Japão quer adaptar 16 portos e aeroportos para possível uso de defesa

por Lusa

O Japão quer adaptar alguns aeroportos e portos para serem usados pelas forças de defesa em casos de emergência, à medida que crescem preocupações com a presença militar da China em águas próximas, foi hoje noticiado.

A medida integra a política do Governo japonês de designar "de uso especial" 11 portos e cinco aeroportos, permitindo que sejam utilizados pelas Forças de Autodefesa do Japão, informou a emissora estatal NHK.

A lista de aeroportos inclui Naha, Miyazaki, Nagasaki, Fukue e Kitakyushu, todos no sul do Japão, estratégicos devido à proximidade com a China e Taiwan.

Os 11 portos a designar como "utilização especial" incluem vários em Okinawa, Kyushu e Shikoku, no sul do Japão, bem como em Hokkaido, no norte, cujas docas serão alargadas, apesar de a utilização continuar a ser essencialmente civil.

O plano deverá ser aprovado numa reunião de ministros em abril, com uma dotação financeira de 35 mil milhões de ienes (213 milhões de euros) para o projeto de expansão da pista e do cais, a ter início no próximo ano.

Em dezembro de 2022, o Japão adotou uma nova Estratégia de Segurança Nacional, que representa a maior reviravolta neste domínio desde o final da Segunda Guerra Mundial, alinhando as capacidades de defesa com as de outros países vizinhos, desenvolvendo estratégias de contra-ataque e aumentando substancialmente as despesas com a Defesa.

O Governo também duplicou o orçamento de defesa para este ano fiscal, com um recorde de 7,7 biliões de ienes (43 mil milhões de euros), como parte da estratégia de rearmamento do Japão no contexto do aumento do armamento regional.

Com estas novas capacidades, o Japão espera ganhar poder de dissuasão perante as crescentes ameaças da Coreia do Norte e da China.

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