Itália. Três funcionários em prisão domiciliária devido ao colapso da ponte de Génova

por RTP
Em fevereiro deste ano começou a ser demolida a estrutura que ficou de pé após o acidente, em agosto de 2018. Reuters - Massimo Pinca

A polícia tributária italiana indicou esta sexta-feira que três funcionários da empresa Atlantia se encontram em prisão domiciliária por suspeitas de envolvimento na queda da ponte Morandi, em Génova. As autoridades suspeitam que o relatório sobre o estado de segurança do viaduto terá sido falsificado.

A queda da ponte Morandi, em Génova, ocorreu em agosto do ano passado, mas até agora ainda não foram identificadas as causas do acidente. A corrosão de alguns elementos estruturais do viaduto pode ter estado na origem do colapso que levou à morte de 43 pessoas.

A polícia tributária italiana encontrou, esta sexta-feira, indícios de que os relatórios de manutenção possam ter sido falsificados pelas empresas competentes.

Os três funcionários da Atlantia estão, neste momento, em prisão domiciliária. Outras seis pessoas também foram temporariamente proibidas pelas autoridades de exercer funções.

Em dezembro do ano passado, a empresa responsável pela construção da ponte enviou um relatório ao Ministério de Infraestrutura e Transporte de Itália com os detalhes das operações de manutenção realizadas nos viadutos da rede.

"Em nenhum caso foram encontrados problemas relacionados com a segurança", assegurou a Autostrade per l'Italia num comunicado.

De acordo com o referido documento, as estruturas cumpriram com todas as normas de segurança. No entanto, as autoridades suspeitam que esses relatórios de manutenção podem ter sido forjados.

A SPEA Engineering, empresa encarregue de fazer a manutenção nas autoestradas italianas, terá omitido algumas informações para dar a entender que a estrutura mantinha melhores condições do que as reais e evitar assim verificações adicionais.

Apesar de a empresa de infraestruturas Atlantia também ter negado qualquer irregularidade, as ações da empresa caíram quase sete por cento devido às notícias sobre as prisões domiciliárias.
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