Israel atacou o Irão. Bombardeamentos visaram alvos militares
Três dezenas de mortos em ataques israelitas no norte de Gaza
Netanyahu explica critérios para escolha de alvos no Irão
Hezbollah pede retirada dos residentes de mais de duas dúzias de colonatos israelitas
Militares israelitas aliviam restrições no norte de Israel
Missão do Irão na ONU denuncia ataque de aviões de israelitas
"O espaço aéreo iraquiano está sob a ocupação, comando e controlo dos militares norte-americanos. Conclusão: a cumplicidade dos Estados Unidos neste crime é certa", declarou a missão iraniana na ONU na rede social X.
Situação no norte da Faixa de Gaza é "catastrófica", alerta OMS
"A situação no norte da Faixa de Gaza é catastrófica", declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus na rede social X, sublinhando que "uma grave escassez de material médico, associada a um acesso extremamente restrito, está a privar as pessoas de cuidados vitais".
O diretor-geral da OMS referiu-se em particular à situação em Kamal Adwan, o último hospital em funcionamento no norte de Gaza, que foi invadido pelas forças israelitas na sexta-feira, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.
Segundo o ministério, o ataque às instalações do campo de Jabalia, onde Israel lançou uma grande operação militar no início deste mês, causou a morte de duas crianças.
Aquele departamento acusou também as forças israelitas de terem detido centenas de membros do pessoal, doentes e pessoas deslocadas.
O exército israelita disse que as suas forças estavam a operar nas imediações de Kamal Adwan, mas afirmou "não ter sido informado de qualquer fogo real ou ataques na área do hospital".
Segundo Tedros Ghebreyesus, depois de a OMS ter perdido temporariamente o contacto com o seu pessoal no hospital durante o caos, o Ministério da Saúde de Gaza informou que o cerco tinha terminado.
"Mas isto teve um preço elevado", acrescentou o diretor-geral.
Na sexta-feira à noite, a OMS anunciou que três assistentes e um outro profissional ficaram feridos no assalto ao hospital e que dezenas de assistentes foram detidos no estabelecimento de saúde, que albergava cerca de 600 pessoas, entre doentes, assistentes e outros.
"Após a detenção de 44 funcionários do sexo masculino, apenas uma funcionária, o diretor do hospital e um médico do sexo masculino permanecem no hospital para cuidar de quase 200 pacientes que necessitam desesperadamente de cuidados médicos", lamentou hoje Tedros Ghebreyesus.
"As informações sobre as instalações hospitalares e o material médico danificado ou destruído durante o cerco são deploráveis", acrescentou.
Segundo o representante, "todo o sistema de saúde em Gaza está sob ataque há mais de um ano", desde que o movimento islamita palestiniano Hamas atacou Israel, em 07 de outubro de 2023, desencadeando uma guerra.
Esse ataque fez 1.206 mortos em Israel, a maioria civis, segundo uma contagem da agência AFP baseada em números oficiais israelitas.
Dezenas de reféns raptados nesse dia continuam a ser mantidos em cativeiro em Gaza pelo Hamas.
A campanha militar de retaliação israelita custou a vida a 42.924 pessoas em Gaza, a maioria das quais civis, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, que a Organização das Nações Unidas (ONU) considera fiáveis.
"A OMS reitera - nunca é demais sublinhar - que os hospitais devem estar sempre protegidos dos conflitos", salientou o diretor-geral da agência da ONU.
Qualquer ataque às instalações hospitalares "é uma violação do direito internacional humanitário", frisou, defendendo como única forma de salvar o que resta do sistema de saúde de Gaza, "que está em colapso, é um cessar-fogo imediato e incondicional".
Representante da UE pede reconhecimento do Estado da Palestina
"Quantas mais pessoas terão de morrer antes de pensarmos que este é o momento certo" para afirmar o reconhecimento da Palestina, perguntou Koopmans, que convidou os participantes a debaterem o tema olhando para o futuro da região, argumentando que esse futuro deve passar pela solução de dois estados.
O representante da UE falava em Barcelona na conferência euro-mediterrânica da sociedade civil contra a polarização no Médio Oriente, com o lema "Reclamar a nossa humanidade partilhada. Combater a polarização, a desumanização e a radicalização impulsionadas pelo conflito no Médio Oriente", que contou com mais de 200 participantes de cerca de 30 países e foi organizada pelo Instituto Europeu do Mediterrâneo.
O Irão "não tem limites" para se defender, diz ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros
Biden diz esperar que os ataques israelitas contra o Irão sejam o fim
Chefe da ONU "profundamente preocupado"
"O secretário-geral reitera com urgência o seu apelo a todas as partes para que cessem todas as ações militares, incluindo em Gaza e no Líbano, para que façam todos os esforços no sentido de evitar uma guerra regional generalizada e para que regressem à via da diplomacia", acrescentou.
Número de mortos no Líbano sobe para 2.653
UE apela a "máxima contenção" após ataques israelitas no Irão
“O perigoso ciclo de ataques e represálias corre o risco de provocar uma maior expansão do conflito regional”, afirmou o bloco de 27 países em comunicado.
“Ao mesmo tempo que reconhece o direito de Israel à autodefesa, a UE apela a todas as partes para que exerçam a máxima contenção para evitar uma escalada incontrolável, que não é do interesse de ninguém”, sublinham.
Ataque no Irão mata dez elementos da força policial iraniana
As agências de notícias semioficiais ISNA, Mehr e Tasnim relataram as mortes no ataque em Gohar Kuh, cerca de 1.200 quilómetros (745 milhas) a sudeste da capital iraniana, Teerão.
Um relatório anterior da agência noticiosa estatal IRNA descreveu o comboio como tendo sido atacado por malfeitores, sem entrar em pormenores.
As autoridades não identificaram nenhum suspeito imediato para o ataque, nem nenhum grupo reivindicou a responsabilidade.
O assalto ocorreu depois de Israel ter lançado um ataque no Irão esta madrugada.
As autoridades de Defesa iranianas reconheceram hoje "danos limitados" após um ataque israelita a instalações militares nas províncias de Teerão (norte), Khuzestan (sudoeste) e Ilam (sudeste), embora sem especificarem a dimensão do bombardeamento.
"Embora o nosso sistema de defesa aérea tenha intercetado e combatido com êxito os ataques, algumas áreas sofreram danos limitados", afirmou o quartel-general da defesa aérea iraniana num comunicado divulgado pela agência noticiosa IRNA.
"As dimensões deste ataque estão a ser investigadas", acrescentaram os militares.
Um comboio de agentes da polícia iraniana foi atacado hoje na província de Sistan e Baluchestan, no sul do país, com pelo menos um grupo de ativistas e um relatório inicial dizendo que o ataque matou vários agentes.
HalVash, um grupo de defesa do povo Baluch do Afeganistão, Irão e Paquistão, publicou fotografias e vídeos do que parecia ser um camião desativado pintado com a faixa verde utilizada pelos veículos da polícia iraniana. Uma fotografia gráfica partilhada pelo grupo mostrava o que parecia ser os cadáveres de dois agentes da polícia no banco da frente do camião.
HalVash disse que o ataque parecia ter como alvo dois veículos das forças de segurança e que todos os que neles viajavam foram mortos. O camião parece ter sofrido apenas danos provocados por balas, não tendo sido utilizados quaisquer explosivos.
A IRNA informou através da aplicação de mensagens Telegram que Eskandar Momeni, o ministro do Interior do país, ordenou uma investigação sobre o incidente que descreveu como tendo causado o "martírio de vários polícias".
As autoridades não identificaram nenhum suspeito imediato para o ataque, nem nenhum grupo reivindicou a responsabilidade.
Há mais de duas décadas que as regiões baluches dos três países enfrentam uma insurreição de baixo nível por parte dos nacionalistas baluches.
A verificação das informações continua a ser difícil no Sistão e no Baluchistão iranianos, que há décadas são palco de violência.
Entretanto, os Taliban afirmaram estar a investigar relatos de que migrantes afegãos teriam sido mortos pelas forças de segurança iranianas na região no início de outubro, um incidente que ameaçava estreitar ainda mais as relações entre os dois países.
Autoridades palestinianas denunciam detenção dos médicos em hospital
Segundo fontes médicas palestinianas, a operação bloqueou o norte de Gaza e causou a morte de mais de 400 pessoas nas últimas duas semanas.
Num comunicado publicado pelo meio de comunicação Filastin, próximo do movimento islamita, o Ministério da Saúde de Gaza apelou a uma intervenção internacional urgente.
Além disso, a tutela advertiu que 600 pessoas, na sua maioria doentes, permanecem no interior do hospital à mercê do avanço israelita e denunciou que pelo menos duas crianças morreram na ala dos cuidados intensivos depois de um bombardeamento israelita ter atingido um gerador.
O ministério anunciou ainda que pelo menos 42.924 pessoas morreram na Faixa de Gaza na sequência da ofensiva militar lançada por Israel.
A ofensiva israelita representou a resposta aos atentados terroristas perpetrados pelo Hamas em 07 de outubro, que causaram cerca de 1.200 mortos e o rapto de cerca de 250 pessoas.
O novo total avançado pelo Ministério da Saúde já inclui os 77 mortos nas últimas 48 horas em consequência das ações militares israelitas.
Além disso, o número de feridos chegou a 100.833, com mais 289 pessoas desde quinta-feira, embora as autoridades suspeitem que o número de vítimas seja maior porque pode haver pessoas sob os escombros ou em áreas inacessíveis.
Além da frente de Gaza, há mais de 600 mortos na Cisjordânia e outros no Líbano, onde as forças israelitas intensificaram os seus ataques nas últimas semanas com bombardeamentos quase constantes, incluindo na capital, Beirute. O Governo libanês estima que cerca de 2.500 pessoas tenham sido mortas.
Israel atinge vários alvos no Irão
Companhias aéreas de Egito e Emirados cancelam voos após ataques contra Irão
"Devido aos acontecimentos que ocorrem na região, a Egyptair cancelou hoje todos os voos para Bagdade e Erbil (Iraque) até que a situação estabilize. Além disso, o voo número MS719 da Egyptair para Amã (Jordânia) foi também cancelado hoje", disse a companhia aérea.
Por sua vez, a Etihad Airways, com sede em Abu Dhabi (EAU), afirmou num outro comunicado que "desviou vários dos seus voos de hoje, sábado, devido a restrições de espaço aéreo em algumas partes do Médio Oriente", enquanto indicou que a companhia aérea continua em contacto com as autoridades competentes "em relação aos desenvolvimentos".
"Esta medida poderá causar atrasos e alterações em vários voos nas próximas 48 horas", afirmou a companhia aérea, acrescentando que "a segurança dos seus passageiros e da tripulação continua a ser a sua máxima preocupação e não irá operar quaisquer voos a menos que seja seguro fazê-lo".
Também a companhia aérea `low cost` flydubai anunciou, num comunicado a que a agência EFE teve acesso, que cancelou todos os seus voos previstos para hoje para a Jordânia, Irão, Iraque e Israel "como medida de precaução", referindo que outros foram desviados.
O Iraque fechou o espaço aéreo na noite de sexta-feira e reabriu-o após os ataques de Israel a três províncias do Irão, que até agora fizeram dois soldados iranianos mortos.
Após esta nova agressão israelita, o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano sublinhou o seu direito legítimo de se defender, enquanto a grande maioria dos países árabes do Médio Oriente apelou à "moderação máxima" para evitar uma escalada.
Israel anunciou hoje que tinha efetuado ataques "precisos e direcionados" no Irão em resposta ao ataque de 01 de outubro, visando em particular locais de produção de mísseis, enquanto Teerão relatou "danos limitados".
Estes bombardeamentos têm como pano de fundo as tensões regionais exacerbadas no último ano pela guerra em Gaza entre Israel e o Hamas palestiniano, e as suas repercussões no vizinho Líbano, onde o exército israelita combate o Hezbollah. Estes dois movimentos islamistas são aliados do Irão, que os arma e financia.
Em 01 de outubro, Teerão disparou cerca de 200 mísseis contra Israel, incluindo, pela primeira vez, vários mísseis hipersónicos. Israel tinha prometido retaliar o Irão por este ataque.
Israel diz que cerca de 80 projéteis foram disparados pelo Hezbollah contra o seu território
Berlim alerta Irão contra qualquer escalada após ataques israelitas
"A minha mensagem ao Irão é clara: as reações massivas de escalada não devem continuar. Isto deve parar agora. Isso proporcionará uma oportunidade para o desenvolvimento pacífico no Médio Oriente", disse Olaf Scholz numa mensagem publicada no X.
Die israelische Regierung hat uns heute darüber informiert, dass sie präzise und gezielt militärische Einrichtungen des Iran angegriffen hat als Reaktion auf den massiven Raketenangriff auf Israel, der vor kurzem stattgefunden hat. 1/5
— Bundeskanzler Olaf Scholz (@Bundeskanzler) October 26, 2024
Scholz observa que Israel tentou minimizar os danos no ataque desta madrugada, o que “oferece a oportunidade de evitar uma escalada maior”.
O chanceler alemão renovou os apelos para um cessar-fogo em Gaza e para a libertação de reféns.
“O mesmo se aplica ao Líbano. A Resolução 1701 da ONU continua a ser a referência para o comportamento de todos os envolvidos”, acrescentou, instando o Hezbollah a “retirar-se para trás do Rio Litani para que o desenvolvimento pacífico também possa ocorrer nesta região”.
Borrell pede medidas imediatas para acabar com "tragédia humana" em Gaza
"É nosso dever proteger os civis e os direitos humanos, e é tempo de agir em conformidade", afirmou o chefe da diplomacia europeia numa declaração, na qual voltou a apelar a um cessar-fogo imediato em Gaza, bem como à libertação de todos os reféns israelitas detidos pelo grupo islamita Hamas.
Borrell juntou-se assim ao apelo do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, que alertou na sexta-feira para a situação em Gaza e denunciou que o enclave "está a atravessar o seu momento mais negro" desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em 07 de outubro de 2023.
Os relatos do norte de Gaza "testemunham um nível catastrófico de carnificina, destruição e fome, bem como a deslocação forçada de civis, enquanto toda uma população está sob bombardeamento, cerco e risco de fome, e forçada a escolher entre a deslocação e a morte", afirmou o chefe da UE.
Borrell insistiu que os civis em Gaza precisam "urgentemente" de ter acesso "rápido e sem entraves" a assistência humanitária e de uma distribuição sustentada em grande escala em toda a zona.
O Alto Representante recordou que a UE tem apelado repetidamente ao respeito pelo direito internacional, incluindo o direito internacional humanitário e o direito internacional dos direitos humanos.
"Salientámos a importância de respeitar e aplicar as decisões do Tribunal Internacional de Justiça e as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, que são juridicamente vinculativas", afirmou Borrell.
O chefe da diplomacia europeia afirmou que vai continuar o seu trabalho "até que os apelos da comunidade internacional sejam verdadeiramente atendidos" e, por isso, instou a comunidade internacional a unir-se "para transformar as palavras em ações concretas".
Países da região condenam ataques israelitas no Irão
"O Reino da Arábia Saudita condena" os ataques israelitas no Irão e reitera a sua "posição firme de rejeição da escalada do conflito na região", que "ameaça a segurança e a estabilidade dos países e dos povos" do Médio Oriente, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros na rede social X.
Os Emirados Árabes Unidos também condenaram os ataques israelitas no Irão, afirmando estarem "profundamente preocupados com a escalada contínua e as suas repercussões na segurança e estabilidade regionais", num comunicado emitido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O sultanato de Omã, que mantém relações estreitas com o Irão e desempenha há muito tempo o papel de mediador entre o Irão e os países ocidentais, condenou igualmente o ataque, considerando-o "uma escalada que alimenta o ciclo de violência e mina os esforços" de redução da tensão.
Omã apelou à comunidade internacional para que "ponha termo a estas violações flagrantes no território dos países vizinhos".
O Qatar denunciou, por seu turno, uma "violação flagrante da soberania do Irão", de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, apelando a "todas as partes envolvidas para mostrarem contenção e resolverem as suas diferenças através do diálogo e de meios pacíficos".
Os ataques israelitas também foram condenados pelo Kuwait, que os considerou um reflexo da "política de caos" de Israel, que "põe em risco a segurança da região", segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O exército israelita anunciou hoje o fim da sua reação contra o Irão, após várias horas de "ataques precisos contra alvos militares" no país, em represália "pelos meses de ataques contínuos do regime do Irão contra o Estado de Israel".
França pede que se evite "qualquer escalada"
“A França tomou nota do anúncio de Israel de ataques contra alvos militares no Irão esta noite, em resposta à agressão de 1 de Outubro”, afirma o Ministério francês dos Negócios Estrangeiros numa declaração.
Irão diz ter "o direito e a obrigação de se defender contra atos agressivos externos"
Hamas condena ataque israelita ao Irão
Em comunicado, o grupo palestiniano alertou para as repercussões desta agressão israelita "apoiada pelos Estados Unidos" e denunciou o caráter "criminoso" de Israel, que acusou de ter a "cobertura militar e política" da administração norte-americana e de alguns países ocidentais.
O Hamas manifestou a sua solidariedade ao Irão e elogiou a resposta iraniana ao ataque, afirmando que "conseguiu anular a sua eficácia", bem como a resistência "contra a hegemonia sionista e norte-americana" no Irão.
Israel atacou cerca de 70 alvos do Hezbollah no Líbano e mantém ofensiva no sul
"As tropas do exército continuam a atuar no sul do Líbano, desmantelando infraestruturas terroristas, onde os terroristas operavam, e eliminando um certo número de terroristas a partir da terra e do ar", afirmaram hoje as forças israelitas num comunicado.
O exército relatou um incidente em que soldados israelitas atacaram um edifício onde operava uma célula de milicianos e se encontrava também uma grande quantidade de armamento.
Anteriormente, o serviço meteorológico israelita confirmou à Ynet que uma explosão controlada de armas no sul do Líbano fez disparar os alarmes de terramoto no norte de Israel.
As forças israelitas também confirmaram ter intercetado dois drones lançados do Líbano para Israel no espaço de uma hora.
Na sexta-feira, duas pessoas morreram e sete ficaram feridas no norte do país depois de um ataque com `rockets`, reivindicado pelo Hezbollah, contra a região da Galileia.
Ataques ao Irão sugerem que Israel terá seguido os conselhos dos EUA
Foto: Majid Asgaripour - WANA via Reuters
Os ataques de Israel desta madrugada apanharam o Irão de surpresa. Houve três vagas de bombardeamentos.
O exército israelita refere que apenas se procuraram atingir alvos militares.
Arábia Saudita condena ataques de Israel ao Irão e apela à "máxima contenção"
"O reino da Arábia Saudita expressa a sua condenação e denuncia os ataques militares contra a República Islâmica do Irão, que constituem uma violação da sua soberania e uma violação das leis e normas internacionais", afirma o Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita.
Rejeitando estes ataques de retaliação e "a expansão do conflito que ameaça a segurança e a estabilidade" do Médio Oriente, o reino árabe exortou "todas as partes a exercerem máxima contenção e a desanuviarem o conflito", alertando para as consequências da "continuação dos conflitos militares na região".
"O Reino apela à comunidade internacional e às partes influentes e efetivas para que cumpram os seus papéis e responsabilidades, a fim de desanuviar e pôr termo aos conflitos na região", sublinha o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O exército israelita anunciou hoje ter efetuado "ataques de precisão" contra alvos militares no Irão "em resposta a meses de ataques contínuos" da República Islâmica.
"Em resposta a meses de ataques contínuos do regime iraniano contra o Estado de Israel, o exército israelita está atualmente a efetuar ataques de precisão contra alvos militares no Irão", declarou o exército, em comunicado.
Antes, a televisão estatal iraniana noticiou "fortes explosões" perto de Teerão, na sexta-feira à noite, enquanto vários meios de comunicação social locais relataram que eram ouvidos "estrondos" na capital iraniana.
Em 01 de outubro, o Irão lançou cerca de 200 mísseis contra Israel, incluindo, pela primeira vez, vários mísseis hipersónicos. Israel prometeu responder a este bombardeamento.
Os ataques decorrem no âmbito da guerra em Gaza entre Israel e o movimento de resistência islâmica palestiniano Hamas, e no vizinho Líbano, entre o exército israelita e o movimento xiita libanês Hezbollah.
Hamas e Hezbollah opõem-se a Israel e são apoiados financeira e militarmente pelo Irão, que fez do apoio à causa palestiniana um dos pilares da política externa desde a criação da República Islâmica em 1979.
Reino Unido insta Irão a não responder aos ataques iraelitas
"Israel tem o direito de se defender contra a agressão iraniana, mas é igualmente claro para mim que é necessário evitar uma escalada regional de grandes proporções e apelo a ambas as partes para que mostrem contenção. O Irão não deve reagir", disse Starmer numa conferência de imprensa durante a Cimeira de Líderes da Commonwealth, em Samoa.
Dois soldados iranianos mortos nos ataques israelitas
Israel informou EUA antes de ataque contra o Irão
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e a vice-presidente, a candidata democrata Kamala Harris, foram informados da situação, indicou na sexta-feira a Casa Branca, que descreveu os ataques como "manobras de autodefesa".
"Entendemos que os ataques dirigidos por Israel contra alvos militares no Irão constituem autodefesa e respondem ao ataque de mísseis balísticos iranianos contra Israel a 01 de outubro", declarou Sean Savett, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional norte-americano, em comunicado.
Israel, aliado dos Estados Unidos, anunciou hoje ter efetuado "ataques de precisão" contra alvos militares no Irão, em resposta ao bombardeamento com mísseis balísticos iranianos a 01 de outubro.
EUA instam Irão a não retaliar
"Se o Irão decidir responder mais uma vez, estaremos prontos, e haverá consequências para o Irão mais uma vez", avisaram as autoridades do Governo norte-americano.
"Este deve ser o fim desta troca direta de tiros entre Israel e Irão", acrescentaram.
Sean Savett, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, também exortou o Irão “a cessar os ataques contra Israel para que este ciclo de combates possa terminar sem uma nova escalada”.
Exército israelita diz ter "o direito e o dever" de responder ao Irão
“Como qualquer outro país soberano do mundo, o Estado de Israel tem o direito e o dever de responder”, disse Hagari, sublinhando que o exército vai fazer “o que for necessário para defender o Estado de Israel e o povo de Israel”.
Ponto de situação
- Israel deu início, esta madrugada, à retaliação contra o Irão. Telavive confirmou ter efetuado ataques "precisos e dirigidos" contra locais de fabrico de mísseis, baterias de mísseis terra-ar e outros sistemas aéreos em várias regiões do Irão;
- O exército israelita diz que a série de ataques de retaliação, que durou cerca de três horas, “terminou e a missão foi cumprida”;
- Do lado do Irão, as forças militares revelaram que os ataques israelitas tiveram como alvo bases militares nas províncias de Ilam, Khuzistão e Teerão e causaram "danos limitados";
- Fonte oficial norte-americana avançou à agência Reuters que a Casa Branca foi notificada da intenção de Israel antes do ataque e que não houve qualquer envolvimento dos Estados Unidos.