Guerra no Médio Oriente. A evolução do conflito entre Israel e o Hamas

por Inês Geraldo, Joana Raposo Santos - RTP

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.

Emissão da RTP3


Reuters

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Bebé luso-palestiniana salva dos bombardeamentos em Gaza já está em casa com o pai

Esteve internada no hospital de Santa Maria durante duas semanas por questões sociais. O pai da bebé pede agora ao governo português que aceite o resto da família que ainda está em Gaza como refugiados de guerra.

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por Lusa

Portugal lamenta veto de EUA e insiste no cessar-fogo

O ministro dos Negócios Estrangeiros lamentou hoje a decisão dos Estados Unidos de rejeitar o apelo ao cessar-fogo em Gaza, lançado pelo secretário-geral da ONU, e insistiu na via do diálogo.

"Naturalmente que lamentamos. Nós tínhamos precisamente apoiado a resolução que está ser vetada", disse João Gomes Cravinho, à agência Lusa à margem da cerimónia de entrega dos prémios `Manuel António da Mota -- Uma Vida em Angola`, que decorreu em Luanda.

Cravinho sublinhou que esta é a posição que Portugal tem assumido e insistiu que é urgente haver um cessar-fogo humanitário.

"É preciso que haja acesso da ajuda humanitária à população de Gaza, consideramos também fundamental que haja libertação sem condições dos reféns em Gaza e acreditamos que o cessar-fogo iria nesse sentido", sublinhou.

O chefe da diplomacia portuguesa afirmou que é preciso continuar a conversar, notando que tem havido evolução nas posições das Nações Unidas e dos próprios Estados Unidos, Israel e Gaza.

"Acreditamos que, continuando o diálogo, encontraremos soluções que serão satisfatórias para todos. É fundamental que haja um cessar-fogo - e repito aqui este apelo - enquanto não for permanente, deve ser temporário, que permita acesso humanitário às populações, que permita começar a falar de um futuro mais estável, nomeadamente através da solução de dois Estados", sublinhou o ministro.

Questionado pela Lusa sobre o que poderia fazer os EUA mudarem a sua posição face ao conflito, Gomes Cravinho considerou que isso já está a acontecer, embora nem sempre de forma visível.

"Mas quando se fala com os responsáveis políticos americanos, percebemos que a posição deles não é tão distante da nossa, a interpretação que eles fazem do caminho para lá chegar é que pode ser diferente", notou.

Os Estados Unidos vetaram hoje um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU que exigia um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza, apesar do apelo inédito lançado pelo secretário-geral da organização, António Guterres.

A resolução foi apresentada pelos Emirados Árabes Unidos e teve o apoio de todos os países árabes e islâmicos, além da Rússia e da China.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, invocou na quarta-feira, pela primeira vez desde que se tornou secretário-geral, o artigo 99.º da Carta das Nações Unidas, pedindo ao Conselho de Segurança, o único órgão da ONU cujas decisões têm caráter vinculativo, que "evitasse uma catástrofe humanitária" no enclave e aprovasse um cessar-fogo.

Numa reunião do Conselho de Segurança convocada na sequência do apelo inédito feito por António Guterres, o líder das Nações Unidas exortou o órgão da ONU, cujas decisões são vinculativas, a não poupar esforços para pressionar "um cessar-fogo humanitário imediato, pela proteção dos civis e pela entrega urgente de ajuda vital".

"Existe claramente, na minha opinião, um sério risco de agravamento das ameaças existentes à manutenção da paz e da segurança internacionais", reforçou, denunciando ainda que "não existe uma proteção eficaz dos civis".

"Receio que as consequências possam ser devastadoras para a segurança de toda a região", frisou Guterres.

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Milhares de pessoas juntaram-se em Lisboa para exigir o cessar-fogo em Gaza

Uma manifestação a favor da independência da Palestina, dois meses depois do ataque do grupo Hamas a Israel.

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Chumbada resolução proposta para um cessar-fogo

Foi chumbada a resolução proposta para um cessar-fogo humanitário em Gaza. Os Estados Unidos, que têm poder de veto, votaram contra e bloquearam a adoção de uma trégua humanitária proposta por António Guterres. O Reino Unido e 13 países votaram a favor mas a moção do cessar fogo acabou por ser chumbada.
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Confronto com Hamas na faixa de Gaza já fez 420 mortos entre os militares israelitas

Os enviados da RTP a Israel assistiram, hoje, ao funeral de um jovem, filho de um membro do gabinete de guerra e amigo pessoal do primeiro-ministro, Benjamim Netanyhau.

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Estados Unidos votam contra cessar-fogo porque têm estado ao lado de Israel

Os correspondentes da RTP em Telavive explicam que a decisão dos Estados Unidos em votar contra o cessar-fogo no Conselho de Segurança da ONU é necessária porque os americanos têm sempre mostrado estar ao lado de Israel desde o início da operação militar israelita a 7 de outubro.

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por RTP

ONU. Estados Unidos vão votar contra cessar-fogo humanitário

Os Estados Unidos vão votar contra um cessar fogo humanitário em Gaza. A proposta de resolução foi levado ao Conselho de Segurança da ONU por António Guterres que invocou poderes especiais. O Hamas diz que já são mais de 17 mil os palestinianos mortos nesta guerra.

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Pelo menos dez mortos em bombardeamento em Khan Younis

Pelo menos dez pessoas foram mortas em bombardeamentos israelitas na zona de Khan Younis. A informação foi avançada à Reuters por funcionários palestinianos ligados à saúde.
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Casa Branca quer fazer chegar ajuda humanitária a Gaza

A Casa Branca declarou esta sexta-feira que continua a trabalhar para fazer chegar ajuda humanitária a Gaza, enquanto conversa com Israel para o país ser mais cauteloso na forma como atinge alvos na Faixa de Gaza.

"Certamente reconhecemos que mais pode ser feito para reduzir mortes de civis", explicou John Kirby, porta-voz de segurança nacional dos Estados Unidos.
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Hamas pede ao Conselho de Segurança da ONU fim a "guerra brutal" em Gaza

O Hamas pediu esta sexta-feira ao Conselho de Segurança da ONU para colocar fim à "guerra brutal" que está a ter lugar em Gaza.

"Apelamos ao Conselho de Segurança, à comunidade internacional e a todos os países do mundo para que acabem com esta guerra brutal e salvem a Faixa de Gaza antes que seja tarde demais", disse o grupo em comunicado.
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por Lusa

PCP e BE juntam-se a manifestação por cessar-fogo imediato e "fim do massacre"

PCP e BE juntaram-se hoje a uma manifestação em Lisboa que apelou ao "cessar-fogo imediato" em Gaza, com os partidos a pedirem mais ação do Estado português pelo "fim do massacre" e responsabilização de Israel.

Mais de um milhar de pessoas participou hoje nesta manifestação, com o lema "Paz no Médio Oriente, Palestina Independente", que começou no Martim Moniz e vai terminar no Largo José Saramago (antigo Campo das Cebolas), e em que as palavras de ordem mais ouvidas foram "Palestina vencerá" ou "Libertar a Palestina, acabar com a chacina".

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, juntou-se à manifestação a meio da Rua do Ouro e defendeu que "a mensagem forte" que hoje se ouviu nas ruas de Lisboa "tem de fazer a diferença".

"É a exigência de que há que parar o massacre ao povo palestiniano que está a ser dizimado, massacrado, expulso da sua terra", disse Paulo Raimundo, que esteve acompanhado pela líder parlamentar, Paula Santos, e por vários atuais e antigos deputados do PCP.

Questionado sobre a atuação do Estado português, Paulo Raimundo defendeu que "tem de fazer mais, fazer ouvir a sua voz em todos os espaços onde está pela exigência do cessar-fogo".

"O Estado português tem a obrigação de cumprir a Constituição, apelar à resolução dos conflitos armados pela via política e fazer cumprir as resoluções das Nações Unidas de que é subscritor", defendeu, considerando que existe uma posição de "profunda hipocrisia, profundo cinismo" de vários Estados.

Na mesma linha, o dirigente do BE Fabian Figueiredo considerou que se exige ao Governo português "passar das palavras aos atos".

"Os milhares de pessoas que saíram à rua é isso que pedem: passar da diplomacia das palavras à diplomacia das ações e responsabilizar o Estado de Israel pelo massacre que está a provocar", disse.

O candidato a deputado por Lisboa defendeu ainda que o Estado português tem de deixar de "fazer negócios com quem está a lucrar com a guerra", dizendo referir-se às multinacionais que estão na lista da ONU como sedeadas em colonatos, apontando como exemplo a HP.

"Infelizmente, todos os dias há mais razões para sair à rua, há mais de 17.000 civis mortos, na sua maioria mulheres e crianças", frisou Fabian Figueiredo, apelando ao Governo português para que se "coloque de forma firme" ao lado do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que tem feito "apelos desesperados" para um cessar-fogo imediato.

A manifestação foi convocada pelo Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses -- Intersindical Nacional (CGTP-IN) e pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC).

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Macron pede a Netanyahu novo acesso para ajuda humanitária

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Estados Unidos rejeitam cessar-fogo imediato

Os Estados Unidos rejeitaram esta sexta-feira um cessar-fogo imediato em Gaza, no Conselho de Segurança da ONU.

"Embora os Estados Unidos apoiem a paz duradoura, onde israelitas e palestinianos possam viver em paz e segurança, não apoiamos os apelos de um cessar-fogo imediato", declarou Robert Wood que diz que isso pode levar a uma nova guerra no futuro, já que o Hamas não procura a paz.
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Inação do Conselho de Segurança torna-o cúmplice

As palavras são dos Médicos Sem Fronteiras que dizem que a inação do Conselho de Segurança da ONU torna-o cúmplice do "massacre em Gaza".
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Mahmoud Abbas quer paz e solução política duradoura

O presidente da Autoridade Palestiniana disse esta sexta-feira em entrevista que é necessário haver uma conferência para paz internacional para terminar a guerra com Israel e encontrar uma solução política duradoura, após o estabelecimento do estado da Palestina. 

Em declarações à Reuters, Mahmoud Abbas disse que o conflito entre Israel e Hamas alcançou um ponto alarmante e que são necessárias garantias internacionais para terminar a guerra. Abbas disse continuar a ser favorável a negociações para terminar a ocupação. 

"Estou com a resistência pacífica. Sou a favor de negociações baseadas na numa conferência de paz internacional que levaria a uma solução que vai ser protegida por nações poderosas e estabelecer um estado palestiniano soberano na Faixa de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental".
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Paris condena criação de nova colónia por parte de Israel

A França veio hoje a público condenar a criação de um novo colonato por parte de Israel em Jerusalém Oriental, uma decisão que compromete a solução de dois estados.

 "A colonização é ilegal perante o direito internacional. Ao aprovar novos projetos de colonato, o governo israelita mina a possibilidade estabelecer um estado da Palestina viável e coloca em perigo a solução de dois estados", declarou Anne-Claire Legendre, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros de França.
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Falta de condições para ajuda humanitária

Num Conselho de Segurança da ONU, António Guterres declarou que já não existem em Gaza condições para haver ajuda humanitária para a população. O secretario-geral das Nações Unidas afirmou que Gaza está a ficar sem comida e que nenhum lugar do território é atualmente seguro.

Depois de explicar que não existem explicações para o que o Hamas fez a 7 de Outubro, António Guterres afirmou também que tal não justifica o "castigo do povo palestiniano" por parte de Israel

Assim, o secretário-geral pede ao Conselho de Segurança que seja decretado um cessar-fogo imediato para uma proteção eficaz dos civis em Gaza e para que a ajuda humanitária chegue ao território.

"Existe claramente, na minha opinião, um sério risco de agravamento das ameaças existentes à manutenção da paz e da segurança internacionais", reforçou, denunciando ainda que "não existe uma proteção eficaz dos civis".

"Receio que as consequências possam ser devastadoras para a segurança de toda a região", frisou Guterres.


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Ministério da Saúde do Hamas anuncia novo número de mortos: 17.487

O Ministério da Saúde do Hamas anunciou esta sexta-feira que os bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza já mataram 17.487 pessoas desde o início da guerra, a 7 de outubro. Deste total, 70% serão mulheres, crianças e jovens com menos de 18 anos.

O ministério fala ainda em dezenas de milhares de feridos, muitos dos quais não podem ser tratados devido à falta de recursos, de profissionais de saúde e de espaço em hospitais sobrelotados.

"Perdemos dezenas de feridos todos os dias devido à falta dos cuidados necessários", declarou o porta-voz Ashraf al-Qidreh, apelando a que seja dado tempo e segurança para retirar os feridos graves de Gaza.

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UE deverá adotar novas sanções contra o Hamas nas próximas semanas

Um funcionário da UE disse esta sexta-feira à agência Reuters o bloco deverá adotar novas sanções contra o Hamas já nas próximas semanas. "Tenho quase a certeza de que as sanções ao Hamas serão adotadas nas próximas semanas", referiu este responsável.

Bruxelas incluiu esta sexta-feira dois comandantes do Hamas na sua lista de terroristas.
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Guerra no Médio Oriente. Ataques intensos junto à fronteira com o Egito

A zona junto à fronteira com o Egito tem estado a ser alvo de intensos combates esta sexta-feira. Segundo Telavive, o exército israelita identificou mais de 250 novos pontos onde estará armamento e células de terroristas.

Os enviados especiais da RTP a Israel, Paulo Jerónimo e José Pinto Dias, dão conta dos últimos desenvolvimentos.
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Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se para analisar pedido de Guterres

Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se, hoje, para analisar o apelo inédito do secretário-geral da ONU. António Guterres invocou o artigo 99 da Carta das Nações Unidas para um Cessar-Fogo em Gaza.

A reunião está marcada para as 10 da manhã no Equador, país que preside este mês ao Conselho de Segurança da ONU, 3 da tarde em Lisboa.

O Artigo 99 da Carta das Nações Unidas é o instrumento diplomático mais poderoso à disposição de um secretário-geral da ONU.

Permite que imponha um tema ao Conselho de Segurança, quando considera que está ameaçada a manutenção da segurança internacional.
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Confronto com o Hamas na Faixa de Gaza já fez mais de 400 mortos

O confronto com os terroristas do Hamas na Faixa de Gaza já fez mais de 400 mortos entre os militares israelitas. Os enviados da RTP a Israel assistiram, hoje, ao funeral de um jovem, filho de um membro do gabinete de guerra e amigo pessoal do primeiro-ministro, Benjamim Netanyhau.

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Israel destruiu várias estruturas militares do Hamas em 24 horas

Israel garante que abateu operacionais do Hamas. As Forças de Defesa israelitas revelam que atingiram mais de 450 alvos em Gaza.

Em Rafah, local para onde foram milhares de palestinianos, a pedido de Israel, falta água e comida.
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PSD acusa PS de alinhar com "posições radicais" do BE e instrumentalizar Guterres

O PSD acusou hoje o PS de trazer para a política externa "o pior da luta política interna" e lamentou que os socialistas tenham alinhado com as "posições mais radicais" do BE num voto que considera instrumentalizar António Guterres.

O coordenador do PS na Comissão de Negócios Estrangeiros, Paulo Pisco, tinha hoje considerado incompreensível que o PSD tenha votado na quinta-feira contra um texto de solidariedade do BE ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e outro de deputados do PS e BE de solidariedade para o apelo da ONU para um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Ambos os votos, apresentados no final de outubro, foram aprovados na quinta-feira na reunião desta comissão pelo PS e BE, com votos contra do PSD e Chega.

Em declarações à Lusa, o coordenador do PSD na Comissão de Negócios Estrangeiros, Tiago Moreira de Sá, acusou o PS de trazer para a política externa "o pior da luta política interna", lembrando que os dois partidos até consensualizaram um texto comum de condenação dos ataques terroristas do Hamas em Israel de 07 de outubro, no qual se salientava que este país tem o direito de se defender "no quadro do direito internacional".

Agência Lusa

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PS considera incompreensível que PSD tenha votado contra solidariedade a Guterres

O PS considerou incompreensível que o PSD tenha votado contra um voto de solidariedade ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e outro de apoio ao apelo da ONU para um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Em declarações hoje à Lusa, o coordenador socialista na Comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros, o deputado Paulo Pisco, explicou que ambos os votos foram aprovados na quinta-feira na reunião desta comissão pelo PS e BE, mas com votos contra do PSD e do Chega.

"O voto contra do PSD é totalmente incompreensível à luz dos acontecimentos que temos presenciado", afirmou Paulo Pisco, que considerou que atacar António Guterres é também "fragilizar o papel das Nações Unidas".

O voto de solidariedade para com o secretário-geral das Nações Unidas foi apresentado pelo BE no final de outubro e, na parte resolutiva, solidariza-se com António Guterres "repudiando os ataques de que tem sido alvo por parte de Israel", e "sublinha a necessidade de um cessar-fogo na região, de acesso à ajuda humanitária e de condenação dos crimes de guerra".

Agência Lusa
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por Lusa

Organização contabiliza 94 jornalistas mortos desde janeiro com maioria em Gaza

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) contabilizou 94 jornalistas mortos até agora em 2023, a maioria na guerra Israel-Hamas, que vitimou mais profissionais do que qualquer outro conflito em mais de 30 anos.

A organização que representa os jornalistas de todo o mundo manifestou profunda preocupação com o número de profissionais da comunicação social mortos em todo o mundo no exercício de funções em 2023.

O número de mortos é superior aos 67 registados no mesmo período de 2022, incluindo 12 mortos na guerra Ucrânia-Rússia, e o dobro do total de 47 registados em todo o ano de 2021.

O grupo apelou para uma melhor proteção dos trabalhadores dos meios de comunicação social e para que os agressores sejam responsabilizados.

"O imperativo de uma nova norma global para a proteção dos jornalistas e de uma aplicação internacional eficaz nunca foi tão grande", disse a presidente da FIJ, Dominique Pradalié, citada pela agência norte-americana AP.

Na guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, iniciada em 07 de outubro, foram mortos 68 jornalistas, mais de um por dia, segundo a FIJ.

O número representa 72% de todas as mortes ocorridas este ano nos meios de comunicação social a nível mundial.

A esmagadora maioria dos mortos eram jornalistas palestinianos na Faixa de Gaza, onde as forças israelitas continuam a ofensiva iniciada após o ataque do Hamas em Israel em 07 de outubro.

"A guerra em Gaza tem sido mais mortífera para os jornalistas do que qualquer outro conflito desde que a FIJ começou a registar os jornalistas mortos no cumprimento do dever, em 1990", afirmou a organização.

As mortes em Gaza ocorreram a uma "escala e ritmo de perda de vidas de profissionais da comunicação social sem precedentes", assinalou.

A Ucrânia também "continua a ser um país perigoso para os jornalistas", quase dois anos após a invasão russa.

Segundo a FIJ, três repórteres ou trabalhadores dos meios de comunicação social foram mortos na guerra da Rússia contra a Ucrânia desde o início do ano.

A organização, com sede em Bruxelas, também lamentou a morte de jornalistas no Afeganistão, nas Filipinas, na Índia, na China e no Bangladesh.

Manifestou preocupação por os crimes contra os trabalhadores dos meios de comunicação social ficarem impunes e exortou os governos "a esclarecerem totalmente estes assassinatos e a adotarem medidas para garantir a segurança dos jornalistas".

A FIJ registou uma queda no número de jornalistas mortos na América do Norte e do Sul, de 29 no ano passado, para sete até agora em 2023.

O grupo disse que três mexicanos, um paraguaio, um guatemalteco, um colombiano e um norte-americano foram mortos enquanto investigavam grupos armados ou o desvio de fundos públicos.

Em África, a organização deplorou "quatro assassinatos particularmente chocantes", incluindo dois nos Camarões, um no Sudão e outro no Lesoto, "que não foram totalmente investigados até à data".

Também 393 trabalhadores dos meios de comunicação social foram detidos até agora este ano, segundo a FIJ, 80 dos quais na China e em Hong Kong.

Destacam-se outros países como Myanmar (antiga Birmânia, com 54), Turquia (41), Rússia e Crimeia ocupada (40), Bielorrússia (35) ou Egito (23).

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por RTP

A paz não será possível se o Hamas continuar a atacar a partir de Gaza, diz Alemanha

Garantir uma paz duradoura no Oriente Médio não será possível enquanto o Hamas continuar a lançar ataques a partir da Faixa de Gaza, afirmou esta manhã um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha.

Neste momento, Berlim "defende novas tréguas", disse o responsável numa conferência de imprensa, acrescentando que Israel deve evitar o sofrimento de civis no sul da Faixa de Gaza e que é obrigado a respeitar o direito humanitário.
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Jornalistas mortos no Líbano. Incidente ocorreu em "zona de combate", diz Israel

O atentado que matou um jornalista da Reuters e feriu outras seis pessoas, incluindo dois trabalhadores da agência France Presse, a 13 de outubro no sul do Líbano, ocorreu "numa zona de combate ativo", disse hoje o exército israelita à AFP.

Uma investigação desta agência de notícias sobre o atentado, publicada na quinta-feira, apontava para um projétil vindo de um tanque israelita. Já a investigação da agência Reuters, também publicada na quinta-feira, concluiu igualmente que houve disparos de tanques israelitas.

Questionado sobre estas descobertas, um porta-voz do exército de Israel sublinhou que o local onde os jornalistas se encontravam era "uma zona de combate ativa, onde ocorrem trocas de tiros" e que "estar nesta região é perigoso".

"O incidente está a ser examinado", disse este porta-voz à AFP, acrescentando que o exército tinha solicitado ao Líbano no dia anterior às mortes dos jornalistas, 12 de outubro, que verificasse "se não havia civis na zona de combate".

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Hamas diz que soldado israelita refém foi morto em confronto com forças especiais

O braço armado do Hamas avançou que um soldado israelita feito refém morreu na manhã desta sexta-feira, num confronto entre os militantes deste grupo e uma unidade de forças especiais israelitas que realizava uma operação de resgate.

As Brigadas Al-Qassam disseram ter descoberto essa operação de resgate e confrontado a unidade, o que levou à morte e ferimentos de vários elementos israelitas envolvidos.

O soldado que estava refém do Hamas e que morreu era, segundo este grupo, Sa'ar Baruch, de 25 anos. As Forças de Defesa de Israel ainda não comentaram estas afirmações.

No fim de outubro, Israel tinha resgatado um soldado refém em Gaza e avisou que poderia organizar mais operações semelhantes para recuperar os restantes reféns.

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por Lusa

Forças israelitas acusadas de matar a tiro cinco palestinianos em campo de refugiados

As forças israelitas mataram a tiro cinco palestinianos num campo de refugiados no norte da Cisjordânia ocupada, anunciou hoje o Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana.

O ministério não identificou os mortos, mas disse que tinham sido abatidos "por balas disparadas pela ocupação [Israel] no campo de refugiados de al-Fara", na região de Tubas.

Contactado pela agência francesa AFP, o exército israelita não fez qualquer comentário imediato.

Na quarta-feira, quatro palestinianos, incluindo dois adolescentes, foram mortos em várias operações israelitas na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967.

O território da Cisjordânia, separado da Faixa de Gaza por território israelita, tem sofrido uma intensificação da violência desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, em 07 de outubro.

Desde então, pelo menos 263 palestinianos foram mortos na Cisjordânia pelo exército ou por colonos israelitas, de acordo com um relatório da Autoridade Palestiniana citado pela AFP.

A guerra foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro, que matou 1.200 pessoas, segundo as autoridades de Israel.

Os bombardeamentos de retaliação israelitas na Faixa de Gaza, onde o Hamas tomou o poder em 2007, mataram mais de 17.100 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde do grupo islamita.

Israel considera o Hamas como uma organização terrorista, classificação também partilhada por Estados Unidos e União Europeia.

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Emirados Árabes Unidos pedem ao Conselho de Segurança da ONU votação para exigir cessar-fogo

Os Emirados Árabes Unidos pediram ao Conselho de Segurança da ONU que vote na manhã desta sexta-feira um projeto de resolução que exige um cessar-fogo humanitário imediato na Faixa de Gaza. A informação foi avançada por fontes diplomáticas à agência Reuters.

Para ser adotada, uma resolução precisa de pelo menos nove votos a favor e nenhum veto por parte dos cinco membros permanentes – Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido. Os EUA já disseram, porém, que não vão apoiar qualquer ação adicional do Conselho de Segurança da ONU por enquanto.
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Blinken fala em lacuna entre intenção de Israel de proteger civis e os resultados

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse hoje que continua a existir uma lacuna entre a intenção de Israel de proteger os civis em Gaza e os resultados no terreno, acrescentando que Washington conversa regularmente com Israel sobre a proteção de civis.

"Continua a ser imperativo que Israel valorize a proteção dos civis. E continua a existir uma lacuna entre (...) a intenção de proteger esses civis e os resultados que estamos a ver no terreno", disse o responsável.
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