Autoridades de Gaza relatam 33 mortos em ataque israelita a Jabalia
"O número de vítimas [...] ascende a 33 mortos e dezenas de feridos", frisou Mahmoud Bassal, porta-voz da Defesa Civil da Faixa de Gaza, organização dependente do movimento islamista palestiniano Hamas.
Fonte médica do hospital Al-Awda tinha indicado à agência France-Presse (AFP) que a instituição recebeu "22 mortos e 70 feridos" na sequência deste ataque que atingiu a zona de Tal az-Zaatar do campo de refugiados palestinianos.
A agência noticiosa oficial palestiniana Wafa, que citou fontes do Hospital Al-Awda, adiantou que entre os civis que morreram estavam cerca de 20 crianças e mulheres.
Já a agência de notícias palestiniana Sanad divulgou um vídeo que mostra numerosos corpos enrolados em cobertores, numa reportagem em que indica que 30 pessoas morreram num bombardeamento israelita contra uma casa no campo de Jabalia.
O Ministério da Saúde de Gaza tinha adiantado na sexta-feira que os ataques israelitas na Faixa de Gaza mataram 62 palestinianos e feriram mais de 300 nas últimas 24 horas.
Os ataques de sexta-feira decorreram um dia depois de Telavive ter anunciado que Yahya Sinouar, mentor do ataque de 07 de outubro de 2023 contra Israel, tinha sido morto durante uma operação militar no sul da Faixa de Gaza.
Sinouar tornou-se o principal chefe do Hamas após o assassínio de Haniyeh, numa explosão no Irão em julho, que foi atribuída a Israel.
Nascido em 1962 num campo de refugiados na cidade de Khan Yunis, em Gaza, Sinouar foi um dos primeiros membros do Hamas, formado em 1987, e acabou por liderar o braço de segurança do grupo.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou na quinta-feira, após o anúncio da morte do líder do Hamas, que Israel "acertou as suas contas" com Sinouar, salientando, porém, que "a guerra ainda não terminou".
As tensões na região do Médio Oriente aumentaram após o ataque de 07 de outubro de 2023 do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, que fez 1.205 mortos, na maioria civis, e 251 reféns, e em retaliação ao qual o Exército israelita iniciou uma guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza que já fez mais de 42.000 mortos e de 99.000 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, segundo os mais recentes números das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.
A partir do Líbano, o Hezbollah juntou-se logo a 08 de outubro aos ataques contra Israel, em solidariedade com a população palestiniana, abrindo assim uma segunda frente de batalha para Israel, na sua fronteira norte, que faz a comunidade internacional temer o alastramento da guerra a toda a região do Médio Oriente -- mais ainda desde que Israel iniciou uma ofensiva terrestre em território libanês.
Pelo menos 1.418 pessoas foram mortas no Líbano desde a intensificação das operações israelitas no Líbano, a 23 de setembro, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais, e mais de um milhão foram forçadas a abandonar as suas casas.
Países ocidentais acusados na ONU de reprimir manifestações pró-Palestina
Num relatório apresentado à Assembleia Geral da ONU e aos jornalistas, a relatora especial para a promoção e proteção do direito à liberdade de opinião e expressão, Irene Khan, acusou ainda Israel de "graves ataques" contra os meios de comunicação social nos Territórios Palestinianos Ocupados, falando em particular de "assassinatos seletivos de jornalistas".
Esta advogada de direitos humanos do Bangladesh, especialista independente da ONU desde 2020, criticou "vários países europeus por terem imposto medidas que restringem a liberdade de expressão, reprimem os protestos contra a carnificina em Gaza e proíbem as manifestações pró-palestinianas".
E, insistiu, "as manifestações nos campus dos Estados Unidos foram duramente reprimidas", numa referência à intervenção no final de abril da polícia de choque de Nova Iorque para desalojar dezenas de ativistas pró-palestinianos que ocupavam parte da Universidade de Columbia.
Quanto aos países europeus, Khan visou "a Alemanha [que] impôs uma proibição total às manifestações pró-Palestina em outubro passado e, desde então, restrições a estes protestos em várias regiões alemãs".
"Nunca em manifestações a favor de Israel, mas sempre em manifestações pró-Palestina", sublinhou.
"A França tentou tomar as mesmas medidas mas os tribunais rejeitaram-nas e a avaliação é feita caso a caso", destacou ainda a advogada, citando também "a Bélgica e o Canadá tendo adotado posições idênticas".
No início da ofensiva israelita em Gaza, há um ano, o Ministério do Interior francês solicitou que as manifestações pró-palestinianas fossem sistematicamente proibidas devido a potenciais perturbações da ordem pública.
O Conselho de Estado, o mais alto tribunal administrativo, chamou o Governo à ordem, exigindo decisões caso a caso.
Khan criticou ainda Israel pelos "graves ataques aos meios de comunicação social nos Territórios Palestinianos Ocupados - Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental -, os assassinatos seletivos de jornalistas, detenções arbitrárias, dezenas de destruições de infraestruturas e equipamento de imprensa em Gaza, a recusa em deixar entrar a imprensa internacional.
"O aumento da censura em Israel e nos Territórios Ocupados sugere que as autoridades israelitas têm uma estratégia para silenciar o jornalismo crítico", concluiu.
Israel diz ter intercetado "alvo aéreo" que se aproximava desde a Síria
"Um alvo aéreo suspeito que se aproximava do território israelita vindo da Síria foi intercetado pela Força Aérea antes de entrar" no território israelita, explicaram as FDI, em comunicado.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) indicou, por sua vez, que dois `drones` disparados pela Resistência Islâmica no Iraque, um conjunto de fações armadas pró-Irão que faz parte do chamado "Eixo da Resistência", atravessaram o céu sírio antes de serem intercetados pelas forças israelitas.
As FDI "no território ocupado de Golã sírio tiveram como alvo dois `drones` lançados pela Resistência Islâmica no Iraque, vindos do Iraque através do território sírio", detalhou a ONG, em comunicado.
As tensões na região do Médio Oriente aumentaram após o ataque de 07 de outubro de 2023 do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, que fez 1.205 mortos, na maioria civis, e 251 reféns, e em retaliação ao qual o Exército israelita iniciou uma guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza que já fez mais de 42.000 mortos e de 99.000 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, segundo os mais recentes números das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.
A partir do Líbano, o Hezbollah juntou-se logo a 08 de outubro aos ataques contra Israel, em solidariedade com a população palestiniana, abrindo assim uma segunda frente de batalha para Israel, na sua fronteira norte, que faz a comunidade internacional temer o alastramento da guerra a toda a região do Médio Oriente -- mais ainda desde que Israel iniciou uma ofensiva terrestre em território libanês.
Pelo menos 1.418 pessoas foram mortas no Líbano desde a intensificação das operações israelitas no Líbano, a 23 de setembro, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais, e mais de um milhão foram forçadas a abandonar as suas casas.
Desde o início da guerra israelita em Gaza, em 07 de outubro de 2023, as formações iraquianas assumiram a responsabilidade pelo lançamento de dezenas de projéteis e `drones` contra Israel, bem como contra bases com presença militar dos Estados Unidos no Iraque e na Síria.
Em 01 de outubro, o Irão disparou cerca de 200 mísseis contra Israel, incluindo, pela primeira vez, vários mísseis hipersónicos.
Estes ataques foram apresentados por Teerão como uma represália pelo assassinato, em julho, na capital iraniana, do antigo chefe do movimento palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, que foi atribuído a Israel, e em resposta à morte de um general iraniano. num ataque no Líbano, no final de setembro e que também custou a vida ao antigo líder do Hezbollah.
Pelo menos 30 palestinianos mortos em ataque israelita ao acampamento de Jabalia
Organização para a Libertação da Palestina lamenta morte do líder do Hamas
Numa mensagem onde apresentou "as suas mais profundas condolências aos dirigentes e membros do Hamas", a organização apelou ao "avanço da união nacional" em torno do "único representante legítimo, a OLP".
O organismo apelou ainda à união contra Israel, a fim de "recuperar todos os direitos, que incluem o direito ao regresso [dos refugiados], o fim da ocupação e o estabelecimento do Estado Palestiniano abrangendo todos os territórios ocupados, assente nas fronteiras de 1967 com Jerusalém como capital eterna".
"Isto é essencial para lutar numa frente contra o plano israelita de deslocar o nosso povo da sua terra natal, seja em Gaza ou na Cisjordânia, recriar colonatos em Gaza e estender o confisco de terras e demolições de casas a toda a Cisjordânia, especialmente em Jerusalém", frisou ainda a OLP, da qual o Hamas não é membro.
Numa declaração separada, o Fatah, partido do presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas e rival do Hamas, sublinhou que a política de Israel de "assassinato e terrorismo não conseguirá quebrar a vontade do povo [palestiniano] de alcançar os legítimos direitos nacionais à liberdade e à independência".
Também autoridades talibãs afegãs manifestaram hoje a sua "profunda tristeza" pela morte do líder do Hamas.
O porta-voz do Governo talibã, Zabihullah Mujahid, destacou, em comunicado, que o seu assassinato "servirá para intensificar e fortalecer a resistência contra as forças israelitas".
O Irão e os rebeldes Huthis do Iémen já tinham lamentado hoje a morte de Yahya Sinouar, defendendo que o Médio Oriente o lembrará sempre como "fonte de inspiração" para os que lutam contra Israel.
O Hezbollah, por sua vez, garantiu que entrou numa nova fase na luta contra Israel.
Sinouar terá planeado cuidadosamente os ataques de 07 de outubro juntamente com o chefe das Brigadas al-Qasam, o braço armado do Hamas, Mohamed Deif, assassinado num ataque israelita em junho passado em Mawasi, no sul da Faixa de Gaza.
Em maio, o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) solicitou mandados de detenção para Sinouar, Deif e outro líder do Hamas assassinado, Ismail Haniyeh, pelos seus alegados papéis no ataque.
Sinouar tornou-se o principal chefe do Hamas após o assassínio de Haniyeh, numa explosão no Irão em julho, que foi atribuída a Israel.
Nascido em 1962 num campo de refugiados na cidade de Khan Yunis, em Gaza, Sinouar foi um dos primeiros membros do Hamas, formado em 1987, e acabou por liderar o braço de segurança do grupo.
Israel prendeu-o no final da década de 1980, quando Sinouar admitiu ter matado 12 alegados colaboradores, um papel que lhe valeu a alcunha de "O Carniceiro de Khan Yunis".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou na quinta-feira, após o anúncio da morte do líder do Hamas, que Israel "acertou as suas contas" com Sinouar, salientando, porém, que "a guerra ainda não terminou".
Numa intervenção transmitida em direto pela televisão, Netanyahu afirmou que a morte de Sinouar é "um passo importante" no declínio do Hamas.
Israel e Hezbollah atacam-se através da fronteira libanesa
Em comunicado, o exército israelita afirmou que esta manhã foram intercetadas pela força aérea duas aeroanves não tripuladas (`drones`) que se aproximavam do território israelita a partir do Líbano.
Durante o dia, adiantou, o exército continuou a efetuar ataques "limitados, localizados e direcionados no sul do Líbano contra alvos e infraestruturas terroristas do Hezbollah" e cerca de 60 militantes do grupo libanês "foram eliminados em confrontos próximos e em ataques aéreos".
A força aérea também atacou "dezenas de lança-foguetes que visavam o território israelita, locais de infraestruturas terroristas do Hezbollah, centros de comando e operacionais".
Por seu lado, o Hezbollah afirmou hoje ter disparado mísseis contra Haifa, no norte de Israel, bem como "uma salva de rockets" contra zonas a norte da cidade costeira.
Após ter anunciado esse ataque, o Hezbollah afirmou ainda ter enviado "drones explosivos" contra uma base militar israelita de "defesa aérea" no centro do país, perto da cidade de Hadera.
O movimento anunciou também que tinha disparado rockets contra as tropas israelitas estacionadas ao longo da fronteira.
Em guerra aberta com Israel no Líbano, o grupo pró-iraniano anuncia regularmente o disparo de projéteis contra o seu vizinho, com o qual também está envolvido em combates no sul do Líbano, onde o exército israelita lançou incursões terrestres no final de setembro.
O exército israelita anunciou hoje que mobilizou uma brigada de reserva suplementar no norte do país, que "permitirá prosseguir os esforços de combate contra o Hezbollah".
"Isto permitirá atingir os objetivos da guerra, incluindo o regresso em segurança dos habitantes do norte de Israel às suas casas", referiu um breve comunicado militar.
Cerca de 2.300 pessoas foram mortas no Líbano desde 07 de outubro de 2023 e mais de um milhão foram obrigadas a fugir das suas casas, especialmente no sul do país, devido à intensidade dos bombardeamentos israelitas.
Hezbollah jura vingança pela morte de Sinwar
Trump diz que morte de Sinwar tona a paz no Médio Oriente "mais fácil"
“Estou feliz por Bibi ter decidido fazer o que tinha de fazer”, disse o candidato à Casa Branca, referindo-se ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
Trump adiantou ainda que tenciona falar com Netanyahu em breve.
Netanyahu convocou gabinete de guerra para analisar possível acordo para libertação de reféns
Hamas ameaça intensificar combate a Israel após morte de Sinwar
Biden, Macron, Scholz e Starmer querem "paz justa e duradoura"
Numa declaração conjunta emitida após uma reunião em Berlim, os líderes dos Estados Unidos, França, Alemanha e Reino Unido comprometeram-se a "continuar a apoiar a Ucrânia nos seus esforços para garantir uma paz justa e duradoura, assente no direito internacional, incluindo na Carta das Nações Unidas, bem como no respeito da soberania e da integridade territorial".
A declaração de intenções em prol da Ucrânia e contra o seu agressor russo foi divulgada no final de um encontro na capital alemã, realizado por ocasião de uma visita-relâmpago do chefe de Estado norte-americano, Joe Biden.
Ao mesmo tempo, Biden apelou aos Estados-membros da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) presentes na capital alemã para que "não abrandem" o seu apoio a Kiev, em duro combate com as forças russas.
Este apelo surge numa altura em que a ajuda ocidental dá sinais de enfraquecimento e em que os Estados Unidos, em caso de vitória do ex-presidente e candidato republicano Donald Trump nas eleições presidenciais de novembro, poderão rever radicalmente a sua política.
O Exército ucraniano, por seu lado, está a recuar na frente oriental e é alvo de constantes bombardeamentos da artilharia russa, em particular nas suas infraestruturas essenciais.
Outra questão a causar forte preocupação na Ucrânia: segundo os serviços secretos sul-coreanos, a Coreia do Norte enviou um contingente de 1.500 soldados das forças especiais para apoiar o seu aliado russo, esperando-se que outros se sigam.
"Trata-se de uma evolução extremamente preocupante e grave", reagiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.
Acima de tudo, reflete "o nível de desespero" de uma "Rússia em processo de enfraquecimento", sustentou Keir Starmer em Berlim, durante uma conferência de imprensa.
O Presidente norte-americano, cujo avião abandonou a Alemanha ao final da tarde, efetuou em Berlim uma breve visita de despedida a um dos mais leais aliados dos Estados Unidos na Europa.
"Apoiamos a Ucrânia com todas as nossas forças", declarou Olaf Scholz, acrescentando, zelar, ao mesmo tempo, por que "a NATO não se torne um beligerante" nesta guerra, "para impedir que ela se transforme numa catástrofe ainda maior".
Até agora, nenhum dos pedidos formulados pelo chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, no seu "plano de vitória", que apresentou à União Europeia (UE) e à NATO na quinta-feira, obteve o apoio unânime dos aliados.
Foi esse, em particular, o caso do seu pedido de um convite rápido para se juntar à NATO.
A reunião na capital alemã dos quatro líderes ocidentais seguiu-se a uma homenagem prestada pela Alemanha a Joe Biden.
O chefe de Estado alemão, Frank-Walter Steinmeier, saudou uma "guia para a democracia" que mostrou um apoio inabalável à Aliança Atlântica e à Ucrânia no "momento mais perigoso desde o fim da Guerra Fria".
O Presidente norte-americano foi condecorado com a Ordem Nacional de Mérito pelo seu contributo para as relações transatlânticas e para a defesa da democracia.
Após a tumultuosa presidência de Donald Trump (2017-2021), o mandato de Joe Biden permitiu um claro estreitamento dos laços entre Washington e Berlim, nomeadamente na questão da Ucrânia, em relação à qual as duas capitais alinharam regularmente as suas decisões.
O democrata de 81 anos, que se retirou da corrida presidencial, tinha há uma semana adiado a sua deslocação à Alemanha por causa do furacão Milton.
Além da Ucrânia, a situação no Médio Oriente foi o outro tema quente de discussão entre os quatro líderes.
O anúncio por Israel, na quinta-feira à noite, de que o líder do Hamas, Yahya Sinouar, tinha sido morto durante uma operação militar na Faixa de Gaza representou um ponto de viragem na guerra desencadeada pelo ataque do movimento palestiniano em território israelita a 07 de outubro de 2023.
Os quatro governantes ocidentais consideraram que o seu desaparecimento sublinha "a necessidade imediata" de libertação dos reféns ainda nas mãos do Hamas e do fim da guerra na Faixa de Gaza.
Hamas confirma morte de comandante ao lado de Sinwar
"Lamentamos a morte do comandante Mahmoud Hamdan, comandante do batalhão de Tel al Sultan em Rafah, que se ergueu como um mártir imprevisto durante os confrontos com o exército de ocupação no bairro, acompanhado pelo líder mártir Yahya Sinwar", referiu em comunicado o movimento, considerado terrorista por União Europeia, Estados Unidos e outros países.
A confirmação, também feita pelas Forças de Defesa de Israel (IDF), surge horas após o grupo palestiniano ter também confirmado oficialmente a morte de Sinouar, que elogiou como um "herói mártir", após Israel ter anunciado ontem a sua morte num confronto com soldados israelitas em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, um dia antes.
"Ele ergueu-se como um herói, como um mártir, avançando sem recuar, sacando da sua arma, enfrentando o exército de ocupação na frente das fileiras, movendo-se entre todas as posições de combate, firme e estacionado firmemente na orgulhosa terra de Gaza, defendendo a terra da Palestina", refere o obituário do Hamas para Sinouar.
Sinouar passou a maior parte do tempo escondido nos túneis e escapou da cidade de Khan Yunis para Rafah, no extremo sul da Faixa, sob pressão militar, disse o exército numa conferência de imprensa hoje.
O seu objetivo, antes de ser descoberto, era deslocar-se para a zona humanitária de Mawasi, um local convertido em refúgio onde dezenas de milhares de deslocados vivem em tendas com muito poucos recursos.
Sinouar terá planeado cuidadosamente os ataques de 07 de outubro juntamente com o chefe das Brigadas al-Qasam, o braço armado do Hamas, Mohamed Deif, assassinado num ataque israelita em junho passado em Mawasi, no sul da Faixa de Gaza.
Em maio, o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) solicitou mandados de detenção para Sinouar, Deif e outro líder do Hamas assassinado, Ismail Haniyeh, pelos seus alegados papéis no ataque.
Sinouar tornou-se o principal chefe do Hamas após o assassínio de Haniyeh, numa explosão no Irão em julho, que foi atribuída a Israel.
Nascido em 1962 num campo de refugiados na cidade de Khan Yunis, em Gaza, Sinouar foi um dos primeiros membros do Hamas, formado em 1987, e acabou por liderar o braço de segurança do grupo.
Israel prendeu-o no final da década de 1980, quando Sinouar admitiu ter matado 12 alegados colaboradores, um papel que lhe valeu a alcunha de "O Carniceiro de Khan Yunis".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou na quinta-feira, após o anúncio da morte do líder do Hamas, que Israel "acertou as suas contas" com Sinouar, salientando, porém, que "a guerra ainda não terminou".
Numa intervenção transmitida em direto pela televisão, Netanyahu afirmou que a morte de Sinouar é "um passo importante" no declínio do Hamas.
"Gostaria de repetir, da forma mais clara: o Hamas não governará mais Gaza. Este é o início do dia depois do Hamas e esta é uma oportunidade para vocês, residentes de Gaza, finalmente se libertarem da sua tirania", declarou Netanyahu.
Netanyahu frisou igualmente que Israel "acertou as contas" com "a pessoa que realizou o pior massacre na história do povo israelita desde o Holocausto" e insistiu que a morte de Sinouar é "um momento importante na guerra" para trazer para casa os reféns mantidos em Gaza.
Hezbollah diz ter enviado "drones explosivos" para base militar israelita
Guterres afirma que morte de Sinouar deve "conduzir a cessar-fogo imediato"
Através do seu porta-voz adjunto, Farhan Haq, Guterres esclareceu que "não comenta desenvolvimentos desta natureza", após ter sido repetidamente questionado sobre a sua avaliação do assassínio de Sinouar, líder do Hamas e considerado o cérebro dos ataques terroristas de 07 de outubro de 2023, os mais graves em território do Estado israelita.
Guterres disse ainda que esta morte pode ser uma boa razão para alcançar o cessar-fogo que tem insistentemente pedido.
O porta-voz recordou que Tor Wennesland, coordenador especial da ONU para o processo de paz no Médio Oriente e, como tal, o seu principal representante no terreno, também reiterou que a morte de Sinouar coloca a guerra de Gaza "num momento crítico".
"Temos de aproveitar o momento", disse Wennesland, citado pelo porta-voz, "para silenciar as armas e libertar os reféns", numa altura em que cerca de 100 pessoas continuam presas em Gaza, sem se saber se vivas ou mortas, e para que "as partes dialoguem e cheguem a um acordo".
O Hamas lançou em 07 de outubro de 2023 um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, que causou a morte de mais de 1.140 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas.
Cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, segundo as autoridades israelitas. Destas, perto de cem foram libertadas no final de novembro, durante uma trégua em troca de prisioneiros palestinianos, e 132 reféns continuam detidos no território palestiniano, 28 dos quais terão morrido.
Em resposta ao ataque, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
A invasão de Israel à Faixa de Gaza matou mais de 42.000 pessoas, entre paramilitares e civis, em mais de um ano.
Israel estima 1.500 membros do Hezbollah mortos em ataques no Líbano
"Acho que há mais e não sabemos", disse Halevi numa reunião com soldados da brigada Golani, destacados no sul do Líbano.
O chefe militar israelita também elogiou os "resultados muito importantes" obtidos pelo exército israelita na sua ofensiva contra as milícias islamitas.
Halevi garantiu que as FDI estão totalmente empenhadas no objetivo de atacar o Hezbollah "da forma mais dura possível" e sublinhou que, no último mês, conseguiram desmantelar o grupo com a morte do líder, Hassan Nasrallah, e de vários dos seus possíveis sucessores.
"Eliminámos todo o nível superior de comando, vocês [soldados] estão a eliminar todo o nível local de comando [no sul do Líbano]", disse Halevi, que repetiu um argumento apresentado pelo Governo israelita, que afirma que o Hezbollah está a tentar esconder as enormes baixas sofridas em pouco mais de um mês.
Por fim, Halevi afirmou que o regime iraniano, principal apoiante do Hezbollah, "é incapaz de compreender" o que se passa no Líbano.
"Tentamos fazer com que todos os dias haja uma surpresa", referiu Halevi.
As autoridades libanesas confirmaram que mais de 2.400 pessoas morreram e cerca de 11.300 ficaram feridas em ataques israelitas no último ano, especialmente no último mês, quando as FDI intensificaram os bombardeamentos no país e lançaram mesmo uma incursão terrestre no sul.
As hostilidades entre Israel e o Hezbollah recrudesceram há pouco mais de um ano, quando a milícia islamita disparou projéteis contra território israelita depois de o Hamas ter atacado Israel, deixando cerca de 1.200 mortos e mais de 250 reféns, o que provocou uma resposta israelita que causou mais de 42.300 mortos na Faixa de Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde do enclave, considerados "fiáveis" pelas Nações Unidas.
O exército israelita intensificou a ofensiva contra o Hezbollah em meados de setembro, com "bombardeamentos seletivos" de posições do movimento no sul do Líbano e mesmo em bairros de Beirute.
Estes ataques conseguiram desmantelar o grupo islamita com a morte do seu líder, Hassan Nasrallah, e de alguns dos seus possíveis sucessores.
O elevado número de feridos deve-se à explosão coordenada, no início de setembro, de milhares de aparelhos de comunicação - "pagers" e "walkie-talkies" - de membros do Hezbollah, que responsabilizou Israel.
Biden diz que cessar-fogo em Gaza será mais difícil do que no Líbano
Em declarações aos jornalistas após um encontro em Berlim com os líderes da Alemanha, França e Reino Unido, Joe Biden disse ter uma ideia de como e quando Israel vai retaliar contra o Irão, mas recusou dar mais detalhes.
“Há uma oportunidade, na minha opinião e os meus colegas concordam, de que provavelmente podemos lidar com Israel e o Irão de forma a acabar com o conflito por um tempo”, disse.
“Achamos que há uma possibilidade de trabalhar em direção a um cessar-fogo no Líbano. E vai ser mais difícil em Gaza”, acrescentou.
Giorgia Meloni considera “inaceitável” atacar forças de manutenção da paz no Líbano
Primeiro chefe de Estado ou de governo a visitar o Líbano desde a intensificação dos ataques israelitas no final de setembro, Meloni pediu que a missão de paz da ONU no Líbano (UNIFIL), atualmente com 10.000 homens, “seja reforçada”.
“Só fortalecendo a UNIFIL e mantendo a sua imparcialidade é que poderemos virar a página” da guerra, acrescentou Meloni, cujo país é o segundo maior contribuinte para aquelas forças e que detém no momento a Presidência rotativa do G7.
Tempo de avançar para cessar-fogo, defende Keir Starmer
Hamas confirma morte de Yahya Sinwar
"Choramos a morte do grande líder, o irmão mártir, Yahya Sinwar, Abu Ibrahim", declarou Khalil al-Hayya, um responsável do Hamas que reside no Qatar, num vídeo transmitido pelo canal televisivo de notícias Al-Jazeera.
Israel anunciou na quinta-feira que Yahya Sinwar, considerado o arquiteto do ataque sem precedentes do Hamas em território israelita, a 07 de outubro, tinha sido morto numa operação em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
"O martírio do nosso líder (...) e de todos os líderes e símbolos do movimento (...) só fortalecerá o nosso movimento e a nossa resistência", acrescentou.
O Hamas indicou hoje que os reféns só serão libertados quando Israel puser termo à guerra na Faixa de Gaza, o seu Exército retirar do território e os prisioneiros palestinianos detidos em Israel forem libertados.
Os reféns "não regressarão (...) até que a agressão ao nosso povo em Gaza termine, haja uma retirada completa do território e os nossos heroicos prisioneiros sejam libertados das prisões da ocupação", sublinhou Khalil al-Hayya, no comunicado em vídeo transmitido pela Al-Jazeera.
Quarenta crianças mortas por dia. Gaza é um "inferno na terra" para as crianças, denuncia UNICEF
Mais de um ano após o início da guerra em Gaza, "as crianças continuam a sofrer um sofrimento diário indescritível", disse o porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), James Elder, numa conferência de imprensa em Genebra.
“Gaza é a verdadeira personificação do inferno na Terra para o seu milhão de crianças. A situação piora a cada dia, à medida que vemos o impacto horrível de ataques aéreos e operações militares”, afirmou James Elder.
“Se este nível de horror não despertar a nossa humanidade e nos empurrar a agir, então o que será?”, questionou.
Desde o ataque de 7 de outubro do Hamas em Israel que desencadeou a guerra, estimativas “conservadoras” colocam o número de crianças mortas em Gaza em mais de 14.100, de acordo com Elder.
Isto significa que “cerca de 35 a 40 raparigas e rapazes foram mortos todos os dias em Gaza desde 7 de outubro” e muitos dos mortos permanecem sob os escombros.
Quanto aos sobreviventes, não têm para onde ir para estarem seguros, enquanto “a privação afeta toda a Faixa de Gaza”.
“Para onde poderiam ir as crianças e as suas famílias? Eles não estão seguros em escolas e abrigos. Não estão seguros nos hospitais. E certamente não estão seguros nos campos de refugiados superlotados”, disse Elder.
O porta-voz da UNICEF descreveu como é a vida de uma criança em Gaza através do caso de uma menina de sete anos, Qamar, que foi baleada no pé durante um ataque ao campo de Jabalia.
O único hospital para o qual ela pôde ser levada - uma maternidade - foi cercado por 20 dias. Como ela não podia ser transferida e o hospital não tinha o suficiente para tratar sua infeção no pé, os médicos amputaram sua perna. Ela, a mãe e a irmã, que também ficou ferida, foram obrigadas a ir para o sul, a pé.
“Elas vivem agora numa tenda rasgada, cercadas por águas paradas”, lamentou Elder.
A UNICEF já tinha advertido que Gaza se tornou “um cemitério para milhares de crianças”. Dois meses depois, a agência da ONU disse que o território palestiniano sitiado era “o lugar mais perigoso do mundo para uma criança”.
Agora, disse Elder, a situação é “déjà vu, mas com aspetos ainda mais sombrios”.
Israel estima que o Hezbollah tenha perdido 1.500 homens
“Há grandes danos, toda uma cadeia de comando que está a ser dizimada, o Hezbollah está a esconder as suas mortes, está a esconder comandantes mortos. Estimamos que haja cerca de 1.500 membros do Hezbollah mortos e nossas estimativas são conservadoras, suponho que haverá ainda mais, [mortos] nos ataques aéreos”, indicou Halevi às tropas terrestres no sul do Líbano.
Yahya Sinwar. EUA dizem que líder do Hamas "respondeu perante a Justiça"
"Sinwar fez da sua vida destruir todas as hipóteses de paz entre israelitas e palestinianos. Finalmente, respondeu perante a Justiça", disse Lloyd Austin, em conferência de imprensa, no final de uma reunião ministerial no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas.
A eliminação do líder do movimento Hamas, considerado terrorista por Estados Unidos e União Europeia e que controlava o enclave palestiniano da Faixa de Gaza, corresponde "à eliminação de um obstáculo", acrescentou o secretário da Defesa norte-americano.
A morte de Yahya Sinwar, na sequência de uma operação israelita em Gaza, foi anunciada na tarde de quinta-feira pelo Governo de Israel.
O Hamas lançou em 7 de outubro de 2023 um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, que causou a morte de mais de 1.140 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas.
Cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, segundo as autoridades israelitas. Destas, perto de cem foram libertadas no final de novembro, durante uma trégua em troca de prisioneiros palestinianos, e 132 reféns continuam detidos no território palestiniano, 28 dos quais terão morrido.
Em resposta ao ataque, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
A invasão de Israel à Faixa de Gaza matou mais de 40.000 pessoas, entre paramilitares e civis, em mais de um ano.
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"[O exército] enviou uma brigada de reserva adicional para missões operacionais no norte, a fim de continuar a luta [contra o Hezbollah] e alcançar os objetivos da guerra, incluindo o regresso dos habitantes do norte de Israel", deslocados há um ano devido ao lançamento de foguetes pelo Hezbollah, referiram as Forças de Defesa de Israel (FDI) num comunicado.
Por outro lado, ordenou a evacuação forçada de mais de duas dezenas de cidades no sul do Líbano no âmbito da intensificação da ofensiva militar iniciada no início do mês para acabar com a presença das milícias do Hezbollah na fronteira.
As ordens foram divulgadas hoje pelo porta-voz árabe do Exército israelita, coronel Avichay Adraee, dirigem-se a populações, entre outras, como Beit Lev, Yater, Matmura, Kafra ou Naqoura, onde se situa o quartel-general da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL) no Líbano.
Tal como noutras ocasiões, Israel insta a população a fugir para norte do rio Awali e proíbe estritamente que regressem às suas casas no sul do país.
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Foto: Reuters
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“Durante a troca de tiros com os terroristas, um soldado e um reservista das IDF foram feridos, sendo evacuados para receber tratamento médico num hospital”.
Os militares acrescentaram que as forças de segurança israelitas continuam a realizar buscas “face à suspeita da presença de um outro terrorista naquela área”.
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Reuters
Israel continua a enviar tropas para o norte de Gaza
Moradores de Jabalia, no norte de Gaza, disseram que os tanques israelitas chegaram ao coração do campo usando fogo aéreo e terrestre pesado, depois de atravessar subúrbios e áreas residenciais. Acrescentaram que o exército está a destruir diariamente casas às dezenas, umas vezes a partir do ar, outras do solo, e também armadilhando edifícios para depois os fazer detonar remotamente.
O exército israelita disse que as suas forças, que operam em Jabalia há duas semanas, mataram dezenas de militantes em combates a curta distância e desmantelaram infraestruturas militares.
Sinwar localizado por um acaso
“Yahya Sinwar estava escondido em lugares que já tínhamos inspecionado [e] não sabíamos que ele estava lá”, admitiu Hagari num comunicado transmitido pela televisão.
Na quarta-feira, soldados da 828ª Brigada avistaram “três terroristas que iam de casa em casa” e os soldados dispararam contra o grupo, obrigando-os a dispersar.
“Sinwar correu para um prédio sozinho e as nossas forças inspecionaram a área com um drone. Yahya Sinwar, que foi ferido na mão pelos tiros, escondeu o rosto e atirou um ramo na direção do drone”, disse o porta-voz.
As imagens, feitas “momentos antes” da morte de Sinwar, mostram-no sentado numa espreguiçadeira no primeiro andar de um edifício parcialmente destruído. Tem um ferimento grave numa mão e o rosto está escondido por um keffiyeh, o tradicional lenço palestiniano.
De acordo com a imprensa estatal, o edifício em que Sinwar se refugiou foi atingido por um projétil de tanque e duas granadas. Hagari disse que o líder do Hamas tinha com ele uma pistola e 40.000 shekels (cerca de 10.000 euros).
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Israel insiste em criticar António Guterres
"Tal como se recusou a declarar o Hamas uma organização terrorista após o massacre de 7 de outubro, Guterres segue uma agenda extremamente anti-Israel e antijudaica", escreve o governante israelita no X.
UN Secretary-General @antonioguterres did not welcome the elimination of arch-terrorist Yahya Sinwar, just as he refused to declare Hamas a terrorist organization after the October 7th massacre. Guterres is leading an extreme anti-Israel and anti-Jewish agenda. We will continue… pic.twitter.com/Twg1O67NRp
— ישראל כ”ץ Israel Katz (@Israel_katz) October 18, 2024
Katz reitera ainda que António Guterres é persona non grata em Israel.
O secretário-geral da ONU remeteu, na quinta-feira, uma mensagem de agradecimento à Força Interina das Nações Unidas para o Líbano (UNIFIL), avisando que atacar capacetes azuis "pode constituir crime de guerra": "Os ataques contra as forças de manutenção da paz das Nações Unidas são completamente inaceitáveis. Violam o Direito Internacional e o direito humanitário internacional e podem constituir um crime de guerra".
Netanyahu reúne-se com ministros e chefes de agências de segurança
Sinwar foi o arquiteto do ataque de 7 de outubro no sul de Israel, que provocou 1.200 mortos e levou à captura de quase 250 reféns.
As autoridades israelitas dizem que o líder do Hamas foi encontrado por soldados de infantaria que patrulhavam Tal El Sultan, no sul da Faixa de Gaza, na quarta-feira.
Movimento xiita libanês reivindica ataque ao norte de Israel
Crianças entre 28 mortos na escola Abu Hussein
O vice-diretor da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos, Sam Rose, afirmou já esta manhã, na BBC, que o Estado hebraico deve fazer mais para proteger civis que "não têm para onde ir". E apelou a uma investigação independente ao ataque em Jabalia, a última de uma série de ações que visaram escolas da UNRWA.
"Espírito de resistência". A reação do Irão à morte do líder do Hamas
- A missão do Irão nas Nações Unidas afirma que a morte do líder do Hamas, abatido pelas forças israelitas em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, acabará por reforçar o "espírito de resistência" ao Estado hebraico. Yahya Sinwar foi aparentemente abatido em combate;
- "Quando os muçulmanos olharam para o mártir Sinwar no campo de batalha - equipado para o combate e em espaço aberto, não num esconderijo, a enfrentar o inimigo - o espírito de resistência vai ser reforçado. Ele tornar-se-á um modelo para os jovens e as crianças, que vão continuar o seu caminho para a libertação da Palestina. Enquanto a ocupação e a agressão existirem, a resistência vai perdurar, pois o mártir continua vivo e a ser uma fonte de inspiração", escreveu a missão iraniana na ONU na rede social X;
- As Forças de Defesa de Israel divulgaram imagens de drone do dirigente do movimento radical palestiniano, considerado o cabeçilha do ataque de 7 de outubro de 2023, aparentemente ferido num braço e a envergar equipamento militar;
- O presidente norte-americano exortou o primeiro-ministro israelita a avançar no sentido de um cessar-fogo na Faixa de Gaza, após a morte de Yahya Sinwar. Horas depois desta notícia, Joe Biden sublinhou que o líder do Hamas tinha "muito sangue nas mãos, sangue americano, sangue israelita e de outros";
- À chegada à Alemanha, para se avistar com líderes europeus, o presidente cessante dos Estados Unidos disse-se também "mais esperançoso" quanto à possibilidade de uma trégua e anunciou o envio do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, a Israel dentro dos próximos quatro ou cinco dias;
- Philippe Lazzarini, chefe da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos refuta informações - a circular nos media israelitas - de que pelo menos um funcionário da ONU teria sido abatido pelas forças israelitas com Sinwar. "Confirmo que o funcionário em causa está vivo. Vive atualmente no Egito, para onde viajou com a família em abril, através da fronteira de Rafah. É tempo de pôr fim a campanhas de desinformação", reagiu;
- O exército israelita afirma ter alargado as operações em Jabalia, no norte de Gaza, durante a noite. Terá abatido "dezenas de terroristas em incidentes e ataques aéreos". A zona está cercada há quase duas semanas. Foram atingidos hospitais e escolas e morreram dezenas de civis, incluindo mulheres e crianças;
- Pelo menos 28 pessoas, incluindo crianças e médicos, morreram na quinta-feira durante um ataque das forças de Israel a uma escola que abrigava deslocadas da guerra. Segundo a agência palestiniana Wafa, caças do Estado hebraico bombardearam o campu de refugiados de Shati, no oeste da cidade de Gaza.
Biden discute na Alemanha os conflitos da Ucrânia e Médio Oriente
O chefe de Estado norte-americano será agraciado com a Grã-Cruz da Ordem de Mérito da República Federal da Alemanha, com a qual o país da Europa central quer agradecer a amizade entre os dois países.
Ainda nesta curta deslocação, Biden vai encontrar-se em Berlim, a par de Olaf Scholz, com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e com o presidente francês, Emmanuel Macron, para discutirem num encontro a quatro os últimos desenvolvimentos na Ucrânia e no Médio Oriente.
Giorgia Meloni visita o Líbano em cenário de guerra
Na semana passada, a FINUL acusou as tropas israelitas de dispararem “repetida” e “deliberadamente” contra as suas posições.
Segundo a mesma fonte, cinco soldados da força de manutenção de paz, também conhecidos como capacetes azuis, ficaram feridos e as posições da missão sofreram “muitos danos”.
A FINUL, criada em março de 1978 pelo Conselho de Segurança da ONU, inclui cerca de 10 mil militares oriundos de 50 países. Entre os maiores contribuintes estão Indonésia, Itália, Espanha, França, Malásia, Gana, Índia e Irlanda.
Yahya Sinwar. Israel anuncia ter abatido líder do Hamas
Foto: Yahya Arhab - EPA
Morte de Yahya Sinwar pode levar Israel a rever estratégia em Gaza
O impacto da sua morte está em aberto. A estratégia israelita poderá agora ser revista.
Hezbollah à espera do impacto da morte de Sinwar no conflito em Gaza
O vice líder da milícia xiita tem contudo recusado separar o que se passa em Gaza da luta do movimento libanês contra Israel.