Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Reuters
Esteve internada no hospital de Santa Maria durante duas semanas por questões sociais. O pai da bebé pede agora ao governo português que aceite o resto da família que ainda está em Gaza como refugiados de guerra.
O ministro dos Negócios Estrangeiros lamentou hoje a decisão dos Estados Unidos de rejeitar o apelo ao cessar-fogo em Gaza, lançado pelo secretário-geral da ONU, e insistiu na via do diálogo.
"Naturalmente que lamentamos. Nós tínhamos precisamente apoiado a resolução que está ser vetada", disse João Gomes Cravinho, à agência Lusa à margem da cerimónia de entrega dos prémios `Manuel António da Mota -- Uma Vida em Angola`, que decorreu em Luanda.
Cravinho sublinhou que esta é a posição que Portugal tem assumido e insistiu que é urgente haver um cessar-fogo humanitário.
"É preciso que haja acesso da ajuda humanitária à população de Gaza, consideramos também fundamental que haja libertação sem condições dos reféns em Gaza e acreditamos que o cessar-fogo iria nesse sentido", sublinhou.
O chefe da diplomacia portuguesa afirmou que é preciso continuar a conversar, notando que tem havido evolução nas posições das Nações Unidas e dos próprios Estados Unidos, Israel e Gaza.
"Acreditamos que, continuando o diálogo, encontraremos soluções que serão satisfatórias para todos. É fundamental que haja um cessar-fogo - e repito aqui este apelo - enquanto não for permanente, deve ser temporário, que permita acesso humanitário às populações, que permita começar a falar de um futuro mais estável, nomeadamente através da solução de dois Estados", sublinhou o ministro.
Questionado pela Lusa sobre o que poderia fazer os EUA mudarem a sua posição face ao conflito, Gomes Cravinho considerou que isso já está a acontecer, embora nem sempre de forma visível.
"Mas quando se fala com os responsáveis políticos americanos, percebemos que a posição deles não é tão distante da nossa, a interpretação que eles fazem do caminho para lá chegar é que pode ser diferente", notou.
Os Estados Unidos vetaram hoje um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU que exigia um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza, apesar do apelo inédito lançado pelo secretário-geral da organização, António Guterres.
A resolução foi apresentada pelos Emirados Árabes Unidos e teve o apoio de todos os países árabes e islâmicos, além da Rússia e da China.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, invocou na quarta-feira, pela primeira vez desde que se tornou secretário-geral, o artigo 99.º da Carta das Nações Unidas, pedindo ao Conselho de Segurança, o único órgão da ONU cujas decisões têm caráter vinculativo, que "evitasse uma catástrofe humanitária" no enclave e aprovasse um cessar-fogo.
Numa reunião do Conselho de Segurança convocada na sequência do apelo inédito feito por António Guterres, o líder das Nações Unidas exortou o órgão da ONU, cujas decisões são vinculativas, a não poupar esforços para pressionar "um cessar-fogo humanitário imediato, pela proteção dos civis e pela entrega urgente de ajuda vital".
"Existe claramente, na minha opinião, um sério risco de agravamento das ameaças existentes à manutenção da paz e da segurança internacionais", reforçou, denunciando ainda que "não existe uma proteção eficaz dos civis".
"Receio que as consequências possam ser devastadoras para a segurança de toda a região", frisou Guterres.
Uma manifestação a favor da independência da Palestina, dois meses depois do ataque do grupo Hamas a Israel.
Os enviados da RTP a Israel assistiram, hoje, ao funeral de um jovem, filho de um membro do gabinete de guerra e amigo pessoal do primeiro-ministro, Benjamim Netanyhau.
Os correspondentes da RTP em Telavive explicam que a decisão dos Estados Unidos em votar contra o cessar-fogo no Conselho de Segurança da ONU é necessária porque os americanos têm sempre mostrado estar ao lado de Israel desde o início da operação militar israelita a 7 de outubro.
Os Estados Unidos vão votar contra um cessar fogo humanitário em Gaza. A proposta de resolução foi levado ao Conselho de Segurança da ONU por António Guterres que invocou poderes especiais. O Hamas diz que já são mais de 17 mil os palestinianos mortos nesta guerra.
PCP e BE juntaram-se hoje a uma manifestação em Lisboa que apelou ao "cessar-fogo imediato" em Gaza, com os partidos a pedirem mais ação do Estado português pelo "fim do massacre" e responsabilização de Israel.
Mais de um milhar de pessoas participou hoje nesta manifestação, com o lema "Paz no Médio Oriente, Palestina Independente", que começou no Martim Moniz e vai terminar no Largo José Saramago (antigo Campo das Cebolas), e em que as palavras de ordem mais ouvidas foram "Palestina vencerá" ou "Libertar a Palestina, acabar com a chacina".
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, juntou-se à manifestação a meio da Rua do Ouro e defendeu que "a mensagem forte" que hoje se ouviu nas ruas de Lisboa "tem de fazer a diferença".
"É a exigência de que há que parar o massacre ao povo palestiniano que está a ser dizimado, massacrado, expulso da sua terra", disse Paulo Raimundo, que esteve acompanhado pela líder parlamentar, Paula Santos, e por vários atuais e antigos deputados do PCP.
Questionado sobre a atuação do Estado português, Paulo Raimundo defendeu que "tem de fazer mais, fazer ouvir a sua voz em todos os espaços onde está pela exigência do cessar-fogo".
"O Estado português tem a obrigação de cumprir a Constituição, apelar à resolução dos conflitos armados pela via política e fazer cumprir as resoluções das Nações Unidas de que é subscritor", defendeu, considerando que existe uma posição de "profunda hipocrisia, profundo cinismo" de vários Estados.
Na mesma linha, o dirigente do BE Fabian Figueiredo considerou que se exige ao Governo português "passar das palavras aos atos".
"Os milhares de pessoas que saíram à rua é isso que pedem: passar da diplomacia das palavras à diplomacia das ações e responsabilizar o Estado de Israel pelo massacre que está a provocar", disse.
O candidato a deputado por Lisboa defendeu ainda que o Estado português tem de deixar de "fazer negócios com quem está a lucrar com a guerra", dizendo referir-se às multinacionais que estão na lista da ONU como sedeadas em colonatos, apontando como exemplo a HP.
"Infelizmente, todos os dias há mais razões para sair à rua, há mais de 17.000 civis mortos, na sua maioria mulheres e crianças", frisou Fabian Figueiredo, apelando ao Governo português para que se "coloque de forma firme" ao lado do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que tem feito "apelos desesperados" para um cessar-fogo imediato.
A manifestação foi convocada pelo Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses -- Intersindical Nacional (CGTP-IN) e pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC).
A zona junto à fronteira com o Egito tem estado a ser alvo de intensos combates esta sexta-feira. Segundo Telavive, o exército israelita identificou mais de 250 novos pontos onde estará armamento e células de terroristas.
Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se, hoje, para analisar o apelo inédito do secretário-geral da ONU. António Guterres invocou o artigo 99 da Carta das Nações Unidas para um Cessar-Fogo em Gaza.
O confronto com os terroristas do Hamas na Faixa de Gaza já fez mais de 400 mortos entre os militares israelitas. Os enviados da RTP a Israel assistiram, hoje, ao funeral de um jovem, filho de um membro do gabinete de guerra e amigo pessoal do primeiro-ministro, Benjamim Netanyhau.
Israel garante que abateu operacionais do Hamas. As Forças de Defesa israelitas revelam que atingiram mais de 450 alvos em Gaza.
A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) contabilizou 94 jornalistas mortos até agora em 2023, a maioria na guerra Israel-Hamas, que vitimou mais profissionais do que qualquer outro conflito em mais de 30 anos.
A organização que representa os jornalistas de todo o mundo manifestou profunda preocupação com o número de profissionais da comunicação social mortos em todo o mundo no exercício de funções em 2023.
O número de mortos é superior aos 67 registados no mesmo período de 2022, incluindo 12 mortos na guerra Ucrânia-Rússia, e o dobro do total de 47 registados em todo o ano de 2021.
O grupo apelou para uma melhor proteção dos trabalhadores dos meios de comunicação social e para que os agressores sejam responsabilizados.
"O imperativo de uma nova norma global para a proteção dos jornalistas e de uma aplicação internacional eficaz nunca foi tão grande", disse a presidente da FIJ, Dominique Pradalié, citada pela agência norte-americana AP.
Na guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, iniciada em 07 de outubro, foram mortos 68 jornalistas, mais de um por dia, segundo a FIJ.
O número representa 72% de todas as mortes ocorridas este ano nos meios de comunicação social a nível mundial.
A esmagadora maioria dos mortos eram jornalistas palestinianos na Faixa de Gaza, onde as forças israelitas continuam a ofensiva iniciada após o ataque do Hamas em Israel em 07 de outubro.
"A guerra em Gaza tem sido mais mortífera para os jornalistas do que qualquer outro conflito desde que a FIJ começou a registar os jornalistas mortos no cumprimento do dever, em 1990", afirmou a organização.
As mortes em Gaza ocorreram a uma "escala e ritmo de perda de vidas de profissionais da comunicação social sem precedentes", assinalou.
A Ucrânia também "continua a ser um país perigoso para os jornalistas", quase dois anos após a invasão russa.
Segundo a FIJ, três repórteres ou trabalhadores dos meios de comunicação social foram mortos na guerra da Rússia contra a Ucrânia desde o início do ano.
A organização, com sede em Bruxelas, também lamentou a morte de jornalistas no Afeganistão, nas Filipinas, na Índia, na China e no Bangladesh.
Manifestou preocupação por os crimes contra os trabalhadores dos meios de comunicação social ficarem impunes e exortou os governos "a esclarecerem totalmente estes assassinatos e a adotarem medidas para garantir a segurança dos jornalistas".
A FIJ registou uma queda no número de jornalistas mortos na América do Norte e do Sul, de 29 no ano passado, para sete até agora em 2023.
O grupo disse que três mexicanos, um paraguaio, um guatemalteco, um colombiano e um norte-americano foram mortos enquanto investigavam grupos armados ou o desvio de fundos públicos.
Em África, a organização deplorou "quatro assassinatos particularmente chocantes", incluindo dois nos Camarões, um no Sudão e outro no Lesoto, "que não foram totalmente investigados até à data".
Também 393 trabalhadores dos meios de comunicação social foram detidos até agora este ano, segundo a FIJ, 80 dos quais na China e em Hong Kong.
Destacam-se outros países como Myanmar (antiga Birmânia, com 54), Turquia (41), Rússia e Crimeia ocupada (40), Bielorrússia (35) ou Egito (23).
As forças israelitas mataram a tiro cinco palestinianos num campo de refugiados no norte da Cisjordânia ocupada, anunciou hoje o Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana.
O ministério não identificou os mortos, mas disse que tinham sido abatidos "por balas disparadas pela ocupação [Israel] no campo de refugiados de al-Fara", na região de Tubas.
Contactado pela agência francesa AFP, o exército israelita não fez qualquer comentário imediato.
Na quarta-feira, quatro palestinianos, incluindo dois adolescentes, foram mortos em várias operações israelitas na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967.
O território da Cisjordânia, separado da Faixa de Gaza por território israelita, tem sofrido uma intensificação da violência desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, em 07 de outubro.
Desde então, pelo menos 263 palestinianos foram mortos na Cisjordânia pelo exército ou por colonos israelitas, de acordo com um relatório da Autoridade Palestiniana citado pela AFP.
A guerra foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro, que matou 1.200 pessoas, segundo as autoridades de Israel.
Os bombardeamentos de retaliação israelitas na Faixa de Gaza, onde o Hamas tomou o poder em 2007, mataram mais de 17.100 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde do grupo islamita.
Israel considera o Hamas como uma organização terrorista, classificação também partilhada por Estados Unidos e União Europeia.