Incêndio em centro comercial na Sibéria matou 41 crianças

por Lusa
Alexei Druzhinin - Kremlin via REUTERS

Os corpos de 41 crianças estão entre as vítimas mortais do incêndio num centro comercial da Sibéria, na Rússia, no domingo, que causou pelo menos 64 mortes, noticia hoje a agência Ria Novosti, citada pela AFP.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, prometeu hoje que todos os responsáveis pelo acidente na cidade siberiana de Kemerovo serão castigados, escreve a agência Efe.

"Não tenham a menor dúvida: todos dos culpados serão castigados", prometeu Putin, segundo as agências locais, durante uma reunião com o autarca de Kemerovo, Iliá Serediuk, e um grupo de 15 cidadãos, no local para onde foram transportados dos corpos.

Apesar de não estar previsto, Putin aceitou reunir-se com um grupo de cidadãos, em nome de centenas de manifestantes que se concentraram na praça dos Sovietes de Kemerovo para exigir a destituição das autoridades locais, que acusam de ocultar a dimensão da tragédia.

Durante a reunião, Putin assegurou que não tem sentido questionar a veracidade dos números oficiais de mortes e aconselhou a não dar crédito às informações que se difundem nas redes sociais.

Pelo menos 64 pessoas morreram no incêndio que destruiu no domingo um centro comercial na cidade russa de Kemerovo, na Sibéria.

O centro comercial era um destino popular para famílias e estava cheio no domingo, o primeiro dia das férias escolares, quando deflagrou o incêndio.

O fogo teve origem num dos cinemas situados no quarto e último andar do centro comercial, propagando-se a todo o edifício.

De acordo com investigações preliminares, o alarme anti-incêndios do edifício não foi acionado, pelo que as pessoas que ali se encontravam só se aperceberam do fogo quando um fumo denso invadiu o centro.

As equipas de bombeiros demoraram mais de seis horas a controlar as chamas, que alastraram a uma superfície de 1.500 metros quadrados.

Vladimir Putin denunciou hoje uma "negligência criminosa" para explicar o incêndio.

"O que se passou aqui? Não se trata de hostilidades armadas. Não se trata de uma fuga de gás inadvertida (...), tanta gente morreu porquê? Por causa de negligência criminosa, de deixar andar", afirmou Putin no local, em declarações retransmitidas pelo Kremlin.

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