Ponto de situação
- O parlamento de Israel aprovou, na quinta-feira, um Governo de emergência para gerir o país durante o conflito com o movimento islamita Hamas, com a inclusão de cinco deputados da oposição, liderados por Benny Gantz, no executivo de Benjamin Netanyahu. O gabinete de gestão da guerra será composto pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, por Benny Gantz e pelo atual ministro da Defesa, Yoav Gallant.
- O Reino Unido anunciou que vai enviar dois navios para o Mediterrâneo Oriental, iniciar voos de vigilância sobre Israel e "reforçar a segurança regional". Em comunicado, o Governo britânico afirmou que, a partir de sexta-feira, patrulhas marítimas e aviões de vigilância vão começar a operar na região para tentar detetar ameaças como "a transferência de armas para grupos terroristas".
- Os ministros da Economia e governadores dos bancos centrais do G7 condenaram, na quinta-feira, inequivocamente os ataques do grupo islamita palestiniano Hamas contra Israel, manifestando a sua solidariedade para com a população israelita. Os responsáveis económicos dos Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido incluíram esta condenação numa declaração conjunta após reunião em Marraquexe, por ocasião da Assembleia Anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial.
- O secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin, planeia visitar Israel na sexta-feira, em demonstração de apoio e de esforço para determinar que ajuda militar adicional é necessária na guerra com o Hamas. Prevê-se que Austin se reúna com o primeiro-ministro israelita e com o ministro da Defesa.
- Também a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, visitam, esta sexta-feira, Israel para expressar a solidariedade da União Europeia com as vítimas dos ataques terroristas do grupo islamita Hamas.
- O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, cujo país apoia o movimento islamita palestiniano Hamas, alertou que a abertura de uma "nova frente" contra Israel no Médio Oriente está condicionada às ações do Estado judeu na Faixa de Gaza. Teerão está no centro das atenções pelo apoio sem reservas ao Hamas e, embora apoie há muito o movimento islamita, os líderes iranianos afirmam não estar envolvidos no ataque surpresa que lançou no sábado contra Israel, inimigo da República Islâmica.
- Entretanto, na Cisjordânia ocupada três palestinianos foram assassinados, dois homens por colonos judeus e uma mulher a tiro pelas forças israelitas, adiantaram fontes oficiais palestinianas, no sexto dia de guerra entre Israel e o movimento islamista Hamas.
- Há ainda informação de que dezenas de estrangeiros foram mortos, feitos reféns ou desapareceram desde o ataque de sábado do movimento islâmico Hamas contra Israel, que deixou mais de 1.300 israelitas mortos. Cerca de 250 das vítimas israelitas participavam numa festa no deserto, perto da fronteira com a Faixa de Gaza, quando foram atacados.
Israelitas em alerta após Hamas convocar "Dia da Raiva" em todo o mundo
Mais de 420 mil pessoas obrigadas a fugir de Gaza
Lula pede criação de corredor humanitário a presidente israelita
"Transmiti meu apelo por um corredor humanitário para que as pessoas que queiram sair da Faixa de Gaza pelo Egito tenham segurança", escreveu o Lula da Silva na rede social X.
Lula da Silva pediu ainda a Isaac Herzog que faça "todas as iniciativas possíveis para que não falte água, luz e remédios em hospitais"
"Não é possível que os inocentes sejam vítimas da insanidade daqueles que querem a guerra", frisou.
De acordo com um comunicado da Presidência brasileira, Lula da Sila agradeceu o apoio israelita nas operações para retirada de brasileiros que procuram sair da zona de conflito.
Irão adverte que crimes contra palestinianos terão resposta
“As autoridades de certos países perguntam-nos sobre a possibilidade de abrir uma nova frente [contra Israel] na região", declarou Hossein Amir-Abdollahian.
"A nossa resposta clara relativamente a estas possibilidades é que tudo depende das ações do regime sionista em Gaza", acrescentou. "Mesmo agora, os crimes de Israel continuam e ninguém na região nos pede permissão para abrir novas frentes".
Hamas diz ser cedo para falar sobre a libertação de reféns
"É muito cedo para falar sobre a questão dos prisioneiros sem antes parar a agressão" na Faixa de Gaza, disse Osama Abu Khaled, membro do gabinete dos membros do Hamas, que acrescentou que a organização está a "estabelecer contactos com todas as partes envolvidas para pôr fim à agressão".
O Hamas continua a apelar às organizações humanitárias para que "forneçam ajuda urgente e rápida", bem como combustível e outros bens básicos face ao bloqueio israelita à Faixa de Gaza, onde mais de 2,2 milhões de pessoas estão à beira de uma catástrofe humanitária.
Abu Khaled reiterou que o movimento islamita, que controla Gaza desde 2007 e que está em guerra com Israel há seis dias, rejeita a abertura de um corredor humanitário por "ter como objetivo forçar a deslocação" dos habitantes de Gaza.
Japão e Canadá condenam os ataques "de terror" do Hamas
Os dois países manifestaram ainda ao mais alto nível a certeza de que Israel tem direito a defender-se.
UE. Presidentes da Comissão e do Parlamento em Israel esta sexta-feira
Ursula von der Leyen e Roberta Metsola são esperadas em Israel esta sexta-feira, anunciou um comunicado conjunto da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu.
PCP condena ataques do Hamas e considera que não servem "interesses do povo palestiniano"
Em declarações aos jornalistas na Amadora, onde participou numa sessão pública sobre o Orçamento do Estado para 2024, Paulo Raimundo foi questionado se o PCP condena os ataques do Hamas deste sábado.
"Isso não há nenhuma dúvida. Tudo aquilo que envolva operações que tenham como objetivo e destinatário populações civis, é sempre condenável, seja ela do Hamas, seja de quem for", respondeu o secretário-geral do PCP.
No entanto, Paulo Raimundo defendeu que há uma "certa hipocrisia no ar" sobre esta matéria, considerando que se olha para os ataques do Hamas no sábado de uma maneira e de outra para a situação que se vive na Faixa de Gaza, com "praticamente três milhões de pessoas completamente isoladas, sem acesso a água, a alimentação, a cuidados médicos".
"Uns atos são condenáveis, porque são atos de índole terrorista, e os outros são o quê? É justiça? É uma vingança? É o quê?", questionou.
Interrogado se o PCP considera o Hamas uma organização terrorista, Paulo Raimundo respondeu: "Basta olhar para a história, perceber quem ajudou a financiar, a criar, e qual foi o objetivo fundamental da sua criação - em particular, combater as forças democráticas na própria Palestina - para tirar as conclusões".
"Quem olhar para a história (...) perceberá que, se há coisa que não serve os interesses do povo palestiniano, é este conjunto de ações. E, portanto, nós condenamos essas ações, e em particular as vítimas civis, inocentes, que estão a ser, tal e qual como agora, as primeiras vítimas deste processo", reforçou.
O grupo islamita Hamas lançou no sábado um ataque terrestre, marítimo e aéreo sem precedentes contra Israel a partir da Faixa de Gaza, na maior escalada do conflito israelo-palestiniano em décadas.
Além de ter matado centenas de pessoas em Israel, o Hamas raptou mais de uma centena de israelitas e estrangeiros que mantém como reféns na Faixa de Gaza, território que controla desde 2006.
O ataque levou Israel a declarar guerra contra o grupo islamita palestiniano e a responder com bombardeamentos contra a Faixa de Gaza.
O Hamas é considerado um grupo terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela UE.
Novo balanço aponta 1.537 mortos e 6.612 feridos na Faixa de Gaza
O ministro da Saúde do governo de Gaza actualizou o número de vítimas dos ataques israelitas no enclave. Desde sábado morreram 1.537 palestinianos, incluindo 500 crianças e 276 mulheres, e 6.612 ficaram feridos.
Judeus ucranianos vêm paralelos entre ambos os conflitos
A comunidade judaica, que vive na Ucrânia, acompanha com preocupação a situação em Israel. O conflito no Médio Oriente tem implicações também na guerra ucraniana.
Médicos Sem Fronteiras. Maioria das vítimas na Faixa de Gaza são mulheres e crianças
A organização que tem relatado a situação através das redes sociais informou, esta quinta-feira, através de uma publicação na rede social X, antigo Twitter, que a maioria dos feridos pelos ataques são mulheres e crianças.
“Hoje [11/10] todos os pacientes que recebemos em #Gaza eram crianças entre os 10 e 14 anos - aqui, a maioria dos feridos são mulheres e crianças, pois estão mais frequentemente nas casas destruídas pelos ataques."
— Médicos Sem Fronteiras (@MSF_Portugal) October 12, 2023
- Ayman Al-Djaroucha, vice-coordenador do projeto em Gaza
Na Faixa de Gaza a grande preocupação é atualmente a questão humanitária como testemunharam os enviados especiais da RTP a Israel, José Manuel Rosendo e Marques de Almeida.
A Médicos Sem Fronteiras defende que “a declaração de guerra não deve, em caso algum, conduzir a uma punição coletiva da população de Gaza" e apela às autoridades israelitas para “facilitar, a passagem fronteiriça de Rafah, com o Egito” e pôr termo aos bombardeamentos no ponto de passagem. “As instalações e o pessoal médico têm de ser protegidos e respeitados; os hospitais e as ambulâncias não são alvos. O cerco imposto pelo governo israelita é inaceitável” afirma a MSF em comunicado.
A organização defende que é “necessário criar espaços seguros” uma vez que os “homens, as mulheres e as crianças que não participam nas hostilidades não têm um refúgio seguro para onde ir” e deste modo apela às autoridades e fações de Israel e da Palestina para estabelecerem espaços seguros.
“O que é que as pessoas podem fazer? Para onde é suposto irem?" questiona Matthias Kennes, chefe de Missão de MSF em Gaza, perante um cenário de destruição que a organização considerar ultrapassar as escaladas anteriores e que tem impossibilitado a prestação de assistência humanitária no terreno.
"Nós, palestinianos, vivemos 56 anos sob terrorismo diariamente". Entrevista ao representante da Palestina em Portugal
“Temos, portanto, um conflito iniciado há 75 anos, estamos sob ocupação há 56 anos, e nada foi feito. Esperam que os palestinianos receberam a liberdade por correio? Têm de lutar pela liberdade e, lamento, há civis que morrem nesse processo”.
Questionado sobre se condena a intervenção do Hamas, o chefe da missão diplomática da Palestina respondeu que condena “todas as mortes”. “Veja Gaza hoje: famílias eliminadas, corpos em sacos de plástico, as pessoas não podem enterrá-los, crianças não têm medicamentos. Cortaram a água e a eletricidade”, frisou.
Quanto às reações ocidentais ao conflito, Nabil Abuznaid condenou o facto de “os israelitas que agora destroem Gaza terem um porta-aviões vindo dos Estados Unidos para os proteger”. E deixou uma pergunta ao secretário de Estado norte-americano: “quando fala da segurança de Israel, deve declarar onde deverá existir segurança; será nos territórios ocupados?”.“Porque é que este conflito não pode terminar? Todos os conflitos no mundo terminaram pela ação humana, porque os conflitos são causados por seres humanos”, frisou Abuznaid.
Para o diplomata, “a questão palestiniana é uma questão interna nos Estados Unidos: para vencer eleições, para ganhar o apoio do lobby judaico”. Além disso, acredita que “a América é o único interveniente que pode trazer paz ao Médio Oriente”.
“Foi de facto revoltante, mas confirmou-se que afinal não era verdade. Nem os israelitas confirmaram estas notícias falsas”, recordou, referindo-se ao facto de uma fonte do Ministério israelita dos Negócios Estrangeiros ter dito à AFP na quarta-feira que não podia confirmar tais factos.
Abuznaid disse estar, no entanto, grato ao Governo português “pela sua posição de apoio aos palestinianos todos estes anos”.
O representante da Palestina em Portugal acredita que os próximos tempos serão “dolorosos para todos”, sendo que a única solução “é parar esta guerra”.
“As guerras não têm vencedores. Penso que as guerras vão trazer mais destruição, mas encontram-se sempre pretextos para as guerras e os seus heróis. O melhor é ter heróis da paz”, defendeu.
Por último, deixou uma garantia: “Os palestinianos não vão substituir Israel. Nós aceitamos viver lado a lado com Israel, numa pequena porção da Palestina, apenas 22 por cento da Palestina histórica. Que melhor oferta precisam os israelitas que lhes façamos?”, questionou.
Reunião da NATO. Aliados condenam ataque do Hamas
Israel assume como objetivo exterminar o Hamas
Foto: Mohammed Saber - EPA
Gaza prepara-se para enfrentar uma invasão que pode acontecer com meios aéreos, terrestres e marítimos.
Israel garante que Hamas perdeu controlo de grande parte da Faixa de Gaza
Guerra Israel-Hamas. EUA prometem apoio militar contínuo
Já a Alemanha avisa que o silêncio da autoridade palestiniana ao não condenar os ataques do Hamas pode significar o cancelamento da ajuda internacional.
Israel. Enviados da RTP debaixo de chuva de rockets
Trump criticado por Biden por classificar Hezbollah de "inteligente"
"O Hezbollah é muito inteligente, eles são todos muito inteligentes", disse o ex-presidente e potencial candidato presidencial durante um comício eleitoral na noite de quarta-feira na Florida.
O magnata Republicano disse ainda que a ofensiva do Hamas não teria acontecido se tivesse permanecido na Casa Branca.
"Ninguém teria sequer sonhado em aventurar-se em Israel se as eleições não tivessem sido roubadas", disse o Republicano, que continua a insistir ser o legítimo vencedor das presidenciais de 2020, que perdeu para Joe Biden.
Biden criticou fortemente os comentários de Donald Trump, a quem poderá opor-se nas eleições presidenciais de 2024, dizendo que "nunca foi apropriado elogiar os terroristas que procuram destruir" Israel.
"É absurdo que alguém, e ainda mais um candidato presidencial (...) elogie os terroristas do Hezbollah chamando-os de `muito inteligentes`", acrescentou Ron DeSantis, governador da Florida e rival de Trump nas primárias Republicanas.
O grupo armado do Líbano Hezbollah, pró-iraniano, assumiu a responsabilidade por vários ataques a posições israelitas desde o início da guerra entre Israel e o Hamas.
As mortes chegam agora aos milhares neste conflito, desencadeado pela ofensiva mortal lançada no sábado pelo movimento islamita palestiniano em território israelita.
Trump já tinha lançado provocações sobre a atual política externa norte-americana, quando, no rescaldo da invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, declarou que a estratégia do Presidente russo, Vladimir Putin, era "genial".
Crise humanitária em Gaza. Israel mantém bloqueios até libertação de reféns
Ataques israelitas tornam inoperacionais aeroportos na Síria
Bombardeamentos israelitas visaram dois aeroportos de Damasco e da cidade de Alepo, no norte, tornando-os inoperacionais, anunciaram fontes militares sírias.
A fonte militar síria afirmou que os ataques se deram "em simultâneo", tendo sido realizados "pelo inimigo, Israel". Os bombardeamentos "atingiram as pistas dos dois aeroportos, tornando-os inoperacionais".
Israel não comentou os ataques, que poderão ser preventivos para o caso da Síria, cujo Governo é aliado do Irão, decidir intervir num eventual alastrar do conflito desencadeado pelo Hamas e lançar ataques aéreos contra alvos israelitas.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria condenou os bombardeamentos, acusando em comunicado Israel de "tentativa de exportar a crise".
Os ataques coincidiram com o início de uma visita ao Iraque do ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amir-Abdollahian, horas depois de uma chamada telefónica do presidente iraniano Ebrahim Raïssi aos seu homólogo sírio, Bashar al-Assad.
Raïssi pediu "aos países muçulmanos e árabes" para "se coordenarem" de forma a "por fim aos crimes" de Israel. Amir-Abdollahian, que acusou hoje Israel de "querer realizar um genocídio" na Faixa de Gaza, deverá visitar ainda a Síria e o Líbano.
O Irão é o maior aliado do Hamas, organização islamita palestiniana que jurou matar todos os judeus e destruir o Estado de Israel.
Aproximações recentes israelo-árabes, diplomáticas e económicas, e o retomar das relações entre a Arábia Saudita e o Irão poderão estar em perigo após o ataque do Hamas, sábado passado.
Dois polícias feridos a tiro no centro de Jerusalém
"Dois polícias foram atingidos a tiro por um palestiniano. Um deles com gravidade", disse a mesma fonte à Lusa.
Desconhecem-se ainda as circunstâncias do incidente ocorrido junto a uma esquadra da polícia, na zona histórica de Jerusalém.
Por volta das 20:00 (18:00 Lisboa) foram mobilizadas dezenas de viaturas da polícia e um helicóptero das forças de segurança sobrevoou o centro da cidade durante cerca de meia hora.
O incidente ocorre na véspera do dia sagrado dos muçulmanos e cinco dias depois da ofensiva militar de grande envergadura do Hamas a partir da Faixa de Gaza.
Em Jerusalém, parte dos estabelecimentos comerciais encerram as portas mais cedo desde o dia 07 de outubro e mesmo os locais turísticos estão praticamente vazios.
Casa Branca "sem razões" para duvidar de autenticidade das imagens dos massacres
O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, afirmou esta tarde que a Administração Biden não tem qualquer razão para duvidar da autenticidade das imagens macabras mostradas pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ao denunciar o massacre de cidadãos israelitas por militantes do Hamas, no passado sábado.
Israel reconheceu nas últimas 24 horas não estar em posição de confirmar contudo declarações de um soldado a uma televisão, na qual afirmou ter visto bebés decapitados. O Hamas nega tal ocorrência.
Kirby revelou ainda na habitual reunião com a imprensa que Israel "não deseja" a colocação de forças norte-americanas no seu território.
França confirma 13 mortos e 17 desaparecidos em Israel
"A França está a fazer tudo ao lado das autoridades israelitas e dos nossos parceiros para o fazer regressar a casa em segurança, porque a França nunca abandona os seus filhos", afirmou.
Macron considerou o Hamas um grupo terrorista que visa a destruição de Israel e do seu povo, considerando que uma guerra sem fim não é a solução.
"Israel tem o direito a defender-se através da eliminação de grupos terroristas, incluindo o Hamas, através de ações concretas, mas também através da preservação das populações civis, por que esse é o dever das democracias", lembrou o presidente francês.
Nesse sentido macron garantiu que está em contacto com os líderes da região para garantir o encaminhamento de auxílio humanitário para os habitantes de Gaza.
"A luta contra o terrorismo não pode substituir a procura da paz", defendeu.
Netanyahu mostra a Blinken fotos de bebés mortos no ataque
Numa das fotos pode ver-se o corpo de uma criança ensanguentada num saco mortuário e, nas outras duas, restos humanos carbonizados do que parecem ser dois bebés, segundo as imagens que já foram divulgadas na rede social X (antiga Twitter).
"Esta visão vai para além do que podemos imaginar para qualquer pessoa", comentou o chefe da diplomacia norte-americana, acrescentando que "o mundo vê novas provas da (...) desumanidade do Hamas (...) dirigida contra bebés, crianças pequenas, adultos, idosos, pessoas com deficiências".
Uma polémica começou nos últimos dias em torno da existência de provas de abusos cometidos pelo Hamas contra crianças de `kibutz` (antigas aldeias agrícolas coletivistas) atacados, depois de um soldado ter declarado a um canal de televisão que tinha havido situações de "bebés decapitados".
Os combates em algumas comunidades duraram vários dias e fizeram centenas de mortes e há ainda um número indeterminado de pessoas por identificar ou recuperar.
Paz vai centrar celebrações da peregrinação de outubro a Fátima
"A paz é sempre temática maior em Fátima. E por isso, havendo um foco de conflito como este, não podíamos deixar de lembrar aos peregrinos de Fátima em cada dia e nas várias celebrações, esta intenção", disse o sacerdote.
Para Cabecinhas, este tema será sublinhado "de modo especial nesta peregrinação, porque a peregrinação é sempre um lugar ou um momento de grande visibilidade do próprio santuário".
Carlos Cabecinhas frisou que, em paralelo, "há uma grande intenção eclesial que vai acompanhar esta peregrinação, que é a realização da Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos".
"Mas, obviamente, o tema da paz é transversal a toda esta peregrinação e tem mesmo de o ser. Não só porque vamos rezar pela paz, como é inevitável que o tema da guerra volte a estar presente na peregrinação, porque está presente também no nosso dia a dia", afirmou aos jornalistas, acrescentando: "tínhamos o drama da guerra na Ucrânia, agora temos o drama da guerra em Israel, na Terra Santa, e nos territórios palestinianos, nomeadamente na Faixa de Gaza. São situações que nos preocupam de forma muito especial e às quais não podemos, de modo algum, ficar indiferentes".
O reitor do Santuário adiantou que haverá "preces específicas pela paz (...) nos momentos de oração da própria peregrinação".
A peregrinação de hoje e sexta-feira ao Santuário de Fátima é presidida pelo novo cardeal português Américo Aguiar, ainda presidente da Fundação Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 e futuro bispo de Setúbal.
O objetivo do santuário ao convidar Américo Aguiar para presidir às celebrações desta peregrinação "era manter o tema da Jornada Mundial da Juventude presente no horizonte da Igreja em Portugal e presente no horizonte de Fátima".
A JMJ "foi um acontecimento marcante para o país e para a Igreja portuguesa e é um acontecimento cujo dinamismo não queremos deixar perder", acrescentou Carlos Cabecinhas.
A peregrinação de hoje e sexta-feira conta já com o registo de 105 grupos organizados de peregrinos, com a Itália, com 19 grupos, a ser o país estrangeiro com maior representação.
A França, com 11 grupos, e os Estados Unidos da América, com oito grupos, são os países que se seguem com maior representatividade, com o santuário a registar, para já, a presença de peregrinos de 32 países, desde Portugal ao Vietname, ou do Brasil à Ucrânia.
O programa oficial da peregrinação tem início às 21:30, com recitação do terço na Capelinha das Aparições, seguida da procissão das velas e celebração da palavra no altar do recinto.
Após uma noite de vigília, terá lugar, às 07:00 de sexta-feira, a procissão eucarística, no recinto de oração, seguindo-se, duas horas depois, o terço na Capelinha das Aparições, a procissão, a missa internacional, a bênção dos doentes e a procissão do adeus.
com Lusa
Portugal e Palestina concordam na necessidade de travar violência revela MNE
Durante uma conversa telefónica, João Gomes Cravinho e o chefe da diplomacia palestiniana, Riyad al-Maliki, abordaram a "situação na região e perspetivas futuras após as recentes [reuniões] ministeriais [da] UE [União Europeia] e [da] Liga Árabe", segundo uma publicação do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) na rede social X (antigo Twitter).
"Convergência quanto à necessidade de cessar a escalada de violência e de investir na ação político-diplomática", acrescenta a publicação do MNE.
O ministro português também falou na quarta-feira com o homólogo de Omã, Badr al-Busaidi, "sobre a situação em Israel e na região".
"Boas perspetivas quanto ao reforço das relações" entre Portugal e Omã, segundo o Palácio das Necessidades.
O chefe da diplomacia portuguesa, João Gomes Cravinho, já tinha contactado, na terça-feira, com o seu homólogo israelita, Eli Cohen, a quem pediu a salvaguarda de vidas civis no conflito com o Hamas, condenando o ataque do movimento islamita.
"Na conversa telefónica com o ministro Eli Cohen, sublinhei a amizade entre Portugal e Israel e o pesar coletivo da nossa sociedade face aos abjetos ataques perpetrados pelo Hamas", escreveu o ministro dos Negócios Estrangeiros português na rede social X.
Na conversa com o homólogo israelita, Cravinho manifestou solidariedade pelo ataque realizado no sábado pelo grupo islâmico Hamas, oferecendo as condolências pelas vítimas mortais.
Durante a conversa, foram abordadas "as perspetivas para o futuro e a necessidade de salvaguardar ao máximo vidas civis" na guerra declarada por Israel contra o grupo islâmico.
Horas antes, Cravinho falara telefonicamente com os seus homólogos do Egito e da Jordânia, sobre a situação em Israel e na região do Médio Oriente, de acordo com o ministério.
O grupo islamita Hamas lançou sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, na operação denominada "Espadas de Ferro".
Israel declarou guerra total e prometeu castigar o Hamas como nunca antes, tendo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, declarado estar "em guerra" com o grupo palestiniano.
O Hamas controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como "grupo terrorista" pela União Europeia (UE), Estados Unidos e Israel.
Os dados oficiais de vítimas mortais do conflito desencadeado sábado pelo grupo islamita apontam para 1.300 mortes em Israel e 1.354 na Faixa de Gaza, indicaram hoje fontes oficiais das duas partes.
Além dos 1.300 mortos em Israel, e segundo os últimos dados do Ministério da Saúde israelita, foram hospitalizadas 3.268 pessoas, das quais 28 em estado crítico, 348 em estado grave e 581 em estado moderado,
Do lado de Gaza, adianta o Ministério da Saúde palestiniano, além da morte de 1.354 pessoas, muitas delas civis, somam-se 6.049 feridos em diferentes estados, bem como 31 mortos na Cisjordânia, onde também foram contados cerca de 180 feridos.
Parlamento de Israel aprova governo de emergência
O executivo acordado quarta-feira entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o líder da oposição Benny Gantz, deverá manter-se enquanto durar a guerra.
A decisão de criar um Governo de emergência foi tomada depois de o Governo de Netanyahu ter sido muito criticado por não ter conseguido impedir o ataque surpresa lançado pelo Hamas sobre território israelita no sábado passado.
O acordo estipula que Benny Gantz, Gadi Eisenkot - também ex-chefe do Estado-Maior -, o ex-ministro da Justiça Gideon Saar, e outros dois deputados integrarão o gabinete político e de segurança do Governo enquanto durar a guerra e que, durante esse período, só se gerirá o conflito, deixando de lado outras propostas legislativas.
O gabinete de gestão da guerra será composto pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, por Benny Gantz e pelo atual ministro da Defesa, Yoav Gallant.
Ao acordo não se juntou Yair Lapid, líder do partido Yesh Atid, o maior da oposição, que criticou duramente Netanyahu, mas prometeu apoiar de fora o novo executivo.
Lapid criticou especialmente que Netanyahu mantenha no seu Governo "figuras extremistas", referindo-se ao ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, da extrema-direita, e ao ministro sem pasta Bezalel Smotrich, da extrema-direita religiosa.
Antes de se proceder à votação, Netanyahu tinha indicado que o novo Governo "envia uma grande mensagem, externa e interna" de unidade.
"Perante este conflito, estamos unidos na fraternidade interna e com preocupação mútua", afirmou o primeiro-ministro.
A votação foi precedida de momentos de tensão, quando o deputado do partido esquerdista Hadash-Taal, Ayman Odeh, apelou para se "retirar todos os civis - judeus, árabes e palestinianos - do ciclo de violência", sublinhando que "a vingança não é o caminho".
Um deputado do Likud, o partido de Netanyahu, respondeu-lhe gritando "Vingança contra o Hamas!" e recordou que o movimento islamita massacrou um milhar de civis no seu ataque do passado sábado a mais de 30 comunidades próximas da Faixa de Gaza.
O Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007 e internacionalmente classificado como grupo terrorista, lançou a 07 de outubro um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de `rockets` e a incursão de combatentes armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".
Israel, que impôs um cerco total à Faixa de Gaza e cortou o abastecimento de água, combustível e eletricidade, confirmou até agora 1.300 mortos e 3.268 feridos desde o início da ofensiva do Hamas, apoiada pelo Hezbollah libanês e pelo ramo palestiniano da Jihad Islâmica.
Do lado palestiniano, o Ministério da Saúde confirmou que, em Gaza, os ataques da retaliação israelita fizeram pelo menos 1.354 mortos e 6.049 feridos e que também se registaram 31 mortos na Cisjordânia, bem como cerca de 180 feridos.
Segundo o porta-voz do exército de Israel, Richard Hecht, cerca de 1.000 combatentes do Hamas foram também abatidos durante confrontos com as forças de segurança em território israelita, onde prosseguem combates esporádicos.
com Lusa
Líder da oposição acusa governo de Netanyahu de "fracasso imperdoável"
"O fracasso de sábado é imperdoável", afirmou Lapid num discurso transmitido pela televisão, acrescentando que não irá integrar o governo de emergência anunciado no dia anterior por Netanyahu e pelo seu rival Benny Gantz.
Explicando que era a favor de um "governo de unidade nacional", Lapid disse que não queria fazer parte de um governo com "extremistas", citando Itamar Ben Gvir, o ministro da Segurança Pública e chefe da Força Judaica, de extrema-direita.
Lapid referiu-se também à "responsabilidade" de Netanyahu, afirmando que "quem provoca um fracasso não o pode reparar".
O Parlamento reúne-se hoje à noite para ratificar o governo de emergência formado quarta-feira e que integra o também antigo ministro da Defesa, Benny Gantz.
Gantz, ainda antigo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, garantiu então que os dois vão formar um "gabinete de gestão de guerra" com cinco membros.
Além de Netanyahu e de Gantz, o gabinete será integrado também pelo atual ministro da Defesa Yoav Gallant, e dois outros altos funcionários que servirão como membros "observadores".
Segundo o acordo, o Governo não aprovará qualquer legislação ou decisão que não esteja relacionada com a guerra, enquanto os combates continuarem.
O grupo islamita Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação denominada "Espadas de Ferro".
Israel declarou guerra total e prometeu castigar o Hamas como nunca antes, tendo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, declarado estar "em guerra" com o grupo palestiniano.
O Hamas controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como "grupo terrorista" pela União Europeia (UE), Estados Unidos e Israel.
Os dados oficiais de vítimas mortais do conflito desencadeado sábado pelo grupo islamita apontam para 1.300 mortes em Israel e 1.354 na Faixa de Gaza, indicaram hoje fontes oficiais das duas partes.
Além dos 1.300 mortos em Israel, e segundo os últimos dados do Ministério da Saúde israelita, foram hospitalizadas 3.268 pessoas, das quais 28 em estado crítico, 348 em estado grave e 581 em estado moderado,
Do lado de Gaza, adianta o Ministério da Saúde palestiniano, além da morte de 1.354 pessoas, muitas delas civis, somam-se 6.049 feridos em diferentes estados, bem como 31 mortos na Cisjordânia, onde também foram contados cerca de 180 feridos.
Segundo o porta-voz do exército de Israel, Richard Hecht, além do número de mortos de ambos os lados, cerca de 1.000 milicianos do Hamas foram abatidos durante confrontos com as forças de segurança em território israelita, onde continuam os combates esporádicos, tendo cinco milicianos sido mortos na quarta-feira.
Reino Unido vai enviar navios da Marinha Real britânica e aviões de vigilância para apoiar Israel
Este apoio por parte do Reino Unido inclui dois navios da Marinha Real britânica, meios de vigilância, aeronaves P8 e uma companhia de fuzileiros navais.
Rishi Sunak considera que a ajuda a Israel irá “prevenir uma nova escalada” no conflito.
Blinken garante que israelitas não atacarão alvos civis
"O Hamas continua a usar civis como escudos humanos, algo que não é novo, algo que sempre fez, colocando intencionalmente os civis em perigo para se proteger", disse Blinken numa conferência de imprensa em Telavive.
Blinken confirmou que discutiu com as autoridades de Israel as necessidades humanitárias da Faixa de Gaza, bombardeada pelo exército israelita, ao mesmo tempo que defendeu o direito de responder ao ataque mortal do Hamas.
"Discutimos formas de atender às necessidades humanitárias do povo de Gaza, a fim de protegê-lo, enquanto Israel realiza as suas operações de segurança legítimas para se defender contra o terrorismo e tentar garantir que isso nunca acontecerá de novo", disse Blinken.
O chefe da diplomacia norte-americana assegurou ainda ao Presidente israelita, Isaac Herzog, durante uma reunião em Telavive, que Israel ganhará a guerra com o Hamas, com recurso à ajuda dos EUA.
No início do encontro com Herzog, Blinken defendeu que o ataque sangrento contra Israel "é quase impossível de compreender" e que será "muito difícil de apagar das mentes e dos corações".
"Mas percebi uma intensa determinação de Israel em vencer. E os Estados Unidos estão aqui como aliado para ajudar a garantir que assim seja", disse Blinken.
O secretário de Estado norte-americano lembrou que no Médio Oriente existe "um caminho de integração, cooperação e normalização", que inclui os palestinianos, contra a via escolhida pelo Hamas, de "terror e destruição".
"A escolha é clara. Estamos juntos e caminharemos unidos, que é o que nos pede o nosso povo", insistiu Blinken.
Herzog agradeceu ao Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pela sua "enorme amizade" e afirmou que a visita de Blinken foi uma prova dessa estima.
"Temos de ser claros (...) que a segurança e defesa que merece o povo de Israel é uma prioridade", assegurou Herzog, que expressou a esperança de que a paz volte a Israel.
Uso de fundos iranianos no Qatar está "seguro" garante Blinken
O secretario de Estado dos Estados Unidos garantiu que Washington tem estado a fiscalizar o destino de seis mil milhões de dólares oriundos de fundos iranianos e transferidos da Coreia do Sul para o Qatar, como parte de um acordo de troca de prisioneiros este ano.
Agrava-se o conflito israelo-palestiniano
Amir Cohen - Reuters
A reportagem é do enviado especial da Antena 1 José Manuel Rosendo.
Irão acusa Israel de querer cometer um "genocídio" em Gaza
“A continuação dos crimes de guerra perpetrados por Netanyahu e os sionistas contra os civis de Gaza, ao sitiar e cortar o acesso a água e eletricidade e ao negar a entrada de medicamentos e alimentos” criou condições para o “genocídio”, argumentou o MNE iraniano, Hossein Amirabdollahian, numa declaração transmitida pela televisão estatal.
O chefe da diplomacia iraniana salienta ainda que a guerra que decorre em Gaza “não é contra o Hamas, mas contra todos os palestinianos”.
O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros esteve na capital do Iraque, onde se reuniu com o primeiro-ministro iraquiano, antes de viajar para o Líbano, onde esteve reunido com as milícias do Hezbollah.
Ponto da situação às 18h00
O Irão acusa Israel de quer cometer um genocídio em Gaza.
Brigadas al-Quds e al-Qassam anunciam bombardeamentos contra Israel
As brigadas afiliadas com o Hamas e a Jihad Islâmica da Palestina anunciaram que vão bombardear as cidades de Ashkelon e de Zikim "com uma importante barragem de mísseis".
Desde o meio da tarde que as sirenes de alerta soam repetidamente em toda a área costeira entre o norte da Faixa de Gaza e Teleavive.
Reino Unido reforça segurança da comunidade israelita
Downing Street apontou uma grande subida de atitudes anti-semitas no país como motivo para ordenar o reforço da segurança da comunidade judaica no Reino Unido.
O Governo afirmou que o dinheiro permitirá ao CST contratar guardas adicionais para escolas e entradas das sinagogas nas noites de sexta-feira e nas manhãs de sábado.
O anúncio britânico acontece um dia depois de aquela organização ter divulgado que, entre 07 e 10 de outubro, registou pelo menos 89 incidentes antissemitas em todo o Reino Unido.
Este número representa aumento de 324% este ano em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o CST disse ter contabilizado 21 incidentes antissemitas.
O primeiro-ministro, Rishi Sunak, manifestou-se determinado a "fazer tudo o que estiver ao alcance" do seu governo para "proteger o povo judeu em todo o país".
"Se alguma coisa estiver a dificultar a segurança da comunidade judaica, nós resolvemos o problema. Têm o nosso total apoio", vincou.
A decisão acontece depois de a Polícia Metropolitana de Londres ter já ter reforçado a presença nas ruas, especialmente em bairros com comunidades judaicas.
Uma manifestação pró-Palestina perto da embaixada de Israel na segunda-feira à noite em Londres resultou em três detidos.
Hoje, o governo reuniu com responsáveis pela segurança sobre os protestos relacionados com a guerra entre Israel e o Hamas, que incluiu a ministra da Administração Interna, Suella Braverman, e representantes da polícia.
Braverman escreveu na terça-feira aos chefes de polícia de Inglaterra e do País de Gales recordando que o Hamas é uma organização terrorista proscrita, pelo que é ilegal apoiar ou ser seu membro.
Scholz anuncia a proibição de atividades do Hamas no país
Num discurso no Bundestag, Scholz indicou que a Samidoun, rede de solidariedade com os prisioneiros palestinianos, também será proibida devido à polémica que surgiu após a celebração do ataque.
"É desprezível. É desumano. Contradiz todos os valores do nosso país", disse Scholz. "Não deixaremos de agir contra o ódio e o incitamento ao ódio. Não toleramos o antissemitismo", acrescentou.
O Chanceler declarou que as autoridades irão aplicar a proibição de forma consistente. "Qualquer pessoa que glorifique os crimes do Hamas ou use os seus símbolos pode ser processada na Alemanha", disse.
"Qualquer pessoa que tolere assassínios e homicídios ou incite atos criminosos pode ser processada. Qualquer pessoa que queime bandeiras israelitas pode ser processada. Qualquer pessoa que apoie uma organização terrorista como o Hamas pode ser processada", detalhou.
Scholz afirmou que as forças de segurança irão exigir responsabilidades e import expressamente "a proibição de associações e atividades", sustentou.
Segundo dados do Gabinete para a Proteção da Constituição, o serviço de inteligência nacional, o Hamas conta com o apoio de cerca de 450 pessoas na Alemanha, muitas delas cidadãos alemães.
Não existe um ramo oficial do grupo terrorista na Alemanha e as associações próximas do movimento foram proibidas há anos. A única medida adicional possível é a proibição de atividades anunciada hoje.
Scholz confirmou que a ajuda ao desenvolvimento para a Palestina será suspensa, depois de o Governo ter anunciado a revisão dos apoios.
O chanceler esclareceu também que as autoridades devem primeiro concluir uma revisão de apoios para garantir que "serve melhor a paz regional e a segurança de Israel".
"Até que esta revisão seja concluída, não iremos disponibilizar quaisquer novos recursos de cooperação para o desenvolvimento", disse.
"Infelizmente, o sofrimento da população civil da Faixa de Gaza pode ser previsto, o que provavelmente aumentará ainda mais". "Mas a culpa é também do ataque do Hamas", adiantou.
Scholz indicou também estar a fazer todos os possíveis para conseguir a libertação de todos os reféns às mãos do Hamas. "Estou em contacto com o Presidente do Egito e falarei também com o Presidente turco", disse.
Por outro lado, Israel solicitou hoje à Alemanha munições para os seus navios de guerra, disse o Ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius.
O ministro afirmou ainda que irá falar com as autoridades israelitas para ter mais detalhes sobre o pedido de Israel e confirmou que Berlim entregará equipamentos médicos. "Estamos com Israel", afirmou.
O Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, ameaçou executar os reféns raptados em Israel, incluindo jovens capturados durante um festival de música.
Além dos 1.300 mortos em Israel, e segundo os últimos dados do Ministério da Saúde israelita, foram hospitalizadas 3.268 pessoas, das quais 28 em estado crítico, 348 em estado grave e 581 em estado moderado,
Do lado de Gaza, adianta o Ministério da Saúde palestiniano, além da morte de 1.354 pessoas, muitas delas civis, somam-se 6.049 feridos em diferentes estados, bem como 31 mortos na Cisjordânia, onde também foram contados cerca de 180 feridos.
O ataque levou Israel a declarar guerra contra o grupo extremista palestiniano e a responder com bombardeamentos contra a Faixa de Gaza.
As Nações Unidas disserem que a guerra originou também mais de 260 mil deslocados na Faixa de Gaza.
Blinken no Qatar sexta-feira para reuniões sobre o Hamas
O secretário de Estado dos Estados Unidos da América, Antony Blinken, é esperado no Qatar sexta-feira para reuniões com os líderes qataris sobre o movimento islamista palestiniano em guerra com Israel, confirmaram fontes norte-americanas.
Durante o encontro em Berlim, os dois líderes "debateram o destino dos reféns, incluindo os cidadãos alemães", de acordo com o gabinete de Scholz. O chanceler exigiu a sua libertação "o mais depressa possível" e reiterou que a Alemanha está "sem reservas ao lado de Israel", país que "tem o direito, em virtude do direito internacional, de se defender e de defender os seus cidadãos".
Número de feridos em Israel sobre para 3.391
O Ministério da Saúde de Israel confirma em comunicado um novo balanço dos feridos registados desde sábado.
Ministro francês do Interior ordena proibição de manifestações pró-Palestina
Governo da Palestina denuncia morte "em massa" do povo de Gaza
O primeiro-ministro da Cisjordânia anunciou que o seu executivo está a trabalhar com o Egito no sentido de abrir corredores que entreguem ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
O primeiro-ministro palestiniano exige ainda o fim imediato do que chamou os "crimes cometidos pelo exército israelita e os colonos".
NATO. Ministro israelita mostra vídeo com imagens violentas dos ataques do Hamas
Matthys Olivier - EPA
Lloyd Austin. EUA não tiveram sinais quanto aos planos do Hamas
O secretário da Defesa norte-americano garantiu que os Estados Unidos não tiveram qualquer indício de que o Hamas preparava um ataque contra Israel.
"Se tivessemos tais indicações, te-las-íamos partilhado com Israel, mas tanto quanto sei, não tínhamos nada parecido", afirmou Austin em conferência de imprensa após uma reunião dos ministros de Defesa da NATO, em Bruxelas.
Austin referiu ainda que a Administração Biden não fez qualquer exigência nem impôs condições a Israel quanto ao auxílio militar enviado.
Mahmoud Abbas exige "o fim imediato da agressão" contra o povo palestiniano
Em comunicado, o presidente da Autoridade Palestiniana condenou os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza em retaliação pelo ataque do Hamas.
Ministra da Defesa espera que Telavive entenda que luta é contra Hamas e não contra palestinianos
"A luta é contra o Hamas, é contra um movimento terrorista e não contra o povo palestiniano. Esperamos que seja esse também o entendimento de Israel", sustentou Helena Carreiras, em declarações aos jornalistas depois de uma reunião de ministros da defesa no quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas.
A governante defendeu que é necessário separar as águas entre "o que é um atentado do Hamas terrorista" e "aquilo que é o povo palestiniano, a própria Autoridade Palestiniana e a necessidade de evitar a escalda regional".
A ministra da Defesa confirmou uma notícia que estava a ser avançada por vários órgãos de comunicação social israelitas: o homólogo de Israel, Yoav Gallant, mostrou uma compilação de vídeos sem censura sobre o ataque do Hamas no último fim de semana.
Helena Carreiras revelou que reagiu "com grande choque" às imagens que viu em conjunto com os outros ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), incluindo o secretário-geral da aliança político-militar: "São imagens semelhantes àquelas que temos visto nas redes sociais, mas são imagens chocantes."
Questionada sobre o pedido feito na quarta-feira por Jens Stoltenberg de uma resposta proporcionada por parte de Israel e salvaguardando os civis palestinianos, a governante portuguesa disse que não houve essas garantias por parte de Yoav Gallant durante a reunião no quartel-general da NATO.
"É aquilo que todos [os aliados] pedimos aqui, é aquilo que esperamos que possa vir a acontecer. Há um pedido para que isso aconteça e são os próximos tempos que vão mostrar o que vai acontecer. Nessa altura, naturalmente, todos poderemos avaliar o que vai acontecer", completou.
Israel bombardeou Faixa de Gaza com 4.000 toneladas de explosivos
O número foi revelado pelo exército israelita e refere-se a cinco dias de bombardeamentos intensivos. Terão sido atingidos mais de 200 alvos, incluindo uma das bases do Hamas, hospitais e escolas.
MNE da Alemanha vai visitar Israel esta sexta-feira
Deixar a guerra para trás. David Nora estudava em Jerusalém há dois anos
Com o escalar da situação que foi acompanhando através das redes sociais e após a "segunda sirene que começou a intensificar-se cada vez mais, com os rockets a chegarem a Jerusalém", David Nora percebeu que tinha de sair de Israel.
"Aí percebi que com mais intensidade e com as sirenes a tocarem cada vez mais, o melhor a fazer é fazer uma mochila para estar preparado no caso da Embaixada ou alguém me contactar para poder evacuar rápido".O relato de cenas "barbáricas e horrendas" e a confirmação do "Estado de guerra" por parte das autoridades israelitas fizeram o jovem querer sair de Israel.
"Pelos comunicados que foram dados durante a noite, do primeiro-ministro israelita e do ministro da Defesa que declararam guerra oficial e que o plano era dizimar Gaza, então eu percebi que o melhor a fazer era voar dali para fora o mais rápido possível", conta.
No entanto, o jovem português explica que teve dificuldades em contactar o Serviço de Emergência Consular mas que depois de algumas tentativas e esforços nesse sentido acabou por ser contactado diretamente pelo serviço.
"O Gabinete de Emergência Consular contactou-me, disse que neste momento a prioridade não era para os residentes era só para os turistas e que eu sendo residente tinha que procurar os meios comerciais", disse à RTP.
Neste sentido e apesar da dificuldade em encontrar voos devido ao tráfego aéreo elevado, David Nora conseguiu um voo para Praga com a ajuda de amigos que estavam em Portugal.
O jovem português residente em Israel há dois anos não pensa voltar: "Ainda é muito cedo para voltar, porque acho que as coisas vão escalar muito rápido e vão escalar a grandes dimensões, por isso para já não".
Número de mortos em Gaza ultrapassa os 1.400
Cidade israelita de Siderot voltou a ser atingida por uma chuva de rockets
Irão acusa Israel de procurar um “genocídio” ao cercar Gaza
"A guerra que testemunhamos hoje na Faixa de Gaza não é apenas a guerra dos sionistas contra o Hamas, é a guerra dos sionistas contra todos os palestinianos”, acrescentou.
Bombardeamentos junto à Faixa de Gaza intensificaram-se
Faixa de Gaza está na iminência de enfrentar crise humanitária em massa
Foto: Haithan Imad - EPA
Há já 2.500 mortos confirmados no conflito no Médio Oriente
Foto: Haitham Imad - EPA
Blinken garante "apoio inabalável" dos EUA a Israel
Antony Blinken adiantou que os EUA vão enviar mais material militar para Israel e deixou um recado a “qualquer adversário, seja um Estado ou não, que pense aproveitar-se da atual crise para atacar Israel”. “Não o façam. Os Estados Unidos apoiam Israel”, avisou Blinken.
Hamas não representa as "aspirações legítimas" dos palestinianos, diz Blinken
Netanyahu: Hamas deve ser "esmagado" como o grupo Estado Islâmico
O primeiro-ministro israelita defende que o Hamas “deve ser tratado exatamente da mesma forma como o ISIS foi tratado”, ou seja, “deve ser excluído da comunidade das nações”. “Nenhum líder deverá encontrar-se com eles, nenhum país o deve acolher e aqueles que o fizerem deverão ser sancionados”, afirmou.
X (ex-Twitter) diz que excluiu ou denunciou "dezenas de milhares de mensagens"
“Todos os dias somos lembrados da nossa responsabilidade global de proteger a conversa pública, garantindo que todos tenham acesso a informações em tempo real e salvaguardando a plataforma para todos os nossos utilizadores. Em resposta ao recente ataque terrorista a Israel por parte do Hamas, redistribuímos recursos e reorientamos as equipas internas que trabalham sem parar para resolver esta situação em rápida evolução”, argumenta Linda Yaccarino na publicação em que revela a carta enviada à Comissão Europeia.Everyday we're reminded of our global responsibility to protect the public conversation by ensuring everyone has access to real-time information and safeguarding the platform for all our users. In response to the recent terrorist attack on Israel by Hamas, we've redistributed… https://t.co/VR2rsK0J9K
— Linda Yaccarino (@lindayaX) October 12, 2023
Governo israelita diz que não pode confirmar se crianças foram decapitadas pelo Hamas
“Houve casos de militantes do Hamas que cometeram decapitações e outras atrocidades ao estilo do ISIS [Estado Islâmico]. No entanto, não podemos confirmar se as vítimas eram homens ou mulheres, soldados ou civis, adultos ou crianças”, disse o responsável.
“Mostrem-nos uma imagem de que o Hamas matou civis, de que o Hamas matou crianças, de que o Hamas matou mulheres. Não matamos civis”, disse Ghazi Hamad, membro do gabinete político do Hamas.
A Casa Branca também já veio esclarecer que Joe Biden não viu fotografias concretas e que os responsáveis norte-americanos “não confirmaram esses relatos de forma independente”.
Número de mortos em Gaza aumenta para 1.354
Gaza. Ministério alerta para colapso do sistema de saúde
Israel. Missão de repatriamento desencadeada por Portugal dada por terminada
“Desta forma, todos os cidadãos nacionais que sinalizaram às autoridades portugueses a intenção de voltar, já estão em Portugal”, diz o gabinete do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), num comunicado enviado às redações.
No total, a missão de repatriamento transportou duas centenas de pessoas, entre nacionais e estrangeiros, sendo 160 portugueses.
O Ministério adianta que permanecem em Israel cerca de dois mil cidadãos portugueses que ainda não manifestaram vontade de abandonar o país.
O MNE salienta que Portugal foi “um dos primeiros países a conseguir desencadear um voo militar e, por conseguinte, a repatriar cidadãos nacionais”.
A operação “contou com a colaboração das autoridades cipriotas, que disponibilizaram instalações para acolher o primeiro grupo de cidadãos, que esperou pelo segundo que vinha a bordo do C-130 para, depois em conjunto, rumarem a Portugal num voo fretado pelo Estado português, que chegou ontem de manhã a Lisboa”.
Blinken vai encontrar-se com o presidente da Palestina esta sexta-feira
As part of the effort exerted around the clock by the Palestinian leadership to stop this devastating war, and within the framework of the joint effort between #Jordan and #Palestine, HE President Mahmoud Abbas is meeting today in Amman with his brother, His Majesty King Abdullah… https://t.co/jcDkyglHim
— حسين الشيخ Hussein AlSheikh (@HusseinSheikhpl) October 12, 2023
Alemanha usará "todos os seus contactos" para evitar escalada de guerra
A declaração de Scholz surge após o ataque surpresa do Hamas a Israel.
"Nesta situação dramática, seria irresponsável não utilizar todos os contactos que podem ajudar", declarou o líder alemão perante o Bundestag.
O chanceler alemão tem hoje previsto encontrar-se com o Emir do Qatar, alguém que é visto como um intermediário possível entre as duas partes.
Scholz também anunciou que proibirá, no seu território, todas atividades consideradas ligadas ao Hamas.
Esta medida visa em particular uma associação cujos membros expressaram apoio aos ataques do Hamas contra Israel.
"O Ministério Federal do Interior irá proibir a atividade do Hamas na Alemanha", declarou o chanceler aos deputados alemães.
"Uma associação como a Samidoun, cujos membros celebram os atos terroristas mais brutais nas ruas, será proibida na Alemanha", especificou.
O Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, lançou a 07 de outubro um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de rebeldes armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas naquele território palestiniano, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que o país está "em guerra" com o Hamas, que foi internacionalmente classificado como movimento terrorista não só por Israel, como pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE) e por outras nações.
Israel, que impôs um cerco total à Faixa de Gaza e cortou o abastecimento de água, combustível e eletricidade, confirmou mais de 1.200 mortos e 3.700 feridos desde o início da ofensiva do Hamas, apoiada pelo Hezbollah libanês e pelo ramo palestiniano da Jihad Islâmica.
Biden assinala "dia mais mortífero para os judeus desde o Holocausto"
Samuel Corum/Pool - EPA
Entretanto, não para de aumentar o número de pessoas desalojadas na Faixa de Gaza. As Nações Unidas contam mais 75 mil palestinianos sem casa em 24 horas. O número total aumenta assim para quase 340 mil.
Os hospitais de Gaza também estão a ficar sem material como ligaduras ou camas.
Com o continuar deste conflito, o Brasil convocou uma nova reunião do Conselho de Segurança da ONU para sexta-feira, com o objetivo de discutir a situação na Faixa de Gaza.
Gaza sem água ou combustível até que reféns sejam libertados, avisa ministro israelita
"Ajuda humanitária a Gaza? Nenhum interruptor elétrico será ligado, nenhuma torneira de água será aberta e nenhum camião de combustível entrará até que os israelitas raptados regressem a casa", escreveu Katz na rede social X.
Cerca de 150 israelitas, estrangeiros e cidadãos com dupla nacionalidade foram feitos reféns pelo Hamas, segundo o governo israelita.
Forças israelitas atacam quartel do Hamas que responde com foguetes contra Telavive
O comando `Nohva` integra "terroristas selecionados por responsáveis do Hamas" com a missão de realizar emboscadas, raides, operações de sabotagem, entre outras, indicaram as Forças de Defesa de Israel (FDI), em comunicado.
As FDI informaram ainda que mataram Mohamed Abu Shamla, um oficial da marinha do Hamas, que alegadamente utilizava a sua casa para armazenar armas navais "para realizar operações terroristas contra Israel".
Dezenas de habitantes de Gaza morreram nos contínuos bombardeamentos noturnos de Israel no norte da Faixa de Gaza. No campo de refugiados de Jabalia, foram registados 15 mortos e dezenas de feridos, enquanto pelo menos sete palestinianos foram mortos na cidade de Khan Younis e sete no campo de refugiados de Nuseirat.
Por seu lado, o Hamas afirmou ter disparado foguetes contra Telavive, na sequência de ataques israelitas contra dois campos de refugiados na Faixa de Gaza, o enclave palestiniano controlado pelo movimento islamita desde 2007.
"As Brigadas Ezzedine al-Qassam dispararam foguetes contra Telavive em resposta aos ataques israelitas contra civis nos campos de Al-Shati e Al-Jabalia", declarou o Hamas.
O movimento islamita lançou a 07 de outubro um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de rebeldes armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas naquele território palestiniano, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que o país está "em guerra" com o Hamas, que foi internacionalmente classificado como movimento terrorista não só por Israel, como pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), além de outros Estados.
Blinken já está em Israel
Mais repatriados em Lisboa
Brasil convoca reunião do Conselho de Segurança da ONU
O chefe da diplomacia brasileira, Mauro Vieira, interrompeu uma viagem pela Ásia para ir a Nova Iorque, para participar na reunião, convocada pelo Brasil, que atualmente preside ao Conselho de Segurança.
O Brasil já tinha convocado uma reunião de urgência do Conselho de Segurança, "a fim de tratar da situação na Faixa de Gaza", para 8 de outubro, um dia após o ataque surpresa do movimento islamita Hamas contra Israel.
No final da reunião de domingo, realizada à porta fechada, diversos membros do Conselho de Segurança condenaram a ofensiva do Hamas, com os Estados Unidos a lamentarem, porém, a ausência de unanimidade.
O número de mortos na Faixa de Gaza subiu para 1.200, avançou o Ministério da Saúde palestiniano, na sequência de um aumento dos bombardeamentos israelitas sobre o enclave palestiniano controlado pelo Hamas, desde 2007.
Na quarta-feira, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu à ONU que lance mão de todos os recursos para pôr fim "à mais grave violação aos direitos humanos" no conflito entre o Hamas e Israel.
O governante disse que crianças jamais podiam ser feitas reféns, não importa em que lugar do mundo, de acordo com uma nota publicada nas redes sociais.
"É preciso que o Hamas liberte as crianças israelitas que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeamento para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra", afirmou.
"É urgente uma intervenção humanitária internacional. É urgente um cessar-fogo em defesa das crianças israelitas e palestinas. O Brasil, na presidência provisória do Conselho de Segurança da ONU, se juntará aos esforços para que cesse de imediato e em definitivo o conflito. E continuará a trabalhar pela promoção da paz e em defesa dos direitos humanos no mundo", concluiu.
O Ministério da Defesa de Israel afirmou, na quarta-feira, que há brasileiros entre os reféns que o Hamas fez na ofensiva lançada contra Israel, onde residem 14 mil brasileiros aos quais se somam mais seis mil nos territórios palestinianos.
Cruz Vermelha em contacto com Hamas para a libertação de reféns
O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) pediu também que "ambos os lados reduzam o sofrimento dos civis", de acordo com um comunicado.
"Como intermediários neutros, estamos prontos para realizar visitas humanitárias, facilitar a comunicação entre os reféns e familiares, e facilitar qualquer possível libertação", sublinhou o diretor regional do CICV para o Médio Oriente, na mesma nota.
Fabrizio Carboni lembrou também que a tomada de reféns é proibida pelo Direito Internacional Humanitário e qualquer pessoa detida deve ser imediatamente libertada.
Acredita-se que dezenas de israelitas e estrangeiros, soldados, civis, crianças e mulheres, estejam nas mãos do Hamas na Faixa de Gaza, desde o início da ofensiva.
As autoridades israelitas identificam 150 reféns, enquanto centenas de pessoas continuam desaparecidas e corpos continuam a ser identificados.
Carboni mostrou-se também preocupado com o destino dos civis na Faixa de Gaza, na sequência do aumento dos bombardeamentos israelitas sobre o enclave palestiniano controlado pelo Hamas.
À medida que Gaza perde energia, "os hospitais perdem energia, pondo em risco recém-nascidos colocados em incubadoras e pacientes idosos a receber oxigénio. A diálise renal é interrompida e os raios X não podem ser realizados", lembrou o responsável.
"Sem eletricidade, os hospitais correm o risco de se transformarem em morgues", insistiu o dirigente da Cruz Vermelha, sublinhando também que o acesso à água potável já é difícil em Gaza.
"Nenhum pai quer ser obrigado a dar água suja a uma criança com sede", insistiu Carboni.
Ponto de situação
- Oito cidadãos portugueses e 14 de outras nacionalidades chegaram ao início da manhã desta quinta-feira ao aeródromo de Figo Maduro, em Lisboa. O avião militar partiu ao início da madrugada de Chipre. A operação de repatriamento dos portugueses que estavam em Israel dever agora ficar concluída;
- Em Portugal estavam já 152 portugueses que conseguiram sair de Israel. Chegaram na quarta-feira numa operação coordenada pelo Governo português e que contou com o apoio da Força Aérea. No mesmo voo vieram 14 pessoas de outras nacionalidades. A maior parte dos que decidiram voltar são turistas. Em Israel, permanecem cerca de dois mil cidadãos portugueses que ainda não manifestaram vontade de abandonar o país;
- Duas luso-israelitas morreram nos ataques do Hamas ao festival de música no deserto do Neguev. Tinham 22 e 25 anos e eram descendentes de judeus sefarditas de origem portuguesa. Uma delas ainda tentou fugir, mas acabou por ser morta num abrigo onde tinha procurado refúgio. Outros três cidadãos israelitas com passaporte português continuam desaparecidos. A Comunidade Israelita do Porto avançou que dois dos desaparecidos são homens com 28 e 53 anos;
- O presidente da República manifestou a convicção de que o ataque do Hamas contribui para a radicalização numa zona já muito sensível. Marcelo Rebelo de Sousa expressou também pesar pela morte das duas jovens luso-israelitas;
- A Sinagoga do Porto foi vandalizada com frases contra a política israelita. No portão da Sinagoga escreveram "Libertem a Palestina". "Acabem com o apartheid de Israel" foi a frase escrita nos muros. A Sinagoga do Porto é a maior da Península Ibérica. A PSP do Porto está a investigar:
- O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, é esperado nas próximas horas em Israel, onde vai robustecer o apoio da Administração Biden às autoridades locais. Vai também avistar-se com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas;
- Segundo os serviços de saúde palestinianos, morreram já 1.200 pessoas em consequência dos bombardeamentos aéreos israelitas sobre Gaza. O balanço de vítimas israelitas da ofensiva desencadeada no último fim de semana pelo Hamas é igual;
- Israel formou na quarta-feira um executivo de crise que integra Benny Gantz, rosto da oposição ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O ministro israelita da Defesa, Yoav Gallant, afiança que há união em torno do objetivo de "varrer esta coisa chamada Hamas da face da Terra";
- Israel tem 300 mil reservistas posicionados perto da fronteira com a Faixa de Gaza para uma cada vez mais provável operação terrestre;
- O primeiro-ministro israelita deixou na quarta-feira uma ameaça ao movimento radical palestiniano que controla a Faixa de Gaza: "Cada membro do Hamas é um homem morto".
Guerra Israel-Hamas. Única central de Gaza ficou sem combustível
Foto: Christophe Van Der Perre - Reuters
O território prepara-se agora para uma ofensiva terrestre, que o ministro da Defesa de Israel afirma que irá mudar a face de Gaza.
Embaixador palestiniano aponta cenário "terrível" devido a ataques israelitas
"Free Palestine". Sinagoga vandalizada no Porto
Manifestantes juntaram-se em Lisboa a favor do povo palestiniano
Hoje manifestantes juntaram-se no Martim Moniz a favor do povo palestiniano.