Reportagem

Guerra no Médio Oriente. A evolução do conflito entre Israel e Irão

O Parlamento iraniano aprovou este domingo o fecho de Ormuz, estreito pelo qual passa um quinto da produção mundial de petróleo, colocando à vista uma crise petrolífera. Após os ataques da madrugada passada, o secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, anunciou que os EUA arrasaram o programa nuclear iraniano. Washington adverte os iranianos contra qualquer tentativa de retaliação visando alvos americanos.

Paulo Alexandre Amaral, Rachel Mestre Mesquita, Cristina Sambado - RTP /

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Netanyahu diz ter informação sobre onde está urânio enriquecido a 60 por cento

Foto: Marc Israel Sellem - Pool via REUTERS

Netanyhu em conferência de imprensa disse que obviamente não partilhava a informação.
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Parlamento iraniano aprova fecho do Estreito de Ormuz

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Operação americana envolveu 125 aeronaves militares

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Governo português deu autorização aos EUA para que 12 aviões reabastecedores utilizassem as Lajes

Manuel Araújo - EPA

Ao abrigo do Acordo de Cooperação e Defesa entre Portugal e os EUA, a utilização da Base das Lajes para o estacionamento ou trânsito de aviões militares está sujeito a autorização prévia do Estado português.

Portugal concede autorizações específicas, trimestrais ou permanentes de sobrevoo e aterragem, não apenas aos EUA, mas a muito outros países. Com base nestas autorizações, o estacionamento de aeronaves militares é normalmente notificado com 72 horas de antecedência ou com antecedência mais curta, devido à imprevisibilidade de algumas missões.

No passado dia 18 de junho, os EUA solicitaram, através de nota diplomática, autorização para 12 aviões reabastecedores utilizarem a Base das Lajes, a qual foi concedida.

Nessa notificação, é referido que a missão das aeronaves é apoiar a Força Naval norte-americana no Atlântico. Este é um procedimento habitual e as aeronaves que se encontram nos Açores são aviões de reabastecimento aéreo. Não se trata de meios aéreos ofensivos, mas tão só de aeronaves de reabastecimento.

Mais se esclarece que não passam meios de combate norte-americanos pela Base das Lajes há mais de um mês.

Para além desta notificação, emitida pelas vias regulares e adequadas, não houve mais nenhum contacto por parte das autoridades dos EUA.
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Rússia não deverá lançar-se em auxílio do Irão

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Embaixador do Irão não descarta regresso à mesa de negociações

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Pelas cinco da manhã houve muita movimentação na Base das Lajes

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Macron foi apanhado de surpresa com o anúncio da operação norte-americana no Irão

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Na cidade da Haia realiza-se esta segunda-feira a Cimeira da NATO

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Irão retalia contra três cidades de Israel e faz 86 feridos

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Lusa /

Irão mantém reservas de urânio enriquecido - conselheiro do líder supremo

"Mesmo que as instalações nucleares sejam destruídas, o jogo ainda não acabou, os materiais enriquecidos, o saber-fazer autóctone e a vontade política permanecem", afirmou Ali Shamkhani na rede social X.

"A iniciativa política e operacional está agora nas mãos daqueles que atuam de forma inteligente e evitam ataques indiscriminados. As surpresas vão continuar", afirmou.

O conflito entre Israel e Irão e Estados Unidos começou na madrugada de 13 de junho, com Telavive a lançar um ataque sem precedentes contra o país persa, alegadamente para impedir o avanço do programa nuclear iraniano para fins militares.

O Irão tem repetidamente negado o desenvolvimento de armas nucleares e reivindica o direito a realizar atividades nucleares pacíficas.

Os ataques de Telavive destruíram infraestruturas nucleares do Irão e assassinaram altos comandos militares e cientistas iranianos que trabalhavam no programa nuclear.

Teerão tem respondido com vagas de mísseis sobre as principais cidades israelitas e várias instalações militares espalhadas pelo país.

Esta noite, os Estados Unidos envolveram-se militarmente no conflito, com recurso a aviões bombardeiros B-2, que, segundo o Pentágono, conseguiram "eliminar" as ambições nucleares do Irão.

Os ataques "terão consequências eternas", garantiu o chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, afirmando que Teerão mantém em aberto "todas as opções para defender a sua soberania, os seus interesses e o seu povo".

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Lusa /

Pelo menos 33 palestinianos mortos hoje em ataques israelitas em Gaza

Segundo as fontes daqueles dois ministérios, citadas pela agência EFE, sete pessoas foram mortas a tiro pelas forças israelitas perto de um centro de distribuição de ajuda humanitária na cidade de Rafah, no sul de Gaza, gerido pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF).

Desde 27 de maio, quando este novo modelo de distribuição de ajuda começou a funcionar, obrigando os habitantes de Gaza a percorrer quilómetros para tentar obter alimentos e a atravessar zonas de combate, mais de 400 palestinianos foram mortos em ataques perto destes pontos, segundo o Ministério da Saúde.

As agências da ONU e as organizações humanitárias descreveram o mecanismo como "uma armadilha mortal" para uma população civil faminta e exigiram que Israel abrisse os postos fronteiriços e permitisse a entrada maciça de ajuda.

Também no sul do enclave palestiniano, na zona em torno de Khan Younis, mais de 15 pessoas foram hoje mortas por ataques israelitas.

No centro da Faixa da Gaza, os ataques aéreos atingiram os campos de Nuseirat e Bureij, matando duas pessoas, assim como a zona de Zawayda, matando mais cinco, incluindo três menores.

Quatro outros habitantes de Gaza foram mortos em ataques contra a cidade de Gaza, incluindo uma criança.

O Ministério da Saúde de Gaza informou hoje que o número de mortos da ofensiva israelita ascendia, até sábado, a 55.959, enquanto os feridos tinham subido para 131.242 desde o início da guerra, a 7 de outubro de 2023.

A guerra eclodiu em Gaza após um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

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RTP /

Conselheiro de Khamenei diz que bases americanas usadas no ataque são alvos "legítimos"

Um conselheiro do guia supremo iraniano, o ayatolla Ali Khamenei, declarou hoje que as bases utilizadas pelas forças americanas para lançar ataques contra os locais nucleares iranianos seriam consideradas "como alvos legítimos".

"Todos os países da região ou de outra parte que forem utilizados pelas forças americanas para atacar o Irão serão considerados como um alvo legítimo para as nossas forças armadas", afirmou Ali Akbar Velayati, citado pela agência de notícias oficial Irna.
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RTP /

Netanyahu reza para agradecer a Trump após ataque contra o Irão

O primeiro-ministro israelita agradeceu hoje ao presidente norte-americano, Donald Trump, pela sua intervenção militar no Irão, durante uma oração junto ao Muro das Lamentações, em Jerusalém.

Benjamin Netanyahu dirigiu-se hoje ao Muro das Lamentações, na Cidade Velha de Jerusalém, para recitar esta oração ao lado do rabino responsável pelo local.

Durante a oração, cujo vídeo foi já publicado, Netanyahu pediu a Deus para que "abençoe, proteja e ajude o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que assumiu a responsabilidade de expulsar o mal e as trevas do mundo".



Após esta breve oração, o primeiro-ministro israelita colocou um pedaço de papel nas fendas do muro - tradição secular neste local sagrado - onde estava escrito "o povo de Israel levantou-se - o povo de Israel está vivo", de acordo com um comunicado do gabinete do muro.

Situado em Jerusalém-Oriental, setor da Cidade Santa ocupado e anexado por Israel, o Muro das Lamentações é o último vestígio do Segundo Templo, destruído em 70 pelos romanos, e o lugar mais sagrado onde os judeus são autorizados a orar.

Netanyahu já antes, durante a madrugada, tinha agradecido ao presidente americano pelo ataque 'audacioso' dos Estados Unidos contra as principais estruturas nucleares iranianas. O chefe do governo israelita falou em 'momento histórico' suscetível de levar o Médio Oriente à paz.
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Lusa /

Secretário de Estado dos EUA garante a Teerão porta aberta para negociações

"O mundo está hoje mais seguro e estável do que há 24 horas", apontou Marco Rubio, acusando o Irão de tentar ganhar tempo fingindo disponibilidade para "negociações falsas" e de tentar "enganar" a administração do Presidente Donald Trump.

Os iranianos pensaram que poderiam fazer com Donald Trump "a mesma coisa que fizeram com outros presidentes e sair impunes", notou, em entrevista à Fox News.

"Ontem à noite descobriram que não podem e o mundo também descobriu. Isso é importante, não só neste caso, mas em muitos outros também. O que estamos a ver é que este é um Presidente que diz o que vai fazer e faz", contrapôs.

Ainda assim, ressalvou, os EUA estão "disponíveis para discutir" com o Irão sobre o seu programa nuclear civil.

"O regime iraniano precisa de acordar e dizer: `ok, se realmente queremos energia nuclear no nosso país, então há uma maneira de fazê-lo`. A oferta ainda está de pé, estamos prontos para conversar com eles amanhã", assegurou.

Rubio apontou ainda o dedo aos países que condenaram a ação dos Estados Unidos contra três instalações nucleares iranianas -- Fordo, Natanz e Isfahan.

"Estão a fazer o que têm de fazer para os seus interesses internos de relações públicas, mas o único no mundo que está insatisfeito com o que aconteceu ontem à noite no Irão é o regime iraniano", acredita, confiando que todos os países concordam que "era necessário" atacar o Irão.

O chefe da diplomacia garantiu que Washington não está à procura de uma guerra com Teerão, nem de uma mudança de regime no Irão, mas avisou a república islâmica que retaliar "será o pior erro que cometerá".

Os Estados Unidos podem "voar para e do Irão sempre que queiram", assinalou, recordando que, durante os ataques desta noite, "nenhum tiro foi disparado" contra as forças americanas.

"Eles [os iranianos] nem perceberam o que se passou. Os aviões estavam fora do espaço aéreo deles antes de eles finalmente começarem a perceber que tinham sido atingidos", notou Rubio.

O conflito entre Israel e Irão começou na madrugada de 13 de junho, com Telavive a lançar um ataque sem precedentes contra o país persa, alegadamente para impedir o avanço do programa nuclear iraniano para fins militares.

O Irão tem repetidamente negado o desenvolvimento de armas nucleares e reivindica o direito a realizar atividades nucleares pacíficas.

Os ataques de Telavive destruíram infraestruturas nucleares do Irão e assassinaram altos comandos militares e cientistas iranianos que trabalhavam no programa nuclear.

Teerão tem respondido com vagas de mísseis sobre as principais cidades israelitas e várias instalações militares espalhadas pelo país.

Esta noite, os Estados Unidos envolveram-se militarmente no conflito, com recurso a aviões bombardeiros B-2, que, segundo o Pentágono, conseguiram "eliminar" as ambições nucleares do Irão.

Os ataques "terão consequências eternas", garantiu o chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, afirmando que Teerão mantém em aberto "todas as opções para defender a sua soberania, os seus interesses e o seu povo".

A Alta Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Kaja Kallas, apelou ao recuo de "todas as partes" para evitar uma nova escalada no Médio Oriente, enquanto a NATO (Aliança Atlântica) afirmou estar a monitorizar de perto a situação na região.

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Lusa /

Washington diz que situação é diferente da guerra no Iraque

"Não estamos em guerra com o Irão. Estamos em guerra com o programa nuclear iraniano", disse JD Vance em entrevista à NBC, repetindo uma posição já marcada por Donald Trump.

O vice-presidente enfatizou que os Estados Unidos não têm intenção de "enviar tropas para o solo" e alertou que o Irão enfrentará uma "força esmagadora" se atacar militares americanos na região.

Vance distanciou o ataque ordenado pelo Presidente Donald Trump da guerra do Iraque, lançada pelo então Presidente republicano George W. Bush, em 2003.

"A diferença é que naquela época tínhamos um Presidente estúpido e agora temos um que sabe como atingir os objetivos de segurança nacional dos Estados Unidos", disse ele.

Trump, que fez campanha contra a intervenção militar, tem sido alvo de críticas dentro do seu próprio movimento político sobre o conflito com o Irão. Alguns consideram a situação atual semelhante à Guerra do Iraque, que começou sob o falso pretexto de que o país possuía armas de destruição em massa.

Os Estados Unidos bombardearam esta madrugada três instalações de enriquecimento de urânio no Irão, entrando diretamente na guerra contra esta República Islâmica.

Israel desencadeou e tem em curso uma ofensiva contra o Irão desde 13 de junho, que justificou com os progressos do programa nuclear iraniano e a ameaça que considera representar para o país a produção de mísseis balísticos por Teerão.

A acusação é refutada por Teerão, que insiste nos fins pacíficos do seu programa nuclear, e que tem lançado vários ataques aéreos em retaliação contra Israel.

Os Estados Unidos entraram diretamente na guerra de Israel contra o Irão, bombardeando instalações envolvidas no programa nuclear iraniano, por ordem do Presidente norte-americano, Donald Trump, que ameaçou o regime de Teerão com mais ataques se "a paz não chegar rapidamente".

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Lusa /

AIEA afirma que Natanz está arrasada e Isfahan inoperacional

Os EUA descarregaram toneladas de bombas sobre estas três zonas num ataque sem precedentes contra a república islâmica.

"Há indícios claros de impactos, mas não podemos dizer nada sobre os danos nas instalações subterrâneas", disse Grossi à CNN sobre as instalações de Fordo, protegidas por uma montanha de rocha perfurada esta manhã por "pelo menos duas bombas MOP de alta penetração", a primeira vez que foram utilizadas em combate, segundo os Estados Unidos.

Segundo o responsável da agência de energia atómica da ONU, não se pode excluir que tenham ocorrido danos significativos nestas instalações nucleares subterrâneas.

"Em Natanz, todas as instalações de superfície foram completamente destruídas", afirmou Grossi, referindo que a cidade tem estado sob ataque preventivo israelita há vários dias.

As instalações subterrâneas parecem ter "sofrido muitos danos" devido aos cortes de energia provocados pelos bombardeamentos, disse.

A instalação nuclear de Esfahan, atingida por mísseis Tomahawk americanos nas últimas horas, também sofreu "danos significativos", acrescentou.

O diretor-geral da AIEA reiterou ainda que, embora a sua organização tenha lamentado a falta de informação fornecida pelo Irão nos últimos meses sobre o seu programa nuclear, também não dispunha dos elementos necessários "para demonstrar que planeava desenvolver uma arma nuclear", como afirmam os Estados Unidos e Israel.

Na manhã de hoje, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) tinha referido que "não houve aumento nos níveis de radiação fora do local" após os ataques aéreos dos Estados Unidos a três instalações nucleares iranianas.

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Reunião do Conselho de Segurança marcada para o fim da tarde

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Pentágono acena com reação mais violenta se Irão retaliar

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Lusa /

Telavive diz ter atingido "dezenas de alvos militares" iranianos

"Cerca de 30 caças da Força Aérea israelita atingiram dezenas de alvos militares no Irão", incluindo um "centro de comando de mísseis estratégicos" de longo alcance na área de Yazd (centro), atacada "pela primeira vez", referiu o exército israelita, em comunicado.

Também foram atingidos "lançadores de mísseis" nas regiões de Isfahan (centro), Bushehr (sul) e Ahvaz (sudoeste), acrescentou a mesma fonte.

Entretanto, as equipas de socorro israelitas relataram ter prestado cuidados a 23 pessoas após ataques com mísseis desencadeados pelo Irão em todo o país, incluindo "duas em estado moderado e as outras levemente feridas", disse aos jornalistas Eli Bin, chefe do Magen David Adom (MDA), o equivalente israelita da Cruz Vermelha.

A televisão pública KAN 11 transmitiu imagens dos danos causados "no centro" de Israel. mostrando um prédio de vários andares com a fachada completamente destruída e edifícios severamente danificados em redor.

"Vários prédios residenciais de dois andares foram severamente danificados, alguns dos quais desabaram", disse o socorrista do MDA, Moti Nissan.

A polícia israelita disse que foi chamada a pelo menos dois pontos de impacto, um em Haifa (norte) e outro em Ness Ziona (sul de Telavive).

O conflito entre Israel e Irão começou na madrugada de 13 de junho, com Telavive a lançar um ataque sem precedentes contra o país persa, alegadamente para impedir o avanço do programa nuclear iraniano para fins militares.

O Irão tem repetidamente negado o desenvolvimento de armas nucleares e reivindica o direito a realizar atividades nucleares pacíficas.

Os ataques de Telavive destruíram infraestruturas nucleares do Irão e assassinaram altos comandos militares e cientistas iranianos que trabalhavam no programa nuclear.

Teerão tem respondido com vagas de mísseis sobre as principais cidades israelitas e várias instalações militares espalhadas pelo país.

Esta noite, os Estados Unidos anunciaram que se envolveram militarmente no conflito, atacando instalações nucleares iranianas.

Os ataques "terão consequências eternas", garantiu o chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, afirmando que Teerão mantém em aberto "todas as opções para defender a sua soberania, os seus interesses e o seu povo".

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Lusa /

Ao final da tarde. Conselho de Segurança da ONU convocado de urgência a pedido do Irão

A sessão terá início às 15:00 locais (20:00 GMT) e ainda se desconhece a ordem do dia.

O Conselho nunca se reúne aos fins de semana ou feriados, exceto em casos de máxima urgência, como sucede com as guerras ou invasões de países.

Esta é a terceira reunião solicitada pelo Irão desde que Israel lançou os seus ataques contra as instalações nucleares do país persa, a que se juntaram ontem os Estados Unidos. A primeira reunião de emergência realizou-se na sexta-feira, dia 13, e a segunda sete dias depois.

Nenhuma das sessões anteriores resultou numa resolução ou mesmo numa declaração conjunta, o que é impensável dado o poder de veto dos EUA sobre as decisões do Conselho e o facto de o conflito com o Irão sobre o seu programa nuclear ser uma questão altamente divisiva no seio do Conselho.

Normalmente, das cinco grandes potências com assento permanente, a Rússia e a China tendem a ficar do lado do Irão e os países ocidentais do lado oposto.

De referir que os ataques da noite de sábado dos aviões americanos não foram condenados pela França ou pelo Reino Unido, cujos líderes preferiram marcar nas suas redes sociais a impossibilidade de permitir que o Irão desenvolva armas nucleares.

Os Estados Unidos entraram no sábado - madrugada de domingo na Europa - na guerra de Israel contra o Irão, bombardeando as três principais instalações envolvidas no programa nuclear iraniano, enquanto o Presidente Donald Trump ameaçou o regime de Teerão com mais ataques se "a paz não chegar rapidamente".

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A pedido do Irão
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Conselho de Segurança da ONU reúne-se este domingo

O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai reunir-se no domingo - a pedido de Teerão - depois de os Estados Unidos terem atingido as principais instalações nucleares do Irão com bombas de grande calibre, segundo diplomatas.
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Lideranças europeias manifestam preocupação com escalada no Médio Oriente

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Trump terá feito bluff ao apontar para decisão em duas semanas

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RTP /

Exército israelita recupera corpos de dois reféns e um soldado

Foto: Violeta Santos Moura - Reuters

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Lusa /

Guerra no Médio Oriente. Roma, Paris e Haia convocam Conselhos de Defesa e Segurança Nacional

Os três países europeus instaram as partes envolvidas na guerra no Médio Oriente a regressarem à mesa das negociações para encontrar uma solução diplomática.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, convocou para hoje uma reunião de emergência com os ministros e os chefes dos serviços de informação, devido ao "agravamento da crise no Médio Oriente", em resposta à qual a Itália se comprometeu a trabalhar para que as partes retomem o diálogo.

"A crise concentra a atenção do Executivo em todos os aspectos, desde a situação dos compatriotas na região, com os quais a Farnesina [Ministério dos Negócios Estrangeiros] está em contacto permanente, até aos efeitos económicos e de segurança", afirmou Meloni na sua conta X, sem aludir diretamente ao último bombardeamento americano contra o Irão.

A Itália já acolheu conversações entre os Estados Unidos e o Irão e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Antonio Tajani, voltou a propor o país como local para um potencial "encontro direto" entre as duas partes, embora tenha sugerido que resta saber se, após os últimos ataques, "os iranianos mudam de ideias".

"Estamos a trabalhar com todas as nossas forças para promover um desanuviamento, uma solução diplomática para esta questão", disse Tajani durante uma entrevista televisiva em que recordou que a potencial aquisição de armas atómicas pelo Irão representaria "um perigo para toda a região".

A Presidência francesa, por seu lado, anunciou que Emmanuel Macron vai realizar um novo Conselho de Defesa e Segurança Nacional dedicado à situação no Médio Oriente hoje, às 17:30 TMG (18:30 em Lisboa).

O Chefe de Estado, que se encontrou hoje com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita e com o Sultão de Omã, "tenciona prosseguir os seus contactos com os seus parceiros europeus e os líderes da região nas próximas horas".

França "está a fazer tudo o que está ao seu alcance para acelerar a partida dos [seus] cidadãos do Irão e de Israel que o desejem", garantiu o Presidente.

Numa mensagem do chefe da diplomacia francesa, Jean-Noël Barrot, no X, a França exprimiu a sua preocupação após os ataques dos Estados Unidos contra as instalações nucleares iranianas, instando "as partes a darem provas de contenção, a fim de evitar qualquer escalada suscetível de conduzir a um prolongamento do conflito".

Declarando que "não participou nestes ataques nem no seu planeamento", França afirmou estar "convencida de que uma solução duradoura para esta questão exige uma solução negociada no âmbito do Tratado de Não Proliferação."

O Governo interino dos Países Baixos também vai reunir hoje o seu Conselho de Segurança Nacional para debater a "nova escalada" da situação "preocupante" no Médio Oriente, na sequência do bombardeamento americano de instalações nucleares no Irão.

"O Conselho de Ministros tomou nota dos ataques dos EUA às instalações nucleares do Irão. Trata-se de uma nova escalada da situação preocupante no Médio Oriente. O Governo reunir-se-á hoje no Conselho de Segurança Nacional", anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros neerlandês em exercício, Caspar Veldkamp, numa mensagem publicada nas redes sociais.

Os ataques dos EUA não foram uma surpresa para os Países Baixos, disse o ministro da Defesa cessante, Ruben Brekelmans, ao programa de televisão "WNL op Zondag".

De acordo com o ministro, os Países Baixos não foram oficialmente informados, mas o seu Governo antecipou os ataques.

"Não devemos ser ingénuos quanto à natureza do regime do Irão", disse Brekelmans, referindo-se ao enriquecimento de urânio e às declarações anteriores de Teerão sobre o seu objetivo de destruir Israel.

No entanto, o ministro em exercício espera que o Irão se sente à mesa das negociações o mais rapidamente possível.

Brekelmans disse ainda que prevê um contra-ataque por parte do Irão ou dos seus aliados que não atingirá apenas Israel, mas possivelmente também alvos norte-americanos na região.

Os Estados Unidos bombardearam hoje três instalações nucleares importantes no Irão, juntando-se assim à ofensiva lançada por Israel a 13 de junho.

Poucas horas depois, o Irão lançou 40 mísseis contra Israel, acusando os Estados Unidos de "destruir" as possibilidades de uma solução diplomática para a questão nuclear.

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Parlamento iraniano já aprovou
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Encerramento do Estreito de Ormuz em cima da mesa

O Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irão, o principal órgão de segurança do país, deve tomar a decisão final sobre o encerramento do Estreito de Ormuz, disse a Press TV do Irão no domingo, depois de o parlamento ter aprovado a medida.

A decisão de fechar o estreito, por onde passa cerca de 20 por cento da procura mundial de petróleo e gás, ainda não é definitiva. Mas o legislador e comandante da Guarda Revolucionária Esmail Kosari disse ao Clube de Jovens Jornalistas no domingo que isso está na agenda e "será feito sempre que necessário".
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Explosões sentidas no Irão
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Junto à central nuclear da província e Bouchehr

Uma explosão “maciça” foi ouvida este domingo na província de Bouchehr, no sul do Irão, onde se situa uma central nuclear, noticiou o diário Shargh, no décimo dia da guerra entre o Irão e Israel.

O jornal acrescenta que dois locais em torno da cidade de Bouchehr foram “atacados pelo regime sionista”. O jornal refere ainda uma outra explosão na província de Yazd, no centro do país.

A Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) advertiu na sexta-feira que um ataque direto à central nuclear de Bouchehr teria consequências “graves”, podendo libertar grandes quantidades de radiação no ambiente.
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Guerra está a mover populações ao longo das fronteiras

Foto: Reuters

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Israelitas continuam a passar as noites debaixo de terra

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Bombardeiros B-2 Spirit foram as aeronaves usadas no ataque dos EUA

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MNE iraniano esperado no Kremlin esta segunda-feira

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Primeiro-ministro diz-se preocupado com risco de escalada

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Líderes mundiais pedem regresso à mesa de negociações

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Alemanha, França e Espanha pedem negociação e contenção após ataque dos EUA

A Alemanha exortou hoje o Irão a retomar as negociações com os Estados Unidos, após os ataques norte-americanos a instalações nucleares, estimando que danificaram "grande parte do programa iraniano".

"O chanceler Friedrich Merz reiterou o apelo ao Irão para iniciar imediatamente negociações com os Estados Unidos, por forma a encontrar uma solução diplomática para o conflito", declarou, em comunicado, o porta-voz do Governo alemão, na sequência de uma reunião sobre o assunto.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou hoje que os Estados Unidos atingiram "com sucesso" três instalações nucleares iranianas, os primeiros bombardeamentos norte-americanos a ocorrer no âmbito do conflito entre Israel e o Irão.

França pediu contenção, por forma a evitar "qualquer escalada que possa conduzir a uma ampliação do conflito" e reafirmou a vontade de contribuir, juntamente com seus os parceiros, para uma "solução negociada".

A primeira reação pública oficial de Paris, após os ataques perpetrados esta noite contra três sedes do programa nuclear iraniano, chegou pelo ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noel Barrot, que sublinhou numa mensagem na rede social X que França "não participou nestes golpes, nem na sua planificação".

"França está convencida de que a solução duradoura desta questão passa por uma solução negociada, no âmbito do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares", disse Barrot.

O Governo de Espanha expressou a máxima preocupação com a situação no Médio Oriente e defendeu a via diplomática.

"É urgente parar a violência e voltar às negociações", afirmou o Governo, em comunicado divulgado pelo Ministério dos Assuntos Exteriores, no qual se faz um apelo "para a contenção e para o respeito pelo direito internacional".

O Executivo sublinhou ainda que as embaixadas de Espanha no Irão e nos países da região se mantém a funcionar para atender os espanhóis, face a qualquer eventualidade.

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Turquia teme que ataque americano no Irão escale para um conflito global

O governo da Turquia disse hoje estar “profundamente preocupado” com os ataques americanos contra instalações nucleares no Irão, temendo que o conflito se eleve para um nível global.

"A Turquia está profundamente preocupada com as possíveis consequências do ataque dos EUA às instalações nucleares da República Islâmica do Irão", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros turco num comunicado, citado pela Agência France Presse.

Ancara teme que o ataque lançado pelas forças dos Estados Unidos sobre o Irão possam levar a que “o conflito regional se eleve a um nível global”, acrescenta a Europa Press.

"A Turquia está profundamente preocupada com os resultados prováveis do ataque. O que aconteceu pode levar uma disputa regional a um nível planetário. Não queremos que este cenário catastrófico se torne realidade", sublinha ainda a EFE.

O governo turco salientou que “tem alertado para o risco de os ataques de Israel alargarem o conflito e desestabilizarem a região”, refere.

Apelou, por isso, à "responsabilidade" de todas as partes e à cessação "imediata" dos ataques, com o objetivo de evitar qualquer medida que "possa conduzir a mais morte e destruição".

“A única maneira de resolver as disputas sobre o programa nuclear do Irão é através das negociações”, declarou o ministério turco, no comunicado, onde apelou à comunidade internacional que trabalhe no sentido desta “solução diplomática”.

c/ Lusa
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Resposta do Irão. Ataque a Israel provocou 86 feridos

Israel já contra-atacou e destruiu esta manhã alvos militares iranianos.
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EUA entraram no conflito entre Israel e o Irão

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"Um sucesso incrível". Chefe do Pentágono diz que ataque dos EUA devastou o programa nuclear iraniano

O secretário norte-americano da Defesa dos EUA afirmou este domingo que ataques militares dos EUA contra instalações nucleares iranianas foram "um sucesso incrível". Em direto do Pentágono, Pete Hegseth anunciou que os EUA devastaram o programa nuclear iraniano e aconselhou o "Irão a ouvir Donald Trump". Já o chefe do Estado-Maior do Exército dos EUA, Dan Caine, explicou os detalhes da "Operação Martelo da Meia-Noite" e advertiu contra qualquer retaliação iraniana.

Numa conferência de imprensa, ao início da tarde deste domingo, Pete Hegseth afirmou que a operação dos EUA foi um sucesso incrível e esmagador que levou meses e semanas de posicionamente para ser levado a cabo, acautelando que os ataques norte-americanos não visaram tropas ou civis iranianos.

"A operação que o presidente Trump planeou foi ousada e brilhante, mostrando ao mundo que a dissuasão americana está de volta. Quando este presidente fala, o mundo deve ouvir", afirmou Hegseth.

O secretário norte-americano da Defesa acrescentou que a operação "foi um sucesso incrível e esmagador. A ordem que recebemos do nosso comandante em chefe foi direcionada, poderosa e clara. Devastámos o programa nuclear iraniano".

Questionado pelos jornalistas, Pete Hegseth esclareceu que a operação norte-americana não é uma declaração de guerra mas sim um ataque isolado que visava destruir as instalações nucleares iranianas e retirar poder nuclear ao Irão.
Operação Martelo da Meia-Noite

Já o chefe do Estado-Maior do Exército dos EUA, Dan Caine, descreveu a operação militar norte-americana, designada "Operação Martelo da Meia-Noite", como uma "operação muito arriscada e complexa" que foi planeada para causar danos.

Dan Caine acrescentou que o ataque desta madrugada foi o maior ataque B2 da história e que não encontrou resistência por parte de Teerão. Sobre o impacto do ataque, Caine disse que "vai demorar algum tempo a avaliar os resultados, mas parece que as três instalações iranianas sofreram danos consideráveis".

Ao lado do secretário da Defesa dos EUA, o chefe norte-americano das Forças Armadas advertiu ainda contra qualquer retaliação iraniana, considerando que seria uma "escolha incrivelmente má".

"As nossas forças permanecem em alerta máximo e estão totalmente preparadas para responder a qualquer retaliação iraniana (...), o que seria uma escolha incrivelmente má. Defender-nos-emos. A segurança dos nossos militares e civis continua a ser a nossa maior prioridade", afirmou.

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Pequim volta a apelar a cessar-fogo
RTP /

China "condena veementemente" ataques dos EUA ao Irão

O Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros declarou este domingo que Pequim “condena veementemente” os ataques dos Estados Unidos contra as instalações nucleares iranianas, acrescentando que estes “conduzem a uma escalada das tensões no Médio Oriente”.

“A China apela a todas as partes envolvidas no conflito, especialmente a Israel, para que cheguem a um cessar-fogo o mais rapidamente possível”, acrescentou num comunicado.
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Avança o Crescente Vermelho
RTP /

Ataques dos EUA não provocaram vítimas no Irão

Os ataques americanos de domingo a três instalações nucleares no Irão não causaram vítimas, disse o chefe do Crescente Vermelho iraniano, Pir Hossein Kolivand.

“Felizmente, não houve mártires na agressão americana de ontem à noite contra as instalações nucleares do Irão”, afirmou, segundo a televisão estatal.
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Diplomacia deve calar as armas
RTP /

Papa fez esta manhã um novo apelo à paz

Leão XIX disse que continuam a chegar noticias preocupantes do Médio Oriente e a diplomacia deve calar as armas.
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Lusa /

Países árabes condenam ataque dos EUA e pedem urgência na contenção da situação

"O ataque a instalações nucleares no Irão representa uma séria ameaça à segurança e à paz no Médio Oriente e expõe a estabilidade regional a graves riscos", disse o porta-voz do Governo iraquiano, Basem al-Auadi, à agência noticiosa oficial iraquiana INA.

O responsável afirma que "as grandes potências e as organizações internacionais devem evitar novas crises no mundo, e não provocá-las".

"O Iraque sublinha que as soluções militares não podem substituir o diálogo e a diplomacia", acrescentou, apelando para a "calma imediata e à abertura urgente de canais diplomáticos para conter a situação".

A Arábia Saudita também admitiu "preocupação" com o ataque dos Estados Unidos numa declaração partilhada nas redes sociais pelo seu Ministério dos Negócios Estrangeiros, na qual apelou para a "contenção, ao desanuviamento e à prevenção da escalada".

A Arábia Sáudita considera que a comunidade internacional deve redobrar os seus esforços para chegar a uma solução política nestas circunstâncias extremamente delicadas.

O Presidente do Líbano, Joseph Aoun, rejeitou em comunicado um novo conflito na zona e advertiu que o bombardeamento das instalações nucleares iranianas "ameaça a segurança e a estabilidade" na região, apelando para "negociações construtivas" para "evitar mais morte e destruição".

"O Líbano, os seus dirigentes, partidos e povo reconhecem hoje, mais do que nunca, que pagou um preço elevado pelas guerras que eclodiram no seu território e na região. Não está disposto a pagar mais e não há qualquer interesse nacional em fazê-lo, tanto mais que o custo destas guerras excedeu e excederá a sua capacidade de suportar", afirmou, referindo-se à situação no país na sequência do conflito entre o grupo xiita libanês Hezbollah e Israel.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Omã condenou também a "agressão ilegal e exigiu um desanuviamento imediato e completo", recordando que a Carta das Nações Unidas proíbe a violação da soberania nacional dos Estados e o seu direito legítimo de desenvolver os seus programas nucleares pacíficos, que estão sujeitos à supervisão e ao controlo da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA).

"As Convenções de Genebra proíbem ataques a instalações nucleares devido aos riscos de contaminação e radiação", acrescentou.

O Qatar insistiu igualmente na "necessidade de suspender todas as operações militares e de retomar imediatamente as negociações e os canais diplomáticos para resolver as questões pendentes".

"A atual tensão perigosa na região terá repercussões regionais e internacionais desastrosas", advertiu, manifestando "total apoio" aos esforços para resolver a crise.

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) afirmou que "não foi registado" até ao momento "qualquer aumento dos níveis de radiação fora das três instalações nucleares atacadas pelos Estados Unidos em solo iraniano".

O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou no sábado que os Estados Unidos atingiram "com sucesso" três instalações nucleares iranianas, os primeiros bombardeamentos norte-americanos a ocorrerem no meio do conflito entre Israel e o Irão.

"Concluímos com muito sucesso o nosso ataque contra as três instalações nucleares do Irão, incluindo Fordó, Natanz e Isfahan", disse o Donald Trump, na rede social Truth.

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Lusa /

Montenegro preocupado com risco de "grave escalada" pede contenção a todas as partes

Numa publicação na rede social `X`, antigo Twitter, o chefe do executivo português considerou que "o programa nuclear do Irão é uma séria ameaça à segurança mundial, pelo que não pode prosseguir".

"Muito preocupado com o risco de grave escalada no Médio Oriente, apelo à máxima contenção de todas as partes e ao regresso às negociações com vista a encontrar uma solução diplomática", lê-se na publicação, feita em português e inglês.

Os Estados Unidos entraram no sábado na guerra de Israel contra o Irão, bombardeando as três principais instalações envolvidas no programa nuclear iraniano, enquanto o Presidente Donald Trump ameaçou o regime de Teerão com mais ataques se "a paz não chegar rapidamente".

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Lusa /

"É momento de o Irão se comprometer com uma solução diplomática credível", afirma Von der Leyen

Ursula von der Leyen alertou para a nova escalada de tensões no Médio Oriente causada pelo bombardeamento dos Estados Unidos da América às principais instalações nucleares iranianas.

"Chegou o momento de o Irão se comprometer com uma solução diplomática credível. A mesa de negociações é o único lugar para acabar com esta crise", afirmou a presidente da Comissão Europeia numa mensagem nas redes sociais.

Von der Leyen acrescentou que "o Irão nunca deve adquirir a bomba" e que "com as tensões no Médio Oriente num novo ponto alto, a estabilidade deve ser a prioridade".

A responsável reforçou que o "respeito pelo direito internacional é fundamental".

Os Estados Unidos entraram no sábado na guerra de Israel contra o Irão, bombardeando as três principais instalações envolvidas no programa nuclear iraniano, enquanto o Presidente Donald Trump ameaçou o regime de Teerão com mais ataques se "a paz não chegar rapidamente".

Segundo o Pentágono, bombardeamentos estratégicos visaram a fortaleza subterrânea de Fordó, a principal fábrica de enriquecimento de urânio do Irão, num ataque que foi complementado pelo lançamento de até 30 mísseis Tomahawk a partir de submarinos contra duas outras instalações, Natanz e Isfahan.

A Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) declarou que, até ao momento, "não foi registado qualquer aumento dos níveis de radiação" no exterior das três instalações nucleares atacadas.

Tanto o presidente do Conselho Europeu, António Costa, como a alta representante da União Europeia, Kaja Kallas, apelaram para um regresso à mesa das negociações para evitar uma nova escalada do conflito na região.

Israel e o Irão têm trocado ataques diários com mísseis e drones desde a madrugada de sexta-feira, 13 de junho, quando Israel começou a bombardear o país persa.

Desde então, 430 pessoas morreram e cerca de 3.500 ficaram feridas, na sua maioria civis, no Irão, enquanto em Israel se registaram 24 mortes

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Cristina Sambado - RTP /

Irão acusa Estados Unidos de "violação grave da Carta das Nações Unidas"

Erdem Sahin - EPA

"É uma violação ultrajante, grave e sem precedentes, dos princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas e do direito internacional. Não satisfeito com esta atos malévolos, os Estados Unidos optaram também agora por uma operação militar perigosa e agressão contra o povo do Irão", acusou Abbas Araghchi, durante uma conferência de imprensa.

"Ao fazê-lo, a administração dos EUA é a única e total responsável pelas consequências dos seus atos. Incluído o direito da República Islâmica do Irão de se defender segundo os princípios da Carta da ONU", frisou.

O governante disse ainda que os Estados Unidos romperam a margem de negociações, e que embora a porta da diplomacia deva estar sempre aberta, agora já não é o caso.

"A porta para a diplomacia deve estar sempre aberta, mas agora não é o caso. O meu país está sob ataque, sob agressão e temos de responder, segundo o nosso direito legítimo à autodefesa. E faremos isso enquanto for preciso e necessário", frisou o governante.

Segundo o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, "não foi o Irão, mas os EUA que traíram a diplomacia, traíram as negociações, quando ao meio das negociações connosco deram luz verde aos israelitas, talvez mesmo os tenham instruído, para atacarem as instalações nucleares do Irão".

"Penso que provaram que não são homens de diplomacia e que apenas percebem a linguagem da ameaça e da força", acrescentou.
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Para voos de repatriamento
RTP /

Espaço aéreo israelita reabre este domingo durante seis horas

O espaço aéreo será reaberto das 11h00 às 17h00 GMT para os voos de repatriamento, anunciou este domingo a Autoridade dos Aeroportos de Israel, após um breve encerramento na sequência do ataque dos Estados Unidos contra o Irão.

“Espera-se que o aeroporto Ben-Gurion reabra para aterragens (...) no âmbito da Operação Regresso Seguro”, refere um comunicado.

“A programação dos voos está a ser coordenada com as companhias aéreas e a retoma terá lugar de forma ponderada”.

Israel fechou o seu espaço aéreo a 13 de junho, na sequência do seu ataque ao Irão, que desencadeou a atual guerra entre o Estado hebreu e a República Islâmica. Reabriu-o na sexta-feira aos voos de repatriamento de israelitas retidos no estrangeiro.
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Alerta Comité Internacional da Cruz Vermelha
RTP /

Ataques dos EUA ameaçam "guerra com consequências irreversíveis"

A escalada militar no Médio Oriente corre o risco de desencadear uma “guerra com consequências irreversíveis”, afirmou no domingo o presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha, após os ataques dos EUA a várias instalações nucleares iranianas.

“A intensificação e o prolongamento das grandes operações militares no Médio Oriente correm o risco de mergulhar a região - e o mundo - numa guerra com consequências irreversíveis”, afirmou a presidente do CICV, Mirjana Spoljaric, em comunicado.

Mirjana Spoljaric apelou a que os civis e o pessoal médico fossem poupados depois de o exército americano ter atingido três instalações nucleares iranianas, juntando-se à campanha de bombardeamento do seu aliado Israel contra o país.

"O mundo não pode absorver uma guerra sem limites. Respeitar o direito internacional humanitário não é uma escolha - é uma obrigação. Os civis devem ser poupados às hostilidades".

Mirjana Spoljaric acrescentou que o pessoal médico e os socorristas devem ser autorizados a realizar o seu trabalho vital em segurança, incluindo o pessoal do Crescente Vermelho iraniano e do Magen David Adom, os serviços médicos de emergência de Israel.

Mirjana Spoljaric disse ainda que o CICV tinha delegações tanto no Irão como em Israel e que estava a mobilizar equipas e provisões para responder às necessidades crescentes.
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Com apoio dos EUA
RTP /

Houtis acusam Israel de querer o controlo total da região

Os Houtis dizem que os ataques são só o começo. E que resposta é uma questão de tempo. Já que veem a investida norte americana como uma declaração de guerra ao Irão.
Os Houthis acusam Israel de querer o controlo total da região com o apoio de Washington.

Ainda antes dos ataques dos Estados Unidos, os rebeldes do Iémen ameaçaram atacar navios norte-americanos no Mar Vermelho se Washington se juntasse a Israel.
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Entre EUA e Irão
RTP /

Alemanha exorta a "negociações imediatas"

A Alemanha exortou o Irão a retomar as negociações com os Estados Unidos na sequência dos ataques norte-americanos a instalações nucleares, afirmando que estes “prejudicaram uma grande parte do programa iraniano”.

“O chanceler Friedrich Merz reiterou o seu apelo ao Irão para que inicie imediatamente negociações com os Estados Unidos e Israel, a fim de encontrar uma solução diplomática para o conflito”, declarou o porta-voz do Governo alemão, Stefan Kornelius.
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Solidariedade para com os nossos irmãos do Irão
RTP /

Hamas qualifica ataque dos EUA de "perigosa escalada"

A organização islamita Hamas qualificou hoje de “flagrante violação” do direito internacional e de “perigosa escalada” o bombardeamento dos EUA às centrais nucleares iranianas, depois de Washington se ter juntado à ofensiva israelita contra o Irão durante a madrugada.

“Esta agressão brutal constitui uma escalada perigosa, uma obediência cega às agendas da desobediente ocupação sionista, uma violação flagrante do direito internacional e uma ameaça direta à paz e à segurança internacionais”, disse o Hamas numa declaração na sua conta do Telegram.

Para o grupo palestiniano, o envolvimento dos EUA neste novo conflito representa “um exemplo da política de imposição da hegemonia através da força”, bem como uma decisão baseada na “lei da selva”, que descreveu como incompatível com todas as normas e convenções internacionais.

“Afirmamos a nossa solidariedade para com os nossos irmãos da República Islâmica, os seus dirigentes e o seu povo, e a nossa plena confiança na capacidade do Irão para defender a sua soberania”, acrescenta o Hamas.
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António Costa
RTP /

Presidente do Conselho Europeu apela à contenção no Médio Oriente

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, disse este domingo estar profundamente alarmado com a situação no Médio Oriente e apelou à contenção e à diplomacia de todas as partes.

"A diplomacia continua a ser a única forma de trazer paz e segurança à região do Médio Oriente. Demasiados civis serão, mais uma vez, vítimas de uma nova escalada", afirmou na rede social X, acrescentando que a UE continuará a envolver as partes e os parceiros.
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RTP /

Reino Unido foi informado antes do ataque EUA

A Grã-Bretanha não esteve envolvida nos ataques dos EUA ao Irão e não recebeu um pedido para que a sua base de Diego Garcia fosse utilizada, mas foi informada antes do ataque, disse o ministro dos Negócios e Comércio Jonathan Reynolds este domingo.
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Após ataque dos EUA ao Irão
RTP /

Catar alerta para "consequências catastróficas"

O Catar considerou este domingo que as tensões perigosas após os ataques dos EUA às instalações nucleares do Irão levariam a "repercussões catastróficas" tanto a nível regional como internacional, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros numa publicação no X.

O ministério deplorou a "deterioração" do status quo após os ataques dos EUA, acrescenta o comunicado.
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Contra o povo iraniano
RTP /

Houthis falam em "declaração de guerra"

Os rebeldes Houthi apoiados pelo Irão no Iémen disseram este domingo que consideram os ataques dos EUA como “uma declaração de guerra” contra o povo iraniano.

“A agressão imprudente da administração Trump contra três instalações nucleares iranianas é uma declaração de guerra flagrante contra o povo iraniano irmão”, disse o governo Houthi em comunicado, acrescentando que suas forças armadas estavam prontas “para atingir navios americanos e embarcações no Mar Vermelho”.
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Após ataques às centrais nucleares
RTP /

Irão pede à AIEA que tome medidas adequadas contra os EUA

Teerão quer uma investigação dos ataques dos EUA às suas instalações nucleares, afirmou o responsável pelo programa nuclear iraniano, Mohammad Eslami, numa carta ao chefe da Agência Internacional de Energia Atómica, Rafael Grossi, pedindo-lhe que condene a ação dos EUA e tome as medidas adequadas, de acordo com a rede iraniana SNNnews.

Eslami criticou Grossi pela sua "inação e cumplicidade", e acrescentou que o Irão iria tomar as medidas legais adequadas para resolver o assunto.
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Lusa /

MNE iraniano afirma que EUA lançaram "guerra perigosa"

Foto: Umit Bektas - Reuters

"Agora, ao completar a cadeia de violações e crimes cometidos pelo regime sionista, os Estados Unidos lançaram uma guerra perigosa contra o Irão", afirmou o ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano em comunicado.

Os ataques norte-americanos às instalações nucleares iranianas demonstram que os Estados Unidos não se deterão perante "nada" para apoiar Israel na sua guerra contra o Irão, adiantou.

"É agora muito claro para todos que o regime que goza de estatuto de membro permanente do Conselho de Segurança não respeita qualquer princípio ou moralidade e não se coíbe de qualquer ilegalidade ou crime para servir os objetivos de um regime de ocupação genocida", afirmou o ministério, referindo-se aos Estados Unidos e depois a Israel.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou hoje que os Estados Unidos atingiram "com sucesso" três instalações nucleares iranianas, os primeiros bombardeamentos norte-americanos a ocorrer no meio do conflito entre Israel e o Irão.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano classificou os ataques como uma "violação flagrante e sem precedentes dos princípios mais fundamentais da Carta das Nações Unidas e das normas do direito internacional".

Considerou que estes ataques, efetuados em "conluio criminoso" com Israel, "demonstram uma vez mais a profunda depravação e corrupção moral que rege as políticas dos EUA".

O ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou que a República Islâmica do Irão "reserva-se o direito de resistir com toda a força" à agressão dos EUA.

O ministro os Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araqchi, declarou anteriormente que o Irão se reserva "todas as opções" para se defender após o ataque dos EUA às suas instalações nucleares, que, segundo o próprio, "terá consequências duradouras".

"De acordo com a Carta das Nações Unidas e as suas disposições que permitem uma resposta legítima em autodefesa, o Irão reserva-se todas as opções para defender a sua soberania, os seus interesses e o seu povo", afirmou na X Araqchi.

Na sequência dos ataques, a Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) informou num comunicado publicado na X que "até ao momento não foi registado qualquer aumento dos níveis de radiação fora das três instalações nucleares".

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Diplomacia europeia reúne-se amanhã
RTP /

União Europeia apela ao regresso à mesa de negociações

A representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política Externa, Kaja Kallas, apelou este domingo a todas as partes para recuarem e regressarem à mesa de negociações, depois de as forças dos EUA terem atingido três instalações nucleares iranianas.

"O Irão não deve ser autorizado a desenvolver uma arma nuclear", disse Kallas numa publicação na rede social X.

"Apelo a todas as partes para que recuem, regressem à mesa de negociações e evitem uma nova escalada", disse, acrescentando que os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE irão discutir a situação amanhã.
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Após ataques dos EUA contra o Irão
RTP /

Arábia Saudita manifesta "grande preocupação"

A Arábia Saudita manifestou no domingo a sua “grande preocupação” na sequência dos ataques dos Estados Unidos contra as principais instalações nucleares do Irão.

O reino está “a seguir com grande preocupação os desenvolvimentos na República Islâmica do Irão, com o ataque às instalações nucleares iranianas pelos Estados Unidos”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros num comunicado publicado no X.
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Para amanhã
RTP /

AIEA anuncia reunião de emergência

O responsável da Agência Internacional de Energia Atómica, Rafael Grossi, anunciou uma reunião de emergência para segunda-feira após o ataque dos EUA às centrais nucleares iranianas.
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RTP /

Ataque foi comunicado na televisão estatal iraniana

O ataque norte-americano às centrais nucleares ucranianas foi confirmado pela televisão estatal do Irão.
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Lusa /

Exército israelita aciona alarmes em reação a novo ataque de mísseis iranianos

Violeta Santos Moura - Reuters

Os alarmes foram acionados poucas horas depois de os Estados Unidos se terem juntado à ofensiva de Israel contra o Irão, bombardeando as três principais instalações do programa nuclear iraniano.

Às 7:42 locais (4:42) as sirenes soaram em Jerusalém, onde foram observadas interceções de mísseis no céu e se ouviram explosões durante minutos.

"Atualmente, a Força Aérea de Israel (IAF) está a operar para intercetar e atacar onde for necessário para eliminar a ameaça", confirmou o exército israelita em comunicado.

O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Abbas Araqchi, afirmou esta madrugada que o Irão se reserva "todas as opções" para se defender, após o ataque dos Estados Unidos às instalações nucleares de Fordo, Isfahan e Natanz, que, segundo ele, "terá consequências duradouras".

"De acordo com a Carta das Nações Unidas e as suas disposições, que permitem uma resposta legítima em legítima defesa, o Irão reserva-se todas as opções para defender a sua soberania, os seus interesses e o seu povo", afirmou Araqchi na rede social X.

O Irão disparou esta manhã 30 mísseis contra Israel, segundo a televisão estatal iraniana. "De acordo com fontes, foram disparados 30 mísseis" do Irão contra Israel, o seu inimigo declarado, disse um apresentador da televisão iraniana.

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Lusa /

AEIA não registou até agora "aumento de radiação" nuclear após ataque dos EUA

O organismo de vigilância nuclear da ONU sedeado em Viena enviou hoje a mensagem através da rede social X.

"A AIEA pode confirmar que, até agora, não se registou qualquer aumento dos níveis de radiação fora das instalações", afirmou. A AIEA fornecerá mais avaliações sobre a situação no Irão à medida que mais informações estiverem disponíveis".

As autoridades iranianas responsáveis pela segurança nuclear também anunciaram que não detetaram "qualquer sinal de contaminação" junto às três instalações nucleares visadas pelos ataques aéreos norte-americanos.

"Não foi detetado qualquer sinal de contaminação (...), pelo que não existe qualquer perigo para as pessoas que vivem nas imediações das instalações" de Fordo, Natanz e Isfahan, declarou o Centro Nacional do Sistema de Segurança Nuclear, que faz parte da Organização da Energia Atómica do Irão.

A Comissão Saudita de Regulamentação Nuclear e Radiológica, anunciou igualmente que não foi detetado qualquer efeito radioativo na Arábia Saudita ou nos outros Estados do Golfo na sequência do ataque dos Estados Unidos. "Não foi detetado qualquer efeito radioativo no ambiente do Reino e dos Estados do Golfo", escreveu a comissão na rede social X.

Uma das instalações nucleares atacada pelos Estados Unidos, Fordo, com a capacidade de enriquecimento de urânio a 60%, segundo os especialistas, fica localizada a cerca 100 quilómetros a sul de Teerão.

As eventuais repercussões junto de uma população de 14 milhões de pessoas, que vivem na área metropolitana da capital iraniana, podem ser devastadoras.

Há menos de uma semana, no passado dia 16, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, instou os habitantes de Teerão a abandonarem a cidade "de imediato".

Os Estados Unidos bombardearam esta madrugada três instalações nucleares do Irão, entrando diretamente na guerra iniciada por Israel há nove noites.

Donald Trump declarou hoje num breve discurso à nação que as principais instalações nucleares do Irão foram "completa e totalmente destruídas" por ataques levados a cabo pela força área dos Estados Unidos.

O Presidente norte-americano advertiu ainda Teerão contra eventuais retaliações contra os Estados Unidos, sublinhando que o Irão tem de escolher entre "paz ou tragédia".

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Lusa /

Guterres manifesta-se "gravemente alarmado" com ataque dos EUA

Foto: Brendan McDermid - Reuters

"Esta perigosa escalada numa região já em crise é uma ameaça direta à paz e à segurança internacionais", afirmou António Guterres numa declaração urgente emitida no mesmo momento em que Donald Trump justificava num discurso à nação a necessidade do ataque escassas horas antes a três instalações nucleares iranianas.

"Nesta hora perigosa, é fundamental evitar uma espiral de caos", sublinhou Guterres, que recordou que "há um risco crescente de que este conflito se descontrole rapidamente, com consequências catastróficas para os civis, a região (do Médio Oriente) e o mundo".

 

Uma das instalações nucleares atacada, Fordo, com a capacidade de enriquecimento de urânio a 60%, segundo os especialistas, fica localizada a cerca 100 quilómetros a sul de Teerão.

Não há ainda informações do resultado dos ataques, assim como das eventuais repercussões junto de uma população de 14 milhões de pessoas, que vivem na área metropolitana da capital iraniana.

Há menos de uma semana, no passado dia 16, o Presidente dos Estados Unidos aconselhou os habitantes de Teerão a abandonarem a cidade "de imediato".

Guterres apelou a todos os Estados membros da ONU para que trabalhem no sentido de uma desescalada e "respeitem as suas obrigações ao abrigo da carta fundadora da ONU e das outras regras do direito internacional", sem dar mais pormenores.

Fontes da presidência do Conselho de Segurança, de acordo com a agência Efe, disseram que houve movimentações diplomáticas no sábado à noite para forçar uma reunião urgente do Conselho já hoje, ainda que seja impossível o Conselho votar uma reunião ou mesmo concordar com uma declaração conjunta, dado o direito de veto que os Estados Unidos têm em qualquer votação no órgão.

Donald Trump advertiu o Irão num discurso à nação no sábado que "se a paz não chegar em breve", depois do ataque às instalações do principal programa nuclear iraniano, as forças norte-americanas irão " atrás de outros alvos, com precisão, velocidade e habilidade".

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Lusa /

Teerão diz não haver "qualquer sinal de contaminação" nuclear após bombardeamentos

Maxar Technologies/Handout via Reuters

"Não foi detetado qualquer sinal de contaminação (...), pelo que não existe qualquer perigo para as pessoas que vivem nas imediações das instalações" de Fordo, Natanz e Isfahan, declarou o Centro Nacional do Sistema de Segurança Nuclear, que faz parte da Organização da Energia Atómica do Irão.

A Comissão Saudita de Regulamentação Nuclear e Radiológica, anunciou igualmente que não foi detetado qualquer efeito radioativo na Arábia Saudita ou nos outros Estados do Golfo na sequência do ataque dos Estados Unidos. "Não foi detetado qualquer efeito radioativo no ambiente do Reino e dos Estados do Golfo", escreveu a comissão na rede social X.

Uma das instalações nucleares atacada pelos Estados Unidos, Fordo, com a capacidade de enriquecimento de urânio a 60%, segundo os especialistas, fica localizada a cerca 100 quilómetros a sul de Teerão.

As eventuais repercussões junto de uma população de 14 milhões de pessoas, que vivem na área metropolitana da capital iraniana, podem ser devastadoras.

Há menos de uma semana, no passado dia 16, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, instou os habitantes de Teerão a abandonarem a cidade "de imediato".

Os Estados Unidos bombardearam esta madrugada três instalações nucleares do Irão, entrando diretamente na guerra iniciada por Israel há nove noites.

Donald Trump declarou hoje num breve discurso à nação que as principais instalações nucleares do Irão foram "completa e totalmente destruídas" por ataques levados a cabo pela força área dos Estados Unidos.

O Presidente norte-americano advertiu ainda Teerão contra eventuais retaliações contra os Estados Unidos, sublinhando que o Irão tem de escolher entre "paz ou tragédia".

 

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Lusa /

Congressistas dos EUA acusam Trump de ter violado a Constituição

"Isto não é constitucional", escreveu nas redes sociais o congressista republicano Thomas Massie, citando a mensagem em que Trump anunciou o ataque.

O democrata Jim Himes lembrou que congressistas como ele devem ter uma palavra a dizer sobre estes assuntos "antes de as bombas caírem", algo que a sua colega de partido Alexandria Ocasio-Cortez reiterou, dizendo que "a decisão desastrosa do Presidente de bombardear o Irão sem autorização é uma violação grosseira da Constituição e dos poderes de guerra do Congresso".

Sean Casten, também representante do Partido Democrata, disse que independentemente "dos méritos do programa nuclear do Irão", nem Trump nem qualquer outro presidente dos Estados Unidos tem autoridade "para bombardear outro país que não representa uma ameaça iminente para os Estados Unidos".

"Isto constitui um crime inequívoco que justifica a destituição", defendeu Casten.

De acordo com a Constituição norte-americana, apenas o Congresso tem o poder de declarar guerra a um país. O ataque às instalações iranianas é um ato de guerra contra o Irão, que foi diretamente atacado por Israel há uma semana, com os dois países a trocarem ataques desde então.

Desde que há uma semana Trump deu a entender que os Estados Unidos poderiam vir a entrar no conflito ao lado de Israel contra o Irão, os republicanos têm-se manifestado divididos sobre se as forças norte-americanas devem intervir e arriscar-se a ser arrastadas para outro conflito no Médio Oriente, algo que o Presidente não excluiu.

Donald Trump confirmou este sábado que as forças armadas dos Estados Unidos atacaram três centros nucleares no Irão, incluindo Fordo, juntando-se diretamente ao esforço de Israel para decapitar o programa nuclear do país.

"Concluímos o nosso bem-sucedido ataque às três instalações nucleares no Irão, incluindo Fordo, Natanz e Esfahan", disse Trump numa publicação nas redes sociais e depois confirmada numa breve declaração à nação na Casa Branca.

O Irão prometeu na semana passada retaliar contra qualquer ataque norte-americano, caso o país se juntasse aos ataques israelitas e hoje reiterou a ameaça pelo chefe da diplomacia, Abbas Araqchi, que afirmou esta madrugada que Teerão se reserva "todas as opções" para se defender e que o ataque dos Estados Unidos "terá consequências duradouras".

A decisão de Trump de envolver diretamente os Estados Unidos na guerra surge ao nono dia de ataques de Israel ao Irão, que tentaram erradicar sistematicamente as defesas aéreas e as capacidades de mísseis ofensivos do país.

As autoridades norte-americanas e israelitas haviam já considerado publicamente que os bombardeiros "stealth" norte-americanos B-2, com a capacidade de transportarem bombas anti-bunker com mais de 13 toneladas, ofereciam a melhor hipótese de destruir locais no subsolo fortemente fortificados, ligados ao programa nuclear iraniano, como é o caso de Fordo, uma das centrais nucleares atingidas.

Trump chegou à Casa Branca com a promessa de manter a América fora de conflitos estrangeiros dispendiosos e zombou do valor do intervencionismo americano protagonizados pelos dois presidentes democratas anteriores, Barack Obama e Joe Biden.

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Lusa /

Trump anuncia discurso à nação após envolvimento direto dos EUA na guerra

"Farei um discurso à nação às 22:00 na Casa Branca sobre a nossa operação militar muito bem-sucedida no Irão", anunciou o Presidente na sua rede social Truth Social, pouco depois de ter anunciado o ataque com "uma carga completa de bombas" às instalações nucleares de Fordo, Natanz e Isfahan.

Trump classificou o ataque, que a sua Administração manteve em segredo durante os últimos dias, como um "momento histórico para os Estados Unidos da América, Israel e o mundo. O Irão deve agora concordar em acabar com esta guerra".

O Presidente norte-americano anunciou o ataque duas horas depois de ter chegado à Casa Branca, no sábado à tarde, vindo do seu campo de golfe em Nova Jersey.

De acordo com fontes do Pentágono, o bombardeamento foi efetuado em Fordo, o coração do processo de enriquecimento de urânio do Irão, sob uma montanha blindada, com bombardeiros B-2, que podem transportar e lançar bombas anti-bunker GBU-57, que pesam mais de 13 toneladas.

O Irão prometeu retaliar contra qualquer ataque norte-americano, caso o país se juntasse aos ataques israelitas.

A decisão de envolver diretamente os Estados Unidos surge ao nono dia de ataques de Israel ao Irão, que tentaram erradicar sistematicamente as defesas aéreas e as capacidades de mísseis ofensivos do país, ao mesmo tempo que danificaram várias instalações de enriquecimento nuclear.

Trump chegou à Casa Branca com a promessa de manter a América fora de conflitos estrangeiros dispendiosos e zombou do valor do intervencionismo americano protagonizado pelos dois presidentes democratas anteriores, Barack Obama e Joe Biden.

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Estados Unidos terão usado 30 toneladas de explosivos no ataque

A informação está a ser avançada pelo jornal norte-americano The New York Times.

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Anúncio de Trump. Estados Unidos fizeram ataque a três instalações nucleares iranianas

Foto: The White House/Handout via Reuters

Fordow é o complexo nuclear situado numa montanha, a oitenta metros de profundidade, considerado de difícil alcance por ataques militares.

Numa mensagem que publicou na rede social Truth Social, Trump diz que não descarta também um possível ataque dos Estados Unidos ao Irão. São revelações no dia em que bombardeiros norte-americanos B-2 saíram de território americano para parte incerta.

"Concluímos o nosso bem-sucedido ataque às três instalações nucleares no Irão, incluindo Fordo, Natanz e Esfahan. Todos os aviões estão agora fora do espaço aéreo do Irão. Uma carga completa de BOMBAS foi lançada no sítio principal, Fordo. Todos os aviões estão a caminho de casa em segurança", escreve Trump numa publicação nas redes sociais.

O Irão já tinha prometido retaliar contra qualquer ataque norte-americano.

O ataque dos EUA surge ao nono dia de ataques de Israel ao Irão, que tentaram erradicar sistematicamente as defesas aéreas e as capacidades de mísseis ofensivos do país, ao mesmo tempo que danificaram várias instalações de enriquecimento nuclear.

As autoridades norte-americanas e israelitas afirmaram que os bombardeiros "stealth" norte-americanos B-2 e uma bomba com mais de 10 toneladas, que só aqueles aparelhos conseguem transportar, ofereciam a melhor hipótese de destruir locais fortemente fortificados ligados ao programa nuclear iraniano, enterrados no subsolo, como é o caso da central nuclear de Fordow, a menos de 100 quilómetros a sul de Teerão, que se acredita proceder a enriquecimento de urânio acima dos 60%.

Trump chegou à Casa Branca com a promessa de manter a América fora de conflitos estrangeiros dispendiosos e zombou do valor do intervencionismo americano protagonizados pelos dois presidentes democratas anteriores, Barack Obama e Joe Biden.

c/ Lusa
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