Jerusalém. Sete vítimas mortais em ataque a sinagoga

por RTP
Ronen Zvulun - Reuters

Um tiroteio numa sinagoga em Jerusalém provocou pelo menos sete mortos, confirmou o Ministério israelita dos Negócios Estrangeiros, citado pela Reuters. Há também registo de três feridos graves.

O ataque ocorreu pelas 20h15 locais (18h15 em Lisboa) numa sinagoga em Jerusalém Oriental, no bairro de Neve Yaakov, segundo revelaram as autoridades israelitas. De acordo com a polícia, o atirador esperou pelo fim das orações do Shabat e disparou quando as pessoas começavam a sair da sinagoga.

“O terrorista que disparou foi neutralizado no local”, adiantou a polícia israelita, acrescentando que foi destacado um grande contingente policial. O atirador era um palestiniano de 21 anos residente em Jerusalém Leste. 

Este incidente é um dos ataques mais graves dos últimos anos contra civis israelitas e ocorre um dia depois de uma das incursões mais mortíferas na Cisjordândia nos últimos anos. A investida das forças israelitas no campo de refugiados de Jenin, na quinta-feira, provocou nove vítimas mortais.
Em Gaza, o porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, não reivindicou o ataque, mas assinalou que esta foi "a resposta ao crime dos ocupantes em Jenin e uma resposta natural às ações criminosas dos ocupantes".

Os Estados Unidos já condenaram este ato, considerando que se tratou de um ataque "absolutamente terrível".

"Condenamos este aparente ataque terrorista nos termos mais fortes", vincou Vedant Patel, o vice-porta-voz do Departamento de Estado norte-americano. 

Este é mais um incidente que ocorre poucos dias antes de uma visita do secretário de Estado norte-americano Antony Blinken a Israel e à Cisjordânia.

Em comunicado, o Departamento de Estado já veio esclarecer que o eclodir de novas tensões não alterou os planos de viagem do chefe da diplomacia norte-americana.

Também o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, também condenou o ataque. "É particularmente desprezível que este ataque tenha ocorrido num local de culto e no dia em que se assinala o dia internacional da Memória do Holocausto", disse Stéphane Dujarric, porta-voz de Guterres.

"Nunca há desculpa para atos terroristas. Estes devem ser condenados e rejeitados por todos", frisou ainda.

O porta-voz acrescentou que o secretário-geral "está profundamente preocupado com a atual escalada de violência em Israel e nos territórios palestinianos ocupados".
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