Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Nicolas Economou via Reuters Connect
Foto: Wael Hamzeh - EPA
A Organização Mundial da Saúde está preocupada com a degradação do sistema de saúde em Gaza e volta a pedir a Israel que tome medidas para proteger os civis.
Chegaram na última noite ao Aeroporto de Lisboa os familiares de quatro reféns luso-israelitas capturados pelo Hamas.
Cerca de dois civis morreram para cada combatente do movimento islamita palestiniano Hamas morto na Faixa de Gaza, adiantaram esta segunda-feira fontes militares israelitas, citadas pela agência de notícias France-Presse (AFP).
"Não estou a dizer que é bom termos uma proporção de dois para um", frisou um dos responsáveis, que falou sob condição de anonimato, acrescentando que o uso de escudos humanos fazia parte da "estratégia básica" do Hamas.
"Espera-se que esta proporção seja muito menor na próxima fase da guerra", destacou ainda.
O crescente número de mortos e a crise humanitária em Gaza provocaram indignação em todo o mundo.
O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, afirma que a campanha de Israel desde 07 de outubro, matou quase 16 mil pessoas.
Questionado sobre relatos de que 5.000 combatentes do Hamas foram mortos, um dos altos responsáveis disse: "os números são mais ou menos precisos".
Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, pediram-lhe que fizesse mais para evitar vítimas civis à medida que as operações se deslocam para o sul, onde muitos habitantes de Gaza procuraram refúgio depois de fugirem do norte devastado.
O Exército está a implementar `software` de mapeamento de alta tecnologia para tentar reduzir o número de mortes de não combatentes, revelaram altos responsáveis militares israelitas.
O sistema integra sinais de telemóveis, vigilância aérea e inteligência artificial, para manter um mapa constantemente atualizado que mostra as concentrações populacionais em todo o território.
Cada uma das 623 células do mapa é codificada por cores, com o verde indicando áreas onde pelo menos 75% da população foi evacuada.
"No sul, como quase duplicámos a população, as operações são muito mais precisas", frisou responsável.
"Estamos a gastar muito mais tempo para garantir que os nossos esforços [para alertar os civis] são eficazes", acrescentou.
O mapa, resultado de oito anos de investigação, é disponibilizado aos comandantes e unidades no terreno, acrescentaram.
O Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA), no entanto, questionou a utilidade de tal ferramenta numa região onde o acesso às telecomunicações e à eletricidade é esporádico.
A guerra em curso no Médio Oriente começou em 07 de outubro, após um ataque do braço armado do Hamas, que incluiu o lançamento de milhares de `rockets` para Israel e a infiltração de cerca de 3.000 combatentes que mataram mais de 1.200 pessoas, na maioria civis, e sequestraram outras 240 em aldeias israelitas próximas da Faixa de Gaza.
Em retaliação, as Forças de Defesa de Israel dirigiram uma implacável ofensiva por ar, terra e mar àquele enclave palestiniano, que enfrenta uma grave crise humanitária perante o colapso de hospitais e a ausência de abrigos, água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.
As autoridades da Faixa de Gaza, controladas pelo movimento islamita palestiniano Hamas desde 2007, aumentaram hoje o número de mortos na ofensiva israelita para quase 15.900, enquanto mais de 250 palestinianos morreram às mãos das forças de Telavive ou em ataques levados a cabo por colonos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental desde 07 de outubro.
As partes cessaram as hostilidades durante uma semana no âmbito de uma trégua mediada por Qatar, Egito e Estados Unidos, mas os confrontos regressaram na sexta-feira após falta de entendimento para prorrogar o acordo.
Um "cenário ainda mais infernal", ao qual as operações humanitárias podem ser incapazes de responder, está a chegar à Faixa de Gaza, alertou uma funcionária da ONU com Israel a apertar o controle sobre o sul do território palestiniano.
Um avião fretado transportou esta segunda-feira 120 cidadãos russos retirados da Faixa de Gaza rumo a Moscovo, fez saber o Ministério de Emergências da Rússia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) contestou uma ordem do exército israelita para esvaziar um armazém de ajuda médica no sul de Gaza, exigência comunicada esta segunda-feira.
Os Estados Unidos confirmam que foram informados dos planos israelitas e esperam que que os civis possam ser poupados. Já o Hezbollah intensificou os ataques a norte de Israel.
Os enviados especiais Paulo Jerónimo e José Pinto Dias contam-nos a partir de Israel o agravar da situação, com ataques mais brutais de Israel e a recusa do Hamas de libertar mais reféns.
Esta segunda-feira os Estados Unidos terão, segundo o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, pedido ao seu aliado israelita que deixe entrar mais combustível na Faixa de Gaza.
O Hamas "rejeitou" hoje as acusações sobre "violações" e violências sexuais cometidas por membros do movimento islamita palestiniano durante o ataque de 07 de outubro em território israelita, considerando-as uma "mentira".
Em 07 de outubro, segundo as autoridades israelitas, comandos do Hamas mataram no seu ataque cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis. Mais de 240 foram sequestradas e enviadas para a Faixa de Gaza, com 137 ainda mantidas como reféns, de acordo com o Exército israelita.
Em represália, as forças militares do Estado judaico desencadearam bombardeamentos massivos sobre a Faixa de Gaza - interrompidos durante uma semana de trégua - e que segundo o Ministério da Saúde do Hamas em Gaza já provocaram 15.899 mortos, 70% mulheres e palestinianos com menos de 18 anos.
No seu comunicado, o Hamas denuncia as "campanhas sionistas que promovem mentiras e alegações sem fundamento para diabolizar a resistência palestiniana".
O movimento político que domina a Faixa de Gaza assinala ainda que estas "mentiras" incluem-se "numa série de falsas alegações, incluindo "a mentira pela qual o hospital Al-Shifa era utilizado para fins militares", como sugeriu o Exército israelita mas desmentido pelo Hamas.
A polícia israelita diz estar a investigar possíveis violências sexuais cometidas em 7 de outubro, incluindo violações e mutilação de cadáveres.
Os investigadores recolheram "mais de 1.500 testemunhos chocantes e dolorosos", declarou na semana passada uma polícia no parlamento israelita, ao referir-se a "raparigas despidas" e revelando um testemunho sobre uma violação coletiva, mutilação e morte de uma jovem mulher.
Citou ainda outra testemunha que se referiu a feridas por balas "nos órgãos genitais, abdómen, pernas (...), seios cortados ou ferimentos por bala", enquanto socorristas indicaram que uma mulher "sangrava das zonas genitais".
Em novembro, Cochav Elkayam Levy, presidente da comissão parlamentar sobre os crimes cometidos contra as mulheres em 7 de outubro, disse que "a grande maioria das vítimas de violação e outras agressões sexuais em 7 de outubro foi assassinada e não poderá testemunhar".
A ONU Mulheres afirmou à agência noticiosa AFP estar "consciente das inquietações" em Israel e disse ter-se reunido com organizações de mulheres israelitas para "escutar os seus horríveis relatos sobre o que se passou em 7 de outubro" e "ajudar quanto possível a expor as atrocidades sexistas, incluindo as violências sexuais".
O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, advertiu que o que se vê em Gaza é "uma matança" igual aos ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro e que "um horror não pode justificar outro".
No decurso de um fórum sobre direitos humanos entre a União Europeia (UE) e diversas organizações não-governamentais (ONG) hoje em Bruxelas, o alto representante para a política externa da UE assinalou que, tal como criticou o regime de Franco sem ser anti-espanhol, hoje deve poder criticar-se o Governo israelita sem que isso signifique ser rotulado de antissemita.
"Começou com um ataque terrorista (...), certamente um ato de terror contra civis indefesos. Foi uma matança, mas o que estamos a ver em Gaza é outra matança. Quantas vítimas? Nada se sabe", assinalou o chefe da diplomacia comunitária, ao considerar que as atuais estimativas de vítimas podem ser inferiores à realidade "atendendo ao que resta das casas destruídas".
Borrell assinalou que, apesar de Israel ter direito a defender-se, "não se pode aceitar este elevado número de vítimas civis" porque "um horror não pode justificar outro horror e a comunidade internacional está a erguer cada vez mais a sua voz a pedir que termine este horror".
"Pode ter-se o direito de criticar o Governo do Estado de Israel sem ser qualificado de antissemita (...). Pude criticar o Governo de Franco no meu país quando era uma ditadura e sem ser anti-espanhol. Tenho o direito de defender uma solução de dois Estados sem estar contra a existência do Estado de Israel", acrescentou.
Nesse sentido, exortou no prosseguimento dos esforços para uma solução política que evite que Gaza "se converta num local de todo o tipo de violência, movimentos terroristas e migração ilegal".
"Pedimos a libertação de todos os reféns, o fim desta catástrofe humanitária, a busca de uma solução para o dia seguinte e o fim dos colonatos ilegais e das agressões contra palestinianos na Cisjordânia", concluiu Borrell.
A guerra em curso no Médio Oriente começou em 7 de outubro, após um ataque do braço armado do Hamas, que incluiu o lançamento de milhares de `rockets` para Israel e a infiltração de cerca de 3.000 combatentes que mataram mais de 1.200 pessoas, na maioria civis, e sequestraram outras 240 em aldeias israelitas próximas da Faixa de Gaza.
Em retaliação, as Forças de Defesa de Israel dirigiram uma implacável ofensiva por ar, terra e mar àquele enclave palestiniano, que enfrenta uma grave crise humanitária perante o colapso de hospitais e a ausência de abrigos, água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.
As autoridades da Faixa de Gaza, controladas pelo movimento islamita palestiniano Hamas desde 2007, aumentaram hoje o número de mortos na ofensiva israelita para quase 15.900, enquanto mais de 250 palestinianos morreram às mãos das forças de Telavive ou em ataques levados a cabo por colonos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental desde 07 de outubro.
As partes cessaram as hostilidades durante uma semana no âmbito de uma trégua mediada por Qatar, Egito e Estados Unidos, mas os confrontos regressaram na sexta-feira após falta de entendimento para prorrogar o acordo.
Os enviados especiais da RTP ao Médio Oriente, Paulo Jerónimo e José Pinto Dias, sintetizam os últimos desenvolvimentos sobre a progressão das forças israelitas para o sul da Faixa de Gaza.
Três organizações de defesa dos Direitos Humanos acusam os Países Baixos de serem cúmplices nos alegados crimes de guerra em Gaza depois de terem exportado peças de avião de combate F-35 para Israel.
Foto: Ibraheem Abu Mustafa - Reuters
Com o fim da trégua entre Israel e o Hamas, a Faixa de Gaza voltou a estar sob ataque. As operações estão agora a estender-se para o sul deste território palestiniano.
Foto: Hannibal Hanschke - EPA
Os intensos bombardeamentos dos últimos dias deixaram edifícios residenciais reduzidos a escombros e há mais de um milhão e meio de palestinianos deslocados.
"Cheguei a Gaza, onde o sofrimento da população é intolerável. Reitero o nosso apelo urgente para que os civis sejam protegidos de acordo com as leis da guerra e para que a ajuda entre sem impedimentos. Os reféns devem ser libertados e o CICV autorizado a visitar com segurança", defendeu Spoljaric.I have arrived in Gaza, where people’s suffering is intolerable.
— Mirjana Spoljaric (@ICRCPresident) December 4, 2023
I repeat our urgent call for civilians to be protected in line with the laws of war and for aid to enter unimpeded.
The hostages must be released and @ICRC allowed to safely visit them.https://t.co/64AaIwOLQJ
Centenas de pessoas foram mortas e feridas nos ataques, segundo o ministério, com algumas vítimas ainda presas sob os escombros.More than 50 houses were destroyed by the #Israeli war machine during its targeting of Al- #Shujaiya neighborhood in the eastern Gaza city. This resulted in hundreds of #martyrs and wounded, with some still trapped under the rubble.#Gaza_under_attack#CeasefireNow#Palestine… pic.twitter.com/AIEotWVgNM
— State of Palestine - MFA 🇵🇸🇵🇸 (@pmofa) December 4, 2023
O processo por alegada corrupção contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, é retomado esta segunda-feira no Tribunal Distrital de Jerusalém, cerca de dois meses depois de ter sido suspenso na sequência do ataque do Hamas, a 7 de outubro.
Os enviados especiais da RTP ao Médio Oriente, Paulo Jerónimo e José Pinto Dias, estão a acompanhar, em Telavive, as movimentações da máquina de guerra israelita na Faixa de Gaza, depois do retomar das operações militares.
Foto: Ibraheem Abu Mustafa - Reuters
Este domingo a Faixa de Gaza esteve sob bombardeamentos intensos. Desde o início da guerra, em Outubro, contam-se houve mais de dez mil ataques aéreos.
Foto: Mohammed Saber - EPA
Morreram 360 pessoas e mais de 650 ficaram feridas nos ataques israelitas de domingo.
Toda a Faixa de Gaza ficou sob ataque este fim de semana. Análise dos enviados especiais da RTP a Israel.
Foto: Stephanie Lecocq - Reuters
Três pessoas foram esfaqueadas a noite passada em Paris. Uma das vitimas, um turista alemão, morreu, as outras duas estão feridas.