Jornalistas estrangeiros impedidos de transmitir em direto encontro com Presidente

por Lusa

Jornalistas estrangeiros foram impedidos de transmitir em direto a conferência de imprensa que o Presidente venezuelano deu, na terça-feira, em Caracas, denunciou o Sindicato dos Trabalhadores da Imprensa da Venezuela (SNTP).

De acordo com o SNTP, uma equipa da agência noticiosa Reuters foi expulsa do palácio presidencial de Miraflores por estar a transmitir em direto.

"Equipa da agência Reuters, na Venezuela, expulsa da conferência de imprensa de Nicolás Maduro, em Miraflores, por transmitir em direto", explicou o SNTP através de uma mensagem na rede Twitter.

Segundo o SNTP, "um funcionário ordenou aos meios internacionais a interrupção das transmissões em direto" da conferência de imprensa de Maduro.

"Corta a transmissão ou tiro-te a câmara, foi a ameaça de um funcionário de Miraflores aos meios internacionais presentes", afirmou.

O Presidente Nicolás Maduro realizou um encontro com jornalistas estrangeiros para responder às posições que alguns países manifestaram contra a Assembleia Constituinte (AC) e a revolução bolivariana.

"Hoje temos um objetivo muito claro: fazer um intervalo e um esforço tremendo para levar a verdade, para continuar a levar a verdade da Venezuela e defender a nossa pátria", frisou, na intervenção de abertura.

Durante o encontro, Maduro denunciou que a Venezuela está a enfrentar uma "agressão mundial dos poderes imperiais", que têm levado vários países a oporem-se à AC e a outras decisões do Governo de Caracas.

"Somos o centro de uma grande operação mundial dos poderes imperiais. Os velhos poderes coloniais e imperiais do século XIX e XX, que sempre viram a Venezuela como a rebelde, uma vez mais vieram contra a nossa pátria", disse.

Maduro voltou a pedir ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, melhores relações bilaterais fundadas na não-ingerência e no respeito mútuo pela soberania e independência, vincando que Caracas tem as melhores relações com o povo norte-americano, mas não com o Governo dos Estados Unidos.

"Estamos no melhor momento das relações com os Estados Unidos, se do povo se trata. Agora, lamentavelmente, estamos no pior momento das relações com o Governo" norte-americano", reiterou.

O Presidente da Venezuela deu como exemplo o programa de assistência a famílias norte-americanas da petrolífera venezuelana Citgo nos EUA, com combustível para o sistema de aquecimento.

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