"Levamos a sério o assunto". Israel estuda carta de Blinken e Austin sobre Gaza
"Israel leva este assunto a sério e tenciona responder às preocupações referidas nesta carta com os nossos parceiros americanos", afirmou a fonte citada pela Agência Reuters.
Na carta enviada ao governo de Benjamin Netanyahu exige que Israel tome "medidas urgentes" nos próximos 30 dias para melhorar a situação humanitária na Faixa de Gaza.
Caso contrário, Washington avisa que Israel corre o risco de violar as leis dos EUA que regem a assistência militar estrangeira, sugerindo que a ajuda militar norte-americana pode estar em risco.
Cinco mortos, três dos quais menores, em novo ataque israelita no Líbano
O Ministério da Saúde Pública detalhou que o ataque ocorreu na cidade de Rayak, localizada na província de Bekaa.
As autoridades libanesas indicaram nas redes sociais que, além dos cinco mortos, 16 pessoas ficaram feridas.
Segundo um balanço anteriormente divulgado pelo Governo do Líbano, pelo menos 2.350 pessoas morreram e outras 10.906 ficaram feridas em ataques israelitas no último ano.
Em comunicado, o Centro de Operações de Emergência do Ministério da Saúde Pública libanês indicou que só na segunda-feira pelo menos 41 pessoas morreram e outras 124 ficaram feridas em "ataques do inimigo israelita".
De acordo com os dados fornecidos pelo ministério libanês, 17 pessoas foram mortas no sul do Líbano, outras três no oeste do Vale do Bekaa e 21 num bombardeamento contra a cidade predominantemente cristã de Aitou, que pela primeira vez foi incluída no raio de ação das forças israelitas.
Estas mortes elevam para pelo menos 1.356 o número de vítimas desde 23 de setembro, altura em que Israel intensificou as suas operações militares no Líbano.
O grupo xiita libanês Hezbollah e Israel estão em confronto desde 08 de outubro de 2023, um dia após o início da guerra na Faixa de Gaza, e, durante quase um ano, as hostilidades limitaram-se a trocas de tiros sobre a divisão comum, conhecida como "Linha Azul".
A chamada "Linha Azul" é a linha de demarcação estabelecida pela ONU entre Israel e o Líbano em junho de 2000.
Contudo, no final de setembro, Israel iniciou uma ampla campanha de bombardeamentos que se concentrou no sul e no leste do Líbano, mas também nos subúrbios de Dahieh, no sul de Beirute, um bastião do Hezbollah, onde foi morto o seu líder, Hassan Nasrallah, bem como outros altos quadros do grupo armado libanês apoiado pelo Irão.
Mais recentemente, o Exército israelita realizou também ataques que fizeram dezenas de mortos no centro da capital libanesa e contra zonas do norte do país, dantes considerados locais mais seguros para largos milhares de deslocados que fogem dos bombardeamentos.
Segundo o Governo libanês, mais de 1,2 milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, embora apenas cerca de 188 mil tenham sido registadas nos 1.059 abrigos criados pelas autoridades em todo o Líbano.
Hezbollah acusa Israel de usar munições de fragmentação
O grupo xiita libanês Hezbollah garantiu ter atingido três tanques e uma escavadora israelitas em aldeias fronteiriças no sul do Líbano, bem como ter disparado `rockets` dirigidos a território israelita.
Este ataque surge depois de o Hezbollah ter informado que o Exército israelita utilizou projéteis carregados com munições de fragmentação - proibidas internacionalmente - contra pelo menos três zonas localizadas no sul do Líbano, um dos principais focos da campanha de bombardeamentos de Israel.
O Hezbollah indicou que as áreas de impacto foram Wadi al Hujayr, Jallet Raj e uma área florestal localizada a leste da cidade de Alman.
De acordo com a Human Rights Watch (HRW), as bombas de fragmentação são proibidas em todo o mundo porque causam danos imediatos e a longo prazo aos civis, deixando um rastro de munições não detonadas que funcionam como minas terrestres durante anos.
O Hezbollah denunciou que a utilização destas armas por Israel demonstra "o seu flagrante desrespeito por todos os acordos, normas e leis internacionais, especialmente em tempo de guerra".
"Apelamos às autoridades competentes do Líbano e às organizações internacionais humanitárias e de direitos humanos para que condenem este crime hediondo em todos os padrões, especialmente tendo em conta os seus efeitos negativos de longo alcance sobre os civis", acrescentou o movimento xiita, num comunicado.
Organizações como a HRW e as autoridades libanesas já denunciaram anteriormente o uso de armas proibidas por Israel, como o fósforo branco, substância que quando exposta ao oxigénio provoca uma reação química capaz de causar queimaduras graves que podem penetrar até aos ossos.
EUA avisam Israel que se opõem aos bombardeamentos em Beirute
“Deixámos claro a Israel que nos opomos à campanha de bombardeamentos que lançou nas últimas semanas em Beirute”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, aos jornalistas, sublinhando que estes ataques diminuíram de intensidade nos últimos dias.
Os EUA mostram-se preocupados com “a natureza” dos bombardeamentos, principalmente com “o número de civis” mortos nestes ataques.
“Há ataques específicos que seriam apropriados para Israel realizar, mas quando se trata do escopo e da natureza da campanha de bombardeamentos que vimos em Beirute nas últimas semanas, é algo que deixamos claro ao governo de Israel que tínhamos preocupações e nos opomos a isso”, disse Miller.
ONU rejeitou pedidos de Israel para capacetes azuis saírem do Líbano
Foto: Karamallah Daher - Reuters
Novo líder do Hezbollah tenta consolidar posição de força perante Israel
Chegam a Israel soldados americanos para ajudar na defesa contra o Irão
Israel recebe componentes de baterias anti-mísseis
THAAD. Sistema antimísseis dos EUA pronto a ser instalado em Israel
Características do sistema THAAD
O sistema THAAD geralmente são compostas por 95 soldados, seis lançadores montados em camiões, 48 intercetadores – oito para cada lançador – um sistema de radar e um componente de controlo de disparo e comunicação. Cada sistema custa entre mil milhões de dólares a 1,8 mil milhões.
O Irão disparou os mísseis "em três corredores, ou três locais, tornando impossível para qualquer equipamento de defesa aérea intercetá-los a todos", salientou Magnier.
De acordo com a comunicação estatal iraniana os mísseis balísticos hipersónicos Fattah foram usados pela primeira vez no ataque a Israel.
EUA e Canadá sancionam organização de financiamento da Palestina
O grupo Samidoun opera em Gaza e na Cisjordânia e está designado como organização terrorista estrangeira desde 1997 e como Terrorista Global desde 2001.
O subsecretário interino do Tesouro para o Terrorismo e Inteligência Financeira, Bradley T. Smith, explicou que organizações como a Samidoun "disfarçam-se de atores de caridade que afirmam prestar apoio humanitário aos necessitados, mas na realidade desviam fundos para a tão necessária assistência para apoiar grupos terroristas".
As sanções agora anunciadas visam impedir esta organização e os seus líderes de utilizar o sistema financeiro dos EUA e impedir que os cidadãos norte-americanos negociem com eles.
"Os Estados Unidos estão empenhados em trabalhar com os nossos parceiros para expor e dissuadir aqueles que exploram os impulsos humanitários para os seus objetivos malignos", informou o Departamento de Estado norte-americano, acrescentando que este objetivo foi partilhado com o Governo do Canadá.
Retirada bandeira portuguesa de navio com explosivos para Israel
"Terminaram as diligências técnicas e foi retirada a bandeira. O registo foi definitivamente cancelado", indicou fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Em 30 de setembro, fonte oficial tinha transmitido à Lusa que o navio tinha pedido a retirada da bandeira portuguesa, uma decisão "irreversível", após diligências do Governo português junto do armador.
O navio "Kathrin", de propriedade alemã e até agora registado na Madeira, transporta material explosivo com destino a fabricantes de armas em Israel, Polónia e Eslováquia.
O Bloco de Esquerda pediu ao Ministério Público que "fiscalize e previna que Portugal venha a ser acusado internacionalmente por cumplicidade com um genocídio", além de propor a audição do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, na comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas sobre este caso.
Em setembro, a relatora especial das Nações Unidas para a Palestina, Francesca Albanese, apelou ao Governo para que solicitasse "urgentemente a remoção" da bandeira portuguesa do navio "Kathrin".
"Depois de reconhecer a plausibilidade do genocídio em Gaza, em janeiro de 2024, o ICJ [Tribunal Internacional de Justiça] deixou claro que todos os Estados têm a obrigação de `respeitar e fazer respeitar` a Convenção sobre o Genocídio `em todas as circunstâncias`, e que os Estados têm `obrigações internacionais relativas à transferência de armas para as partes num conflito armado`", assinalou na ocasião a relatora da ONU.
Exército israelita diz ter capturado três combatentes do Hezbollah no Líbano
"Uma conduta subterrânea foi localizada dentro de um edifício usado pelo Hezbollah. As forças cercaram o edifício, onde três terroristas da força Radwan estavam escondidos", disse o exército num comunicado. “Eles foram encontrados próximos a muitas armas”, acrescentou.
Netanyahu responde a Macron: "Foi a vitória na guerra de 1948 que criou Israel e não a ONU"
Macron refere-se ao plano da ONU para a partilha da Palestina, aprovado em novembro de 1947 pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
As declarações de Macron seguem-se ao ataque israelita, na semana passada, contra a missão de paz da ONU no Líbano (UNIFIL). França convocou o embaixador israelita para contestar o ataque aos capacetes azuis.
Netanyahu disse a Macron que se opõe a um "cessar-fogo unilateral" no Líbano
"O primeiro-ministro disse durante a conversa que se opunha a um cessar-fogo unilateral, que não mudaria a situação de segurança no Líbano (...)", revelou o gabinete de Macron em comunicado.
O número dois do Hezbollah, Naim Qassem, disse esta terça-feira que “a solução” para acabar com a guerra no Líbano seria um cessar-fogo, garantindo que o seu movimento “não seria derrotado”.
“Como o inimigo israelita está a bombardear todo o Líbano, temos o direito, numa posição defensiva, de atacar em qualquer parte da entidade inimiga israelita, no centro, no norte e no sul”, afirmou.
Cerca de 3000 cidadãos franceses deixaram o Líbano desde o início do conflito
Primeira-ministra italiana viaja para o Líbano na sexta-feira
A visita de Meloni acontece depois de a missão de paz da ONU no Líbano (UNIFIL), para a qual Itália contribui, ter sido atacada pelo exército israelita.
Perante a Câmara de Deputados, Meloni disse que uma retirada da UNIFIL das áreas de combate como foi exigido por Israel constituiria um “erro grave”.
Com esta visita, Meloni será a primeira chefe de Estado ou de Governo a visitar o Líbano desde a intensificação dos ataques israelitas ao país no final de setembro.
Líbano reporta 41 mortos e 124 feridos nos ataques de segunda-feira
Estas mortes elevam para 1.356 o número de pessoas mortas desde que o confronto entre Israel e o movimento islâmico libanês Hezbollah se transformou numa guerra aberta a 23 de setembro, após um ano de trocas de tiros transfronteiriças, segundo uma contagem feita pela AFP com base em dados oficiais.
EUA exigem que Israel tome "medidas urgentes" para melhorar situação humanitária em Gaza
A carta foi escrita pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e pelo secretário de Defesa, Lloyd Austin, e endereçada ao ministro de Defesa de Israel, Yoav Gallant, e ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Ron Dermer.
"Escrevemos esta carta para salientar a profunda preocupação do governo dos EUA com a deterioração da situação humanitária em Gaza e procurar ações urgentes e sustentadas do seu governo neste mês para reverter essa trajetória", lê-se na carta datada de 13 de outubro, citada pela Axios.
Mais de um quarto do Líbano sob ordens de evacuação de Israel
Mais de 1,2 milhões de pessoas foram deslocadas do sul do Líbano, do Vale de Beqaa e de partes de Beirute, segundo dados do Governo libanês.
A ONU descreve a situação como "desesperada".
Líbano. Cúpula do Hezbollah promete atacar todo o território de Israel
Reunião do gabinete de guerra israelita fecha detalhes de retaliação
Capacetes azuis das Nações Unidas vão continuar na fronteira do Líbano
Mais de 90 mil crianças imunizadas contra a poliomielite na Faixa de Gaza
As Forças de Defesa de Israel e o Hamas acertaram um conjunto de pausas localizadas nos combates para permitir a administração de vacinas, depois de ter sido confirmado, em agosto, o primeiro caso da doença na Faixa de Gaza em 25 anos.
Contudo, na campanha de administração da segunda dose, esta semana, uma das escolas escolhidas para a inoculação, no centro de Gaza, foi atingida por ataque aéreo israelita. Morreram 22 pessoas.
"Não podemos vacinar crianças debaixo de um céu cheio de bombas. Todas as partes do conflito devem respeitar as pausas humanitárias para permitir o desenrolar desta campanha", exortava ontem a UNRWA.
Exército israelita acusa Hezbollah de transportar operacionais em veículos do sistema de saúde libanês
"Apelamos a todas as equipas médicas para que evitem lidar com membros do Hezbollah e a não cooperarem com eles", exorta no X o porta-voz militar israelita Avichay Adraee.
Mulheres e crianças são maioria das vítimas
Entre os mortos, segundo o porta-voz da ONU Jeremy Laurence, há 12 mulheres e crianças.
Tamim bin Hamad Al Thani acusa Israel de expansão "pré-planeada" da "agressão"
Recorde-se que o Catar tem atuado, a par do Egito e dos Estados Unidos, como mediador de sucessivas tentativas de alcançar um cessar-fogo entre Israel e Hamas.
Ataque israelita faz quatro mortos
Entretanto, o Hezbollah anunciou a continuação dos disparos de rockets contra o norte de Israel, assim como dos combates terrestres.
Mais de 42.300 palestinianos mortos desde outubro de 2023
Só nas últimas 24 horas, morreram 55 pessoas. O número de feridos ascendou a 329.
Multidões no funeral de comandante de operações da Guarda Revolucionária do Irão
Este responsável terá sido abatido a par de Hassan Nasrallah, número um do Hezbollah, nos ataques israelitas de 27 de setembro em solo libanês.
Foto: Abedin Taherkenareh - EPA
Mais de 400 mil crianças deslocadas no Líbano em três semanas
O diretor executivo adjunto para as ações humanitárias do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Ted Chaiban, visitou escolas que foram transformadas em abrigos para acolher famílias deslocadas no Líbano.
"O que me impressionou foi que esta guerra tem três semanas e tantas crianças já foram afetadas", disse Chaiban à agência de notícias Associated Press (AP) em Beirute.
"Hoje, enquanto estamos aqui, 1,2 milhões de crianças estão a ser privadas de educação. As suas escolas públicas tornaram-se inacessíveis, foram danificadas pela guerra ou estão a ser utilizadas como abrigos. A última coisa de que este país precisa, para além de tudo o que já passou, é do risco de uma geração perdida", sublinhou o responsável do UNICEF.
"É preocupante saber que temos centenas de milhares de crianças libanesas, sírias e palestinianas que correm o risco de perder a sua aprendizagem", disse Chaiban.
Mais de 2.300 pessoas no Líbano foram mortas em ataques israelitas, quase 75% destas no último mês, segundo o Ministério da Saúde libanês. Nas últimas três semanas, mais de 100 crianças foram mortas e mais de 800 ficaram feridas, disse Chaiban.
O alto funcionário do UNICEF sublinhou que as crianças deslocadas estão amontoadas em abrigos sobrelotados, onde três ou quatro famílias podem viver numa sala de aula separada por uma lona de plástico e onde 1.000 pessoas podem partilhar 12 casas de banho. Muitas famílias deslocadas montaram tendas ao longo das estradas ou em praias públicas.
Embora algumas escolas privadas libanesas ainda estejam em funcionamento, o sistema escolar público foi gravemente afetado pela guerra, juntamente com as pessoas mais vulneráveis do país, como os refugiados palestinianos e sírios.
A escalada da violência deixou fora de serviço mais de 100 unidades de cuidados de saúde primários e 12 hospitais já não funcionam ou estão a atender de forma parcial.
Nas últimas três semanas, 26 estações que fornecem água a quase 350 mil pessoas foram danificadas. O UNICEF está a trabalhar com as autoridades locais para as reparar, segundo Chaiban.
"O que devemos fazer é garantir que isto acabe, que esta loucura acabe, que haja um cessar-fogo antes de chegarmos ao tipo de destruição, dor, sofrimento e morte que vimos em Gaza", disse Chaiban.
Com tantas necessidades, disse, o apelo de resposta de emergência de 108 milhões de dólares para o Líbano só foi financiado em 8% três semanas após o início da escalada.
Chaiban pediu que a infraestrutura civil fosse protegida e apelou a um cessar-fogo no Líbano e em Gaza, dizendo que é necessário haver vontade política e uma compreensão que o conflito não pode ser resolvido através de meios militares.
Após um ano de trocas de tiros na fronteira, Israel intensificou a sua campanha contra o grupo xiita Hezbollah no Líbano nas últimas semanas, incluindo operações terrestres.
Os combates no Líbano expulsaram 1,2 milhões de pessoas das suas casas, a maioria das quais fugiu para Beirute e outras partes do norte nas últimas três semanas desde a escalada da violência.
Alertas para disparos de rockets ouvidos no norte de Israel
Posteriormente, foram intercetados pelo menos dois projéteis.
Conselho de Segurança da ONU reuniu-se para debater a emergência do conflito no Líbano
Israel alega que bombardeamento visou Hezbollah
"A afirmação de que morreram civis libaneses em resultado do ataque está sob revisão. O incidente está a ser examinado", indica o exército israelita.
Mais de 230 alvos atingidos pela máquina de guerra israelita em 24 horas
O exército do Estado hebraico diz ainda ter "localizados vastas quantidades de armamento e equipamento, incluindo espingardas, capacetes, aparelhos de comunicações e munições".
Afirma, por último, que manteve as operações em Jabalia, um campo de refugiados no norte de Gaza, onde pelo menos dez pessoas morreram.
Mais de duas dezenas de mortos em bombardeamento israelita no norte do Líbano
- Pelo menos 21 pessoas morreram e outras oito ficaram feridas num incomum ataque aéreo israelita no norte do Líbano, segundo um balanço do Ministério da Saúde do país dos cedros. O bombardeamento atingiu um edifício residencial em Aitou, uma localidade predominantemente cristã e distante das zonas sobre as quais a aviação do Estado hebraico tem visado, nas últimas semanas, posições conotadas com o Hezbollah xiita libanês;
- Ao início da manhã desta terça-feira, as Forças de Defesa de Israel não haviam ainda feito qualquer referência ao ataque no norte do Líbano. Todavia, esta ação teve lugar depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter prometido "continuar a atacar o Hezbollah sem piedade em qualquer lugar do Líbano, incluindo Beirute";
- Benjamin Netanyahu informou os Estados Unidos de que não pretende atingir centrais nucleares no Irão, circunscrevendo os alvos da esperada retaliação pelo recente ataque de Teerão a forças militares. A notícia é avançada pelo diário norte-americano The Washington Post, que cita dois responsáveis de Washington;
- O Reino Unido anunciou mais sanções a aplicar ao Irão. Destinam-se a figuras tidas como relevantes do exército e da Força Aérea da República Islâmica e a organizações associadas ao desenvolvimento de mísseis balísticos e de cruzeiro;
- Também a união Europeia avançou com sanções contra o regime iraniano. O objetivo é travar o fornecimento de mísseis balísticos a Moscovo. Estas medidas abrangem sete pessoas e sete entidades. Bruxelas pretende, neste caso, acautelar as capacidades militares da Ucrânia. A decisão foi tomada na reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da União;
- O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, veio, na segunda-feira, considerar inaceitável que os capacetes azuis das Nações Unidas possam ser alvos intencionais do exército israelita;
- Israel continua a instar à retirada das bases da UNIFIL das zonas onde enfrenta o Hezbollah, no Líbano. Vários paises ocidentais condenam o facto de instalações e capacetes azuis da força de manutenção de paz da ONU terem já sido atingidos.
China pede a Irão e Israel que recorram à diplomacia para evitar escalada
Numa conversa telefónica com o seu homólogo iraniano, Abbas Araghchi, Wang Yi sublinhou o dever da China de acalmar as tensões e promover o diálogo, de acordo com um comunicado divulgado pela diplomacia chinesa.
"A China sempre defendeu a resolução dos conflitos através do diálogo e da consulta", apontou o ministro, sublinhando ainda que Pequim continuará a reforçar a comunicação entre as partes envolvidas para construir um consenso internacional mais alargado.
"Opomo-nos à exacerbação das tensões e à expansão dos conflitos", acrescentou.
Araghchi manifestou a preocupação do Irão com o risco de nova escalada e sublinhou o valor da influência da China nos assuntos internacionais, salientando a disponibilidade de Teerão para trabalhar com Pequim na procura de soluções diplomáticas.
"O Irão não quer assistir a uma nova expansão do conflito", afirmou, exortando Israel a ser cauteloso.
O ministro iraniano sublinhou igualmente a importância de uma coordenação estreita com a China, o seu principal parceiro comercial e aliado estratégico, para resolver a situação, enquanto aguarda a resposta de Israel ao ataque iraniano com 180 mísseis balísticos contra o Estado hebreu, em 01 de outubro.
Numa outra chamada telefónica com o seu homólogo israelita, Israel Katz, Wang sublinhou que "os desastres humanitários em Gaza não devem continuar" e que "combater a violência com violência não responde verdadeiramente às preocupações legítimas de todas as partes".
Pequim tem reiterado em várias ocasiões o apoio à "solução dos dois Estados", manifestando a sua "consternação" perante os ataques israelitas contra civis em Gaza, e mantém um papel cada vez mais ativo como mediador nos conflitos do Médio Oriente, que surge em paralelo com os seus crescentes interesses económicos e energéticos enquanto maior importador mundial de petróleo.
Netanyahu informa EUA de que não quer atingir centrais nucleares no Irão
Foto: Florion Goga - Reuters
Deslocados no Líbano. RTP acompanha mobilização da sociedade civil
Médio Oriente. Israel ainda lida com ataque do Hezbollah a uma base militar
Bombardeamento em Gaza. Israel intensifica ataques no norte do enclave
Foto: Mohammed Saber - EPA
Israel reúne gabinete de guerra para decidir resposta ao Irão
UE reforça sanções contra o Irão
"Precisamos de ser claros sobre o que a liderança israelita está a fazer", disse o alto representante da UE.
Hezbollah disparou novos projéteis contra Israel
ONU repete que ataques a UNIFIL podem ser crimes de guerra
Foto: Rungroj Yongrit - EPA