Ilhas Salomão rejeitam ingerência chinesa

por Lusa
A eventual presença militar chinesa no Pacífico Sul preocupa os países ocidentais D.R.

As Ilhas Salomão garantiram que não vão permitir que a China construa uma base militar no país, numa reação às preocupações levantadas pelos países ocidentais sobre uma eventual presença militar chinesa no Pacífico Sul.

Esta garantia, no entanto, terá pouco efeito para aliviar as preocupações sobre o pacto de segurança com a China anunciado pelo país insular.

O líder da vizinha Micronésia somou a sua voz aos países que expressaram apreensão, ao invocar as sangrentas batalhas da Segunda Guerra Mundial, alertando que o pacto pode voltar a converter a região do Pacífico Sul num campo de batalha para as grandes potências.

Num comunicado emitido esta sexta-feira, o governo das Ilhas Salomão disse que, "ao contrário da desinformação promovida por comentadores antigoverno", o acordo não convida a China a estabelecer uma base militar.

"O governo está consciente da ramificação para a segurança ao sediar uma base militar e não vai ser descuidado e permitir que tal iniciativa ocorra sob a sua vigilância", lê-se na mesma nota.

O primeiro-ministro das Ilhas Salomão, Manasseh Sogavare disse anteriormente que a sua nação deseja apenas a paz e prosperidade, citando o seu 'mantra' para a política externa: "Somos amigos de todos e inimigos de ninguém".

Sob os termos do esboço do acordo, a China pode enviar polícias, militares e outras forças armadas para as Ilhas Salomão "para ajudar na manutenção da ordem social" e por várias outras razões.

O acordo prevê também visitas de navios de guerra, para "realizar reabastecimento logístico e escalas".

Isto suscitou especulações sobre a possibilidade de a China estabelecer uma base naval nas ilhas do Pacífico Sul.

 

 

 

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