Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito ao minuto

por Inês Moreira Santos, Cristina Sambado, Carlos Santos Neves - RTP

Cumpre-se esta segunda-feira um ano desde o ataque do Hamas a Israel, que desencadeou a ofensiva do Estado hebraico na Faixa de Gaza. O conflito estende-se agora da Faixa de Gaza e da Cisjordânia ao Líbano e ameaça abarcar o Irão. Foi entretanto confirmada a morte de um cidadão luso-israelita levado em outubro de 2023 como refém pelo Hamas. Acompanhamos aqui, ao minuto, o evoluir da situação.

Emissão da RTP3


Gonzalo Fuentes - Reuters

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Vigília pela Palestina apela a cessar-fogo

Centenas de pessoas juntaram-se, em Lisboa, numa vigília de solidariedade para com o povo palestiniano.

Os manifestantes dizem que é preciso mais ação, por parte da comunidade internacional, para travar o conflito.
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Israel e Hezbollah prosseguem ataques mútuos

Foto: EPA

Israel lançou, durante a noite, novos ataques sobre o sul de Beirute. O Hezzbolah, por seu lado, lançou rockets contra território israelita.

O grupo libanês diz ter atingido com mísseis uma unidade de informação militar israelita nos subúrbios de Telavive.

O exército israelita confirma que foram detetados cinco mísseis provenientes do Líbano, tendo alguns deles sido intercetados e os restantes caído numa área aberta.

Israel bombardeou cerca de 30 aldeias no Líbano na segunda-feira.
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por Lusa

EUA contra incursão militar israelita de longo prazo no Líbano

Os EUA manifestaram hoje apoio aos ataques de Israel contra as infraestruturas do movimento xiita Hezbollah no Líbano, mas advertiram que a incursão no sul do país, descrita como limitada pelas autoridades israelitas, não deve ser prolongada no tempo.

"Apoiamos a sua capacidade de atacar militantes e degradar a infraestrutura do Hezbollah, mas estamos bem conscientes das muitas ocasiões no passado em que Israel se envolveu no que pareciam ser operações limitadas e permaneceu durante meses ou anos", destacou, em conferência de imprensa, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

Washington quer a plena implementação da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU que, entre outros pontos, autoriza um aumento do efetivo da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) para supervisionar a cessação das hostilidades, destacou.

As declarações coincidem com o primeiro aniversário dos ataques de 07 de outubro do grupo islamita Hamas contra Israel, dia em que militantes palestinianos mataram cerca de 1.200 pessoas e sequestraram 251, e após o qual as forças israelitas empreenderam uma ofensiva na Faixa de Gaza que já provocou 41.900 mortos.

Miller reiterou o desejo do seu Governo de um cessar-fogo e sublinhou que esta cessação das hostilidades não pode ser unilateral.

"Queremos um cessar-fogo que devolva os reféns a casa, alivie o sofrimento do povo palestiniano e permita que a ajuda humanitária chegue a Gaza", destacou o porta-voz do Departamento de Estado.

Os Estados Unidos, acrescentou, também querem "um acordo sobre o caminho político a seguir que garanta que os palestinianos possam eleger os seus próprios líderes e que o Hamas não continue a reinar como uma organização terrorista de Gaza sobre Gaza".

"E, em última análise, que Gaza e a Cisjordânia sejam reunificadas como uma nação independente", sublinhou.

Miller deixou claro que "enquanto Israel estiver atolado em conflito em Gaza e enquanto estiver a lidar com uma situação instável na sua fronteira norte e com agitação e insegurança na Cisjordânia, a sua segurança nunca melhorará".

Israel tem atacado o grupo xiita Hezbollah através da fronteira libanesa há quase um ano e, na passada segunda-feira, após uma semana de intensos bombardeamentos contra o sul e leste do país, anunciou o envio de tropas para o sul do Líbano, para desmantelar milícias.

Desde essa altura, pelo menos 11 soldados israelitas morreram em combate, segundo dados divulgados pelo Exército israelita.

Os intensos bombardeamentos israelitas - concentrados sobretudo no sul e leste do Líbano, mas também na capital, Beirute - já fizeram mais de 2.000 mortos e um milhão de deslocados, segundo as autoridades libanesas.

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por Lusa

Acordo de paz prematuro porque Israel continua traumatizado - analistas

Um acordo de paz no Médio Oriente "é um pouco prematuro" devido ao trauma ainda presente em Israel por causa do ataque de 07 de outubro de 2023 pelo Hamas, afirmaram hoje analistas. 

"A questão de saber se a paz é possível é um pouco prematura", afirmou a professora de Política e Relações Internacionais na University College London, Julie Norman, salientando a rejeição da parte da classe política. 

O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu "não só evitou dizer a palavra `Palestina` na ONU. O Knesset, o parlamento israelita, aprovou este verão uma resolução que afirma que nunca será criado um Estado palestiniano", acrescentou. 

"Esta é a realidade com que estamos a lidar", referiu, durante o debate "Israel-Palestina: A paz é possível?", promovido em Londres pelo centro de estudos britânico Chatham House.

Também a advogada de direito internacional Naomi Bar-Yaacov fala num país "profundamente traumatizado".

"É muito difícil para os israelitas avançarem no sentido da paz antes de os reféns voltarem, todos eles. A sociedade está dividida, mas não nisto", afirmou a antiga assessora na ONU. 

O jornalista Amjad Iraqi, membro do centro de estudos palestiniano Al-Shabaka, considera que ainda não existem condições dos dois lados para tornar a paz possível e que a continuação do conflito "continua a ser positiva" para Israel e para o Hamas.

Segundo Iraqi, "do lado israelita pode haver um consenso social esmagador em torno da libertação dos reféns, mas a maioria continuaria a apoiar, ou mesmo a ser indiferente, à continuação da guerra em Gaza", o que não favorece as negociações para um cessar-fogo. 

"Para o Hamas, a sua posição nas negociações é que quer um cessar-fogo permanente. Não se trata de uma exigência do Hamas, mas sim de uma exigência palestiniana, independentemente do que se pensa do Hamas", afirmou.

A diretora do Programa do Médio Oriente e Norte de África do Chatham House, Sanam Vakil, lamentou que este impasse e o risco de um agravamento do conflito em toda a região do Médio Oriente não seja surpreendente para os observadores mais atentos. 

"O que é que vai ser preciso para sair desta escalada? Esta é a grande questão, que exige que analisemos o caleidoscópio de atores regionais mais vastos e os seus objetivos", sugeriu.

Contando "pelo menos seis guerras nos últimos 40 anos", esta especialista avisou que "as guerras militares ainda não se traduziram em paz e segurança para Israel, nem para toda a região" e que a solução terá de ser política.

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Momento-Chave
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Hezbollah assume ter como alvo uma base de inteligência militar israelita perto de Telavive

O Hezbollah emitiu uma declaração onde disse que tinha como alvo uma base de inteligência militar israelita perto de Telavive. O grupo apoiado pelo Irão disse, segundo avança o Guardian, que disparou “uma série de foguetes na base de Glilot da unidade de inteligência militar 8200, nos arredores de Telavive".
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Momento-Chave
por RTP

Sirenes voltam a soar em Israel

A Força Aérea Israelita anunciou, através das redes sociais que, “após os alertas que foram ativados em diversas áreas do centro do país, foram detetados cerca de cinco lançamentos que cruzaram o Líbano". Segundo a mesma fonte, "alguns foram intercetados pela Força Aérea e os restantes caíram em área aberta".


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Milhares assinalam em Telavive um ano do massacre do Hamas

Milhares de pessoas participaram esta noite numa cerimónia em Telavive para assinalar a passagem de um ano desde o ataque do Hamas a Israel e lembrar os reféns que permanecem sequestrados pelo grupo extremista.
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Momento-Chave
por RTP

Primeiro-ministro britânico diz que "nunca" se posicionará a favor da suspensão de venda de armas a Israel

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, disse esta segunda-feira que interromper todas as vendas de armas para Israel “nunca” será uma posição que toma. Na Câmara dos Comuns, o governante disse: 

“Se a venda de armas para uso defensivo por Israel fosse proibida, esta é uma posição que eu não poderia aceitar um ano depois de 7 de outubro". !Não é uma posição que eu pudesse aceitar perante os ataques do Irão".

Segundo o chefe de Governo britânico, tendo em conta "o número de mísseis que atingiram Israel recentemente, e a ideia de que poderíamos dizer que apoiamos o direito de Israel de se defender" é, na sua opinião, "totalmente inconsistente" que, ao mesmo tempo, se proiba Israel de ter meios para o fazer.

"É tão inconsistente que nunca será a minha posição", disse Starmer.
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Deputado libanês acusou Israel de "um crime contra a humanidade"

O deputado libanês Melhem Khalaf acusou Israel de “um crime contra a humanidade” com os bombardeamentos contra o seu país, de acordo com a Agência Nacional de Notícias estatal do Líbano.

"O Líbano é vítima do maior crime de guerra, um crime contra a humanidade", decalrou Khalaf, esta segunda-feira, segundo a agência de notícias libanesa. "O nosso povo dorme no chão em escolas sem meios de garantir as suas necessidades mais básicas. As nossas crianças, os nossos idosos, as nossas famílias vivem em ansiedade, terror e medo do futuro".
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por RTP

Palestinianos e judeus marcham em Nova Iorque pelo fim "das atrocidades" em Gaza

Milhares de pessoas, incluindo palestinianos e judeus, marcharam hoje em Nova Iorque pelo fim das "atrocidades israelitas" em Gaza e pela "libertação da Palestina", num protesto em que se registaram momentos de tensão com israelitas.
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Momento-Chave
por Lusa

Netanyahu promete continuar guerra até objetivos serem atingidos

Eduardo Munoz - Reuters

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu hoje que o combate vai continuar até que Israel atinja os seus objetivos com a guerra, numa mensagem televisiva aos israelitas no dia em que passa um ano sobre o ataque do Hamas.

"Nós definimos os objetivos da guerra e estamos prestes a alcançá-los: derrubar o Hamas [em Gaza], trazer todos os reféns de volta a casa, os vivos e os mortos. Trata-se de uma missão sagrada, não vamos parar até que a tenhamos cumprido", declarou Netanyahu numa mensagem televisiva difundida no dia em que se assinala um ano sobre o ataque do Hamas de 07 de outubro.

 

 


 

Entre os objetivos estão também "eliminar qualquer ameaça futura para Israel com origem na Faixa de Gaza" e "fazer voltar os habitantes do sul e do norte do país em segurança a suas casas".

"Continuaremos a lutar", disse o primeiro-ministro israelita repetidamente, insistindo que não vai desistir da libertação dos reféns.

"Continuaremos a lutar e juntos venceremos", acrescentou, sublinhando ainda que "a vitória garante a eternidade".

Netanyahu afirmou ainda que o ataque de 07 de outubro "vai simbolizar para as gerações futuras o preço do nosso renascimento, e vai provar-lhes a nossa determinação e a força do nosso espírito".

Há exatamente um ano, cerca de mil combatentes do Hamas atacaram inesperadamente o território israelita, matando quase 1.200 pessoas e fazendo mais de 200 reféns, dos quais quase 100 continuam reféns do Hamas.

O Governo de Telavive prometeu aniquilar o movimento islamita, considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.

As investidas de Israel na Faixa de Gaza já mataram quase 42 mil pessoas, a maioria civis, forçaram quase dois milhões a fugir das respetivas casas e provocaram um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

A guerra, que hoje entrou no 367.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 41.900 mortos (quase 2% da população), cerca de 17.000 dos quais menores, e de 97.000 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros, de acordo com números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.

Cerca de 90% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza viram-se obrigados a deslocar-se, muitos deles várias vezes, ao longo de um ano de guerra, encontrando-se em acampamentos apinhados ao longo da costa, praticamente sem acesso a bens de primeira necessidade, como água potável e cuidados de saúde.

O sobrepovoado e pobre enclave palestiniano está mergulhado numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer "o mais elevado número de vítimas alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

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por Lusa

Embaixada e comunidade israelita pedem mais apoio ao governo e povo português

Os principais representantes diplomático e da comunidade israelita em Portugal apelaram hoje a maior apoio do governo e do povo português, no resgate dos reféns mantidos pelo Hamas em Gaza e combate ao antissemitismo.

Numa cerimónia na sinagoga de Lisboa assinalando o 1º aniversário do massacre no sul de Israel perpetrado pelo Hamas, e na presença do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, o embaixador designado de Israel em Portugal, Oren Rosenblat, recordou os reféns que o movimento islamita ainda mantém em Gaza, e em particular o luso-israelita Idan Sthivi, cuja morte foi hoje confirmada.

"Apelo ao governo português para que atue pela libertação de todos os reféns, incluindo cidadãos portugueses que estão sob a responsabilidade direta do governo português", afirmou o diplomata, num discurso em português perante representantes partidários e diplomáticos, além da comunidade israelita. 

De acordo com o Rosenblat, a mãe de Idan Sthivi veio três vezes a Portugal e esteve com o Presidente da República: "Fez tudo o que era possível pelo filho, é muito triste".

Agradecendo ao povo e governo português o apoio prestado até aqui, o diplomata pediu mais.

"Primeiro, apoio espiritual. Pedimos - aqui na sinagoga - ao povo português que reze por Israel e especialmente pelo regresso em segurança de todos os reféns. Mas também apoio político do povo e do governo (...). Este é o momento de mostrar solidariedade com Israel, de mostrar que não há lugar, nomeadamente em Portugal, para o antissemitismo", disse o diplomata.

Na mesma linha, David Botelho, presidente da Comunidade Israelita de Lisboa, distinguiu as vítimas do Hamas - de "violência pura, do extremismo pelo extremismo" - de outras que "colateralmente" são feitas nos ataques israelitas contra aquele movimento e que têm merecido condenação das Nações Unidas e apelos à restrição mesmo por parte de alguns dos principais aliados de Telavive. 

"Obviamente que o governo de Israel pode ser criticado e ser objeto de reparos, mas as críticas e os reparos ao governo não podem em circunstância alguma servir para desapoiar Israel, a única democracia naquela região e que partilha os valores do ocidente", disse Botelho.

No final da cerimónia, o ministro dos Negócios Estrangeiros não prestou declarações.

 

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Momento-Chave
por RTP

Israel lança novos ataques a sul de Beirute

Israel lançou esta noite novos ataques contra os subúrbios a sul de Beirute, depois de um apelo do exército israelita para a evacuação de certos setores deste reduto do Hezbollah, adiantou a agência oficial libanesa Ani. Os subúrbios da zona sul de Beirute, bombardeados pelo exército israelita desde 23 de setembro, "foram alvo de dois ataques".
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Momento-Chave
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EUA impõem novas sanções à rede de financiamento do Hamas

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos impôs novas sanções contra uma rede de financiamento do Hamas que irá afetar vários membros e organizações, incluindo uma “instituição de caridade fraudulenta”. 

“No aniversário do brutal ataque terrorista do Hamas, o Tesouro continuará a degradar implacavelmente a capacidade do Hamas e de outros atores iranianos para financiar as suas operações”, declarou a secretária do Tesouro, Janet Yellen.
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Guerra no Médio Oriente. Manifestação em Washington a apelar libertação dos reféns israelitas

Em Washington, houve uma manifestação em apelo pela libertação dos reféns israelitas, raptados a 7 de outubro do ano passado pelo Hamas. Ao longo do dia, o presidente norte-americano, que evitou uma cerimónia pública, realizou uma pequena homenagem na Casa Branca.

Já a vice-presidente e candidata democrata fez um apelo, em comunicado, para que não se perca o sonho de alcançar a paz, a dignidade e a segurança. Kamala Harris classificou ainda os ataques de há um ano como "brutais" e "repugnantes". Mas ao mesmo tempo considerou que "já é tempo para alcançar um acordo" para um cessar-fogo.
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Putin e Erdogan discutem laços bilaterais com Médio Oriente em cima da mesa

Erdogan e Putin voltam a encontrar-se para falar da guerra no Médio Oriente Reuters

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan felicitou esta segunda-feira, 7 de outubro, o presidente russo Vladimir Putin pelo seu 72.º aniversário durante uma conversa telefónica. Ambos os líderes manifestaram satisfação com a natureza construtiva das relações russo-turcas e concordaram reunir-se no final deste mês para continuar a debater os desenvolvimentos globais e regionais, nomeadamente a evolução da situação no Médio Oriente.

Os dois líderes deverão manter conversações presenciais sobre os assuntos bilaterais e internacionais da atualidade, incluindo a perigosa escalada da situação no Médio Oriente, à margem da próxima cimeira dos BRICS em Kazan, na Rússia, no final deste mês, de acordo com a Direção de Comunicação da Turquia.



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Protestos em Israel. Um ano depois israelitas continuam a exigir fim do conflito

Um ano depois de ter começado a guerra, os israelitas protestam cada vez mais contra o Governo, contra Benjamin Netanyahu e aumento os apelos para o fim do conflito e o regresso dos reféns do Hamas.

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Continuam os ataques israelitas no Líbano

Os ataques israelitas no Líbano continuam, mas ainda não são claras as intenções de Israel com a ofensiva em território libanês, com maior incidência no sul do país.

Segundo o enviado especial da RTP ao Líbano, José Manuel Rosendo, as autoridades israelitas apelaram esta segunda-feira a que as populações de algumas localidades libanesas para se retirarem para o norte e para evitarem as zonas de praias, uma vez que vão vigiar nessas zonas as atividades do Hezbollah.

De acordo com o Governo libanês, nas últimas 48 horas registaram-se cerca de 140 ataques aéreos israelitas. Fora os ataques terrestres e com artilharia.

Quanto ao Hezbollah, sabe-se que o grupo xiita libanês continua a enviar mísseis para o outro lado da fronteira e afirma ter capacidade para resistir ao avanço israelita.
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Um ano depois. Muitos portugueses repatriados voltaram para Israel

Muitos portugueses repatriados há um ano pelo Governo voltaram nos últimos meses a Israel. Portugal também recebeu luso-palestinianos vítimas neste conflito.

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por RTP

Guerra em Gaza. Um ano depois já morreram cerca de 42 mil pessoas

Foto: Amir Cohen - Reuters

Com o ataque do Hamas contra Israel, começou um conflito sem precedentes no Médio Oriente.

A resposta israelita chegou no dia seguinte.

Um ano depois já morreram cerca de 42 mil pessoas na faixa de Gaza, na sua maioria crianças e mulheres.
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Um ano de guerra em Gaza. RTP visitou local do massacre

Foto: Amir Cohen - Reuters

O ataque a Israel teve início às 6h29 do dia 7 de outubro de 2023. Foram disparados cinco mil projéteis. Ao mesmo tempo, grupos armados derrubavam partes da cerca de proteção que divide Gaza e Israel.

Os atacantes entraram em território israelita por 60 pontos diferentes. Dois mil homens participaram nesta invasão em território israelita. Comunidades rurais e cidades como Sderot, Netivot e Nirim foram atacadas.

Só no ataque ao festival Nova, no kibbutz Re'im, os militantes do Hamas mataram a tiro 360 pessoas que celebravam a vida. Em menos de duas horas morreram 1.200 pessoas, entre elas idosos, jovens e várias crianças.

Às 7h48, mais de uma hora após o início do ataque do Hamas, o porta-voz do exército israelita anunciou que o país foi invadido.

Os enviados da RTP, Paulo Jerónimo e José Pinto Dias, percorreram alguns locais da tragédia e escutaram os testemunhos dos sobreviventes.
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por RTP

Um ano de guerra. Netanyahu ameaça "agressores" com força nunca vista

Benjamin Netanyahu avisa os agressores de Israel que irá usar uma força que estes nunca conheceram.

Esta ideia foi deixada pelo primeiro-ministro israelita no dia em que se assinala o primeiro aniversário do massacre de 1200 pessoas num ataque do Hamas.

Netanyahu diz que há um ano começou "uma guerra de ressurreição".

Hoje foram muitas as manifestações de familiares das vítimas deste ataque e dos que ainda se encontram sequestrados em Gaza.

Há ainda 131 reféns nas mãos do Hamas, 34 são militares.
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Momento-Chave
por RTP

Borrell apoia proposta de Macron de parar de enviar armas a Israel

O alto representante da União Europeia (UE) para a Política Externa expressou apoio ao apelo do Presidente francês, Emmanuel Macron, para que a UE deixe de enviar armamento a Israel.

"A tragédia é que todos dizemos que há demasiados mortos, mas os mortos continuam a aumentar. E é por isso que são tão importantes tomadas de posição como a recentemente anunciada pelo Presidente da República francês", declarou Josep Borrell num debate no Parlamento Europeu sobre o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas a Israel, cometido há exatamente um ano.

Numa entrevista à rádio France Inter, Macron disse no passado sábado que é necessário procurar "uma solução política" para a guerra na Faixa de Gaza, bem como deixar de fornecer armamento a Israel - uma proposta a que Borrell já tinha instado em fevereiro, numa mensagem principalmente dirigida aos Estados Unidos.

"Temos de dar esperança à paz", afirmou hoje o chefe da diplomacia europeia.

"É certo que estas palavras podem parecer estranhas a alguns, se não mesmo ridículas, nas atuais circunstâncias. Mas creio que é esta a responsabilidade da Europa: dar esperança à paz, que só pode provir do diálogo e do acordo", continuou Borrell.

O alto representante da UE exortou, assim, a que se passe da "rejeição mútua ao mútuo reconhecimento" entre israelitas e palestinianos, de forma a alcançar a coexistência de um Estado israelita com um Estado palestiniano.

"Alguma solução tem de haver, se não queremos, geração após geração, funeral após funeral, continuar a assistir à tragédia desta maldita Terra Santa", afirmou Borrell.
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Momento-Chave
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Houthis reivindicam responsabilidade por mísseis disparados contra o centro de Israel

O grupo Houthi do Iémen assumiu a responsabilidade pelos ataques. O grupo apoiado pelo Irão disse que disparou dois mísseis contra alvos militares na área de Jaffa , no centro de Israel.
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Israel ordena evacuação da costa no sul do Líbano

As autoridades israelitas ordenaram entretanto a evacuação da costa libanesa a sul do rio Awali, a mais de 50 quilómetros da fronteira entre Israel e o Líbano, quando continua a ofensiva contra o grupo xiita Hezbollah.

“As atividades do Hezbollah obrigam o Exército a agir e o Exército agirá em breve na área marítima contra as atividades terroristas do Hezbollah”, anunciou o porta-voz árabe das forças israelitas, Avichay Adraee, num comunicado.

Adraee pediu aos civis que evitassem estar nas águas da costa libanesa ou mesmo nas praias situadas a sul de Awali.
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Momento-Chave
por RTP

Responsável da ONU fala do "sofrimento indizível" dos reféns e numa Gaza feita cemitério

O diretor da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNWRA) recordou o "sofrimento indizível" dos reféns mantidos pelo Hamas há um ano na Faixa de Gaza, condenando a guerra no território, que se transformou num "cemitério".

"Um ano após o horrendo massacre realizado pelo Hamas e outros grupos armados palestinianos no sul de Israel, matando mais de 1.250 pessoas e fazendo 250 reféns. Desde aquele dia, o Médio Oriente está a afundar-se cada vez mais em conflitos, mortes e horrores absolutos", escreveu nas redes sociais Philippe Lazzarini.

"Doze meses de sofrimento indizível para os reféns em Gaza, as suas famílias deixadas no limbo e uma sociedade profundamente traumatizada. Doze meses de guerra brutal transformaram a Faixa de Gaza num mar irreconhecível de escombros e um cemitério para dezenas de milhares de pessoas, entre elas muitas crianças", lembrou ainda.

Passou uma ano, disse ainda, "e não há um dia sem que as famílias em Gaza sejam submetidas a um sofrimento indizível, à medida que o deslocamento forçado, a doença, a fome e a morte se tornaram a norma diária para dois milhões de pessoas presas num enclave bombardeado e sitiado".

"Um ano de profunda perda, tristeza e sofrimento. Um ano de desumanização e desrespeito ao direito internacional; uma queda livre em direção à barbárie".

Lazzarini reforçou que a ampliação "da guerra para o Líbano", nas últimas semanas, está a "causar danos nos civis, muitos forçados a reviver traumas do passado".

"É hora de coragem: um acordo que finalmente traria um cessar-fogo e alívio para as pessoas em Gaza, Líbano, Israel e a região mais ampla. É hora de abaixar as armas após décadas de morte e dor imensa. É hora de libertar todos os reféns em segurança para as suas famílias, que estão a viver uma incerteza insuportável".

"Não há vencedores em guerras", acrescentou. "A única saída é através de uma solução diplomática e pacífica. É hora de curar as feridas. É hora de escolher a paz".
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Momento-Chave
por RTP

Blinken lamenta "aniversário devastador e trágico"

O departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu uma declaração de Antony Blinken sobre o dia que marca um ano desde o ataque do Hamas a 7 de outubro no sul de Israel. O secretário de Estado norte-americano lamento a data "devastadora e trágica" e reforçou que "os EUA estão com Israel enquanto o país se defende contra o terrorismo".

"Hoje, marcamos um aniversário devastador e trágico. A 7 de outubro de 2023, mais de 1.200 homens, mulheres e crianças, incluindo 46 norte-americanos e cidadãos de mais de 30 países, foram massacrados pelo Hamas – o maior massacre de judeus desde o Holocausto. Meninas e mulheres foram abusadas sexualmente. A depravação dos crimes do Hamas é quase indizível", lamentou Blinken no comunicado.

Os ataques do Hamas no ano passado, continuou o secretário de Estado dos EUA, "desencadearam um ano de conflito, com consequências trágicas para o povo palestiniao".

"Os EUA lamentam a morte de todos os inocentes que morreram a 7 de outubro e no ano seguinte. É hora de chegar a um acordo de cessar-fogo que traga os reféns para casa, alivie o sofrimento do povo israelita e palestiniano e, finalmente, ponha fim a esta guerra".

A comunidade internacional, disse ainda, "também deve permanecer firme perante o terrorismo e o extremismo violento, incluindo as fontes de apoio a grupos como o Hamas". Na declaração, Blinken frisa que a comunidade internacional "deve condenar o apoio do Irão ao Hamas e outros grupos terroristas na região que são responsáveis ​​por tanta morte, destruição e instabilidade".

"Neste doloroso aniversário, os EUA estão com Israel enquanto se defende contra o terrorismo. Permanecemos firmes no nosso compromisso com a paz e estabilidade duradouras em toda a região e por um futuro comum para israelitas e palestinianos com medidas iguais de segurança, dignidade, oportunidade e liberdade".
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por RTP

Ataques israelitas atingiram “mais de trinta cidades e vilas" no Líbano

A Agência Nacional de Notícias do Líbano informou que, esta tarde, uma onda de ataques israelitas atingiu “mais de trinta cidades e vilas no distrito de Tiro”. Há também notícias da comunicação local, citada pelo jornal britânico The Guardian, sobre um novo ataque das forças de Israel no subúrbio sul de Beirute, Dahiyeh.
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por Antena 1

Borrell lamenta divisões na União Europeia sobre Israel

REUTERS/Nabila Eltigi

O chefe da diplomacia europeia lamenta que a União Europeia não esteja unida nas decisões dos Estados-membros sobre Israel.

Num debate no Parlamento Europeu, Josep Borrell destacou a divisão que existe entre os países e salientou a importância de decisões como a do presidente francês, que defendeu a suspensão total da exportação de armas para Israel.
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por RTP

Metsola considera que ataque do Hamas foi "gatilho para guerra, morte e devastação"

A presidente do Parlamento Europeu (PE) considerou que o massacre perpetrado pelo movimento islamita radical Hamas em Israel, há um ano, foi "o gatilho para um ciclo de guerra, morte e devastação", defendendo um cessar-fogo "resolutamente".
"O atentado de 07 outubro foi o gatilho para um ciclo de guerra, morte e devastação que se manifestou na morte de milhares em Gaza. Na instabilidade na região", disse Roberta Metsola, na abertura da sessão planária do PE em Estrasburgo (França).

"Demasiados jovens conhecem hoje o horror da guerra. Demasiados pais viram-se forçados a ver as suas famílias passar fome. Demasiadas crianças nunca vão crescer".

A presidente do PE acrescentou que a instituição "vai continuar resoluta no apelo a um cessar-fogo" na região, numa altura em que o conflito que estava concentrado na invasão israelita à Faixa de Gaza alastrou ao Líbano e tem o envolvimento direto do Irão.

"Os nossos pedidos para um caminho contrário ao da escalada continuaram fortes", acrescentou Roberta Metsola.

C/Lusa
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Momento-Chave
por RTP

Hezbollah diz ter como alvo soldados israelitas em incursão no Líbano

O grupo paramilitar xiita libanês Hezbollah disse hoje que os seus recentes ataques tiveram como alvo soldados israelitas em várias aldeias do sul do Líbano, onde Israel tem vindo a realizar incursões terrestres há uma semana. Os combatentes "bombardearam as forças israelitas em Maroun al-Ras com uma salva de `rockets`", adiantou o movimento pró-iraniano em comunicado.
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Momento-Chave
por Lusa

Hamas diz que reféns estão numa situação "muito difícil"

O braço armado do Hamas afirmou hoje que os reféns detidos na Faixa de Gaza se encontram numa situação "muito difícil", um ano após terem sido raptados durante o ataque do movimento islamita palestiniano a Israel.

"Dizemos [aos israelitas] que podiam ter recuperado todos os vossos reféns vivos há um ano (...). A situação dos restantes reféns, psicologicamente e em termos de saúde, tornou-se muito difícil", declarou o porta-voz das Brigadas Al-Qassam, Abu Obeida, num vídeo difundido pelo movimento palestiniano e difundido pelo canal do Qatar Al Jazeera.

O representante afirmou ainda que o Hamas pretende travar uma "longa batalha de desgaste" contra Israel.

"A nossa escolha é continuar o confronto numa longa, dolorosa e dispendiosa batalha de desgaste para o inimigo", disse.

Há exatamente um ano, cerca de mil combatentes do Hamas atacaram inesperadamente o território israelita, matando quase 1.200 pessoas e fazendo mais de 200 reféns, dos quais quase 100 continuam na posse do Hamas.

O Governo de Telavive prometeu aniquilar o movimento islamita, considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.

As investidas de Israel na Faixa de Gaza já mataram quase 42 mil pessoas, a maioria civis, forçaram quase dois milhões a fugir das respetivas casas e provocaram um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

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por Inês Moreira Santos - RTP

UNOPS apela ao fim do "sofrimento" e a uma "paz duradoura" no Médio Oriente

Lev Radin/Sipa USA via Reuters Connect

No dia que marca um ano desde o início da escalada no Médio Oriente, o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS, na sigla em inglês) renovou o apelo ao fim do "sofrimento, à paz e ao respeito pelo direito internacional e pela justiça". Num comunicado o diretor-geral da organização, Jorge Moreira da Silva, reforçou o empenho "em apoiar o desenvolvimento sustentável e a paz duradoura" em toda a região.

"Um ano após os ataques abomináveis ​​do Hamas a 7 de outubro de 2023, a escala do sofrimento humano e da devastação no Médio Oriente é um lembrete trágico dos impactos duradouros da violência e do conflito", afirmou o responsável oa UNOPS nas declarações enviadas à comunicação social.

Jorge Moreira Silva recordou que, neste último ano, "inúmeras vidas foram perdidas e muitas mais ficaram feridas", além das comunicadade que "foram dilaceradas" e que "a infraestrutura civil está em ruínas".

O conflito que, no ano passado começou com o ataque do Hamas a Israel, "agora espalhou-se pela região, ameaçando instabilidade generalizada e aprofundando a crise humanitária que afeta milhões".

"Isto tem de parar. A importância de um cessar-fogo imediato e da libertação imediata e incondicional de todos os reféns não pode ser exagerada".

De acordo com a UNOPS, há 2,1 milhões de palestinianos a viver "num inferno", em Gaza, e "mais de 70 por cento da infraestrutura civil — casas, hospitais, escolas, água e instalações sanitárias — foi destruída ou severamente danificada".

Para agravar, é referido na nota enviada, "nove em cada 10 pessoas estão deslocadas, incluindo trabalhadores humanitários da ONU e respetivas famílias" e o sistema de saúde na região está a entrar em colapso.

"Esta tragédia humana desafiou as nossas normas e valores fundamentais. Temos uma responsabilidade coletiva e urgente de agir, para responder às necessidades imediatas e construir as bases para um futuro pacífico e próspero".

Responsabilidade que a UNOPS considera levar a sério. Contudo, "Gaza é um dos lugares mais perigosos e difíceis de se trabalhar no mundo", onde mais de 220 funcionários da ONU morreram no ano passado.

O UNOPS está, ainda assim, "determinado a ficar e ajudar o povo de Gaza, tanto para responder às necessidades humanitárias imediatas quanto para apoiar os imensos esforços de recuperação e reconstrução que são desesperadamente necessários".

"Mas a entrega efetiva de ajuda na escala necessária simplesmente não será possível sem vontade política, garantias de segurança e proteção necessárias e um ambiente propício", declarou Jorge Moreira da Silva.

Num contexto de escalada de tensão na região e a iniciar o segundo ano do conflito, "agora envolvendo a região mais ampla", o UNOPS renovou o "apelo pelo fim deste sofrimento, pela paz e pelo respeito ao direito e à justiça internacionais".

"O UNOPS continua comprometido em apoiar o desenvolvimento sustentável e a paz duradoura em Gaza, no Líbano e em todo o Médio Oriente"
, concluiu.


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por Antena 1

Míssil lançado do Iémen deixa Israel em alerta

REUTER/ Nir Elias

Esta tarde voltaram a ouvir-se as sirenes em Israel. No Líbano, os ataques seguem sem fim à vista.

As sirenes soaram no centro do país, um ano depois do ataque do Hamas em território israelita.

O braço militar do Hamas adianta que as pessoas feitas reféns pelo grupo, há precisamente um ano em Israel, estão numa situação muito difícil em Gaza.

O braço armado do Hamas diz-se preparado para uma "guerra longa" contra Israel.

Hoje mesmo, foi confirmada a morte de Idan Stivi, cidadão luso-israelita sequestrado a 7 de outubro do ano passado.

Cerca de 100 pessoas estão ainda nas mãos do grupo extremista, um ano depois do ataque que serviu de rastilho para uma nova onda de violência no Médio Oriente.

Depois dos avanços que espalharam a destruição em Gaza nos últimos meses, Israel abriu entretanto uma nova frente de batalha contra outro movimento, o Hezbollah, no Líbano.

Os ataques seguem sem fim à vista, como conta o enviado especial da Antena 1, José Manuel Rosendo.
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por Lusa

Irão ataca Telavive em 7 frentes, diz Embaixada israelita em Lisboa

 

O encarregado de Negócios da Embaixada de Israel em Lisboa, Yotam Kreiman, defendeu hoje que o Irão é o "líder da ofensiva" com sete frentes de combate contra Israel e o principal fator de desestabilização no Médio Oriente.

Numa conferência de imprensa um ano depois dos ataques do Hamas a Israel - em que o novo embaixador israelita em Portugal não esteve presente devido a questões burocráticas --, Kreiman sublinhou que o Irão tem tentado criar "uma espécie de anel de fogo" em redor de Israel, "usando os diferentes representantes".

"O Irão está a tentar cercar Israel de todas as direções. E é por isso que arma, treina e utiliza o Hamas em Gaza da forma como fez a 07 de outubro [de 2023]. O Hezbollah, no Líbano, é um dos outros. Os Huthis no Iémen, que controlam atualmente 40% do país, são outro. E ainda há as milícias xiitas no Iraque e na Síria que dispararam vários drones contra Israel", afirmou o "número dois" da missão diplomática israelita em Lisboa.

"Temos diferentes frentes que Israel está a enfrentar. Há uma tentativa por parte dessas organizações de encorajar o terrorismo no seio da população árabe que vive em Israel e nos territórios palestinianos, incluindo a Cisjordânia", acrescentou.

 Segundo Kreiman, "acreditar na paz faz parte do ADN de Israel" e isso não vai mudar "por mais que o Irão tente, por mais organizações terroristas que criem e financiem, apoiem e treinem".

Questionado sobre por quanto tempo poderá a guerra continuar, o diplomata israelita afirmou desconhecer o que vem a seguir, mas sublinhou que existem "muitas opiniões diferentes" sobre a forma de se conseguir criar dois Estados independentes.

"Se houvesse um caminho claro para o conseguir, esse caminho já teria sido percorrido. Penso que foram feitas já muitas tentativas em diferentes processos para encontrar o caminho certo. Israel assinou os Acordos de Oslo, que foram violados no dia da assinatura pela outra parte", argumentou. 

"Israel continua a acreditar que deve haver um caminho a seguir. Se tiverem alguma ideia melhor gostaria muito de a ouvir, de a sugerir e de a aplicar", acrescentou.

Questionado sobre se as tentativas para erradicar o Hamas (em Gaza), o Hezbollah (Líbano) e os Huthis (Iémen), não poderão, a médio longo prazos criar maior radicalização e ódio, Kreiman considerou que as tentativas de aniquilar o povo e o Estado judeu "são uma abordagem muito pessimista".

"Esperamos algo melhor do que isso. E não pensamos que os cidadãos do Médio Oriente estejam interessados em ser governados por organizações terroristas e grupos terroristas. [...] A luta contra o terrorismo não é apenas de Israel. É a luta do mundo ocidental, de todas as democracias dos países que partilham valores com Israel, como Portugal", respondeu.

"Sim, queremos um cessar-fogo. Sim, queremos acabar com a guerra. Sim, queremos acabar com o domínio do Hamas em Gaza e o domínio do Hezbollah no Líbano. E, pessoalmente, penso que o mundo deveria esforçar-se por acabar com o domínio dos Huthis sobre 40% do Iémen. O Irão é um fator desestabilizador. Está a tentar manter a região como refém. E quanto mais cedo o mundo atuar para impedir que o Irão seja capaz de fazer isso, mais depressa regressaremos à estabilidade", disse. 

Questionado pela Lusa sobre as palavras do ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, que defendeu um ataque às infraestruturas nucleares iranianas, Kreiman sublinhou que a decisão de como Telavive retaliar aos ataques do Irão está por tomar.

"Assim que for tomada, Israel responderá. Israel terá de responder. Israel, ao não responder duramente ao ataque iraniano, está a abrir a porta e a convidar esta entidade muito perigosa a continuar a sua conduta. Não estamos a falar do povo do Irão, mas sim do Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana, da República Islâmica específica do Irão, da administração que assumiu o controlo do país e que também mantém o povo do Irão como refém", afirmou.

"Esta administração no Irão não é perigosa apenas para o Irão. É perigosa para a Ucrânia, para a Europa, para Israel, para o Médio Oriente. Pergunta-me se é perigoso limitar esse perigo. Não, devemos limitar esse perigo. Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para limitar o perigo. Mesmo depois de o Irão ter declarado várias vezes que espera usar todos os meios de que dispõe contra Israel. O facto de, neste momento, ainda não terem utilizado uma energia nuclear contra Israel, a menos que façamos alguma coisa, poderá ser uma questão de tempo", concluiu.

Sobre o facto de Israel ter considerado o secretário-geral da ONU, António Guterres, `persona non grata`, Kreiman salientou que não é a nacionalidade de quem ocupa o cargo que está em causa, mas sim a atuação da organização, "que tem sido insuficiente".

"[Para Israel, a ONU] não fez o suficiente no seu papel, na sua capacidade, para falar e agir contra o terrorismo, contra a desestabilização do Médio Oriente. Deveria ter sido feito mais. Exemplo é o dia do ataque iraniano com 188 mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos, que não são foguetes do Hamas. [Guterres] não condenou o ataque iraniano. Esperamos que as Nações Unidas, como organização, criem a possibilidade de paz e estabilidade. Em Israel, neste momento, há o sentimento de que o secretário-geral das Nações Unidas não teve sucesso no seu papel de fazê-lo", concluiu.

 

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Momento-Chave
por RTP

Míssil do Iémen disparado contra Israel, segundo IDF

Um míssil terá sido disparado do Iémen contra o centro de Israel esta segunda-feira, segundo o Exército israelita.

O exército israelita anunciou que “intercetou com sucesso” um míssil disparado do Iémen em direção ao centro do país, no primeiro aniversário dos ataques sem precedentes do Hamas contra Israel.

“Depois de as sirenes soarem em diversas áreas do centro de Israel, o míssil superfície-superfície disparado do Iémen foi intercetado com sucesso” pela Força Aérea israelita, segundo um comunicado do exército.

Entretanto, o Hamas também já reivindicou o lançamento de mais uma série de `rockets` contra Israel, a partir de Gaza, quando se assinala o aniversário do ataque do movimento islamita Hamas em território israelita.
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Momento-Chave
por RTP

Dirigente do Hamas apela à abertura de novas frentes de luta armada contra Israel

O dirigente do grupo palestiniano Hamas no estrangeiro, Khaled Meshaal, defendeu que só há a opção de vitória na guerra contra Israel, apelando à abertura de novas frentes de luta armada e também manifestações pró-Palestina.

“Só a ‘jihad’ (guerra santa) financeira não é suficiente, precisamos de uma ‘jihad’ armada e a abertura de novas frentes para combater o inimigo”, disse Meshaal num discurso que assinalou o primeiro aniversário dos ataques do Hamas, em 07 de outubro de 2023, que visaram o sul de Israel.

“Precisamos (…) de abrir novas frentes de resistência, como um dever religioso e ‘jihadista’ de toda a ‘umma’ (nação islâmica), não apenas na Palestina, mas em todos os lugares onde se trava a batalha pela liberdade e pela dignidade”, sublinhou.

Meshaal, que proferiu o discurso por videoconferência no âmbito de um fórum islâmico realizado na capital da Malásia, Kuala Lumpur, não especificou quem deve realizar esta ‘jihad’ ou onde, mas propôs alguns passos necessários para vencer a batalha.

C/Lusa
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por RTP

EUA gastam valor recorde em ajuda militar a Israel

Os Estados Unidos gastaram um valor recorde de pelo menos 17,9 mil milhões de dólares (cerca de 16 mil milhões de euros) em ajuda militar a Israel desde o início da guerra em Gaza, segundo um relatório divulgado esta segunda-feira.

De acordo com um relatório do projeto "Custos da Guerra", da Universidade de Brown, nos Estados Unidos da América (EUA), mais 4,86 mil milhões de dólares (cerca de 4,4 mil milhões de euros) foram investidos em operações militares norte-americanas na região, desde os ataques do grupo extremista palestiniano Hamas em território israelita a 07 de outubro de 2023 e que desencadearam a guerra no enclave da Faixa de Gaza.

Os valores apresentados no documento, lançado por ocasião do primeiro aniversário do ataque do Hamas, incluem os custos de uma campanha liderada pela Marinha norte-americana para reprimir os ataques a navios comerciais por parte dos rebeldes xiitas huthis do Iémen (apoiados pelo Irão), em solidariedade com o seu aliado Hamas.

C/Lusa
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por RTP

Israel bombardeou cerca de 30 aldeias do Líbano

Aviões israelitas bombardearam esta segunda-feira "cerca de 30 aldeias" do sul do Líbano, na fronteira com o norte de Israel, "em menos de meia hora", anunciou a agência de notícias libanesa ANI. A mesma fonte adianta que várias "séries de ataques" foram registadas noutras zonas do sul do país, onde o fogo transfronteiriço entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah se transformou numa guerra aberta a 23 de setembro.
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Momento-Chave
por RTP

Netanyahu afirma que Israel "está a mudar a realidade da segurança" na região

"Estamos a mudar a realidade da segurança na nossa região para o bem dos nossos filhos, para o bem do nosso futuro, para garantir que o que aconteceu a 7 de outubro não volte a acontecer", afirmou Netanyahu durante um discurso no Conselho de Ministros.

O chefe do Governo israelita sublinhou que o país "tem estado sob ataque de sete frentes desde esse dia negro" e reiterou que Israel "está numa guerra pela sua existência, a guerra da ressurreição".

"É assim que eu gostaria de chamar oficialmente a esta guerra", afirmou o governante, acrescentando que "o contra-ataque" contra os "inimigos do eixo do mal iraniano" era "uma condição necessária para garantir o futuro e a segurança" dos israelitas.

"Terminaremos a guerra quando completarmos todos os objetivos que estabelecemos: acabar com o governo maléfico do Hamas, devolver todos os reféns a casa, vivos e mortos, impedir qualquer nova ameaça de Gaza a Israel e trazer os residentes do sul e do norte de volta às suas casas em segurança", reiterou.

Netanyahu condenou novamente o "ataque surpresa assassino" perpetrado pelos "terroristas do Hamas" no dia 7 de outubro de 2023 e recordou que "pouco depois do massacre" afirmou que o país "está em guerra".

"Não numa operação, não numa ronda de combates. Estamos em guerra", explicou.

"Neste dia, prestamos homenagem à memória dos nossos irmãos e irmãs, dos nossos filhos e filhas, dos nossos pais e avós, que foram massacrados pelos terroristas do Hamas. Crianças assassinadas a sangue frio, mulheres e homens mortos, famílias inteiras destruídas", sublinhou, ao mesmo tempo que exprimia o seu apoio às famílias dos raptados, que "atravessam uma agonia interminável de dor e de preocupação com o destino dos seus entes queridos".

O primeiro-ministro israelita recordou também "os heróis que caíram em combate em Gaza, no Líbano e noutras zonas" e argumentou que "graças a eles o inimigo foi repelido, a maior parte das suas capacidades foram destruídas e muitos dos reféns foram libertados".

"Estamos determinados a terminar o trabalho", afirmou.

"São eles que se erguem como um muro protetor entre o mal dos nossos inimigos e o bem do nosso povo e do nosso país", exaltou Netanyahu, salientando que "o massacre de 07 de outubro foi o ataque mais horrível contra o povo desde o Holocausto".

"Ao contrário do Holocausto, enfrentámos os nossos inimigos e travámos uma guerra feroz. Com a ajuda de Deus, lutaremos juntos e juntos venceremos. A eternidade de Israel não terá fim", concluiu.
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Um ano. Guerra sem fim à vista

Ronen Zvulun - Reuters

Há um ano, pelas 6h29, o movimento radical palestiniano Hamas lançou o ataque a quem estava no festival de musica Nova, em Israel e em diferentes pontos do Estado hebraico.

Mataram 1.200 pessoas, a maioria civis, e arrastaram cerca de 250 para Gaza como reféns. Desencadeou-se o ataque retaliatório israelita à Faixa de Gaza.

Cerca de 42 mil vidas palestinianas seriam pulverizadas nos bombardeamentos das Forças de Defesa de Israel. Outras 96 mil pessoas ficariam feridas. Hoje, cerca de 90 por cento da população está deslocada.

Há ainda 101 israelitas cativos.

O dia é assinalado com vigílias e protestos globais contra a guerra. As famílias dos reféns apelam por um cessar fogo e ao regresso das negociações.

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por RTP

Ataques israelitas contra dezenas de aldeias no sul do Líbano

A força aérea israelita bombardeou esta segunda-feira “cerca de trinta aldeias” no sul do Líbano, que faz fronteira com o norte de Israel, “em menos de meia hora”, anunciou a agência noticiosa oficial libanesa ANI.

De acordo com a ANI, “uma série de ataques” teve lugar em várias outras zonas do sul do país, numa altura em que o fogo transfronteiriço entre Israel e o Hezbollah libanês se transformou em guerra aberta, a 23 de setembro.
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por RTP

Força aérea israelita efetuou um ataque perto do aeroporto de Beirute

A força aérea israelita efetuou esta segunda-feira um ataque nos subúrbios do sul de Beirute, reduto do Hezbollah, perto do aeroporto internacional, que continua operacional, disse à AFP uma fonte de segurança.

Por seu lado, o exército israelita anunciou ter efetuado um “ataque direcionado” nos subúrbios do sul, que tem vindo a bombardear incessantemente desde há duas semanas.
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Momento-Chave
por Lusa

Biden lamenta a morte de "demasiados civis" no conflito

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, garantiu hoje estar "totalmente comprometido com a segurança de Israel" e lamentou a morte de "demasiados civis" palestinianos, um ano depois dos massacres perpetrados pelo grupo islamita Hamas.

"A História também se lembrará do dia 07 de outubro como um dia negro para os palestinianos por causa do conflito que o Hamas iniciou nesse dia", disse Biden, num comunicado hoje divulgado.

O Presidente norte-americano assegurou que está "totalmente empenhado com a segurança de Israel", acrescentando que "demasiados civis palestinianos" estão a sofrer ao longo deste ano.

Com este comunicado, Biden associou-se a vários líderes ocidentais, que, um ano depois do início do conflito no Médio Oriente, reiteraram hoje o repúdio dos ataques cometidos pelo Hamas em Israel, repetindo o seu apego à paz.

O ataque de 07 de outubro de 2023 apanhou Israel de surpresa num feriado religioso judaico e levou à morte de 1.205 pessoas, seguindo-se uma devastadora guerra israelita na Faixa de Gaza, que fez quase 42.000 mortos, e a abertura de outra frente no Líbano, em meados de setembro.

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por RTP

Médio Oriente. Conflito sem precedentes começou há um ano

Foto: Abed Sabah - Reuters

Há precisamente um ano começava um conflito sem precedentes no Médio Oriente, com um ataque do Hamas contra Israel. A 7 de outubro foram lançados mais de 5 mil rockets.

Morreram cerca de 1.300 pessoas e mais de 3.400 ficaram feridas. A resposta israelita chegou no dia seguinte.
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por RTP

Israel não consegue confirmar a morte de Safieddine do Hezbollah

Um porta-voz do governo israelita avançou que o seu país não pode confirmar a morte de Safieddine, o potencial sucessor do líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, depois de ter sido alvo de um ataque aéreo israelita na semana passada.

“Ainda não temos essa confirmação. Quando for confirmada, como e quando, será publicada no sítio Web das IDF (forças armadas israelitas)”, afirmou David Mencer.
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por RTP

Biden e Harris voltam a apelar a cessar-fogo

O presidente e a vice-presidente dos Estados Unidos condenaram o ataque do Hamas a Israel a 7 de outubro, reiterando o seu empenho em consolidar um acordo de cessar-fogo para pôr fim aos combates em Gaza.

“Neste aniversário solene, vamos dar testemunho da brutalidade indescritível dos ataques de 7 de outubro, mas também da beleza das vidas que foram roubadas nesse dia”, afirmou Biden.

O Presidente acrescentou que pensa todos os dias nos mais de 100 reféns ainda detidos e nas suas famílias. Joe Biden prometeu que a sua administração “nunca desistirá até trazermos todos os reféns restantes para casa em segurança”.

“Acredito que a história também recordará o dia 7 de outubro como um dia negro para o povo palestiniano, devido ao conflito que o Hamas desencadeou nesse dia. Demasiados civis sofreram demasiado durante este ano de conflito”.

Entretanto, a vice-presidente, Kamala Harris, manifestou o apoio da administração americana a um cessar-fogo em Gaza. “Já é mais do que tempo de chegar a um acordo de reféns e de cessar-fogo para pôr fim ao sofrimento de pessoas inocentes. E lutarei sempre para que o povo palestiniano possa realizar o seu direito à dignidade, à liberdade, à segurança e à autodeterminação”.
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por RTP

IDF confirmam ataque aéreo a bastião do Hezbollah no sul de Beirute

Os militares descrevem o ataque como “direcionado” e dizem que serão fornecidos mais pormenores em breve.

A imprensa libanesa relata ataques aéreos israelitas no subúrbio sul de Beirute, um bastião do Hezbollah conhecido como Dahiyeh.
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Momento-Chave
Cisjordânia ocupada
por RTP

Criança de 12 anos morta a tiro no campo de refugiados de Qalandia

A agência noticiosa palestiniana Wafa avança que uma criança palestiniana de 12 anos foi morta a tiro pelas forças de segurança israelitas no campo de refugiados de Qalandia, situado na Cisjordânia ocupada por Israel, entre Jerusalém, a sul, e Ramallah, a norte.

A agência refere que sete outras pessoas, incluindo três crianças, ficaram feridas no mesmo incidente.
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Momento-Chave
por RTP

Bombardeamentos israelitas prosseguem no Líbano

Foto: EPA

Os enviados da RTP a Beirute, José Manuel Rosendo e Sérgio Ramos, revelam que a ofensiva israelita está centrada num bairro da capital libanesa, onde estará o sucessor do líder do Hezbollah.

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Momento-Chave
por RTP

Vigílias em Israel assinalam um ano do ataque do Hamas

Foto: José Pinto Dias - RTP

Israel assinala com vigílias o ataque lançado há um ano pelo movimento radical palestiniano Hamas. Os enviados da RTP ao Estado hebraico, Paulo Jerónimo e José Pinto Dias, estão num dos locais do massacre de 7 de outubro, onde decorria o Festival Nova.

Em Reim, morreram mais de 300 pessoas.
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por RTP

Confirmada a morte de luso-israelita raptado pelo Hamas

Foi confirmada a morte de um luso-israelita raptado há um ano pelo Hamas, durante o ataque a Israel. Idan Shtivi participava como fotógrafo voluntário no Festival Nova. O corpo do jovem de 28 anos ainda se encontra em Gaza.