Mundo
Israel intensifica ofensiva militar contra a Faixa de Gaza
A aviação israelita voltou hoje a bombardear vários sectores do enclave palestiniano da Faixa de Gaza, no segundo dia de uma ofensiva que já provocou 280 mortos e 620 feridos. O Conselho de Segurança das Nações Unidas apela à suspensão imediata das operações militares contra alvos palestinianos.
Às primeiras horas da manhã, os aparelhos da Força Aérea do Estado hebraico regressavam aos céus das Faixa de Gaza para uma nova vaga de bombardeamentos. O campo de refugiados de Jabaliya, a Norte, e as localidades de Khan Younes e Rafah, a Sul, foram os alvos dos primeiros ataques de domingo.
Os bombardeamentos voltaram também a atingir a cidade de Gaza, onde dez elementos das forças de segurança do Hamas ficaram feridos. Outro dos alvos dos aviões e helicópteros de combate israelitas foi um edifício do Conselho de Ministros da administração do movimento radical palestiniano.
Enquanto a aviação israelita castiga o que as autoridades de Telavive dizem ser estruturas terroristas e bases do Hamas, prosseguem os disparos esporádicos de granadas de morteiro contra o Sul de Israel. No sábado, um dos projécteis causou a morte de um cidadão israelita e vários feridos na localidade de Netivot.
Operação terrestre
Ao segundo dia da ofensiva contra a Faixa e Gaza, governada por uma administração pária do Hamas desde Junho de 2007, o exército israelita começa a concentrar tropas na linha de fronteira com o enclave, num sinal de que a componente terrestre das operações militares poderá ser desencadeada nas próximas horas.

Segundo a rádio pública de Israel, “unidades blindadas de reservistas” tomaram posição “num sector limítrofe da Faixa de Gaza”.
O ministro israelita da Defesa já fez saber que as Forças de Defesa do seu país estão “preparadas para qualquer eventualidade”.
“Se for necessário destacar tropas para defender os nossos cidadãos, fá-lo-emos”, afirmou hoje Ehud Barak, adiantou à agência France Presse um porta-voz do Ministério da Defesa.
Por sua vez, o primeiro-ministro interino de Israel, Ehud Olmert, repartiu uma mensagem pela população da Faixa de Gaza e pela comunidade internacional, que se desdobra em apelos à contenção no Médio Oriente.
Olmert garante que a máquina de guerra israelita “não está a combater o povo palestiniano”, mas sim o Hamas e os grupos armados responsáveis pelos sucessivos disparos de rockets. Assegura também que o seu Governo quer evitar uma “crise humanitária” na Faixa de Gaza.
Num gesto destinado a ilustrar a posição do Executivo israelita de transição, o ministro Ehud Barak autorizou hoje a entrada de um comboio com ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
“Os terminais rodoviários que ligam Israel à Faixa de Gaza irão permanecer fechados no domingo, com a excepção do terminal de Kerem Shalom, através do qual poderá transitar um comboio com ajuda humanitária e medicamentos”, indicou uma porta-voz do ministro da Defesa.
Conselho de Segurança pede fim da violência
As operações israelitas na Faixa de Gaza mobilizaram o Conselho de Segurança das Nações Unidas para uma reunião extraordinária de quatro horas, a pedido da Líbia. No termo da sessão, que decorreu à porta fechada, os 15 membros do órgão assinaram uma declaração não vinculativa a apelar à “suspensão imediata” de todas as actividades militares e actos de violência no Médio Oriente.
“Os membros do Conselho de Segurança expressam uma séria preocupação com a escalada da situação em Gaza e apelam à suspensão imediata de toda a violência”, afirma o órgão das Nações Unidas num comunicado reproduzido em Nova Iorque pelo embaixador croata Neven Jurica.
O Conselho de Segurança insta ainda todas as partes a terem em atenção “as necessidades humanitárias e económicas em Gaza”.
Para já, o primeiro-ministro do Governo do Hamas, Ismail Haniyeh, parece determinado a resistir aos ataques do Tsahal. E o líder do Hamas no exílio, Khaled Mechaal, já veio defender o lançamento de uma nova intifada contra o Estado hebraico e a preparação de atentados suicidas.
A partir de Ramallah, na Cisjordânia, o Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, referiu-se à ofensiva israelita na Faixa de Gaza como um “massacre”.
Os bombardeamentos voltaram também a atingir a cidade de Gaza, onde dez elementos das forças de segurança do Hamas ficaram feridos. Outro dos alvos dos aviões e helicópteros de combate israelitas foi um edifício do Conselho de Ministros da administração do movimento radical palestiniano.
Enquanto a aviação israelita castiga o que as autoridades de Telavive dizem ser estruturas terroristas e bases do Hamas, prosseguem os disparos esporádicos de granadas de morteiro contra o Sul de Israel. No sábado, um dos projécteis causou a morte de um cidadão israelita e vários feridos na localidade de Netivot.
Operação terrestre
Ao segundo dia da ofensiva contra a Faixa e Gaza, governada por uma administração pária do Hamas desde Junho de 2007, o exército israelita começa a concentrar tropas na linha de fronteira com o enclave, num sinal de que a componente terrestre das operações militares poderá ser desencadeada nas próximas horas.

Segundo a rádio pública de Israel, “unidades blindadas de reservistas” tomaram posição “num sector limítrofe da Faixa de Gaza”.
O ministro israelita da Defesa já fez saber que as Forças de Defesa do seu país estão “preparadas para qualquer eventualidade”.
“Se for necessário destacar tropas para defender os nossos cidadãos, fá-lo-emos”, afirmou hoje Ehud Barak, adiantou à agência France Presse um porta-voz do Ministério da Defesa.
Por sua vez, o primeiro-ministro interino de Israel, Ehud Olmert, repartiu uma mensagem pela população da Faixa de Gaza e pela comunidade internacional, que se desdobra em apelos à contenção no Médio Oriente.
Olmert garante que a máquina de guerra israelita “não está a combater o povo palestiniano”, mas sim o Hamas e os grupos armados responsáveis pelos sucessivos disparos de rockets. Assegura também que o seu Governo quer evitar uma “crise humanitária” na Faixa de Gaza.
Num gesto destinado a ilustrar a posição do Executivo israelita de transição, o ministro Ehud Barak autorizou hoje a entrada de um comboio com ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
“Os terminais rodoviários que ligam Israel à Faixa de Gaza irão permanecer fechados no domingo, com a excepção do terminal de Kerem Shalom, através do qual poderá transitar um comboio com ajuda humanitária e medicamentos”, indicou uma porta-voz do ministro da Defesa.
Conselho de Segurança pede fim da violência
As operações israelitas na Faixa de Gaza mobilizaram o Conselho de Segurança das Nações Unidas para uma reunião extraordinária de quatro horas, a pedido da Líbia. No termo da sessão, que decorreu à porta fechada, os 15 membros do órgão assinaram uma declaração não vinculativa a apelar à “suspensão imediata” de todas as actividades militares e actos de violência no Médio Oriente.
“Os membros do Conselho de Segurança expressam uma séria preocupação com a escalada da situação em Gaza e apelam à suspensão imediata de toda a violência”, afirma o órgão das Nações Unidas num comunicado reproduzido em Nova Iorque pelo embaixador croata Neven Jurica.
O Conselho de Segurança insta ainda todas as partes a terem em atenção “as necessidades humanitárias e económicas em Gaza”.
Para já, o primeiro-ministro do Governo do Hamas, Ismail Haniyeh, parece determinado a resistir aos ataques do Tsahal. E o líder do Hamas no exílio, Khaled Mechaal, já veio defender o lançamento de uma nova intifada contra o Estado hebraico e a preparação de atentados suicidas.
A partir de Ramallah, na Cisjordânia, o Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, referiu-se à ofensiva israelita na Faixa de Gaza como um “massacre”.