Vigília pela Palestina apela a cessar-fogo
Israel e Hezbollah prosseguem ataques mútuos
Foto: EPA
O exército israelita confirma que foram detetados cinco mísseis provenientes do Líbano, tendo alguns deles sido intercetados e os restantes caído numa área aberta.
Israel bombardeou cerca de 30 aldeias no Líbano na segunda-feira.
EUA contra incursão militar israelita de longo prazo no Líbano
"Apoiamos a sua capacidade de atacar militantes e degradar a infraestrutura do Hezbollah, mas estamos bem conscientes das muitas ocasiões no passado em que Israel se envolveu no que pareciam ser operações limitadas e permaneceu durante meses ou anos", destacou, em conferência de imprensa, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.
Washington quer a plena implementação da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU que, entre outros pontos, autoriza um aumento do efetivo da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) para supervisionar a cessação das hostilidades, destacou.
As declarações coincidem com o primeiro aniversário dos ataques de 07 de outubro do grupo islamita Hamas contra Israel, dia em que militantes palestinianos mataram cerca de 1.200 pessoas e sequestraram 251, e após o qual as forças israelitas empreenderam uma ofensiva na Faixa de Gaza que já provocou 41.900 mortos.
Miller reiterou o desejo do seu Governo de um cessar-fogo e sublinhou que esta cessação das hostilidades não pode ser unilateral.
"Queremos um cessar-fogo que devolva os reféns a casa, alivie o sofrimento do povo palestiniano e permita que a ajuda humanitária chegue a Gaza", destacou o porta-voz do Departamento de Estado.
Os Estados Unidos, acrescentou, também querem "um acordo sobre o caminho político a seguir que garanta que os palestinianos possam eleger os seus próprios líderes e que o Hamas não continue a reinar como uma organização terrorista de Gaza sobre Gaza".
"E, em última análise, que Gaza e a Cisjordânia sejam reunificadas como uma nação independente", sublinhou.
Miller deixou claro que "enquanto Israel estiver atolado em conflito em Gaza e enquanto estiver a lidar com uma situação instável na sua fronteira norte e com agitação e insegurança na Cisjordânia, a sua segurança nunca melhorará".
Israel tem atacado o grupo xiita Hezbollah através da fronteira libanesa há quase um ano e, na passada segunda-feira, após uma semana de intensos bombardeamentos contra o sul e leste do país, anunciou o envio de tropas para o sul do Líbano, para desmantelar milícias.
Desde essa altura, pelo menos 11 soldados israelitas morreram em combate, segundo dados divulgados pelo Exército israelita.
Os intensos bombardeamentos israelitas - concentrados sobretudo no sul e leste do Líbano, mas também na capital, Beirute - já fizeram mais de 2.000 mortos e um milhão de deslocados, segundo as autoridades libanesas.
Acordo de paz prematuro porque Israel continua traumatizado - analistas
"A questão de saber se a paz é possível é um pouco prematura", afirmou a professora de Política e Relações Internacionais na University College London, Julie Norman, salientando a rejeição da parte da classe política.
O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu "não só evitou dizer a palavra `Palestina` na ONU. O Knesset, o parlamento israelita, aprovou este verão uma resolução que afirma que nunca será criado um Estado palestiniano", acrescentou.
"Esta é a realidade com que estamos a lidar", referiu, durante o debate "Israel-Palestina: A paz é possível?", promovido em Londres pelo centro de estudos britânico Chatham House.
Também a advogada de direito internacional Naomi Bar-Yaacov fala num país "profundamente traumatizado".
"É muito difícil para os israelitas avançarem no sentido da paz antes de os reféns voltarem, todos eles. A sociedade está dividida, mas não nisto", afirmou a antiga assessora na ONU.
O jornalista Amjad Iraqi, membro do centro de estudos palestiniano Al-Shabaka, considera que ainda não existem condições dos dois lados para tornar a paz possível e que a continuação do conflito "continua a ser positiva" para Israel e para o Hamas.
Segundo Iraqi, "do lado israelita pode haver um consenso social esmagador em torno da libertação dos reféns, mas a maioria continuaria a apoiar, ou mesmo a ser indiferente, à continuação da guerra em Gaza", o que não favorece as negociações para um cessar-fogo.
"Para o Hamas, a sua posição nas negociações é que quer um cessar-fogo permanente. Não se trata de uma exigência do Hamas, mas sim de uma exigência palestiniana, independentemente do que se pensa do Hamas", afirmou.
A diretora do Programa do Médio Oriente e Norte de África do Chatham House, Sanam Vakil, lamentou que este impasse e o risco de um agravamento do conflito em toda a região do Médio Oriente não seja surpreendente para os observadores mais atentos.
"O que é que vai ser preciso para sair desta escalada? Esta é a grande questão, que exige que analisemos o caleidoscópio de atores regionais mais vastos e os seus objetivos", sugeriu.
Contando "pelo menos seis guerras nos últimos 40 anos", esta especialista avisou que "as guerras militares ainda não se traduziram em paz e segurança para Israel, nem para toda a região" e que a solução terá de ser política.
Hezbollah assume ter como alvo uma base de inteligência militar israelita perto de Telavive
Sirenes voltam a soar em Israel
בהמשך להתרעות שהופעלו במספר מרחבים במרכז הארץ, זוהו כחמישה שיגורים שחצו מלבנון, חלקם יורטו על ידי חיל-האוויר והשאר נפלו בשטח פתוח.
— Israeli Air Force (@IAFsite) October 7, 2024
אין שינוי בהנחיות פיקוד העורף. pic.twitter.com/34o8ZE4qXB
Milhares assinalam em Telavive um ano do massacre do Hamas
Primeiro-ministro britânico diz que "nunca" se posicionará a favor da suspensão de venda de armas a Israel
"É tão inconsistente que nunca será a minha posição", disse Starmer.
Deputado libanês acusou Israel de "um crime contra a humanidade"
"O Líbano é vítima do maior crime de guerra, um crime contra a humanidade", decalrou Khalaf, esta segunda-feira, segundo a agência de notícias libanesa. "O nosso povo dorme no chão em escolas sem meios de garantir as suas necessidades mais básicas. As nossas crianças, os nossos idosos, as nossas famílias vivem em ansiedade, terror e medo do futuro".
Palestinianos e judeus marcham em Nova Iorque pelo fim "das atrocidades" em Gaza
Netanyahu promete continuar guerra até objetivos serem atingidos
"Nós definimos os objetivos da guerra e estamos prestes a alcançá-los: derrubar o Hamas [em Gaza], trazer todos os reféns de volta a casa, os vivos e os mortos. Trata-se de uma missão sagrada, não vamos parar até que a tenhamos cumprido", declarou Netanyahu numa mensagem televisiva difundida no dia em que se assinala um ano sobre o ataque do Hamas de 07 de outubro.
עם ישראל חי וקיים 🇮🇱 pic.twitter.com/jZx5CH4XDV
— Benjamin Netanyahu - בנימין נתניהו (@netanyahu) October 7, 2024
Entre os objetivos estão também "eliminar qualquer ameaça futura para Israel com origem na Faixa de Gaza" e "fazer voltar os habitantes do sul e do norte do país em segurança a suas casas".
"Continuaremos a lutar", disse o primeiro-ministro israelita repetidamente, insistindo que não vai desistir da libertação dos reféns.
"Continuaremos a lutar e juntos venceremos", acrescentou, sublinhando ainda que "a vitória garante a eternidade".
Netanyahu afirmou ainda que o ataque de 07 de outubro "vai simbolizar para as gerações futuras o preço do nosso renascimento, e vai provar-lhes a nossa determinação e a força do nosso espírito".
Há exatamente um ano, cerca de mil combatentes do Hamas atacaram inesperadamente o território israelita, matando quase 1.200 pessoas e fazendo mais de 200 reféns, dos quais quase 100 continuam reféns do Hamas.
O Governo de Telavive prometeu aniquilar o movimento islamita, considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
As investidas de Israel na Faixa de Gaza já mataram quase 42 mil pessoas, a maioria civis, forçaram quase dois milhões a fugir das respetivas casas e provocaram um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
A guerra, que hoje entrou no 367.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 41.900 mortos (quase 2% da população), cerca de 17.000 dos quais menores, e de 97.000 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros, de acordo com números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.
Cerca de 90% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza viram-se obrigados a deslocar-se, muitos deles várias vezes, ao longo de um ano de guerra, encontrando-se em acampamentos apinhados ao longo da costa, praticamente sem acesso a bens de primeira necessidade, como água potável e cuidados de saúde.
O sobrepovoado e pobre enclave palestiniano está mergulhado numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer "o mais elevado número de vítimas alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
Embaixada e comunidade israelita pedem mais apoio ao governo e povo português
Numa cerimónia na sinagoga de Lisboa assinalando o 1º aniversário do massacre no sul de Israel perpetrado pelo Hamas, e na presença do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, o embaixador designado de Israel em Portugal, Oren Rosenblat, recordou os reféns que o movimento islamita ainda mantém em Gaza, e em particular o luso-israelita Idan Sthivi, cuja morte foi hoje confirmada.
"Apelo ao governo português para que atue pela libertação de todos os reféns, incluindo cidadãos portugueses que estão sob a responsabilidade direta do governo português", afirmou o diplomata, num discurso em português perante representantes partidários e diplomáticos, além da comunidade israelita.
De acordo com o Rosenblat, a mãe de Idan Sthivi veio três vezes a Portugal e esteve com o Presidente da República: "Fez tudo o que era possível pelo filho, é muito triste".
Agradecendo ao povo e governo português o apoio prestado até aqui, o diplomata pediu mais.
"Primeiro, apoio espiritual. Pedimos - aqui na sinagoga - ao povo português que reze por Israel e especialmente pelo regresso em segurança de todos os reféns. Mas também apoio político do povo e do governo (...). Este é o momento de mostrar solidariedade com Israel, de mostrar que não há lugar, nomeadamente em Portugal, para o antissemitismo", disse o diplomata.
Na mesma linha, David Botelho, presidente da Comunidade Israelita de Lisboa, distinguiu as vítimas do Hamas - de "violência pura, do extremismo pelo extremismo" - de outras que "colateralmente" são feitas nos ataques israelitas contra aquele movimento e que têm merecido condenação das Nações Unidas e apelos à restrição mesmo por parte de alguns dos principais aliados de Telavive.
"Obviamente que o governo de Israel pode ser criticado e ser objeto de reparos, mas as críticas e os reparos ao governo não podem em circunstância alguma servir para desapoiar Israel, a única democracia naquela região e que partilha os valores do ocidente", disse Botelho.
No final da cerimónia, o ministro dos Negócios Estrangeiros não prestou declarações.
Israel lança novos ataques a sul de Beirute
EUA impõem novas sanções à rede de financiamento do Hamas
Guerra no Médio Oriente. Manifestação em Washington a apelar libertação dos reféns israelitas
Putin e Erdogan discutem laços bilaterais com Médio Oriente em cima da mesa
Protestos em Israel. Um ano depois israelitas continuam a exigir fim do conflito
Continuam os ataques israelitas no Líbano
De acordo com o Governo libanês, nas últimas 48 horas registaram-se cerca de 140 ataques aéreos israelitas. Fora os ataques terrestres e com artilharia.
Quanto ao Hezbollah, sabe-se que o grupo xiita libanês continua a enviar mísseis para o outro lado da fronteira e afirma ter capacidade para resistir ao avanço israelita.
Um ano depois. Muitos portugueses repatriados voltaram para Israel
Guerra em Gaza. Um ano depois já morreram cerca de 42 mil pessoas
Foto: Amir Cohen - Reuters
Um ano depois já morreram cerca de 42 mil pessoas na faixa de Gaza, na sua maioria crianças e mulheres.
Um ano de guerra em Gaza. RTP visitou local do massacre
Foto: Amir Cohen - Reuters
Só no ataque ao festival Nova, no kibbutz Re'im, os militantes do Hamas mataram a tiro 360 pessoas que celebravam a vida. Em menos de duas horas morreram 1.200 pessoas, entre elas idosos, jovens e várias crianças.
Às 7h48, mais de uma hora após o início do ataque do Hamas, o porta-voz do exército israelita anunciou que o país foi invadido.
Os enviados da RTP, Paulo Jerónimo e José Pinto Dias, percorreram alguns locais da tragédia e escutaram os testemunhos dos sobreviventes.
Um ano de guerra. Netanyahu ameaça "agressores" com força nunca vista
Netanyahu diz que há um ano começou "uma guerra de ressurreição".
Hoje foram muitas as manifestações de familiares das vítimas deste ataque e dos que ainda se encontram sequestrados em Gaza.
Há ainda 131 reféns nas mãos do Hamas, 34 são militares.
Borrell apoia proposta de Macron de parar de enviar armas a Israel
Numa entrevista à rádio France Inter, Macron disse no passado sábado que é necessário procurar "uma solução política" para a guerra na Faixa de Gaza, bem como deixar de fornecer armamento a Israel - uma proposta a que Borrell já tinha instado em fevereiro, numa mensagem principalmente dirigida aos Estados Unidos.
"Temos de dar esperança à paz", afirmou hoje o chefe da diplomacia europeia.
"É certo que estas palavras podem parecer estranhas a alguns, se não mesmo ridículas, nas atuais circunstâncias. Mas creio que é esta a responsabilidade da Europa: dar esperança à paz, que só pode provir do diálogo e do acordo", continuou Borrell.
O alto representante da UE exortou, assim, a que se passe da "rejeição mútua ao mútuo reconhecimento" entre israelitas e palestinianos, de forma a alcançar a coexistência de um Estado israelita com um Estado palestiniano.
"Alguma solução tem de haver, se não queremos, geração após geração, funeral após funeral, continuar a assistir à tragédia desta maldita Terra Santa", afirmou Borrell.
Houthis reivindicam responsabilidade por mísseis disparados contra o centro de Israel
Israel ordena evacuação da costa no sul do Líbano
Adraee pediu aos civis que evitassem estar nas águas da costa libanesa ou mesmo nas praias situadas a sul de Awali.
Responsável da ONU fala do "sofrimento indizível" dos reféns e numa Gaza feita cemitério
One year on the horrendous massacre carried out by Hamas & other Palestinian armed groups on southern Israel, killing more than 1,250 people and taking 250 hostages.
— Philippe Lazzarini (@UNLazzarini) October 7, 2024
Since that day, the Middle East is sinking deeper into conflict, killing and sheer horrors.
Twelve months of…
"Um ano de profunda perda, tristeza e sofrimento. Um ano de desumanização e desrespeito ao direito internacional; uma queda livre em direção à barbárie".
"É hora de coragem: um acordo que finalmente traria um cessar-fogo e alívio para as pessoas em Gaza, Líbano, Israel e a região mais ampla. É hora de abaixar as armas após décadas de morte e dor imensa. É hora de libertar todos os reféns em segurança para as suas famílias, que estão a viver uma incerteza insuportável".
"Não há vencedores em guerras", acrescentou. "A única saída é através de uma solução diplomática e pacífica. É hora de curar as feridas. É hora de escolher a paz".
Blinken lamenta "aniversário devastador e trágico"
Os ataques do Hamas no ano passado, continuou o secretário de Estado dos EUA, "desencadearam um ano de conflito, com consequências trágicas para o povo palestiniao".
"Os EUA lamentam a morte de todos os inocentes que morreram a 7 de outubro e no ano seguinte. É hora de chegar a um acordo de cessar-fogo que traga os reféns para casa, alivie o sofrimento do povo israelita e palestiniano e, finalmente, ponha fim a esta guerra".
A comunidade internacional, disse ainda, "também deve permanecer firme perante o terrorismo e o extremismo violento, incluindo as fontes de apoio a grupos como o Hamas". Na declaração, Blinken frisa que a comunidade internacional "deve condenar o apoio do Irão ao Hamas e outros grupos terroristas na região que são responsáveis por tanta morte, destruição e instabilidade".
"Neste doloroso aniversário, os EUA estão com Israel enquanto se defende contra o terrorismo. Permanecemos firmes no nosso compromisso com a paz e estabilidade duradouras em toda a região e por um futuro comum para israelitas e palestinianos com medidas iguais de segurança, dignidade, oportunidade e liberdade".
Ataques israelitas atingiram “mais de trinta cidades e vilas" no Líbano
Borrell lamenta divisões na União Europeia sobre Israel
REUTERS/Nabila Eltigi
Metsola considera que ataque do Hamas foi "gatilho para guerra, morte e devastação"
"Demasiados jovens conhecem hoje o horror da guerra. Demasiados pais viram-se forçados a ver as suas famílias passar fome. Demasiadas crianças nunca vão crescer".
A presidente do PE acrescentou que a instituição "vai continuar resoluta no apelo a um cessar-fogo" na região, numa altura em que o conflito que estava concentrado na invasão israelita à Faixa de Gaza alastrou ao Líbano e tem o envolvimento direto do Irão.
"Os nossos pedidos para um caminho contrário ao da escalada continuaram fortes", acrescentou Roberta Metsola.
Hezbollah diz ter como alvo soldados israelitas em incursão no Líbano
Hamas diz que reféns estão numa situação "muito difícil"
"Dizemos [aos israelitas] que podiam ter recuperado todos os vossos reféns vivos há um ano (...). A situação dos restantes reféns, psicologicamente e em termos de saúde, tornou-se muito difícil", declarou o porta-voz das Brigadas Al-Qassam, Abu Obeida, num vídeo difundido pelo movimento palestiniano e difundido pelo canal do Qatar Al Jazeera.
O representante afirmou ainda que o Hamas pretende travar uma "longa batalha de desgaste" contra Israel.
"A nossa escolha é continuar o confronto numa longa, dolorosa e dispendiosa batalha de desgaste para o inimigo", disse.
Há exatamente um ano, cerca de mil combatentes do Hamas atacaram inesperadamente o território israelita, matando quase 1.200 pessoas e fazendo mais de 200 reféns, dos quais quase 100 continuam na posse do Hamas.
O Governo de Telavive prometeu aniquilar o movimento islamita, considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
As investidas de Israel na Faixa de Gaza já mataram quase 42 mil pessoas, a maioria civis, forçaram quase dois milhões a fugir das respetivas casas e provocaram um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
UNOPS apela ao fim do "sofrimento" e a uma "paz duradoura" no Médio Oriente
"Isto tem de parar. A importância de um cessar-fogo imediato e da libertação imediata e incondicional de todos os reféns não pode ser exagerada".
Para agravar, é referido na nota enviada, "nove em cada 10 pessoas estão deslocadas, incluindo trabalhadores humanitários da ONU e respetivas famílias" e o sistema de saúde na região está a entrar em colapso.
"Esta tragédia humana desafiou as nossas normas e valores fundamentais. Temos uma responsabilidade coletiva e urgente de agir, para responder às necessidades imediatas e construir as bases para um futuro pacífico e próspero".
O UNOPS está, ainda assim, "determinado a ficar e ajudar o povo de Gaza, tanto para responder às necessidades humanitárias imediatas quanto para apoiar os imensos esforços de recuperação e reconstrução que são desesperadamente necessários".
"Mas a entrega efetiva de ajuda na escala necessária simplesmente não será possível sem vontade política, garantias de segurança e proteção necessárias e um ambiente propício", declarou Jorge Moreira da Silva.
Num contexto de escalada de tensão na região e a iniciar o segundo ano do conflito, "agora envolvendo a região mais ampla", o UNOPS renovou o "apelo pelo fim deste sofrimento, pela paz e pelo respeito ao direito e à justiça internacionais".
"O UNOPS continua comprometido em apoiar o desenvolvimento sustentável e a paz duradoura em Gaza, no Líbano e em todo o Médio Oriente", concluiu.
Míssil lançado do Iémen deixa Israel em alerta
REUTER/ Nir Elias
O braço militar do Hamas adianta que as pessoas feitas reféns pelo grupo, há precisamente um ano em Israel, estão numa situação muito difícil em Gaza.
O braço armado do Hamas diz-se preparado para uma "guerra longa" contra Israel.
Hoje mesmo, foi confirmada a morte de Idan Stivi, cidadão luso-israelita sequestrado a 7 de outubro do ano passado.
Cerca de 100 pessoas estão ainda nas mãos do grupo extremista, um ano depois do ataque que serviu de rastilho para uma nova onda de violência no Médio Oriente.
Depois dos avanços que espalharam a destruição em Gaza nos últimos meses, Israel abriu entretanto uma nova frente de batalha contra outro movimento, o Hezbollah, no Líbano.
Os ataques seguem sem fim à vista, como conta o enviado especial da Antena 1, José Manuel Rosendo.
Irão ataca Telavive em 7 frentes, diz Embaixada israelita em Lisboa
O encarregado de Negócios da Embaixada de Israel em Lisboa, Yotam Kreiman, defendeu hoje que o Irão é o "líder da ofensiva" com sete frentes de combate contra Israel e o principal fator de desestabilização no Médio Oriente.
Numa conferência de imprensa um ano depois dos ataques do Hamas a Israel - em que o novo embaixador israelita em Portugal não esteve presente devido a questões burocráticas --, Kreiman sublinhou que o Irão tem tentado criar "uma espécie de anel de fogo" em redor de Israel, "usando os diferentes representantes".
"O Irão está a tentar cercar Israel de todas as direções. E é por isso que arma, treina e utiliza o Hamas em Gaza da forma como fez a 07 de outubro [de 2023]. O Hezbollah, no Líbano, é um dos outros. Os Huthis no Iémen, que controlam atualmente 40% do país, são outro. E ainda há as milícias xiitas no Iraque e na Síria que dispararam vários drones contra Israel", afirmou o "número dois" da missão diplomática israelita em Lisboa.
"Temos diferentes frentes que Israel está a enfrentar. Há uma tentativa por parte dessas organizações de encorajar o terrorismo no seio da população árabe que vive em Israel e nos territórios palestinianos, incluindo a Cisjordânia", acrescentou.
Segundo Kreiman, "acreditar na paz faz parte do ADN de Israel" e isso não vai mudar "por mais que o Irão tente, por mais organizações terroristas que criem e financiem, apoiem e treinem".
Questionado sobre por quanto tempo poderá a guerra continuar, o diplomata israelita afirmou desconhecer o que vem a seguir, mas sublinhou que existem "muitas opiniões diferentes" sobre a forma de se conseguir criar dois Estados independentes.
"Se houvesse um caminho claro para o conseguir, esse caminho já teria sido percorrido. Penso que foram feitas já muitas tentativas em diferentes processos para encontrar o caminho certo. Israel assinou os Acordos de Oslo, que foram violados no dia da assinatura pela outra parte", argumentou.
"Israel continua a acreditar que deve haver um caminho a seguir. Se tiverem alguma ideia melhor gostaria muito de a ouvir, de a sugerir e de a aplicar", acrescentou.
Questionado sobre se as tentativas para erradicar o Hamas (em Gaza), o Hezbollah (Líbano) e os Huthis (Iémen), não poderão, a médio longo prazos criar maior radicalização e ódio, Kreiman considerou que as tentativas de aniquilar o povo e o Estado judeu "são uma abordagem muito pessimista".
"Esperamos algo melhor do que isso. E não pensamos que os cidadãos do Médio Oriente estejam interessados em ser governados por organizações terroristas e grupos terroristas. [...] A luta contra o terrorismo não é apenas de Israel. É a luta do mundo ocidental, de todas as democracias dos países que partilham valores com Israel, como Portugal", respondeu.
"Sim, queremos um cessar-fogo. Sim, queremos acabar com a guerra. Sim, queremos acabar com o domínio do Hamas em Gaza e o domínio do Hezbollah no Líbano. E, pessoalmente, penso que o mundo deveria esforçar-se por acabar com o domínio dos Huthis sobre 40% do Iémen. O Irão é um fator desestabilizador. Está a tentar manter a região como refém. E quanto mais cedo o mundo atuar para impedir que o Irão seja capaz de fazer isso, mais depressa regressaremos à estabilidade", disse.
Questionado pela Lusa sobre as palavras do ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, que defendeu um ataque às infraestruturas nucleares iranianas, Kreiman sublinhou que a decisão de como Telavive retaliar aos ataques do Irão está por tomar.
"Assim que for tomada, Israel responderá. Israel terá de responder. Israel, ao não responder duramente ao ataque iraniano, está a abrir a porta e a convidar esta entidade muito perigosa a continuar a sua conduta. Não estamos a falar do povo do Irão, mas sim do Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana, da República Islâmica específica do Irão, da administração que assumiu o controlo do país e que também mantém o povo do Irão como refém", afirmou.
"Esta administração no Irão não é perigosa apenas para o Irão. É perigosa para a Ucrânia, para a Europa, para Israel, para o Médio Oriente. Pergunta-me se é perigoso limitar esse perigo. Não, devemos limitar esse perigo. Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para limitar o perigo. Mesmo depois de o Irão ter declarado várias vezes que espera usar todos os meios de que dispõe contra Israel. O facto de, neste momento, ainda não terem utilizado uma energia nuclear contra Israel, a menos que façamos alguma coisa, poderá ser uma questão de tempo", concluiu.
Sobre o facto de Israel ter considerado o secretário-geral da ONU, António Guterres, `persona non grata`, Kreiman salientou que não é a nacionalidade de quem ocupa o cargo que está em causa, mas sim a atuação da organização, "que tem sido insuficiente".
"[Para Israel, a ONU] não fez o suficiente no seu papel, na sua capacidade, para falar e agir contra o terrorismo, contra a desestabilização do Médio Oriente. Deveria ter sido feito mais. Exemplo é o dia do ataque iraniano com 188 mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos, que não são foguetes do Hamas. [Guterres] não condenou o ataque iraniano. Esperamos que as Nações Unidas, como organização, criem a possibilidade de paz e estabilidade. Em Israel, neste momento, há o sentimento de que o secretário-geral das Nações Unidas não teve sucesso no seu papel de fazê-lo", concluiu.
Míssil do Iémen disparado contra Israel, segundo IDF
“Depois de as sirenes soarem em diversas áreas do centro de Israel, o míssil superfície-superfície disparado do Iémen foi intercetado com sucesso” pela Força Aérea israelita, segundo um comunicado do exército.
Dirigente do Hamas apela à abertura de novas frentes de luta armada contra Israel
“Precisamos (…) de abrir novas frentes de resistência, como um dever religioso e ‘jihadista’ de toda a ‘umma’ (nação islâmica), não apenas na Palestina, mas em todos os lugares onde se trava a batalha pela liberdade e pela dignidade”, sublinhou.
Meshaal, que proferiu o discurso por videoconferência no âmbito de um fórum islâmico realizado na capital da Malásia, Kuala Lumpur, não especificou quem deve realizar esta ‘jihad’ ou onde, mas propôs alguns passos necessários para vencer a batalha.
C/Lusa
EUA gastam valor recorde em ajuda militar a Israel
Os valores apresentados no documento, lançado por ocasião do primeiro aniversário do ataque do Hamas, incluem os custos de uma campanha liderada pela Marinha norte-americana para reprimir os ataques a navios comerciais por parte dos rebeldes xiitas huthis do Iémen (apoiados pelo Irão), em solidariedade com o seu aliado Hamas.
C/Lusa
Israel bombardeou cerca de 30 aldeias do Líbano
Netanyahu afirma que Israel "está a mudar a realidade da segurança" na região
"É assim que eu gostaria de chamar oficialmente a esta guerra", afirmou o governante, acrescentando que "o contra-ataque" contra os "inimigos do eixo do mal iraniano" era "uma condição necessária para garantir o futuro e a segurança" dos israelitas.
"Terminaremos a guerra quando completarmos todos os objetivos que estabelecemos: acabar com o governo maléfico do Hamas, devolver todos os reféns a casa, vivos e mortos, impedir qualquer nova ameaça de Gaza a Israel e trazer os residentes do sul e do norte de volta às suas casas em segurança", reiterou.
Netanyahu condenou novamente o "ataque surpresa assassino" perpetrado pelos "terroristas do Hamas" no dia 7 de outubro de 2023 e recordou que "pouco depois do massacre" afirmou que o país "está em guerra".
"Não numa operação, não numa ronda de combates. Estamos em guerra", explicou.
"Neste dia, prestamos homenagem à memória dos nossos irmãos e irmãs, dos nossos filhos e filhas, dos nossos pais e avós, que foram massacrados pelos terroristas do Hamas. Crianças assassinadas a sangue frio, mulheres e homens mortos, famílias inteiras destruídas", sublinhou, ao mesmo tempo que exprimia o seu apoio às famílias dos raptados, que "atravessam uma agonia interminável de dor e de preocupação com o destino dos seus entes queridos".
O primeiro-ministro israelita recordou também "os heróis que caíram em combate em Gaza, no Líbano e noutras zonas" e argumentou que "graças a eles o inimigo foi repelido, a maior parte das suas capacidades foram destruídas e muitos dos reféns foram libertados".
"Estamos determinados a terminar o trabalho", afirmou.
"São eles que se erguem como um muro protetor entre o mal dos nossos inimigos e o bem do nosso povo e do nosso país", exaltou Netanyahu, salientando que "o massacre de 07 de outubro foi o ataque mais horrível contra o povo desde o Holocausto".
"Ao contrário do Holocausto, enfrentámos os nossos inimigos e travámos uma guerra feroz. Com a ajuda de Deus, lutaremos juntos e juntos venceremos. A eternidade de Israel não terá fim", concluiu.
Ataques israelitas contra dezenas de aldeias no sul do Líbano
De acordo com a ANI, “uma série de ataques” teve lugar em várias outras zonas do sul do país, numa altura em que o fogo transfronteiriço entre Israel e o Hezbollah libanês se transformou em guerra aberta, a 23 de setembro.
Força aérea israelita efetuou um ataque perto do aeroporto de Beirute
Por seu lado, o exército israelita anunciou ter efetuado um “ataque direcionado” nos subúrbios do sul, que tem vindo a bombardear incessantemente desde há duas semanas.
Biden lamenta a morte de "demasiados civis" no conflito
"A História também se lembrará do dia 07 de outubro como um dia negro para os palestinianos por causa do conflito que o Hamas iniciou nesse dia", disse Biden, num comunicado hoje divulgado.
O Presidente norte-americano assegurou que está "totalmente empenhado com a segurança de Israel", acrescentando que "demasiados civis palestinianos" estão a sofrer ao longo deste ano.
Com este comunicado, Biden associou-se a vários líderes ocidentais, que, um ano depois do início do conflito no Médio Oriente, reiteraram hoje o repúdio dos ataques cometidos pelo Hamas em Israel, repetindo o seu apego à paz.
O ataque de 07 de outubro de 2023 apanhou Israel de surpresa num feriado religioso judaico e levou à morte de 1.205 pessoas, seguindo-se uma devastadora guerra israelita na Faixa de Gaza, que fez quase 42.000 mortos, e a abertura de outra frente no Líbano, em meados de setembro.
Médio Oriente. Conflito sem precedentes começou há um ano
Foto: Abed Sabah - Reuters
Israel não consegue confirmar a morte de Safieddine do Hezbollah
“Ainda não temos essa confirmação. Quando for confirmada, como e quando, será publicada no sítio Web das IDF (forças armadas israelitas)”, afirmou David Mencer.
Biden e Harris voltam a apelar a cessar-fogo
“Neste aniversário solene, vamos dar testemunho da brutalidade indescritível dos ataques de 7 de outubro, mas também da beleza das vidas que foram roubadas nesse dia”, afirmou Biden.
O Presidente acrescentou que pensa todos os dias nos mais de 100 reféns ainda detidos e nas suas famílias. Joe Biden prometeu que a sua administração “nunca desistirá até trazermos todos os reféns restantes para casa em segurança”.
“Acredito que a história também recordará o dia 7 de outubro como um dia negro para o povo palestiniano, devido ao conflito que o Hamas desencadeou nesse dia. Demasiados civis sofreram demasiado durante este ano de conflito”.
Entretanto, a vice-presidente, Kamala Harris, manifestou o apoio da administração americana a um cessar-fogo em Gaza. “Já é mais do que tempo de chegar a um acordo de reféns e de cessar-fogo para pôr fim ao sofrimento de pessoas inocentes. E lutarei sempre para que o povo palestiniano possa realizar o seu direito à dignidade, à liberdade, à segurança e à autodeterminação”.
IDF confirmam ataque aéreo a bastião do Hezbollah no sul de Beirute
A imprensa libanesa relata ataques aéreos israelitas no subúrbio sul de Beirute, um bastião do Hezbollah conhecido como Dahiyeh.
Criança de 12 anos morta a tiro no campo de refugiados de Qalandia
A agência refere que sete outras pessoas, incluindo três crianças, ficaram feridas no mesmo incidente.
Bombardeamentos israelitas prosseguem no Líbano
Vigílias em Israel assinalam um ano do ataque do Hamas
Confirmada a morte de luso-israelita raptado pelo Hamas
Belém lamenta a morte de cidadão luso-israelita
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“Apela novamente ao retorno imediato dos reféns e lamenta profundamente a morte do cidadão luso-israelita Idan Sthivi, transmitindo as sentidas condolências e solidariedade à família”, lê-se no comunicado na página oficial da Presidência da República.
“É tempo de trabalhar num cessar-fogo que permita entregar ajuda humanitária a quem dela tanto precisa, trazer a paz à região e garantir a solução de dois Estados”.
Ataques israelitas na fronteira entre o Líbano e a Síria são "risco elevado" para os civis
Na sexta-feira, o exército israelita efetuou um ataque no leste do Líbano, perto do posto fronteiriço de Masnaa, cortando a principal estrada entre os dois países.
Os ataques “impediram a fuga de civis e dificultaram as operações humanitárias”, afirmou a HRW num comunicado.
“Um ataque israelita a um alvo militar legítimo pode ser ilegal se for suscetível de causar danos a civis desproporcionados em relação aos ganhos militares”, acrescentou a HRW.
O exército israelita afirmou ter atingido “um túnel subterrâneo utilizado para o contrabando de armas através da fronteira”.
Se o Hezbollah está a usar a fronteira para transferir armas, o movimento pró-iraniano “não está a tomar todas as precauções possíveis para proteger os civis”, escreve ainda a HRW.
Israel anuncia ataques aéreos "importantes" contra o Hezbollah
“A força aérea israelita está atualmente a efetuar ataques de grande envergadura contra alvos terroristas do Hezbollah no sul do Líbano”, refere o comunicado.
Israel vai pagar o preço do "genocídio" em Gaza
“Não se deve esquecer que Israel, mais cedo ou mais tarde, pagará o preço por este genocídio que está a levar a cabo há um ano e que ainda continua”, escreveu numa publicação na rede social X.
“Assim como Hitler foi parado por uma aliança da humanidade, Netanyahu e sua rede de assassinatos serão parados da mesma forma”, afirmou Erdoğan.Bugün 7 Ekim... Tam 365 gün önce hayatta olan, çoğu çocuk ve kadın 50 bin kardeşimiz vahşice katledildi. Gazze'deki hastaneler, farklı inançlara ait ibadethaneler, okullar artık ayakta değil. Pek çok gazeteci, sivil toplum kuruluşu temsilcisi, barış elçisi artık aramızda değil.… pic.twitter.com/qX6uwlCFkA
— Recep Tayyip Erdoğan (@RTErdogan) October 7, 2024
“Um mundo em que não se prestam contas pelo genocídio de Gaza nunca encontrará a paz”.
Erdoğan tem sido um oponente vocal da guerra de Israel em Gaza, que o ministério da saúde do território diz ter matado quase 42 mil pessoas, muitas das quais são mulheres e crianças.
O Presidente turco apelou ainda a que Israel fosse punido em tribunais internacionais e criticou as nações ocidentais por apoiarem o ataque militar em curso no país.
Luso-israelita relembrado em cerimónia em Reim
A "agressão israelita" empurra a região para o "abismo" de uma guerra total
“A agressão israelita, que começou em Gaza e agora continuou no Líbano está a empurrar toda a região para o abismo de uma guerra regional total”, disse Safadi numa conferência de imprensa em Beirute.
No início do ano, Safadi manifestou o seu apoio ao processo da África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça. Segundo ele, as ações militares israelitas contra civis em Gaza correspondem à definição legal de genocídio.
Forças israelitas detêm 45 palestinianos na Cisjordânia ocupada
Numa declaração conjunta, as organizações afirmaram que as detenções ocorreram em várias províncias, incluindo Hebron, Jerusalém, Jericó, Belém, Qalqilya, Nablus e Jenin.
As forças israelitas continuam a efetuar rusgas extensas nessas zonas e a ameaçar os detidos e as suas famílias, acrescenta o comunicado.
Desde o início da guerra, há exatamente um ano, as forças israelitas detiveram mais de 11.100 palestinianos em toda a Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém, acrescentou o comunicado.
Combatentes do Qassam e da al-Quds relatam confrontos com as forças israelitas em Jabalia
As Brigadas Qassam relataram combates com as forças israelitas que penetram a oeste do campo de Jabalia, afirmando que os seus combatentes mataram e feriram tropas.
Por seu lado, as Brigadas al-Quds afirmaram estar a combater soldados que tentaram infiltrar-se na zona do “Bloco 2” do campo.
Francisco critica a "vergonhosa incapacidade" das grandes potências no Médio Oriente
“Há um ano, acendeu-se o rastilho do ódio. Não se apagou, mas acendeu-se numa espiral de violência”, possibilitada pela ‘vergonhosa incapacidade da comunidade internacional e dos países mais poderosos para silenciar as armas e pôr fim à tragédia da guerra’, escreveu o Pontífice.
Ataque israelita mata oito pessoas no sul do Líbano
O ataque matou pelo menos oito pessoas, segundo a agência.
Na semana passada, a Autoridade Sanitária Islâmica informou que sete dos seus funcionários, incluindo dois médicos, foram mortos num ataque no centro de Beirute.
Um ano depois, em Gaza. Conflito sem comparação a nível humanitário
Foto: Mahmoud Issa - Reuters
Quanto às infraestruturas, descreve um cenário de destruição total.
Hezbollah afirma que atacou norte de Haifa com salva de mísseis
As IDF apelam aos residentes do norte de Gaza para que evacuem para a zona humanitária
#عاجل ‼️ إلى سكان بيت حانون وجباليا وبيت لاهيا وجميع السكان المتواجدين في مناطق الاخلاء A1-3, D6, D2, B1-3
— افيخاي ادرعي (@AvichayAdraee) October 7, 2024
⭕️تعمل قوات جيش الدفاع في هذه الأثناء بقوة شديدة في المنطقة.
⭕️من أجل سلامتكم عليكم اخلاء هذه المناطق فورًا نحو المنطقة الإنسانية المستحدثة في المواصي
⭕️شارع صلاح الدين متاح… pic.twitter.com/8qyt1eZOT8
Ontem, as IDF afirmaram que estavam a expandir a dimensão da zona antes de planearem operar no norte de Gaza e evacuar todos os civis de lá.
“As forças das IDF estão atualmente a operar com grande força na zona. Para vossa segurança, devem evacuar imediatamente estas zonas”, declarou o coronel Avichay Adraee, porta-voz das IDF em língua árabe, publicando um mapa das zonas que devem ser evacuadas.
Segundo ele, a estrada de Salah a-Din estará aberta como corredor humanitário entre as 8 e as 17 horas de hoje, para permitir que os civis fujam para o sul de Gaza.
Israel acredita que dezenas de milhares de palestinianos ainda se encontram no norte de Gaza, entre os quais milhares de operacionais terroristas que sobreviveram a anteriores operações das IDF que viram desmantelados os batalhões do Hamas na zona.
"Somos obrigados a trazer os reféns de volta"
“Neste dia, neste lugar e em muitos lugares do nosso país, recordamos os nossos mortos, os nossos reféns - que temos a obrigação de trazer de volta - e os nossos heróis que tombaram em defesa da pátria e do país”, disse Netanyahu na cerimónia em Jerusalém.
Quatro crianças feridas numa incursão israelita no campo de refugiados de Qalandia
As forças israelitas invadiram o campo, fizeram rusgas em várias casas e detiveram 18 palestinianos, disseram residentes locais à agência noticiosa Wafa.
O Crescente Vermelho Palestiniano disse que os seus médicos em Ramallah e al-Bireh trataram as quatro crianças feridas e descreveram uma delas como estando em estado crítico.
Durante o ataque, as forças israelitas fecharam as estradas em redor do campo de Qalandia e da cidade de Kafr Aqab.
MNE lamenta a morte do refém com nacionalidade portuguesa
"Expressamos profunda consternação pela morte, hoje confirmada, do nosso concidadão Idan Sthivi, um dos muitos reféns do Hamas, e enviamos sentidas condolências à sua família", indica o Ministério dos Negócios Estrangeiro em comunicado e onde volta a condenar os ataques de há um ano.
Hoje, uma organização israelita de familiares dos reféns do Hamas indicou que o luso-israelita Idan Shtivi, morreu em cativeiro estando o corpo em posse do Hamas, em Gaza.
Idan Shtivi, 29 anos, foi raptado no dia 07 de outubro de 2023 junto ao local onde se realizava o Festival Nova, a poucos quilómetros do enclave palestiniano atacado pelo Hamas.
O festival de música eletrónica decorria a pouco mais de três quilómetros do kibbutz Be`eri que também foi alvo da ação armada do Hamas no dia 07 de outubro do ano passado e que fez mais de 1.205 mortos. Durante o ataque o Hamas fez 251 reféns.
"No dia 07 de outubro, Idan (Shtivi) foi para o Festival Nova muito cedo para documentar (fotograficamente) a atuação de amigos. Não chegou a entrar (no recinto). Quando o ataque começou Idan ajudou dois desconhecidos que tinham conseguido fugir tendo sido raptado nesse momento", refere o comunicado da organização israelita Hostages Families Forum difundido hoje através das redes sociais. O grupo de apoio lamenta a morte de Idan Shtivi, dirige as condolências à família e refere que o corpo da vítima ainda se encontra na "posse do Hamas".
O Fórum Tikva (Forum Esperança), uma outra organização israelita de apoio às famílias dos reféns, citada hoje pelo portal do jornal Jerusalem Post, também envia as condolências aos familiares e lamenta a morte de Idan Shtivi.
No passado dia 04 de janeiro, a embaixada de Israel em Portugal já dava conta da nacionalidade portuguesa de Idan Shtivi.
"Idan tem também nacionalidade portuguesa e o irmão e a mãe visitaram Portugal no mês passado (dezembro de 2023) para pedir ajuda a quem quer que seja para a sua libertação", afirmava o embaixador de Israel em Portugal, Dor Shapira.
No mesmo comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros condena "novamente os terríveis ataques de 07 de outubro de 2023" e "presta homenagem às quase 1.200 vítimas".
No dia em que se assinala o primeiro ano sobre o ataque do Hamas contra Israel, o MNE reitera ainda a exigência sobre a libertação imediata e incondicional dos reféns.
No comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros refere que desde 07 de outubro, a região entrou num ciclo de violência e destruição, causando a morte de muitos milhares de civis.
"Apelamos a um cessar-fogo imediato e incondicional, que permita o acesso de ajuda humanitária às populações afetadas, designadamente em Gaza", indica ainda o comunicado.
"Apelamos ao respeito pelo direito internacional, à máxima contenção de todas as partes em toda a região e à retoma da via do diálogo e da paz, que permita viabilizar a solução dos dois Estados", reitera ainda o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Amnistia Internacional diz que os crimes de 7 de outubro do Hamas foram "atrozes"
Today marks a day of mourning for Israelis whose loved ones were killed and abducted by Hamas and other armed groups.
— Amnesty International (@amnesty) October 7, 2024
This day also marks the start of the Israeli forces’ onslaught in Gaza that has killed tens of thousands and triggered an unprecedented humanitarian catastrophe.
“Não esqueceremos as numerosas vítimas e, evidentemente, os homens e mulheres que continuam a ser mantidos como reféns em Gaza, em condições duras e ameaçadoras para a vida”, acrescenta. “Nesse dia, comunidades inteiras estiveram em risco de serem eliminadas por um ataque assassino que resultou no desenraizamento de algumas e noutras comunidades que sofreram graves danos no seu tecido de vida”.
A Amnistia também critica a resposta de Israel: “O massacre perpetrado pelo Hamas e seus cúmplices, e os subsequentes ataques devastadores de Israel a Gaza, reverberam nas discussões públicas realizadas aqui e em todo o mundo. Levam a acusações mútuas de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e até genocídio, que cada parte atribui à outra.”
A organização afirma que as acusações de crimes de guerra devem ser investigadas.
No que se refere aos combates entre Israel e o Hezbollah, a Amnistia diz que Israel, “como qualquer outro país, tem o direito e mesmo o dever de permitir que os seus residentes vivam em segurança dentro das suas fronteiras. Isto aplica-se certamente ao tratamento dos danos intencionais, contínuos e graves que o Hezbollah inflige à população civil e ao tecido de vida de comunidades e localidades inteiras, bem como ao perigo envolvido numa potencial invasão dessas localidades e no ataque aos seus residentes.
“No entanto, qualquer ato beligerante deste tipo deve ser restringido pelas regras do Direito Internacional Humanitário como uma bússola moral e de valores - em primeiro lugar e acima de tudo, abster-se de atingir civis - e não apenas como uma declaração de intenções à comunidade internacional.”
Quase 42 mil mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra
Pelo menos 39 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas, refere um comunicado, acrescentando que 97 303 pessoas ficaram feridas na Faixa de Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023.
Nova explosão perto da embaixada de Israel na Dinamarca
A explosão ocorreu a cerca de 500 metros da embaixada em Copenhaga e ocorreu cinco dias depois de duas explosões perto do edifício, pelas quais foram detidos dois cidadãos suecos.
“Estamos, naturalmente, a investigar se poderá haver uma ligação com o incidente (anterior) na embaixada de Israel”, disse aos jornalistas o inspetor da polícia de Copenhaga, Trine Moller.
“Não há qualquer indicação de que seja esse o caso”, acrescenta, acrescentando que a explosão registada pode ter sido causada por tiros.
Imagens divulgadas pelos meios de comunicação locais mostram vestígios de uma explosão em frente a um edifício residencial a cerca de 500 metros da embaixada israelita.
A agência de informação sueca Sapo afirmou que o Irão pode estar envolvido nas explosões de 2 de outubro na Dinamarca, bem como num tiroteio perto da embaixada de Israel em Estocolmo no dia anterior.
António Vitorino alerta que mundo tem grave crise humanitária para resolver no Médio Oriente
Foto: Mahmoud Issa - Reuters
Em todo este processo, o antigo diretor geral da organização das migrações estranha a dificuldade de Israel em resolver a crise dos reféns .
Ataque aéreo israelita matou duas pessoas numa cidade do sul do Líbano
O ataque matou duas pessoas, acrescentou, sem dar mais pormenores.
O ataque de Israel, que matou mais de mil pessoas nas últimas duas semanas, provocou uma fuga em massa do sul do Líbano, onde mais de um milhão de pessoas foram deslocadas.
Hezbollah afirma que a operação do Hamas no território israelita há um ano "foi heroica"
Luso-israelita refém do Hamas morreu na Faixa de Gaza
Idan era fotógrafo e participava no festival como voluntário. Ajudou pelo menos três pessoas a fugir do local, acabando por ser apanhado. O corpo permanece na Faixa de Gaza e a família não quer, por agora, prestar declarações.
Sirenes soam no centro de Israel após o disparo de rockets de Gaza
🚨Sirens sounding in Tel Aviv and central Israel exactly a year after the October 7 massacre🚨 pic.twitter.com/FuvmoKBRVm
— Israel Defense Forces (@IDF) October 7, 2024
As sirenes soaram em Telavive, onde também se ouviram várias interceções, segundo um jornalista da AFP no local.
Brigadas Qassam reivindicam ataque com rockets a Telavive
O grupo disse que o ataque fazia parte da “batalha de atrito em curso” e em resposta aos “massacres contra civis e à deslocação deliberada do nosso povo” por parte dos militares israelitas.
Entretanto, o exército israelita afirmou que foram ativados alertas aéreos na região.
Israel investiga forma como mísseis disparados pelo Hezbollah ultrapassaram os sistemas de defesa para atacar Haifa
Foi o primeiro ataque direto à cidade do norte que escapou aos sistemas de defesa aérea do exército israelita, normalmente fiáveis. Os militares afirmaram que estão a investigar a forma como os mísseis disparados pelo Hezbollah conseguiram ultrapassar os sistemas de defesa aérea de Israel.
O Hezbollah afirmou ter atingido uma base militar a sul de Haifa com uma vaga de mísseis Fadi 1. Os meios de comunicação social afirmaram que dois foguetes atingiram Haifa - a 17 quilómetros da fronteira libanesa - na costa mediterrânica de Israel, e cinco atingiram Tiberíades, a 65 quilómetros de distância.
O exército israelita confirmou que foram lançados cinco rockets do Líbano contra Haifa, acrescentando: “Foram disparados interoceptores. Foram identificados projéteis caídos na zona. O incidente está a ser analisado”. Os meios de comunicação social israelitas afirmaram que, no total, 10 pessoas ficaram feridas em Haifa e Tiberíades.
Haifa after being struck by Hezbollah rockets on the night before #October7: pic.twitter.com/z3VXUz0Gt5
— Israel Defense Forces (@IDF) October 6, 2024
Charles Michel pede cessar-fogo e libertação de reféns
"Há um ano, os brutais ataques terroristas do Hamas atingiram civis israelitas inocentes e alimentaram uma espiral de violência no Médio Oriente com um número indescritível de mortos. Um cessar-fogo em Gaza e a libertação de todos os reféns são da máxima urgência", escreveu Charles Michel no X.
One year ago, brutal terrorist attacks by Hamas targeted innocent Israeli civilians and fuelled a spiral of violence in the Middle East with an unspeakable death toll.
— Charles Michel (@CharlesMichel) October 7, 2024
A ceasefire in Gaza and the release of all hostages is of utmost urgency. So are efforts to protect lives on…
Na ótica do presidente do Conselho Europeu, são igualmente urgentes "esforços para proteger as vidas no terreno e desanuviar a escalada".
"A Europa defende firmemente a paz e a defesa do direito internacional e do direito internacional humanitário em todo o mundo", acrescentou.
Gomes Cravinho considera morte de luso-israelita uma tragédia e condena resposta de Israel
Foto: Shraf Amra - Anadolu via AFP
No dia em que se assinala um ano sobre o ataque do Hamas, João Gomes Cravinho não esquece, também, a resposta de Israel - uma resposta que considera que deve ser alvo de uma condenação sem reservas, ainda que considere legítimo o direito à autodefesa do país.
Israel anuncia novas incursões terrestres no Líbano
Esta operação surge uma semana depois de os militares israelitas terem anunciado pela primeira vez o lançamento da sua ofensiva terrestre no Líbano. A operação ocorre também numa altura em que os militares continuam os seus ataques aéreos ao Líbano, incluindo aos subúrbios do sul de Beirute.
Países condenam ataques do Hamas e prestam homenagem às vítimas
O Presidente francês, Emanuel Macron, lembrou as vítimas, os reféns e as famílias daqueles que foram alvo do ataque do Hamas a 07 de outubro do ano passado, que acabou por dar início à guerra em Gaza.
Numa mensagem na sua conta na rede social X, Macron escreveu: "A dor continua tão viva como há um ano. A do povo israelita. A nossa. A da humanidade ferida".
O Governo espanhol manifestou, em comunicado, "forte condenação aos atrozes ataques terroristas" do Hamas, expressando a sua determinação em "lutar contra" os "antissemitismo e todas as formas de ódio e discriminação".
Na nota, divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol, é manifestada ainda solidariedade para com os familiares e amigos das vítimas, lembrando especialmente Maya Villalobo e Iván Illaramendi, os dois cidadãos espanhóis assassinado durante o ataque terrorista.
"Depois de um ano, o Governo manifesta a sua solidariedade aos familiares dos reféns que ainda estão em cativeiro e exige a sua libertação imediata. É necessário um cessar-fogo, a libertação dos reféns, o acesso à ajuda humanitária aos civis e o fim da violência", refere o comunicado.
Neste sentido, o Governo espanhol manifestou-se "empenhado em continuar a trabalhar pela paz no Médio Oriente e avançar na aplicação da solução de dois Estados convivendo em paz e segurança", considerando que esta é "a melhor garantia de estabilidade para todos na região".
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também assinalou o 1.º ano do "horrível massacre" perpetrado pelo Hamas em Israel, lembrando que o seu país não irá "enfraquecer" a "busca pela paz".
"Não vacilaremos na nossa busca pela paz e, neste dia de dor e tristeza, homenageamos aqueles que perdemos e continuamos empenhados em recuperar aqueles que ainda estão como reféns, ajudando os que estão a sofrer e garantindo um futuro melhor no Médio Oriente", declarou o chefe do governo britânico, na sua conta da rede social X.
Há um ano, comandos do Hamas infiltrados a partir de Gaza penetraram no sul de Israel, utilizando explosivos e `bulldozers` para atravessar a barreira que rodeia o território palestiniano, matando indiscriminadamente em `kibutzs`, bases militares e no local do festival Nova.
Nas horas que se seguiram, o exército israelita lançou uma poderosa ofensiva contra o território palestiniano para destruir o Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007.
O ataque do Hamas, que apanhou Israel de surpresa, fez 1.205 mortos, na maioria civis, de acordo com uma contagem da agência de notícias France-Presse (AFP) baseada nos números oficiais israelitas, incluindo os reféns que morreram em cativeiro.
As represálias militares na Faixa de Gaza mataram pelo menos 41.825 pessoas, na maioria civis, indicam dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, que a ONU considera fiáveis.
Reino Unido "não vai vacilar" na "procura da paz"
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Prime Minister @Keir_Starmer’s statement on the one-year anniversary of the October 7th attacks. pic.twitter.com/EPvdIIQEeB
— UK Prime Minister (@10DowningStreet) October 7, 2024
“Não vacilaremos na nossa busca pela paz e, neste dia de dor e luto, honramos aqueles que perdemos e continuamos determinados a recuperar os que ainda são mantidos reféns, a ajudar os que sofrem e a garantir um futuro melhor para o Médio Oriente”, afirmou o chefe do governo britânico numa publicação no X.
Hezbollah libanês continuará a lutar contra a "agressão" israelita
O grupo pró-iraniano afirmou ter aberto a frente contra Israel no sul do Líbano no dia seguinte a 7 de outubro para “defender o Líbano”, reconhecendo no entanto que “pagou um preço elevado”.
Teerão indica que chefe da brigada Quds não está ferido
"O general Esmail Qaani está de perfeita saúde. Não deem atenção aos rumores", disse Abbas Golru, membro da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento de Teerão, numa mensagem gravada e publicada nos meios de comunicação social iranianos.
"Uma das estratégias do inimigo é criar frustração no `Eixo da Resistência` e na opinião pública que o apoia, sobretudo através das redes sociais", disse.
Golru disse ainda que a Guarda Revolucionária deve difundir em breve um comunicado sobre o estado de saúde de Esmail Qaani.
Da mesma forma, a agência Tasnim, ligada ao corpo militar iraniano, indicou que Qaani está "em perfeito estado de saúde".
Mesmo assim, a Guarda Revolucionária ainda não se pronunciou sobre Qaani, chefe da brigada Quds (Jerusalém), uma unidade especial que opera no estrangeiro: Líbano, Gaza ou Iraque.
Esmail Qaani, 67 anos, não é visto em público há vários dias e não participou na cerimónia religiosa com o líder supremo do Irão, Ali Khamenei, na sexta-feira passada.
Vários órgãos de comunicação social israelitas, como a estação de televisão N12, publicaram notícias indicando que Qaani "pode" ter sofrido ferimentos na sequência dos bombardeamentos de Israel contra o Líbano.
Qaani foi nomeado comandante-chefe da brigada Quds em 2020 substituindo o general Qasem Soleimani assassinado no Iraque pelos Estados Unidos.
Fotojornalista em Gaza relata cenário de escassez de tudo
Foto: Mohammed Zaanoun
Israel bombardeia casa no sudeste do Líbano
Macron presta homenagem às vítimas do ataque do Hamas
“A dor permanece, tão viva como há um ano atrás. A dor do povo israelita. A nossa. A dor da humanidade ferida”, escreveu numa publicação no X.
“Não esquecemos as vítimas, os reféns, nem as famílias com o coração despedaçado pela ausência ou pela espera. Envio-lhes os nossos pensamentos fraternos”.שבעה באוקטובר.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) October 7, 2024
הכאב עודנו כאן, חריף כמו לפני שנה. כאבו של העם הישראלי. כאבנו שלנו. כאבה של האנושות הפצועה.
לא נשכח את הנספים, את החטופים, ואת המשפחות שליבן שבור מההיעדר או מהציפייה לשיבה. מחשבותי נתונות להן בהזדהות.
Médio Oriente. UE não aceita ataques a instalações nucleares
Presidente israelita pede ao mundo apoio "no combate contra inimigos"
O dia 07 de outubro de 2023 deixa "uma cicatriz na humanidade [...] uma cicatriz na face da Terra" e "o mundo tem de perceber e compreender que, para mudar o curso da história e trazer paz e um futuro melhor à região, tem de apoiar Israel na luta contra os seus inimigos", escreveu Herzog, num comunicado.
Entretanto, centenas de israelitas e familiares de alguns dos 101 reféns ainda mantidos em cativeiro em Gaza exigiram um acordo de libertação, concentrados em frente à residência do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, às 06:29 (04:29 em Lisboa), no momento exato em que começou o ataque do Hamas ao sul de Israel, no qual morreram 1.200 pessoas e 251 foram raptadas.
Nesse exato momento, os familiares fizeram soar o alarme durante dois minutos em homenagem às vítimas do ataque.
Também às 06:29, um minuto de silêncio e outra cerimónia fúnebre tiveram lugar na zona onde se realizou o festival NOVA há um ano, perto do `kibutz` Reim, no sul de Israel, e onde pelo menos 370 pessoas foram mortas.
O evento, em que participaram familiares dos mortos e a imprensa internacional, contou também com a presença do Presidente israelita, Isaac Herzog.
Hamas reivindica lançamento de quatro foguetes contra Israel
O braço armado do movimento islamita palestiniano Hamas, as Brigadas Ezzedine al-Qassam, reivindicou já o lançamento dos foguetes, a partir da Faixa de Gaza para o sul de Israel.
As sirenes de alerta soaram às 06:31 (04:31 em Lisboa) em vários locais da Faixa de Gaza, dois minutos após o início das cerimónias, uma das quais contou com a presença do Presidente israelita, nas imediações do território palestiniano, indicou o exército.
Foram identificados "quatro projéteis" disparados a partir da Faixa de Gaza, três dos quais "foram abatidos", tendo o quarto "caído numa zona desabitada", referiu um comunicado militar.
Por seu lado, o Hamas disse, em comunicado, que "o ataque foi dirigido contra [um `kibutz` e uma base militar, bem como uma concentração de soldados israelitas] com uma série de foguetes".
Israel assinala ao longo do dia o primeiro aniversário do ataque do Hamas, a 07 de outubro de 2023, o dia mais mortífero da história do país e que desencadeou a atual guerra em Gaza.
Em Reim, no local do massacre no festival de música Nova, onde morreram mais de 370 pessoas, uma multidão de luto deu início às cerimónias com um minuto de silêncio, precisamente às 06:29 (04:29 em Lisboa), hora em que o movimento islamita palestiniano lançou o ataque sem precedentes no sul de Israel há um ano.
Esta cerimónia é a primeira de uma série de eventos que terão lugar ao longo do dia, enquanto o país continua em guerra em Gaza, e agora também no Líbano, onde o exército israelita lançou uma ofensiva terrestre contra o movimento fundamentalista xiita libanês Hezbollah.
Há um ano, comandos do Hamas infiltrados a partir de Gaza penetraram no sul de Israel, utilizando explosivos e `bulldozers` para atravessar a barreira que rodeia o território palestiniano, matando indiscriminadamente em `kibutzs`, bases militares e no local do festival Nova.
Nas horas que se seguiram, o exército israelita lançou uma poderosa ofensiva contra o território palestiniano para destruir o Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007.
O ataque do Hamas, que apanhou Israel de surpresa, fez 1.205 mortos, na maioria civis, de acordo com uma contagem da agência de notícias France-Presse (AFP) baseada nos números oficiais israelitas, incluindo os reféns que morreram em cativeiro.
As represálias militares na Faixa de Gaza mataram pelo menos 41.825 pessoas, na maioria civis, indicam dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, que a ONU considera fiáveis.
Luso-israelita refém do Hamas morre na Faixa de Gaza
Idan era fotógrafo e participava no festival como voluntário. Ajudou pelo menos três pessoas a fugir do local, acabando por ser apanhado. O corpo permanece na Faixa de Gaza e a família não quer, por agora, prestar declarações.
Cerimónias assinalam um ano do ataque de 7 de outubro
Em Reim, no local do massacre no festival de música Nova, onde morreram mais de 370 pessoas, uma multidão de luto deu início às cerimónias com um minuto de silêncio, precisamente às 04h29 em Lisboa, hora em que o movimento islamita palestiniano lançou o ataque sem precedentes no sul de Israel .
O presidente israelita, Isaac Herzog, presente no local, reuniu-se com as famílias das vítimas.
A cerimónia de Reim é a primeira de uma série de eventos que terão lugar ao longo do dia, enquanto o país continua em guerra em Gaza, e agora também no Líbano, onde o exército israelita lançou uma ofensiva terrestre contra o movimento fundamentalista xiita libanês Hezbollah.
Há um ano, comandos do Hamas infiltrados a partir de Gaza penetraram no sul de Israel, utilizando explosivos e `bulldozers` para atravessar a barreira que rodeia o território palestiniano, matando indiscriminadamente em `kibutzs`, bases militares e no local do festival Nova.
Nas horas que se seguiram, o exército israelita lançou uma poderosa ofensiva contra o território palestiniano para destruir o Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007.
O ataque do Hamas, que apanhou Israel de surpresa, fez 1.205 mortos, na maioria civis, de acordo com uma contagem da agência de notícias France-Presse (AFP) baseada nos números oficiais israelitas, incluindo os reféns que morreram em cativeiro.
As represálias militares na Faixa de Gaza mataram pelo menos 41.825 pessoas, na maioria civis, indicam dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, que a ONU considera fiáveis.
Região de Beirute volta a ser bombardeada. Confirmada morte de luso-israelita em Gaza
- Está confirmada a morte de Idan Shtivi, cidadão luso-israelita que foi levado como refém pelo Hamas. Era fotógrafo e participava como voluntário no festival atacado por militantes do Hamas há um ano. Ajudou pelo menos três pessoas a fugir do local, até ser apanhado. O corpo permanece na Faixa de Gaza;
- Foi há um ano que o movimento radical palestiniano Hamas lançou um ataque a território israelita, ação que deu lugar à ofensiva de Israel na Faixa de Gaza. As Forças de Defesa de Israel estão esta segunda-feira em alerta máximo. Na véspera, intensificaram-se os ataques israelitas em múltiplas frentes, desde Gaza ao sul do Líbano;
- Na última noite, os bombardeamentos israelitas voltaram a atingir os subúrbios a sul da capital libanesa, Beirute, além de instalações militares no centro da Síria. Por sua vez, o Hezbollah xiita libanês disparou mais de 120 mísseis, ao longo do dia de domingo, sobre o norte de Israel, incluindo a cidade de Haifa;
- A máquina de guerra israelita alargou, durante o fim de semana, as suas ações no Líbano, tendo mesmo atingido, no sábado, Tripoli, no norte do país. No ataque a esta cidade, morreu um dirigente do braço armado do Hamas identificado como Saeed Atallah e a sua família;
- A partir de Teerão, as autoridades iranianas confirmam o retomar do tráfego aéreo, após a imposição de restrições em alguns aeroportos do país;
- O primeiro-ministro israelita destacou, nas últimas horas, o empenho dos militares israelitas, que apelidou de "geração da vitória". Benjamin Netanyahu visitou no domingo as tropas no norte de Israel, junto à fronteira com o Líbano;
- O principal ponto de passagem da fronteira entre a Síria e o Líbano é agora a via de fuga para quem não consegue sair do Líbano de outro modo. Os bombardeamentos de Israel cortaram a estrada, pelo que muitos libaneses e sírios fazem o percurso a pé;
- A ofensiva israelita em Gaza já causou, desde outubro de 2023, as mortes de mais de 40 mil pessoas. Além dos bombardeamentos, a fome é também uma ameaça e há ainda muitas familias a viver em angústia por causa dos reféns - cerca de uma centena que continuam cativos do Hamas.
RTP na fronteira. Libaneses estão a fugir para a Síria a pé
Foto: Mohamed Azakir - Reuters
A reportagem é dos enviados especiais da RTP, José Manuel Rosendo e Sérgio Ramos.
RTP em Tulkarem. Campo de refugiados alvo de ataques israelitas
Os enviados da RTP, Paulo Jerónimo e José Pinto Dias estiveram neste campo de refugiados, onde registaram a destruição causada por Israel.
Um ano de guerra em Gaza. O sofrimento de ambos os lados
A ofensiva israelita que seguiu no território de Gaza matou mais de quarenta mil pessoas.
O enclave palestiniano está a ser arrasado. E para além das bombas, a fome também mata. Quase toda a população tem carências alimentares.
Guterres quer acesso da Cruz Vermelha aos reféns detidos pelo Hamas
Foto: Forças de Defesa de Israel via Reuters
Tensão em Israel na véspera de data marcante
Israel interditou zonas militares fechadas junto à fronteira com o Líbano
Por outro lado, a ONU no Líbano considera extremamente perigosas as ações de Israel no país.