Participação do Hezbollah no conflito seria "muito má"
Austrália fecha embaixada em Teerão
Explosão na casa do embaixador norueguês em Telavive
Antigo embaixador da União Europeia em Washington fala de grandes riscos no conflito entre Israel e Irão
Ministros europeus das Finanças preocupados com conflito israelo-iraniano
Vladimir Putin garante ter soluções para a crise israelo-iraniana
Trump decide se participará na guerra entre Israel e Irão em duas semanas
Foto: Ken Cedeno - Reuters
As consequências para a Rússia de um enfraquecimento do Irão
No entanto, a Rússia tem vindo a perder apoio no Médio Oriente e o Irão pode ser uma perda mais.
Míssil balístico atingiu um dos principais hospitais israelitas
Foto: Marc Israel Sellem - EPA
Portugueses repatriados de Israel chegaram a Lisboa
Possibilidade de negociações com o Irão é substancial
Irão anuncia estar a intercetar drones israelitas
Portugueses repatriados quase a chegar
Metade do lançadores de mísseis do Irão destruídos
Irão avisa que participação de terceiros vai levar a novas reações
Portugal assinou carta que pede interrupção do comércio de bens e serviços com colonatos ilegais
Chefe da OMS diz que ataques a hospitais são "terríveis"
The escalation of hostilities between #Israel and #Iran is putting health facilities and access to health care at risk. The reports on the attacks on health so far are appalling.
— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) June 19, 2025
This morning's attack on Soroka Medical Center in Israel -- the only major hospital in the south --… pic.twitter.com/nNJsVQ2Jxf
Irão diz que alvo não era o hospital. Israel e Cruz Vermelham condenam ataque
"Hoje cedo, as nossas poderosas Forças Armadas eliminaram com precisão um quartel-general do Comando Militar, Controlo e Inteligência israelita e outro alvo vital", disse o ministro Abbas Araqchi, numa mensagem na sua conta X.
De acordo com o governante, "a onda de explosão causou danos superficiais numa pequena secção do Hospital Militar Soroka, que foi evacuada em grande parte".
O jornal israelita The Times of Israel referiu hoje que a base militar mais próxima de Soroka fica a cerca de dois quilómetros de distância, mas o ministro iraniano publicou um mapa onde se pode ler que o centro médico está separado de um "campus de inteligência" do exército israelita por uma rua.
O Ministério da Saúde israelita informou que o ataque deixou 71 feridos ligeiros e uma pessoa que teve de ser tratada por ansiedade e condenou o ataque ao centro, que "é um dos melhores de Israel".
Para o Irão, este centro "é utilizado principalmente para tratar os soldados israelitas envolvidos no genocídio em Gaza", onde recordou que Israel "destruiu ou danificou 94% dos hospitais palestinianos".
O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) apelou hoje ao "respeito" e à "proteção" dos hospitais.
"Os feridos e os doentes, o pessoal médico e os hospitais devem ser respeitados e protegidos", declarou o CICV, apelando ao respeito do direito internacional no sétimo dia da guerra entre Israel e o Irão.
Por seu lado, o ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Gideon Saar, acusou o Irão de atacar "deliberadamente" civis, qualificando de "crime de guerra" o bombardeamento de ao hospital.
Durante uma visita ao hospital Soroka, na cidade de Bersheba, no sul do país, Saar disse aos jornalistas que o Irão mantém uma estratégia sistemática de atacar civis, incluindo crianças e idosos, e afirmou que o bombardeamento do edifício de cirurgia "onde estão a ser salvas vidas" reflete esta tática.
"Trata-se claramente de um crime de guerra, mas reflete a estratégia em curso do regime iraniano (...) É inaceitável", afirmou, sublinhando que numerosos ministros de todo o mundo condenaram este ato.
Missão iraniana rejeita ter atacado hospital em Israel
Netanyahu diz que cabe a Trump decidir participação americana na guerra
Setenta e um feridos em ataque a hospital israelita
Alertas aéreos no norte de Israel após disparos de mísseis do Irão
“Há pouco tempo, as sirenes de alerta soaram em várias regiões de Israel, na sequência da identificação de mísseis lançados do Irão em direção ao Estado de Israel”, declarou o exército em comunicado.
Turquia reforça segurança nas fronteiras
A Turquia - membro da NATO que partilha uma fronteira de 560 quilómetros com o Irão - condenou os ataques de Israel ao Irão, afirmando que violam o direito internacional.
Ofereceu-se também para ajudar a retomar as conversações nucleares entre o Irão e os Estados Unidos.
"Foram tomadas intensas precauções de segurança através de medidas adicionais em todas as nossas fronteiras, incluindo com o Irão", disseram as fontes, falando sob condição de anonimato.
Não há sinais de "uma onda de imigração em massa para a Turquia", acrescentou a fonte, segundo a Reuters.
A Turquia já acolhe milhões de refugiados, a maioria dos quais provenientes de outro país vizinho, a Síria, e diz que não pode receber mais.
Cruz Vermelha apela a respeito pelos hospitais
“Os feridos e os doentes, o pessoal médico e os hospitais devem ser respeitados e protegidos”, declarou o CICV, apelando ao respeito do direito internacional no sétimo dia de guerra entre Israel e o Irão.
Vinte e quatro pessoas detidas no Irão por espionagem a favor de Israel
Teerão adverte Washington contra a intervenção na guerra
“O governo criminoso dos EUA e o seu estúpido presidente devem saber com certeza que, se cometerem um erro e agirem contra o Irão, terão de enfrentar uma resposta severa”, afirmou o Conselho dos Guardiães numa declaração transmitida pela televisão estatal.
EUA advertem que intervenção do Hezbollah seria uma "péssima decisão"
"Posso dizer em nome do Presidente (Donald) Trump, que tem sido muito claro sobre isso (...), que seria uma decisão muito, muito, muito má", disse Thomas Barrack, em resposta à pergunta de um jornalista sobre a possível intervenção do movimento xiita libanês na guerra em curso.
c/ Lusa
Irão atacou um hospital no sul de Israel
Fogo israelita matou pelo menos 25 pessoas em Gaza
Mohammad al-Mughayyir, responsável pela defesa civil, disse à Agence France-Presse (AFP) que 15 pessoas foram mortas e 60 ficaram feridas enquanto esperavam por ajuda no corredor de Netzarim, no centro de Gaza, onde milhares de pessoas se juntam diariamente na esperança de receberem alimentação.
Irão acusa agência nuclear de ser "parceira" da "agressão" israelita
Em causa está um relatório da agência, publicado antes do início da guerra Irão-Israel, no qual denunciou que o regime de Teerão não estava a cumprir com as suas obrigações em relação ao programa nuclear.
Dirigindo a mensagem ao diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Esmaeil Baqaei, escreveu na rede social X: "Vocês traíram o regime de não-proliferação; vocês fizeram da AIEA uma parceira nesta guerra injusta de agressão".
Na quarta-feira, em entrevista a vários órgãos de informação, Rafael Grossi assinalou que o relatório da AIEA foi deturpado e que não há “nenhuma evidência de um esforço sistemático do Irão para conseguir a bomba atómica", ainda que este seja “o único país do mundo que está a enriquecer urânio a níveis quase militares”.
Em resposta, o porta-voz da diplomacia iraniana escreveu: "Senhor Grossi, esse reconhecimento [de que o Irão não está empenhado em construir uma arma nuclear] chega tarde. Escondeu esse facto no seu relatório totalmente parcial, um relatório que foi mal utilizado pelos países europeus e pelos Estados Unidos para redigirem uma resolução com exigências infundadas por ‘incumprimento’”.
O que acabou por acontecer – salienta – foi que essa resolução acabou por ser “utilizada como a desculpa final por um regime belicista e genocida para lançar uma guerra de agressão contra o Irão e um ataque ilegal contra as nossas instalações nucleares pacíficas".
O porta-voz perguntou ainda a Grossi se "sabe quantos iranianos inocentes morreram ou ficaram feridos em consequência desta guerra criminosa”.
c/ Lusa
Moscovo "avisa" Washington contra qualquer "intervenção militar
“Gostaríamos de avisar Washington contra qualquer intervenção militar nesta situação, que seria uma medida extremamente perigosa com consequências negativas verdadeiramente imprevisíveis”, afirmou Zakharova à imprensa, numa altura em que o presidente Donald Trump não exclui a possibilidade de os Estados Unidos entrarem em guerra ao lado do seu aliado israelita.
Irão pode fechar estreito de Hormuz
O Irão ameaçou no passado fechar o Estreito de Ormuz ao tráfego em retaliação à pressão ocidental, e fontes navais disseram na quarta-feira que os navios comerciais estavam a evitar as águas do Irão em torno do estreito.
Israel atingiu instalações nucleares em Bushehr
Bushehr é a única central nuclear do Irão em funcionamento, situada na costa do Golfo, e utiliza combustível russo que a Rússia retoma quando é gasto para reduzir o risco de proliferação.
A embaixada russa no Irão afirmou, em comunicado, que Bushehr, onde trabalham especialistas russos, estava a funcionar normalmente e que não via quaisquer ameaças à segurança.
Míssil atinge arranha-céus em Ramat Gan
Ministro da Defesa de Israel afirma que o líder supremo do Irão "não pode continuar a existir"
“Khamenei declara abertamente que quer a destruição de Israel - ele próprio dá a ordem para disparar contra hospitais. Ele considera a destruição do Estado de Israel como um objetivo. Não se pode permitir que um homem assim continue a existir”, disse Israel Katz aos jornalistas em Holon, perto de Telavive.
França prepara-se para ajudar os cidadãos franceses que estão em Israel e no Irão a sair
Os cidadãos franceses que desejem sair do Irão podem fazê-lo “sem visto” através da Arménia e da Turquia, onde “as fronteiras estão abertas”, esclarece, Jean-Noël Barrot, no sétimo dia do conflito entre o Irão e Israel.
Para as pessoas que desejem sair de Israel, o ministro aconselhou os cidadãos franceses a viajar por estrada até à Jordânia e ao Egito, onde estarão disponíveis autocarros para os levar até aos aeroportos. Um avião será fretado a partir de Amã, capital da Jordânia, “no final da semana”, acrescentou.
Por outro lado, Barrot reiterou que a França estava empenhada em realizar uma conferência sobre uma solução de dois Estados entre Israel e os palestinianos, depois de a França ter adiado uma conferência prevista para esta semana.
Xi e Putin condenam ataques israelitas ao Irão
Xi e Putin condenaram veementemente "as ações israelitas que violaram a Carta das Nações Unidas e outras normas do direito internacional", disse aos jornalistas Yuri Ushakov, assessor do Kremlin.
O presidente chinês afirmou ao homólogo russo que era a favor dos esforços de mediação russos em relação ao Irão, porque acreditava que isso poderia ajudar a resolver a situação, acrescentou Ushakov.
Irão confirma presença para encontro com ministros europeus
China adverte para "risco de descontrolo" e pede "atitude responsável" aos EUA
"O conflito já dura há uma semana, causou grandes prejuízos aos povos de ambos os países e afetou gravemente a paz e a estabilidade da região e do mundo", afirmou Guo Jiakun, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, numa conferência de imprensa em Pequim.
Guo sublinhou que o agravamento do conflito "não trará vencedores" e reiterou a oposição da China a "qualquer violação dos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e a qualquer atentado contra a soberania, segurança e integridade territorial de outros países", bem como "ao uso ou ameaça de uso da força nas relações internacionais".
Num recado velado a Washington, o porta-voz afirmou que "a comunidade internacional, especialmente os grandes países influentes, deve manter uma posição justa e uma atitude responsável, de forma a criar condições favoráveis a um cessar-fogo e ao regresso ao diálogo e às negociações", para evitar que "a situação regional caia num abismo e se produzam desastres ainda maiores".
Na quarta-feira, Trump deixou em aberto a possibilidade de uma intervenção militar norte-americana contra o Irão.
Ministros europeus planeiam encontro com homólogo iraniano na sexta-feira
A chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, deverá também participar nesta reunião, numa altura em que os países europeus intensificam os seus apelos ao desanuviamento, na sequência dos bombardeamentos israelitas no Irão, com o objetivo de perturbar o programa nuclear de Teerão.
No sábado à noite, a União Europeia reiterou que “sempre deixou claro que o Irão nunca deve ser autorizado a adquirir armas nucleares”.
O bloco europeu disse estar “preocupado com o recente relatório da AIEA (Agência Internacional de Energia Atómica), com base no qual o Conselho de Governadores da AIEA concluiu que o Irão não estava a cumprir as suas obrigações juridicamente vinculativas em matéria de salvaguardas nucleares”.
No entanto, Kaja Kallas insistiu que a diplomacia deve continuar a ser o meio privilegiado para impedir Teerão de adquirir uma bomba atómica.
AIEA confirma ataque a Khondab mas não vê efeitos radiológicos
"A AIEA tem informações de que o reator de investigação de água pesada de Khondab (antigo Arak), em construção, foi atingido. Não estava operacional e não continha material nuclear, pelo que não teve efeitos radiológicos", afirmou a AIEA numa publicação na rede social X.
IAEA has information the Khondab (former Arak) heavy water research reactor, under construction, was hit. It was not operational and contained no nuclear material, so no radiological effects.
— IAEA - International Atomic Energy Agency ⚛️ (@iaeaorg) June 19, 2025
At present, IAEA has no information indicating the Khondab heavy water plant was hit.
Sétimo dia do conflito marcado por ataques iranianos a Israel
Foto: Violeta Santos Moura - Reuters
O serviços de emergência de Israel dizem que mais de vinte pessoas ficaram feridas, algumas em estado grave.
As autoridades acreditam que este número possa vir a aumentar porque os destroços são muitos e as operações de busca ainda decorrem.
Guerra entre Israel e Irão pode mergulhar a região no caos
Sistani afirmou numa declaração esta quinta-feira que qualquer ataque à “suprema liderança religiosa e política” do Irão teria “consequências terríveis para a região”.
Sistani alertou para o facto de poder desencadear “um caos generalizado que exacerbaria o sofrimento do seu povo [da região] e prejudicaria gravemente os interesses de todos”.
Sistani exortou a comunidade internacional a “envidar todos os esforços para pôr termo a esta guerra injusta e encontrar uma solução pacífica” para o programa nuclear iraniano.
Sistani, um iraniano, é a mais alta autoridade religiosa para milhões de muçulmanos xiitas no Iraque e em todo o mundo, com o poder de mobilizar uma grande parte dessa base no Iraque.
Com os avisos de guerra regional a intensificarem-se na sequência do ataque surpresa de Israel ao Irão na semana passada, aumentam os receios de uma intervenção de fações iraquianas apoiadas pelo Irão, sobretudo contra os interesses americanos na região.
Alvo de ataque que atingiu hospital era base militar
O Hospital Soroka em Beersheva (sul) e duas cidades perto de Telavive foram atingidos por mísseis iranianos e as equipas de salvamento israelitas registaram pelo menos 47 feridos nos últimos ataques.
China já retirou cidadãos de Israel e do Irão
Portugueses repatriados de Israel chegam esta quinta-feira a Portugal
O voo da TAP deverá chegar ao AT1, em Figo Maduro, por volta das 18h30.
Segundo uma nota enviada às redações, o secretário de Estado das Comunidades estará presente no local.
Netanyahu avisa o Irão que "pagará um preço elevado"
הבוקר, רודני הטרור של איראן שיגרו טילים לעבר בית החולים סורוקה בבאר שבע ולעבר אוכלוסייה אזרחית במרכז הארץ.
— Benjamin Netanyahu - בנימין נתניהו (@netanyahu) June 19, 2025
נגבה את מלוא המחיר מהרודנים בטהרן.
Militares israelitas afirmam ter atacado durante a noite instalações nucleares em Natanz e Arak
Entre as suas instalações nucleares, o Irão tinha um reator de investigação de água pesada parcialmente construído, inicialmente chamado Arak e agora Khondab.
Em Natanz, que já foi anteriormente atingido durante a guerra aérea de seis dias entre Israel e o Irão, Teerão construiu um complexo no centro do seu programa nuclear que incluía duas centrais de enriquecimento.
Os reatores de água pesada representam um risco de proliferação nuclear, pois podem facilmente produzir plutónio que, tal como o urânio enriquecido, pode ser utilizado para fabricar o núcleo de uma bomba atómica.
Militares receberam ordens para intensificar ataques a alvos estratégicos
Irão adverte EUA contra o envolvimento no conflito com Israel
"Se os EUA quiserem intervir ativamente em apoio de Israel, o Irão não terá outra opção senão utilizar os seus instrumentos para dar uma lição aos agressores e defender-se... os nossos decisores militares têm todas as opções necessárias sobre a mesa", afirmou Kazem Gharibabadi, segundo os meios de comunicação estatais.
"A nossa recomendação aos Estados Unidos é que, pelo menos, se mantenham firmes se não quiserem parar a agressão de Israel", acrescentou.
Hospital no sul de Israel atingido por míssil iraniano
Um porta-voz do hospital referiu "danos no hospital e danos extensos em várias áreas. Estamos atualmente a avaliar os danos, incluindo os feridos. Pedimos ao público que não se dirija ao hospital neste momento".
As sirenes soaram mais cedo em todo o país e os meios de comunicação social israelitas informaram que também se ouviram várias explosões fortes no centro de Israel, tendo sido registados vários outros impactos diretos. Foram ouvidas explosões sobre Telavive e Jerusalém.
Exército israelita volta a bombardear Teerão e sinaliza ataque a central nuclear
"A força aérea iniciou uma vaga de ataques contra Teerão e outras zonas do Irão", avisaram as Forças de Defesa de Israel (FDI) à 01:07 TMG, numa mensagem que se repete à mesma hora há várias noites.
Ao mesmo tempo, os meios de comunicação social, incluindo a Al Jazeera do Qatar e a Press TV do Irão, noticiaram explosões em Teerão e na cidade vizinha de Karaj.
Poucos minutos depois, o porta-voz do exército israelita para os meios de comunicação social árabes, Avichay Adraee, publicou uma mensagem na rede social X aconselhando as populações residentes nas imediações de Arak e Khandab, dois pontos situados cerca de 300 quilómetros a sudoeste de Teerão, para abandonarem as localidades.
"Caros cidadãos, para vossa segurança e partida, pedimos-vos que abandonem a área designada nas cidades de Arak e Khandab", escreveu Adraee.
O ataque de Israel à zona responde ao objetivo de destruir "infraestruturas militares". O Irão tem situado a escassos dois quilómetros de Arak um importante reator nuclear de águas pesadas.
Israel entra no sétimo dia consecutivo em que bombardeia o Irão, desde lançamento da vasta ofensiva militar contra o país persa, na madrugada de sexta-feira, alegadamente para impedir o avanço do programa nuclear iraniano.
Os ataques dizimaram as infraestruturas militares e nucleares do Irão, que tem respondido com vagas de mísseis sobre as principais cidades israelitas, incluindo Tel Aviv e Jerusalém, assim como várias instalações militares espalhadas pelo país.
Os números oficiais de mortos não são atualizados há vários dias em ambos os lados da frente da guerra, assim como não são divulgados objetivos militares atingidos.
MNE chinês condena Israel por ignorar Direito Internacional em conversa com Egito e Omã
Em conversa com o chefe da diplomacia egípcia, Badr Abdelatty, Wang apelou a um consenso e a ações conjuntas por parte da comunidade internacional, "em especial entre os países da região", segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
O ministro chinês reiterou o apelo a um cessar-fogo e à redução das tensões entre Israel e o Irão, e afirmou que a China está disposta a trabalhar com o Egito para melhorar a comunicação e a coordenação com os organismos multilaterais - como as Nações Unidas - e a envidar os esforços necessários para promover conversações de paz e reconciliação.
Num tom semelhante, Wang Yi disse ao homólogo de Omã, Sayyid Badr bin Hamad bin Hamood Albusaidi, que Israel violou "a soberania e segurança do Irão".
O chefe da diplomacia chinesa manifestou ainda o apoio de Pequim à declaração conjunta emitida por 21 países árabes, incluindo Omã, e expressou confiança em que essas nações se mantenham unidas e persistam nos esforços para levar as partes envolvidas ao diálogo.
Esta semana, a China expressou "profunda preocupação" com o agravamento do conflito entre Israel e Irão, apelando a "medidas imediatas para acalmar as tensões".
Pequim, parceiro próximo de Teerão, reiterou que "a força não pode trazer uma paz duradoura" e assegurou que "continuará a manter comunicação com as partes relevantes, promovendo a paz e o diálogo".
Putin não quer nem ouvir falar em matar Ali Khamenei e pede fim das hostilidades
"Não quero sequer falar sobre essa possibilidade. Ouvi esses rumores, mas não quero comentar", disse Putin, durante um encontro com representantes de várias agências de notícias internacionais, no Fórum Económico Internacional de São Petersburgo.
A situação no Médio Oriente, em particular a tensão entre dois aliados de Moscovo - Irão e Israel - dominou a intervenção do chefe de Estado russo no evento, conhecido como o `Davos russo`.
Putin ofereceu-se como mediador para alcançar um cessar dos bombardeamentos entre Irão e Israel, reconhecendo tratar-se de "um tema muito sensível".
"É possível encontrar uma solução", afirmou, considerando que "podem ser garantidos os interesses do Irão na área da energia nuclear pacífica e, ao mesmo tempo, dissipar as preocupações de segurança de Israel".
Segundo o líder russo, esta posição foi comunicada ao Presidente norte-americano, Donald Trump, ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e ao Presidente iraniano, Masud Pezeshkian.
"Não impomos nada a ninguém. Dizemos apenas que vemos uma possível saída para a situação. A decisão cabe aos governos envolvidos, sobretudo ao Irão e a Israel", frisou.
No entanto, Putin indicou que Trump, que anteriormente se mostrou recetivo à mediação russa na reconversão do urânio enriquecido iraniano em combustível para centrais civis, terá rejeitado essa via na última conversa telefónica entre ambos.
Sobre uma eventual capitulação do Irão, o chefe do Kremlin lembrou que "as instalações nucleares subterrâneas continuam intactas", algo que considerou "muito importante".
Putin salientou ainda que Teerão não solicitou apoio militar direto de Moscovo, apesar do fornecimento de veículos aéreos não tripulados (`drones`) Shahed à Rússia, durante os primeiros anos da guerra na Ucrânia.
"O Irão não nos pediu outro tipo de apoio", disse, sublinhando que cerca de 250 técnicos russos continuam a trabalhar na central nuclear de Bushehr, construída com apoio de Moscovo no sul do Irão, após o abandono do projeto por parte da Alemanha.
"Não saímos de lá. Isso não é apoio?", questionou Putin, acrescentando que Israel garantiu a segurança dos engenheiros russos no local.
O Presidente russo revelou também que Moscovo chegou a propor ao Irão uma cooperação no desenvolvimento de sistemas de defesa antiaérea, mas que "os parceiros não demonstraram grande interesse".
O acordo de parceria estratégica assinado este ano entre a Rússia e o Irão não abrange questões de defesa, sublinhou Putin. Em contraste, um pacto semelhante com a Coreia do Norte inclui uma cláusula de assistência militar mútua em caso de agressão externa.