poderia ser uma oportunidade geracional para refazer a região", defende o ICG.
"Vozes proeminentes em Israel e os seus apoiantes nos Estados Unidos consideram que o momento é propício para esta última opção, encorajando Israel a atacar a jugular, eliminando o programa nuclear iraniano ou mesmo derrubando o seu regime. Estas pessoas estão a exortar Washington a remover os grilhões que acreditam ter impedido Israel de exercer a sua vantagem no último ano", advertiu o "think tank".
Segundo o ICG, embora as observações de Biden sobre a proporcionalidade e a inaceitabilidade de um ataque às instalações nucleares do Irão sugiram que a Casa Branca não está disposta a ir tão longe, "continua a haver motivos de preocupação" e um deles é que "uma administração norte-americana impressionada com a proficiência tática israelita, limitada pela política interna e nervosa com as eleições presidenciais que se aproximam no início de novembro, dê luz verde a uma resposta israelita maciça".
"A escalada seria, no entanto, um erro e aqueles que apelam a mais não compreendem o ataque iraniano de 01 de outubro: Teerão não quer uma guerra nem é cego ao perigo que enfrenta. Teve de compreender o risco que estava a correr quando disparou contra Israel", alerta a ICG.
"Seja o que for que um Irão ameaçado e encurralado possa fazer em resposta a um ataque de grandes proporções, não pode igualar o poderio militar dos EUA e de Israel, mas é quase certo que causaria uma destruição considerável e provocaria uma nova escalada", prossegue .
BE pede a Governo que declare ministro israelita dos Negócios Estrangeiros persona non grata
Ouvido pela Antena 1, Fabian Figueiredo, líder parlamentar do Bloco, entende que Portugal deve sair em defesa do secretário-geral da ONU e pagar na mesma moeda.
Cruz Vermelha do Líbano apela a doações urgentes de sangue
Dezenas de civis estão a ser mortos todos os dias em ataques israelitas ao Líbano, a Organização Mundial de Saúde afirmou na quinta-feira que 28 profissionais de saúde tinham sido mortos nas últimas 24 horas no Líbano.🩸‼️Urgent call for blood donations today, October 4 2024, from 8am to 6pm
— Lebanese Red Cross (@RedCrossLebanon) October 4, 2024
نداء عاجل للتبرع بالدم اليوم، ٤ تشرين الأول، من ال-٨ صباحًا حتى ال-٦ مساءً 🩸‼️ pic.twitter.com/5PpDSzCoiZ
“Muitos (outros) profissionais de saúde não se apresentam ao serviço e fugiram das zonas onde trabalham devido aos bombardeamentos”, declarou o Diretor-Geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa conferência de imprensa.
“Esta situação está a limitar seriamente a prestação de cuidados de saúde a traumas em massa”, afirmou.
Líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, fará o seu primeiro sermão público
A large number of people have gathered outside Imam Khomeini’s Grand Mosalla in Tehran, where Ayatollah Khamenei is expected to deliver sermons during Friday prayers. pic.twitter.com/PseRFzxqvs
— PressTV Extra (@PresstvExtra) October 4, 2024
O raro sermão de sexta-feira de Khamenei - o primeiro em quase cinco anos - acontece três dias antes do aniversário de um ano da guerra Israel-Hamas em Gaza, desencadeada pelo ataque do grupo palestiniano apoiado pelo Irão a 7 de outubro.
Os Guardas Revolucionários do Irão, que respondem perante Khamenei, afirmaram que os ataques de terça-feira, com cerca de 200 mísseis, foram uma retaliação pela morte, por Israel, de Nasrallah, juntamente com o comandante dos Guardas, Abbas Nilforoushan, num ataque a Beirute no final de setembro, e do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, em julho.
A última vez que Khamenei liderou as orações de sexta-feira foi em janeiro de 2020, depois de o Irão ter disparado mísseis contra uma base do exército americano no Iraque, em resposta a um ataque que matou o venerado comandante dos Guardas da Revolução, Qasem Soleimani.
Em Teerão, na quinta-feira, multidões agitando bandeiras do Hezbollah e do Irão reuniram-se em frente ao antigo edifício da embaixada dos EUA em Teerão para denunciar os “crimes” israelitas na Faixa de Gaza e no Líbano, informaram os meios de comunicação social iranianos.
Ataque israelita corta estrada fundamental que liga o Líbano à Síria
O ministro dos Transportes do Líbano, Ali Hamieh, avançou à Reuters que o ataque atingiu o território libanês perto do posto fronteiriço de Masnaa, criando uma cratera de quatro metros de largura. Até ao momento, não há registo de vítimas ou feridos.
Na quinta-feira, um porta-voz militar das Forças de Defesa de Israel (IDF) acusou o Hezbollah de utilizar o posto fronteiriço para transportar equipamento militar para o Líbano.
Segundo as estatísticas do governo libanês, mais de 300 mil - a grande maioria sírias - atravessaram do Líbano para a Síria nos últimos 10 dias para escapar à escalada dos bombardeamentos israelitas.
Israel aconselha população mais de 30 localidades no sul do Líbano para abandonarem as casas
“Qualquer pessoa que esteja perto de elementos, instalações e equipamento de combate do Hezbollah está a pôr a sua vida em risco”, escreveu na rede social X.#عاجل ‼️ انذار إلى سكان القرى التالية في جنوب لبنان: حنيه, السماعيه, رشيديه, معشوق, البص, زقوق المفدي , شملايه, شبريحا, البرغليه, مخيم قاسميه, نبي قاسم, جبال البطم, عين بعال, البازوريه, طير دبا, مزرعة شدعيت, برج رحال, صربين, بياض ,بافليه, ظهر برية جابر, جبل العدس, بستيت, ارزون,… pic.twitter.com/55YlY07LJs
— افيخاي ادرعي (@AvichayAdraee) October 4, 2024
Ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros está em Beirute
Araqchi deverá encontrar-se com o primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, e com o presidente do parlamento, Nabih Berri, que é um aliado próximo do Hezbollah, apoiado pelo Irão.
Após 18 mortos na Cisjordânia, movimento radical palestiniano quer "demonstrações em massa de raiva"
"Apelamos ao povo da Cisjordânia para que saia às ruas em todas as províncias com demonstrações massivas de raiva, para trabalhar para escalar o conflito e enfrentar a ocupação", afirmam em comunicado as Brigadas Ezzedine al-Qassam, braço armado do Hamas.
O movimento classifica o ataque aéreo de quinta-feira contra o campo de refugiados de Tulkarem, no norte da Cisjordânia, como "uma escalada perigosa". De acordo com a Autoridade Palestiniana, morreram pelo menos 18 pessoas na sequência desta ação israelita.
c/ agências
Potencial sucessor de Nasrallah na mira da máquina de guerra israelita
- Israel voltou a bombardear o sul de Beirute durante a última madrugada Foi a quarta noite consecutiva de bombardeamentos nesta região do Líbano, a maioria os subúrbios da capital. Segundo um balanço provisório do Ministério libanês da Saúde, só na quinta-feira morreram pelo menos 37 pessoas e outras 151 ficaram feridas;
- Testemunhas citadas pelas agências internacionais afirmam que os últimos bombardeamentos noturnos foram mais severos do que o ataque que, há quase uma semana, matou o número um do Hezbollah, Hassan Nasrallah. Meios de comunicação social de Israel e dos Estados Unidos noticiaram entretanto que um dos alvos dos ataques israelitas sobre o subúrbio de Dahiyeh, a sul de Beirute, terá sido Hashem Safieddine, apontado como potencial sucessor do líder eliminado. Desconhece-se, por agora, o seu estado;
- De acordo com a agência France Presse, houve pelo menos 11 bombardeamentos aéreos consecutivos sobre Dahiyeh, o subúrbio a sul de Beirute visto como bastião do movimento xiita libanês pró-iraniano. Outro dos recentes ataques atingiu uma zona próxima do aeroporto de Beirute;
- Os últimos bombardeamentos israelitas foram levados a cabo depois de as Forças de Defesa do Estado hebraico terem ordenado aos civis de Dahiyeh que abandonasse a área perto de dois edifícios e guardassem uma distância mínima de 500 metros;
- Em Tulkarem, na Cisjordânia ocupada, um outro ataque aéreo israelita fez pelo menos 18 mortos. As vítimas encontravam-se no interior de um café. O exército de Israel afirma ter abatido, neste bombardeamento, um dirigente local do movimento radical palestiniano Hamas, identificado como Zahi Yaser Abd al-Razeq Oufi. Os "media" palestinianos descrevem este ataque como o mais sangrento a ocorrer na Cisjordânia nos últimos 24 anos. Morreram também vários civis, incluindo uma mãe e dois filhos menores;
- Há mais cidadãos portugueses que pretendem abandonar o Líbano. As autoridades portuguesas estão já a preparar um segundo voo de rapatriamento. Em solo libanês, os enviados especias da RTP testemunharam a ansiedade de quem quer regressar ao país de origem;
- O presidente da República veio defender, na quinta-feira, que a decisão, por parte de Israel, de considerar António Guterres "persona non grata" é desproporcional e devia ser alterada. Marcelo Rebelo de Sousa acompanhou assim a posição do Governo português e da União Europeia sobre o assunto. O chefe de Estado adiantou ainda ter já falado com o secretário-geral das Nações Unidas, recordando que a decisão de Telavive não tem precedentes.