Guerra no Médio Oriente. A evolução do conflito entre Israel e o Hamas ao minuto

por Inês Geraldo, Cristina Sambado, Ana Sofia Rodrigues - RTP

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.


Via Reuters

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Cruz Vermelha confirma libertação de 11 palestinianos

O Comité Internacional da Cruz Vermelha anunciou esta terça-feira que completou a libertação de 11 prisioneiros palestinianos a partir de centros de detenção israelitas. Os palestinianos libertados foram reencaminhados para Ramallah.

Este número diz respeito apenas ao número de prisioneiros que a Cruz Vermelha ficou responsável por levar para Gaza.
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RTP acompanha no terreno a guerra do Médio Oriente

Os enviados especiais Paulo Jerónimo e José Pinto Dias estão a acompanhar as operações de libertação de reféns israelitas e prisioneiros palestinianos.
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Hamas diz que 160 corpos foram encontrados nos escombros de Gaza nas últimas 24 horas

Cerca de 160 corpos de palestinianos foram encontrados, nas últimas 24 horas, sob escombros de Gaza, onde 6.500 pessoas continuam desaparecidas, segundo o Gabinete de Comunicação do Governo de Gaza, controlado pelo Hamas.

"As equipas da Defesa Civil continuam a retirar dezenas de mortos entre os escombros e das ruas e estradas, com recurso a métodos manuais e primitivos, e nas últimas horas foram retirados 160 mortos", lê-se num comunicado do Gabinete de Comunicação do Governo de Gaza, citado pela agência EFE, divulgado ao quinto dia de tréguas entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.

Por outro lado, "quase 6.500 pessoas continuam desaparecidas debaixo das ruínas, ou desconhece-se o seu destino, entre as quais mais de 4.700 mulheres e crianças", número aos quais se somam os mais de 15 mil palestinianos mortos nos bombardeamentos israelitas confirmados até agora.

Após a entrada em vigor, na sexta-feira passada, do acordo entre Israel e o Hamas, que incluiu inicialmente uma trégua de quatro dias e a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, Gaza vai avaliando a devastação causada desde o início do conflito, em 07 de outubro.

Os ataques israelitas causaram danos em cerca de 300 mil casas, das quais "50 mil ficaram completamente destruídas e 250 mil parcialmente".

Segundo o Hamas, é necessário "encontrar soluções humanitárias rápidas que sirvam para albergar mais de um quarto de milhão de famílias" que ficaram sem casa.

O Governo de Gaza alertou também para a "catástrofe humanitária" atual, à qual se junta "a chegada do inverno e das chuvas", bem como os cortes de eletricidades gerados pela escassez de combustível.

Israel declarou guerra ao Hamas em 07 de outubro, após um ataque daquele grupo islamita em território israelita, que inclui o lançamento de mais de quatro mil mísseis e a entrada de cerca de três mil milicianos, que mataram perto de 1.200 pessoas e sequestraram 240 em comunidades israelitas perto da Faixa de Gaza.

A trégua atual, conseguida com mediação do Catar e dos Estados Unidos, vigora até quarta-feira, embora decorram negociações para uma prorrogação do prazo.

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Lisboa aguarda libertação de seis portugueses reféns do Hamas

Foto: Rodrigo Antunes - Lusa

O ministro dos Negócios Estrangeiros revelou que este grupo de reféns portugueses não cumpre contudo os critérios que os torna prioritários para a libertação imediata.

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Uma alemã entre os reféns libertados

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha anunciou que no grupo de dez reféns libertados está um cidadão com nacionalidade estrangeira. "Semanas de angústia chegaram finalmente ao fim para muitas famílias: hoje 12 reféns foram libertados, entre eles, uma mulher alemã", escreveu a ministra na rede social X.
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Catar acredita no prolongar do cessar-fogo entre Israel e Hamas

Foto: Mohammed Salem - Reuters

O Catar acredita que o cessar-fogo entre Israel e Hamas poderá voltar a ser prolongado. No quinto dia de tréguas, o Hamas libertou mais 12 reféns - dez israelitas e dois estrangeiros. Israel libertou 30 prisioneiros palestinianos.

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por Lusa

Libertados 30 presos palestinianos no quinto dia de cessar-fogo

Israel libertou hoje 30 prisioneiros palestinianos, no quinto dia do cessar-fogo temporário com o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

Ao início do dia, o Hamas libertou 12 reféns que mantinha em cativeiro desde 07 de outubro.

A libertação de palestinianos encarcerados em prisões israelitas faz parte do acordo de um cessar-fogo em curso entre as partes beligerantes e ocorreu numa altura em que os mediadores estão reunidos no Qatar para tentar prolongar o cessar-fogo para além de quinta-feira.

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por Lusa

Sanções da UE a Telavive por ofensiva em Gaza "improváveis" - Bruxelas

A adoção de sanções pela União Europeia a Israel, devido a violações humanitárias na ofensiva em Gaza é "improvável" e implicaria uma decisão unânime dos Estados-membros, esclareceu hoje Bruxelas.

"Para haver sanções os Estados-membros precisam, com unanimidade, de concordar", esclareceu o `lead spokesperson` do alto representante e vice-presidente da Comissão Europeia, Peter Stano, que falava aos jornalistas, em Bruxelas.

Tendo em conta a ligação histórica de alguns Estados a Israel, não é provável que tal venha a acontecer, notou a Comissão Europeia, ressalvando que, de momento, este assunto não está a ser discutido.

Este responsável vincou ainda que a União Europeia reconhece o direito de Israel defender-se, tendo em conta que o país foi atacado.

Contudo, essa resposta deve respeitar o direito internacional.

Alguns países-membros, mais recentemente a Espanha e a Bélgica, têm criticado a destruição de Gaza e o número elevado de vítimas mortais causados pelas forças israelitas.

Na passada quinta-feira, e no decurso de um encontro em Jerusalém com o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, o chefe do recém-empossado Governo de Espanha aproveitou para confirmar a sua posição na União Europeia (UE), ao criticar com veemência os bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza.

"O mundo inteiro está chocado com as imagens que vemos diariamente. O número de palestinianos mortos é totalmente insuportável", disse Sánchez durante a reunião na qual também participou o primeiro-ministro belga Alexander De Croo.

Sánchez não hesitou em mencionar a "urgente" necessidade de "terminar com a catástrofe humanitária em curso", ao contrário de outros dirigentes europeus que se têm solidarizado com o líder israelita -- na sequência da primeira visita a Israel das presidentes da Comissão Europeia Ursula Von de Leyen e da presidente do Parlamento Europeu Roberta Metsola alguns dias após os ataques do Hamas e o início da guerra em Gaza.

Em 07 de outubro, o Hamas -- classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, fazendo mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.

Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre e desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.

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Cruz Vermelha anunciou a chegada de doze pessoas ao Egito

Através das redes sociais, o Comité Internacional da Cruz Vermelha anunciou que doze pessoas (dez reféns e dois estrangeiros) foram levadas em segurança para o Egito.
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Três militares levados para a Faixa de Gaza estão mortos - Exército

O Exército israelita anunciou hoje que três dos seus soldados levados para a Faixa de Gaza pelo Hamas morreram em 07 de outubro, dia do ataque do grupo islamita contra Israel e do início do novo conflito na região.

Os militares mortos foram identificados como Shaked Dahan, 19 anos, Tomer Yaakov Achims, 20, e Kiril Borsky, 19.

Os três jovens morreram durante o ataque do Hamas e os seus corpos foram levados para a Faixa de Gaza.

Durante o ataque do grupo islamita palestiniano, mais de 240 pessoas foram capturadas em Israel e levadas para a Faixa de Gaza, onde ainda permanecem cerca de 170 reféns após a libertação, nos últimos quatro dias, de 51 israelitas e 18 estrangeiros sequestrados, como parte do acordo entre Telavive e o Hamas que levou à cessação temporária dos combates no território.

Em troca, Israel libertou 150 prisioneiros palestinianos, todos eles mulheres e crianças.

Os três soldados mortos aparecem como "sequestrados por uma organização terrorista" numa lista de soldados mortos desde 07 de outubro, atualizada hoje pelo Exército, que regista um total de 395 mortes entre tropas israelitas.

Entre estes, pelo menos 70 morreram durante a ofensiva terrestre na Faixa de Gaza que o Exército israelita lançou em 27 de outubro.

O anúncio da morte dos três militares surge no quinto dia de uma trégua entre o Exército israelita e o Hamas, que entrou em vigor na manhã de sexta-feira e que deverá durar até quinta-feira, embora haja negociações para uma possível prorrogação adicional.

Israel declarou guerra ao Hamas em 07 de outubro, na sequência de um ataque do grupo islâmico, considerado terrorista por União Europeia e Estados Unidos, que incluiu o lançamento de mais de 4.000 foguetes e a infiltração de perto de 3.000 militantes, que mataram cerca de 1.200 pessoas e raptaram mais de 240 em comunidades israelitas próximas da Faixa de Gaza.

Desde então, as forças aéreas, navais e terrestres de Israel contra-atacaram no enclave palestino, onde mais de 15 mil pessoas já morreram, segundo as autoridades da Faixa de Gaza, controlada desde 2007 pelo Hamas, a maioria delas crianças e mulheres, e estima-se que mais de sete mil pessoas estejam desaparecidas sob os escombros.

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Dez reféns e mais dois estrangeiros libertados

O exército de Israel anunciou que a Cruz Vermelha recebeu dez reféns israelitas, mais dois estrangeiros.
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Dois adolescentes palestinianos mortos na Cisjordânia

A AFP noticiou que o exército israelita matou dois adolescentes palestinianos na Cisjordânia. Um tinha 14 anos e outro 17. As mortes aconteceram depois de confrontos com o exército israelita.
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Hamas começa a libertar reféns à Cruz Vermelha

Uma autoridade palestiniana familiar com o acordo de cessar-fogo revelou à Reuters que o Hamas já começou a libertar reféns para Israel para o Comité Internacional da Cruz Vermelha. Espera-se que cerca de 30 palestinianos sejam libertados.
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Estados Unidos vão enviar ajuda humanitária através de aviões

Os Estados Unidos anunciaram que vão enviar três aviões militares com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. O anúncio foi feito por funcionários da Casa Branca que explicaram que o primeiro avião chega esta terça-feira e que os dois seguintes chegarão ao destino nos próximos dias. 

Para além de alimentação, os aviões vão transportar ajuda médica e equipamento de inverno. As Nações Unidas irão fazer a distribuição.
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Hamas convida Elon Musk a visitar Gaza

O grupo palestiniano disse esta terça-feira que Elon Musk (que na segunda visitou Israel) está convidado a visitar Gaza para ver a destruição resultante dos bombardeamentos israelitas.

"Convidamos Elon Musk a visitar Gaza para ver a extensão dos massacres e a destruição cometida contra o povo de Gaza", disse um porta-voz do Hamas numa conferência de imprensa dada em Beirute.
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Rei da Jordânia critica Israel

O rei Abdullah II criticou esta terça-feira a ação militar israelita em Gaza e alguma das operações levadas a cabo na Cisjordânia, afirmando que as mesmas "negam os valores humanos e o direito à vida". Abdullah II pediu o fim do conflito e declarou que a ação israelita nas últimas semanas constitui "crimes de guerra". 

"Estes são crimes de guerra, não podemos permanecer em silêncio".
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por Lusa

Hamas e israelitas acusam-se de violação da trégua em Gaza após incidente

O exército de Israel e o grupo islamita Hamas acusaram-se mutuamente hoje de violação da trégua em vigor na Faixa de Gaza, após um incidente no norte do enclave em que vários soldados israelitas ficaram feridos.

"Durante a última hora, três dispositivos explosivos foram detonados ao lado de tropas das Forças de Defesa de Israel (FDI) em dois locais diferentes no norte da Faixa de Gaza, violando o quadro da pausa operacional. Num dos locais, os terroristas também abriram fogo contra as tropas, que responderam com fogo. Vários soldados ficaram levemente feridos nos incidentes", informou o porta-voz militar israelita.

Por seu lado, as Brigadas Al-Qasam, o braço armado do Hamas, denunciaram "uma clara violação da trégua" por parte de Israel durante um episódio de "atrito no terreno", embora tenham esclarecido que estão "comprometidos com a trégua enquanto o inimigo permanecer empenhado".

"Apelamos aos mediadores para que pressionem os ocupantes [Israel] a aderir a todos os termos da trégua, tanto no solo como no ar", disse o porta-voz da Brigada, Abu Obeida, que reconheceu, no entanto, que os combatentes do grupo "responderam hoje à violação" do acordo pelas tropas israelitas.

Estes episódios ocorrem no quinto dia de um cessar-fogo temporário entre Israel e o Hamas, depois de mais de um mês e meio de combates.

O acordo - mediado pelo Qatar, Egito e Estados Unidos e que inclui a troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos e a entrada de ajuda humanitária em Gaza - entrou em vigor na manhã de sexta-feira e estava previsto para durar quatro dias.

Na segunda-feira, pouco antes de expirar, o Qatar anunciou uma prorrogação de dois dias, durante os quais os três elementos do pacto serão mantidos.

Hoje, está prevista a continuação da libertação de reféns cativos em Gaza e da libertação de prisioneiros palestinianos das prisões israelitas, algo que já ocorreu durante os últimos quatro dias, em que foram libertados 69 reféns israelitas e estrangeiros e 150 prisioneiros palestinianos.

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Israel deve ser julgado em tribunal

Erdogan disse esta terça-feira a António Guterres que Israel tem de ser responsabilizado pelos tribunais internacionais pelos crimes de guerra que está a cometer em Gaza.

 A informação foi avançada por um porta-voz da presidência turca que explicou que Erdogan falou com o secretário-geral das Nações Unidas via telefone e que afirmou que "Israel continua de forma desavergonhada a atropelar a lei internacional, lei da guerra e lei internacional humanitária".

Os ataques israelitas, que começaram após os ataques do Hamas em solo israelita a 7 de outubro, já fizeram mais de 15 mil mortes no enclave de Gaza, de acordo com as autoridades de saúde locais.
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por Lusa

Blinken defende extensão da trégua tanto quanto possível

O secretário de Estado norte-americano defendeu hoje a continuidade da trégua entre o movimento islamita Hamas e Israel, prolongada por mais dois dias, para fazer regressar o maior número possível de reféns.

"Estou satisfeito por ver que os reféns estão a voltar [...], queremos que [a trégua] continue durante o maior tempo possível para retirar o maior número de pessoas [sequestradas] possível", sustentou Blinken, à entrada para uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança Atlântica, no quartel-general da organização, em Bruxelas.

O diplomata dos Estados Unidos disse que está hoje em Bruxelas para discutir o agravamento das tensões no Médio Oriente, desencadeado pelo conflito entre o Hamas e Israel: "A NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] está a desenvolver ações importantíssimas para fazer face a todos os desafios com que nos deparámos, e vamos enfrentá-los juntos".

Em simultâneo, e numa altura em que é questionada a continuação do apoio dos Estados Unidos da América (EUA) à Ucrânia, pelo arrastamento do conflito e pela influência que terá nos cofres da Reserva Federal, Antony Blinken quis apaziguar, pelo menos, os ânimos diplomáticos, garantindo que o país e todos os aliados continuam ao lado de Kiev: "É ainda mais importante que continuemos a apoiar a Ucrânia".

O secretário de Estado dos EUA acrescentou que a reunião de hoje e quarta-feira também vai ser o `pontapé de saída` para a organização da próxima cimeira da NATO, o 75.º aniversário, no próximo ano, em Washington.

Nesse sentido, Blinken disse que a cimeira vai ser um ponto de partida para uma visão estratégica reforçada da NATO em todos os flancos, não só o leste, não apenas o Médio Oriente, mas também o Indo-Pacífico e o sul, nomeadamente África, onde, por exemplo, a presença de grupos paramilitares como a russa Wagner ou organizações extremistas, operam e estão a ganhar tração há anos.

À chegada à mesma reunião, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, também referiu que a reunião serviria para começar a preparar a cimeira do próximo ano e destacou a atenção que vai ser dada ao flanco sul, uma preocupação particular de Portugal, vertida nas conclusões da cimeira deste ano, em julho.

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Reféns libertados recordam cativeiro às mãos do Hamas

Reféns israelitas libertados pelo Hamas começaram a relatar o que sofreram durante o cativeiro às mãos do movimento islamita, em condições difíceis que se agravaram ao longo de quase dois meses.

Numa das primeiras entrevistas com uma refém libertada, Ruti Munder, de 78 anos, disse na segunda-feira à televisão israelita Channel 13 que passou todo o tempo com a filha, Keren, e o neto, Ohad Munder-Zichri, que celebrou o seu nono aniversário em cativeiro.

A família foi sequestrada em 07 de outubro da sua casa em Nir Oz, um kibutz no sul de Israel, tendo sido colocada num veículo e levada para Gaza juntamente com o seu marido, Avraham, de 78 anos, que ainda não foi libertado.

Enquanto estava em cativeiro, Munder soube pela rádio de um militante do Hamas que o seu filho tinha sido morto no ataque, segundo uma reportagem do Channel 13. Mesmo assim, manteve a esperança de que seria libertada.

Duas estações de televisão israelitas noticiaram que o líder máximo do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, visitou os reféns num túnel e assegurou-lhes que não seriam feridos.

Inicialmente, os reféns comeram "frango com arroz, todo o tipo de comida enlatada e queijo", revelou, mas cedo começaram a faltar produtos básicos

Confirmando os relatos de familiares de outros prisioneiros libertados, Munder revelou que dormiram em cadeiras de plástico, ela cobria-se com um lençol, mas nem todos os prisioneiros tinham um e alguns rapazes dormiam no chão.

A atmosfera no quarto onde esteve presa era "sufocante" até que conseguiu abrir uma janela.

Munder, libertada na sexta-feira, regressou em boas condições físicas, tal como a maioria dos prisioneiros libertados, que se têm mantido afastados do público desde o seu regresso.
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Movimento olímpico diz ter aplicado há anos solução de dois Estados

O Comité Olímpico Internacional (COI) tem a “vantagem de ter aplicado há muito tempo a solução de dois Estados” no conflito israelo-palestiniano, que lhe permite ter contacto com ambas as partes, afirmou hoje o presidente do organismo, Thomas Bach.

“No que diz respeito a Israel e à Palestina temos uma vantagem nesta situação porque temos, no movimento olímpico, o que se chama a solução de dois Estados”, disse Bach, durante uma cimeira que reuniu, em Paris, cidades que acolheram edições dos Jogos Olímpicos.

O líder do COI explicou que os dois “comités olímpicos nacionais [de Israel e da Palestina] coexistem pacificamente há décadas”.

c/Lusa
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Exército israelita afirma que as tréguas foram "violadas" no norte de Gaza

O exército israelita afirmou que três engenhos explosivos foram detonados esta terça-feira perto de soldados em dois incidentes separados no norte da Faixa de Gaza - em violação das regras do cessar-fogo - e que vários soldados ficaram ligeiramente feridos.
De acordo com o exército, num dos incidentes foi disparado um tiro contra um soldado das IDF e houve uma troca de tiros. Em ambos os casos, as forças do exército mantiveram-se dentro das linhas de cessar-fogo acordadas.
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Ainda há seis reféns com nacionalidade portuguesa nas mãos do Hamas

O ministro dos Negócios Estrangeiros revelou que ainda há seis reféns de nacionalidade portuguesa na Faixa de Gaza. O anúncio foi feito por João Gomes Cravinho em Bruxelas durante uma reunião da NATO.

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Trégua entre Israel e Hamas foi prolongada por dois dias

Muitos palestinianos estão a aproveitar a pausa nos ataques para regressar a casa. Mas, apesar das centenas de camiões de ajuda humanitária que estão a entrar no território, há ainda várias carências.

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Guerra no Médio Oriente. Libertados filhos de cidadão português

Foto: Ala militar do Hamas/Handout via Reuters

Foram libertados ontem mais 11 reféns israelitas, entre eles, dois filhos de um cidadão português de 53 anos, também refém. Em troca, 33 palestinianos saíram das prisões de Israel, já passava da meia-noite.
A maioria são mulheres e menores.

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RTP em Telavive. Mais dez reféns devem ser libertados esta terça-feira

Israel tem já preparadas equipas médicas para receber os 10 israelitas que vão ser libertados pelo Hamas. Os 33 prisioneiros palestinianos que vão ser libertados também estão prontos para regressar a casa.

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por RTP

Israel e Hamas reúnem-se com primeiro-ministro do Catar

Os diretores da Mossad de Israel e da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos vão reunir-se com o primeiro-ministro do Catar em Doha para "aproveitar o progresso" da extensão de 48 horas da trégua anunciada entre Israel e o grupo militante palestiniano Hamas, disse uma fonte à Reuters.
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Revelou fonte próxima do Hamas
por RTP

Dez reféns israelitas e 30 prisioneiros palestinianos vão ser libertados esta terça-feira

Dez reféns israelitas deverão ser libertados esta terça-feira em troca de 30 prisioneiros palestinianos, no âmbito do acordo de tréguas entre Israel e o Hamas, disse à AFP uma fonte próxima do movimento islamita palestiniano.

"Houve uma troca de listas de nomes (...) para o quinto dia da trégua, sem objeções", esclareceu.

"Os trabalhadores estrangeiros detidos em Gaza também serão libertados”.
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"Direitos das crianças continuam a ser violados de forma flagrante"
por RTP

Save the Children reitera o apelo ao cessar-fogo completo

A organização Save the Children afirma que o fracasso da comunidade internacional em chegar a acordo sobre um cessar-fogo está a "custar milhares de vidas".

Com a reunião do Conselho de Segurança da ONU na quarta-feira e o fim da trégua prolongada na manhã seguinte, a instituição de caridade afirmou em comunicado que, sem um cessar-fogo completo, "as crianças de Gaza são deixadas para viver um pesadelo mais uma vez".

"Quantas vidas terão de ser perdidas - de crianças, de civis, de pessoal humanitário - antes que a comunidade internacional se imponha e cumpra as suas obrigações legais, diplomáticas e morais para manter os civis a salvo das garras do conflito?", afirmou Jason Lee, diretor nacional da Save the Children nos territórios palestinianos ocupados.

"A comunidade internacional tem de parar de ficar parada enquanto os direitos das crianças continuam a ser violados de forma flagrante. O custo da inação é a destruição da vida das crianças e o roubo do seu futuro", acrescentou Lee.
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Unidade de diálise do hospital de al-Shifa reabriu

O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que a unidade de diálise do hospital al-Shifa foi reaberta e está a receber pacientes. Numa breve declaração na terça-feira, o ministério convidou os pacientes a retomar o tratamento, avança a Associated Press.

A Organização Mundial de Saúde diz que ainda há 180 pacientes, incluindo 22 em diálise renal, e sete profissionais de saúde no hospital.
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Dependendo da capacidade do Hamas de libertar reféns
por RTP

Catar pretende estender trégua além de quarta-feira

O Catar está focado em estender ainda mais o cessar-fogo entre o grupo militante palestino Hamas e Israel além de quarta-feira, com base na capacidade do grupo de continuar libertando 10 reféns por dia, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Majed Al-Ansari.

O Catar não pode validar o número de reféns restantes para além dos 20 a serem libertados pelo Hamas na terça e quarta-feira, acrescentou, numa extensão de uma trégua mediada pelo país do Golfo juntamente com o Egito e os Estados Unidos.

"Neste momento, a prioridade é a libertação das mulheres e crianças civis", acrescentando que "os militares entrarão em discussão depois”, esclareceu.
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Se sistema de saúde não for rapidamente restabelecido
por RTP

"Há o risco de morrerem mais pessoas devido a doenças do que aos bombardeamentos em Gaza", alerta OMS

Uma porta-voz da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que existe “o risco de morrerem mais pessoas devido a doenças do que devido aos bombardeamentos em Gaza se o sistema de saúde do território não for rapidamente restabelecido”

"Se não formos capazes de restabelecer o sistema de saúde, acabaremos por ver mais pessoas a morrer de doenças do que de bombardeamentos", afirmou Margaret Harris, da OMS, segundo a Reuters.


Margaret Harris reiterou a sua preocupação com o aumento de surtos de doenças infeciosas, em especial de doenças diarreicas.

Citando um relatório da ONU sobre as condições de vida dos residentes deslocados no norte de Gaza, a porta-voz da OMS afirmou, “não há medicamentos, não há atividades de vacinação, não há acesso a água potável, não há higiene e não há alimentos. Vimos um número muito elevado de casos de diarreia entre as crianças".

Margaret Harris descreveu o colapso do hospital Al-Shifa, no norte de Gaza, como uma "tragédia" e manifestou a sua preocupação com a detenção de alguns dos seus profissionais de saúde pelas forças israelitas.
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Primeiro aterra hoje no Egito
por RTP

EUA vão enviar três aviões militares com ajuda para a Faixa de Gaza

Os Estados Unidos vão enviar três aviões militares para o Egito carregados de ajuda para a Faixa de Gaza a partir desta terça-feira, anunciaram funcionários da Casa Branca.

Os aviões, o primeiro dos quais deverá chegar esta terça-feira e os outros dois "nos próximos dias", serão carregados de ajuda médica e alimentar, bem como de equipamento de inverno, a distribuir pelas Nações Unidas.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que se apresenta como o principal apoiante de Israel, também "liderou os esforços internacionais para responder à crise humanitária em Gaza".

Um dos funcionários estimou que a quantidade de ajuda humanitária que chega por estrada à Faixa de Gaza aumentou, totalizando agora dois mil camiões de alimentos, bem como combustível, medicamentos e o equipamento necessário para operar a infraestrutura de dessalinização da água do mar.

"Em pouco mais de quatro semanas, atingimos um ritmo sustentado de 240 camiões por dia", disse um dos funcionários.
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Revela a ONU
por RTP

Ajuda humanitária conseguiu chegar ao norte de Gaza

Várias toneladas de ajuda humanitária conseguiram chegar ao norte da Faixa de Gaza, que tem sofrido o impacto do ataque militar de Israel.

Os fornecimentos incluem refeições prontas a consumir, água potável, tendas e cobertores, bem como medicamentos, informou o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA).
Foi igualmente entregue combustível para a produção de eletricidade e fornecimentos para o funcionamento das estações de dessalinização e de tratamento de águas residuais, bem como das estações de bombagem de água.

A água potável está a ser fornecida à população do sul do país através de duas condutas provenientes de Israel, informou o OCHA.
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Afirma António Guterres
por RTP

Palestinianos estão a viver "um dos capítulos mais negros" da sua história

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Prevista para o final de novembro
por RTP

Visita de Raisi à Turquia adiada

A viagem do presidente iraniano Ebrahim Raisi à Turquia, prevista para o final de novembro, foi adiada, informaram as agências noticiosas AFP e Tasnim.

No início deste mês, o presidente turco Erdogan anunciou a visita e disse que a reunião iria centrar-se numa resposta conjunta à guerra entre Israel e o Hamas.

O encontro entre os dois líderes também foi anunciado pelos meios de comunicação oficiais do Estado turco e discutido intensamente na televisão turca na segunda-feira.

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Nos os arredores da cidade de Aita al-Shaab
por RTP

Projétil israelita atingiu sul do Líbano

A imprensa libanesa noticiou que um projétil israelita atingiu os arredores de uma cidade no sul do Líbano esta terça-feira, horas depois de uma trégua temporária entre o grupo palestiniano Hamas e Israel ter sido prolongada por dois dias.

Um porta-voz do exército israelita disse que "atualmente não tem conhecimento de tal incidente".

A Agência Nacional de Notícias do Líbano e a emissora libanesa al-Jadeed informaram que um projétil israelita atingiu os arredores da cidade de Aita al-Shaab na manhã de terça-feira. Ambas as agências citaram os seus correspondentes como fonte.

As semanas de bombardeamentos transfronteiriços entre Israel e o grupo armado libanês Hezbollah cessaram na sexta-feira, quando o grupo palestiniano Hamas - aliado do Hezbollah - e Israel acordaram uma trégua temporária no conflito que eclodiu a 7 de outubro.

O porta-voz da força de manutenção da paz da ONU no Líbano (UNIFIL) disse que estava a analisar as informações.
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por Lusa

ONU aproveita todos os minutos da trégua para entregar ajuda em Gaza

A ONU está a aproveitar todos os minutos da trégua na Faixa de Gaza para levar ajuda à população, mesmo durante a noite, disse hoje o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da organização.

Como a circulação de camiões de ajuda humanitária se prolongou noite dentro, a ONU não especificou quantos desses veículos conseguiram entrar em Gaza na segunda-feira, segundo a agência espanhola EFE.

De acordo com o relatório diário do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (conhecido pela sigla inglesa OCHA) sobre a situação em Gaza, a trégua foi amplamente respeitada pelo quarto dia consecutivo.

A suspensão das hostilidades permitiu que os funcionários humanitários continuassem a entregar ajuda aos abrigos onde se encontram os civis, sobretudo no sul, onde se concentra a maioria das 1,8 milhões de pessoas deslocadas internamente pela guerra.

O OCHA considerou, no entanto, que a circulação da ajuda deve ser reforçada e defendeu como extremamente necessária a abertura da passagem de Kerem Shalom entre Gaza e Israel.

Até ao início da guerra, em 07 de outubro, Kerem Shalom, também no sul de Gaza, era o principal ponto de entrada de mercadorias no enclave palestiniano.

Israel encerrou todas as passagens com a Faixa de Gaza, e a entrada de ajuda faz-se apenas pela fronteira com o Egito, em Rafah, o único ponto não controlado pelas autoridades israelitas.

O OCHA referiu também, no relatório divulgado em Genebra, ser necessário fazer chegar ajuda ao norte da Faixa de Gaza, onde permanece um número considerável de civis e onde o acesso é impossível há semanas.

Apesar de não ter contabilizado os camiões que entraram em Gaza, o OCHA disse que entre os fornecimentos se encontram "pequenas quantidades de combustível" que foram entregues a instalações de produção de água.

Os trabalhadores humanitários também estão a fazer um esforço para educar a população sobre o perigo dos restos de explosivos, segundo o OCHA.

A ação é muito urgente, já que as pessoas estão a aproveitar a trégua para se deslocarem de um lugar para outro, incluindo áreas que podem estar contaminadas, acrescentou.

A Faixa de Gaza, com 2,3 milhões de habitantes, é controlada pelo grupo islamita palestiniano Hamas desde 2007.

Em 07 de outubro, o Hamas realizou um ataque sem precedentes em Israel e matou mais de 1.200 pessoas, segundo as autoridades israelitas.

Israel acusou ainda o Hamas de ter feito mais de duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas e bombardeou a Faixa de Gaza até as partes terem chegado a acordo para uma trégua de quatro dias, que começou na sexta-feira, entretanto prolongada por dois dias.

A pausa nos combates destina-se à troca de reféns do Hamas por palestinianos presos em Israel e à entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

Até ao início da trégua, os ataques do exército israelita na Faixa de Gaza tinham matado mais de 14 mil pessoas, segundo o Hamas.

 

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por RTP

RTP testemunhou o regresso de presos palestinianos a casa

Os enviados especiais da RTP a Jerusalém Oriental, José Pinto Dias com Paulo Jerónimo, testemunharam o momento em que o exército israelita trouxe para casa quatro palestinianos que foram alvo de troca por reféns israelitas. São jovens com idades entre os 15 e os 18 anos. Por contraste ao que acontece em Ramallah, o exército israelita não permitiu festejos na rua nem bandeiras palestinianas para comemorarem a libertação dos presos.

Momento-Chave
por Lusa

Situação em Gaza continua a ser catastrófica

O coordenador especial das Nações Unidas para o processo de paz no Médio Oriente denunciou hoje que "a situação em Gaza continua a ser catastrófica", apesar da entrada de ajuda humanitária graças à trégua entre Israel e o Hamas.

"A situação humanitária em Gaza continua a ser catastrófica e exige a entrada urgente de ajuda e outros bens adicionais de forma continua e previsível para aliviar o sofrimento insuportável dos palestinianos de Gaza", disse Tor Wennesland num comunicado.

O coordenador da ONU mostrou, no entanto, a sua "satisfação" com a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, que descreveu como "um importante avanço humanitário, especialmente para os civis que têm vivido em agonia, sob armas ou bombardeamentos".

Na sua mensagem, Winnesland reiterou a necessidade de o Hamas libertar todos os reféns que mantém em Gaza, insistindo no apelo feito pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, para a implementação de um cessar-fogo.

O Hamas e Israel concordaram inicialmente com uma trégua de quatro dias que começou na sexta-feira e foi prorrogada na segunda-feira por mais dois dias, permitindo a libertação de 51 israelitas e 18 estrangeiros, bem como a libertação de 150 prisioneiros palestinianos.

Israel declarou guerra ao Hamas em 07 de outubro, na sequência de um ataque do grupo islamita palestiniano que provocou a morte de cerca de 1.200 pessoas e ainda levou ao rapto de mais de 240 em comunidades israelitas próximas à Faixa de Gaza.

Desde então, as forças aéreas, navais e terrestres de Israel contra-atacaram no enclave palestiniano, onde mais de 15 mil pessoas já morreram, a maioria crianças e mulheres, segundo as autoridades da Faixa de Gaza -- controlada pelo Hamas -, estimando-se que mais de sete mil pessoas estejam desaparecidas sob os escombros.

Lusa/Fim

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por RTP

"A dor e a tristeza enraizaram-se em Gaza", afirma funcionário da UNICEF

A situação no terreno em Gaza é "desesperada", desde a destruição das infraestruturas até à fuga das pessoas das suas casas, segundo o porta-voz da UNICEF, James Elder, que visitou o enclave.

"Só de ver blocos de apartamentos atrás de blocos de apartamentos, escombros destruídos no chão, betão, carros rebentados, quer seja o olhar nas caras das pessoas, quer seja o trauma, como se a mágoa e a tristeza se tivessem enraizado aqui em Gaza", contou num vídeo publicado no site da agência.

"É uma zona de guerra. Temos centenas de milhares de crianças que não estão na escola, que estão em campos sobrelotados, que têm frio, que não têm comida suficiente, que não têm água suficiente, que estão agora em risco de um surto de doença", acrescentou Elder.

Quase 15 mil pessoas foram mortas na Faixa de Gaza, incluindo mais de seis mil crianças.
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por RTP

Três jovens franceses libertados pelo Hamas estão de boa saúde

A ministra francesa dos Negócios Estrangeiros, Catherine Colonna, saudou a notícia de que três jovens franceses estavam entre os reféns libertados pelo Hamas na segunda-feira, dizendo que estavam de boa saúde.

"Temos notícias indiretas e essas notícias são boas.É um grande, grande alívio", disse Colonna à rádio RTL, quando questionada sobre o estado de saúde de Eitan, 12 anos, Erez, 12 anos, e Sahar, 16 anos.

"Três crianças francesas foram finalmente libertadas, agora temos de trabalhar sem tréguas para a libertação de todos os outros reféns", disse, acrescentando que cinco cidadãos franceses continuam desaparecidos ou que se crê serem mantidos como reféns.
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Avança Sociedade dos Presos Palestinianos
por RTP

60 mulheres palestinianas ainda estão em prisões israelitas

As autoridades israelitas continuam a manter 60 mulheres palestinianas na prisão, a maioria das quais foi detida depois de 7 de outubro, segundo uma organização não governamental local.

Em declarações à Anadolu, Amal Sarahneh, responsável pela comunicação social da Sociedade de Prisioneiros Palestinianos (PPS), disse que o exército israelita deteve 56 mulheres e raparigas palestinianas numa grande vaga de prisões na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental depois de 7 de outubro, detendo até agora 3.260 pessoas.
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por Lusa

Reconhecimento unilateral do Estado da Palestina marca Dia Internacional de Solidariedade

O Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano será este ano marcado pelo conflito em Gaza, apelos ao relançamento da solução de dois estados e o admitido reconhecimento unilateral do Estado palestiniano por países europeus como Espanha e Bélgica.

Na passada quinta-feira, e no decurso de um encontro em Jerusalém com o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, o chefe do recém-empossado Governo de Espanha aproveitou para confirmar a sua posição na União Europeia (UE), ao criticar com veemência os bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza.

"O mundo inteiro está chocado com as imagens que vemos diariamente. O número de palestinianos mortos é totalmente insuportável", disse Sánchez durante a reunião na qual também participou o primeiro-ministro belga Alexander De Croo.

Sánchez não hesitou em mencionar a "urgente" necessidade de "terminar com a catástrofe humanitária em curso", ao contrário de outros dirigentes europeus que se têm solidarizado com o líder israelita -- na sequência da primeira visita a Israel das presidentes da Comissão Europeia Ursula Von de Leyen e da presidente do Parlamento Europeu Roberta Metsola alguns dias após os ataques do Hamas e o início da guerra em Gaza.

Mas o chefe do Governo espanhol, cujo país assume a presidência rotativa semestral da União Europeia desde julho até ao final deste ano, foi mais longe, mesmo que tenha sublinhado a necessidade de Israel se "defender" após as "atrocidades" cometidas pelo movimento islamita palestiniano Hamas nos ataques de 07 de outubro.

No decurso desta sua deslocação à região, e durante uma paragem na sexta-feira no lado egípcio de Rafah, a única passagem fronteiriça aberta com a Faixa de Gaza, Sánchez admitiu que a Espanha pode reconhecer de forma unilateral a Palestina caso os restantes parceiros europeus não se decidam por um reconhecimento coordenado.

"Chegou o momento para que a comunidade internacional e particularmente a União Europeia tomem uma decisão sobre o reconhecimento do Estado palestiniano", disse, uma forma de demonstrar que na UE existem diversas "sensibilidades" em torno do prolongado conflito israelo-palestiniano.

"Seria importante que o fizéssemos juntos. Mas se isso não acontecer, decerto que a Espanha adotará as suas posições", acrescentou, para também defender que a trégua então anunciada por Israel e o Hamas se deveria tornar "permanente".

O Dia Internacional de Solidariedade com o Povo da Palestina é assinalado anualmente a 29 de novembro. O seu objetivo é sensibilizar a comunidade internacional para o direito de autodeterminação do povo palestiniano, bem como reafirmar o compromisso e a solidariedade que a Organização das Nações Unidas tem para com este povo. Este dia foi implementado em 1977 através da Resolução 32/40 B da Assembleia Geral da ONU.

O Estado da Palestina possui o estatuto de observador na Assembleia Geral das Nações Unidas, após ter sido admitido em novembro de 2012. Atualmente, é oficialmente reconhecido por 139 (72%) dos 193 Estados-membros da organização mundial, e quando Israel é reconhecido por 165 países.

No ocidente, as posições dos diversos países são reveladoras da fratura que prevalece. Entre os países da UE, a Alemanha, Áustria, Bélgica, Croácia, Dinamarca, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos e Portugal -- 19 dos 27 Estados-membros --, ainda não reconheceram oficialmente o Estado da Palestina, uma posição naturalmente adotada pela Austrália, Canadá, Estados Unidos, Japão, Reino Unido, e Israel.

A alusão de Pedro Sánchez a um possível reconhecimento unilateral da Palestina pela Espanha, e no rescaldo do atual conflito israelo-palestiniano, poderá ser decisivo para uma alteração das posições de alguns países, e quando a pressão da rua não parece esmorecer.

A posição de Sanchez foi interpretada como uma forma de reforçar o peso internacional de Espanha, na esperança de que a sua posição provoque um "efeito de arrastamento" na UE, e quando os países ocidentais continuam a ser muito criticados pelo mundo árabe, onde são considerados demasiado favoráveis a Israel.

Neste sentido, o chefe do Governo espanhol também defendeu uma cimeira internacional de paz no prazo de seis meses, para encontrar uma "solução definitiva" para o prolongado conflito, sendo neste caso apoiado por outros Estados-membros da UE.

No entanto, o anterior Executivo de Sánchez também não escapou a críticas de diversas capitais árabes quando em março de 2022 decidiu terminar um grave contencioso diplomático com Rabat ao aceitar as posições de Marrocos sobre o Saara Ocidental, mais tarde concretizadas com o anúncio pelo primeiro-ministro marroquino de "uma nova parceria económica ao serviço do desenvolvimento".

A reação de Israel aos propósitos de Sánchez sobre a Palestina foi imediata, e também dirigida a De Croo, que lhe sucede em 01 de janeiro na presidência da UE.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita convocou no próprio dia os embaixadores de Espanha e Bélgica na sequência das "falsas" informações emitidas pelos dois dirigentes europeus, e consideradas "um apoio ao terrorismo" do Hamas.

Netanyahu também condenou "rotundamente" as declarações de Sánchez e De Croo, ao assinalar que ambos não foram demasiado incisivos nas críticas ao Hamas pelos ataques a civis israelitas ou a "utilização" de civis palestinianos como "escudos humanos".

Em Madrid, o chefe da diplomacia espanhola, José Manuel Albares, convocava por sua vez a embaixadora de Israel em Madrid para fornecer "explicações" pelas "inaceitáveis e falsas declarações" do Governo israelita dirigidas a Sánchez e De Croo.

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por RTP

Guterres diz que alargamento do cessar-fogo é insuficiente

O secretário-geral da ONU diz que o alargamento do cessar-fogo é um sinal de esperança, mas insuficiente.

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por RTP

Israel. Blinken regressa ao Médio Oriente ainda esta semana

Reuters

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, vai realizar mais uma visita a Israel e à Cisjordânia até ao final da semana, bem como ao Dubai, adiantou hoje fonte da diplomacia dos Estados Unidos.

Esta será a terceira visita do chefe da diplomacia norte-americana ao Médio Oriente desde o início do conflito entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, em 07 de outubro.

“Durante as suas reuniões no Médio Oriente, [Blinken] irá enfatizar a necessidade de continuar a prestar assistência humanitária a Gaza, garantir a libertação de todos os reféns e melhorar a proteção dos civis em Gaza”, referiu um responsável do Departamento de Estado norte-americano, que falou sob condição de anonimato.

Blinken também defenderá mais uma vez a criação de um Estado palestiniano independente como a única solução a longo prazo e discutirá os esforços para “conter o conflito”, segundo a mesma fonte citada pela agência France-Presse (AFP).

O secretário de Estado norte-americano, que iniciou hoje uma viagem pela Europa, deve deslocar-se a Telavive para se encontrar com autoridades israelitas, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e depois a Ramallah para se encontrar com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, de acordo com responsável.

Embora não tenha sido adiantada nenhuma data específica, a viagem de Blinken a Israel deverá ocorrer na quinta-feira, depois de ter participado na terça e quarta-feira numa reunião da NATO em Bruxelas e na quarta-feira numa reunião da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) em Skopje, capital da Macedónia.

Pouco depois do início da guerra entre Israel e o Hamas, Blinken fez uma maratona pela região, viajando várias vezes entre Israel e a Jordânia, em particular, e visitando vários outros países árabes.

Fez outra viagem no início do mês à região, indo pela primeira vez desde o início do conflito, a Ramallah.

Na sexta-feira, viajará para Dubai para continuar as discussões com o objetivo de evitar qualquer escalada do conflito, frisou ainda a fonte do Departamento de Estado.

Naquele emirado irão marcar presença vários governantes de todo o mundo, onde participam na cimeira da ONU sobre o clima (COP28), que decorre entre 30 de novembro e 12 de dezembro.

Israel declarou guerra ao Hamas em 07 de outubro, na sequência de um ataque do grupo islâmico, que incluiu o lançamento de mais de 4.000 foguetes e a infiltração de perto de 3.000 militantes, que mataram cerca de 1.200 pessoas e raptaram mais de 240 em comunidades israelitas próximas da Faixa de Gaza.

Desde então, as forças aéreas, navais e terrestres de Israel contra-atacaram no enclave palestino, onde mais de 15 mil pessoas já morreram, segundo as autoridades da Faixa de Gaza, controlada desde 2007 pelo Hamas, a maioria delas crianças e mulheres, e estima-se que mais de sete mil pessoas estejam desaparecidas sob os escombros.
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7:15
por RTP

Ponto de situação

  • Cessar-fogo em Gaza prolongado por dois dias. 
  • Condições iniciais mantêm-se. Por cada Israelita libertado saem das prisões três palestinianos. 
  • Segunda-feira era o último dia de tréguas mas os mediadores conseguiram prolongar o prazo. 
  • O secretário-geral da ONU diz que o alargamento do cessar-fogo é um sinal de esperança, mas insuficiente.
  •  A mais recente troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos permitiu a libertação de 30 crianças e de três mulheres palestinianas e de 11 israelitas.
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