A polícia tributária italiana indicou esta sexta-feira que três funcionários da empresa Atlantia se encontram em prisão domiciliária por suspeitas de envolvimento na queda da ponte Morandi, em Génova. As autoridades suspeitam que o relatório sobre o estado de segurança do viaduto terá sido falsificado.
A queda da ponte Morandi, em Génova, ocorreu em agosto do ano passado, mas até agora ainda não foram identificadas as causas do acidente. A corrosão de alguns elementos estruturais do viaduto pode ter estado na origem do colapso que levou à morte de 43 pessoas.
A polícia tributária italiana encontrou, esta sexta-feira, indícios de que os relatórios de manutenção possam ter sido falsificados pelas empresas competentes.
Em dezembro do ano passado, a empresa responsável pela construção da ponte enviou um relatório ao Ministério de Infraestrutura e Transporte de Itália com os detalhes das operações de manutenção realizadas nos viadutos da rede.
"Em nenhum caso foram encontrados problemas relacionados com a segurança", assegurou a Autostrade per l'Italia num comunicado.
De acordo com o referido documento, as estruturas cumpriram com todas as normas de segurança. No entanto, as autoridades suspeitam que esses relatórios de manutenção podem ter sido forjados.
A SPEA Engineering, empresa encarregue de fazer a manutenção nas autoestradas italianas, terá omitido algumas informações para dar a entender que a estrutura mantinha melhores condições do que as reais e evitar assim verificações adicionais.
Apesar de a empresa de infraestruturas Atlantia também ter negado qualquer irregularidade, as ações da empresa caíram quase sete por cento devido às notícias sobre as prisões domiciliárias.