Donald Trump reivindica "vitória política nunca antes vista"

por Graça Andrade Ramos, Mariana Ribeiro Soares, Joana Raposo Santos, Inês Moreira Santos, Carlos Santos Neves, Andreia Martins - RTP

O 45.º presidente torna-se 47.º. Donald Trump bateu Kamala Harris e venceu a eleição presidencial dos Estados Unidos, desta feita conquistando também o voto popular. No discurso de vitória em Palm Beach, na Florida, já de madrugada e depois de carimbado o triunfo na decisiva Pensilvânia, o magnata republicano reclamou uma "vitória política nunca antes vista" e prometeu "uma era dourada" para a América. Kamala Harris concedeu a derrota quase 24h00 depois, prometendo uma transição "pacífica".

Emissão da RTP3


Foto: Saul Loeb - AFP

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Barack Obama felicita Donald Trump

O ex-presidente democrata, Barack Obama e a sua mulher, Michelle Obama, felicitaram Donald Trump e o seu vice-presidente eleito, D.J.Vance, pela eleição, após a candidata do seu partido, Kamala Harris, ter concedido a derrota.

"Não é evidentemente o resultado que esperavamos, dadas as nossas profundas divergências com as propostas republicanas numa ampla série de questões. Mas viver numa democracia é reconhecer que o nosso ponto de vista não será sempre vencedor", escreveram os Obama em comunicado.

É, também, "estar disposto a aceitar uma transferència pacífica de poder", acrescentou o casal.

Ambos afirmram que não podiam estar "mais orgulhosos" de Kamala Harris e do seu parceiro de corrida, Tim Walz, "dois extraordinários servidores do público que lideraram uma campanha assinalável".

O ex-presidente referiu que problemas como a pandemia e a susquente subida dos preços "são um desafio para os democratas eleitos em todo o mundo" e que os EUA não são exceção.

Obama considerou que estes problemas podem ser resolvidos "mas somente se nos ouvirmos uns aos outros, e apenas se respeitarmos a essência dos nossos princípios constitucionais e normas democráticas, que fizeram grande o nosso país".
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Viktor Orban fala em "grandes planos" com Donald Trump

O primeiro-ministro da Hungria afirmou que falou com o presidente eleito dos Estados Unidos e anunciou que ambos têm "grandes planos para o futuro".

"Mar-a-Lago chama. Acabei o meu primeiro telefonema com o presidente @realDonaldTrump desde as eleições. Temos grandes planos para o futuro", escreveu Orban na rede social X.
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Zelensky teve "excelente" conversa telefónica com Trump

O presidente da Ucrânia afirmou esta quarta-feira que teve uma conversa "excelente" ao telefone, com Donald Trump.

"Acordamos manter um diálogo estreito e fazer progredir a nossa cooperação", declarou Volodymyr Zelensky na rede X. "Uma liderança forte e inquebrantável dos Estados Unidos é essencial para o nosso mundo e para uma paz justa", acrescentou.
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Confirmada vitória de Donald Trump no Alasca

O presidente adquiriu assim mais três grandes eleitores representantes do Alasca, somando 295, quando lidera igualmente a votação nos estados-chave do Nevada e do Arizona, onde a contagem continua demorada.

No Alasca, Donald Trump conseguiu 56 por cento dos votos e a sua rival democrata, Kamala Harris, 40 por cento.
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Kamala Harris concede derrota perante Donald Trump mas garante: "nunca iremos desistir"

Kamala Harris concede eleição a Donald Trump Angela Weiss - AFP

A vice-presidente democrata dirigiu-se esta noite ao país, reconhecendo a derrota perante o rival republicano na corrida à Casa Branca. Num discurso a partir da Universidade Howard, em Washington DC, Kamala Harris proferiu um discurso calmo e ponderado, consolando os seus eleitores, sem contudo oferecer soluções aos problemas que afetam o país.

"Não era o que queríamos nem aquilo pelo que votamos", reconheceu, depois de afirmar ter o "coração cheio de gratidão" e de agradecer ao presidente Joe Biden.

Num discurso de 12 minutos, a política democrata disse já ter admitido numa conversa com Trump a derrota eleitoral.

"Devemos aceitar os resultados", afirmou, lembrando que "devemos lealdade à Constituição dos EUA", acrescentou, garantindo ainda que a transição será "pacífica".

Ao apelar ao respeito dos resultados, Kamala referiu que é isso que "distingue a democracia da anarquia e da tirania", numa alfinetada a Trump, ao aludir ao não reconhecimento deste da derrota eleitoral há quatro anos e ao assalto dos seus apoiantes ao Capitólio que se seguiu.

Kamala Harris prometeu ajudar o seu adversário eleito e ex-presidente norte-americano entre 2017 e 2021, numa "transição de poder pacífica", mas deixou em advertência que "não devemos lealdade a um a presidente ou a um partido, mas à Constituição dos Estados Unidos da América".

A candidata referiu contudo que os resultados e a derrota não significam o fim. "Esta não é altura para desalento", afirmou. "Nunca iremos desistir de lutar".

"Lutar pelo nosso país vale sempre a pena", afirmou.
A "luz" da América
Kamala Harris sublinhou que não concederá nas razões que desencadearam a sua campanha "pela liberdade, oportunidades, justiça e dignidade" e ainda pelas "ideias que refletem a América no seu melhor", onde as mulheres podem tomar "decisões sobre o seu próprio corpo" e com proteção das escolas e ruas do país da violência das armas.
"Escutem-me bem, a luz da América vai sempre resplandecer enquanto continuarmos a lutar, disse.

Dirigindo-se aos jovens, Kamala desafiou-os a nunca desanimar.

"Às vezes a luta demora um pouco. Isso não significa que não vamos ganhar. O mais importante é nunca desistir (...) e nunca deem ouvidos quando alguém diz que algo é impossível porque nunca foi feito antes", declarou.

Kamala Harris citou um adágio que diz que "só quando está suficientemente escuro é que se podem ver as estrelas", adicionando que muitas pessoas acham que estão a entrar num "período negro", mas que espera que isso não aconteça no seu país: "Se assim for, enchamos o céu com a luz com um bilião de estrelas brilhantes".

Falando numa universidade simbólica para a comunidade negra e onde se graduou em 1986, a política democrata reafirmou que é preciso manter a luta "nas urnas, nos tribunais e na praça pública" e também de "formas mais silenciosas", num modo de vida refletido na "bondade e respeito", e deixou um conselho: "A luta pela nossa liberdade vai dar muito trabalho, mas como digo sempre, gostamos de trabalhar muito".

Kamala Harris não teve quaisquer palavras para os eleitores de Donald Trump, diferenciando pelo contrário os seus próprios apoiantes como a "luz" que brilha na "escuridão" trazida dos vencedores, reforçando um discurso divisivo.

Também o Presidente norte-americano, Joe Biden, falou hoje com Trump, felicitando-o pela vitória, e convidou-o para uma reunião de transição.

A presidência norte-americana indicou que vai coordenar uma data para a reunião com o líder republicano na Casa Branca, em Washington, "num futuro próximo".
Uma derrota esmagadora

Donald Trump e o Partido Republicano conseguiram terça-feira uma vitória esmagadora, incluindo em estados-chave habitualmente afetos ao Partido Democrata, obtendo a Presidência e o Senado, assim como a maioria do voto popular.

Kamala Harris demorou quase 24h00 a conceder a derrota. Ao longo desta quarta-feira telefonou a Donald Trump, a felicita-lo pela vitória e a apelar a uma transição pacífica de poder.

De acordo com o porta-voz do presidente eleito, os dois rivais acordaram na necessidade de "trabalhar para unir o país".Joe Biden falou igualmente com Trump durante a tarde, congratulando-o pela eleição e convidando-o para um encontro na Casa Branca. O presidente deverá falar ao país esta quinta-feira, para abordar os resultados eleitorais e a transferência de poder.

No final do dia de quarta-feira, e quando ainda se contavam votos, Donald Trump tinha já conseguido 292 grandes eleitores, muito além dos 270 necessários para garantir a eleição.

Quando faltam apurar os resultados em três Estados, Arizona, Alaska e Nevada, os republicanos detêm também a maioria provisória na Câmara Baixa do Congresso.

Se a conseguirem, Trump terá praticamente carta branca para rever legislação em todos os setores, podendo cumprir sem obstáculos as suas promessas eleitorais.

com Lusa

Veja aqui todo o discurso de Kamala Harris
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por Lusa

Kamala vence cidades da Costa Leste com mais portugueses e Trump supreende em Fall River

Em várias das cidades com maior concentração portuguesa na Costa Leste norte-americana foi Kamala Harris a candidata mais votada para as presidenciais de terça-feira, mas em Fall River, com uma grande comunidade açoriana, Donald Trump surpreendeu com uma vitória.

Os resultados preliminares das eleições em Fall River, cidade do estado de Massachusetts, mostram que, "possivelmente pela primeira vez na história eleitoral moderna, um candidato presidencial republicano conquistou a maioria dos votos na cidade", escreveu o jornal local Fall River Reporter sobre a vitória de Donald Trump, que conquistou 50,5% do apoio (14,843 votos), contra 47,6% da vice-presidente (13,981).

"Dados eleitorais da cidade desde 1972 mostram que os candidatos democratas venceram todas as eleições em Fall River, mesmo em 1980 e 1984, quando Massachusetts, como estado, votou em Ronald Reagan", assinalou o jornal.

No sentido oposto, a cidade de New Bedford, igualmente com uma significativa comunidade portuguesa e também localizada no estado de Massachusetts, foi Kamala Harris a candidata com mais votos (52,9%), vencendo o magnata republicano (45%).

Já no condado de Essex, que engloba a grande comunidade portuguesa de Newark, no estado de Nova Jérsia, Kamala Harris conquistou uma grande vitória, com 71,3% dos votos, enquanto o recém-eleito Presidente, Donald Trump, ficou com 27,2%.

Em Providence, no estado de Rhode Island, a candidata democrata conseguiu uma vitória esmagadora, ao reunir 73,9% de apoio, enquanto o ex-presidente levou 23,3% dos votos.

Quase 10% da população em Rhode Island tem origem portuguesa, sendo a língua portuguesa a terceira mais falada nesse estado da Costa Leste.

No condado de New Haven, que integra cidades com uma forte comunidade luso-americana, como Waterbury ou Naugatuck, a grande vencedora da noite foi também Kamala Harris, que angariou 79,1% dos votos, enquanto Trump conseguiu apenas 19%.

Apesar da predominância de Kamala Harris nestas cidades, a vice-presidente e candidata democrata perdeu as eleições presidenciais a nível nacional.

Donald Trump foi eleito o 47.º Presidente dos Estados Unidos, tendo já conquistado mais do que os 270 votos do colégio eleitoral necessários, quando ainda decorre o apuramento dos resultados. Trump segue também à frente da adversária democrata no voto popular, com 51% contra 47,5% dos votos contados.

O Partido Republicano recuperou ainda o Senado ao ultrapassar a fasquia de 51 eleitos, enquanto na Câmara dos Representantes segue igualmente na frente no apuramento com 201 mandatos, a apenas 17 da maioria.

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Europa teme tarifas prometidas por Donald Trump

A eleição de Trump como novo presidente dos Estados Unidos coloca um grande desafio à União Europeia, que aguarda agora a concretização das tarifas prometidas pelo republicano durante a campanha e que iriam condicionar as trocas com o seu maior parceiro comercial.

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por RTP

Vitória de Trump saudada por Marcelo e Montenegro

O primeiro-ministro português e o presidente da República também saudaram a vitória de Donald Trump.

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por RTP

Xi Jiping telefonou a Donald Trump, revela CNN

O presidente chinês falou esta quarta-feira com o presidente eleito Donald Trump, para o felicitar pela vitória eleitoral, revelou a CNN, citando fontes anónimas.
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por Lusa

PS francês apela a reunião "urgente" dos socialistas europeus

O Partido Socialista (PS) francês convocou hoje uma reunião extraordinária nacional e pediu uma "reunião urgente dos líderes do Partidos Socialistas europeus" após a eleição do republicano Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos.

"Tendo em conta os impactos" da eleição norte-americana "na situação internacional, e em conjunto com Pedro Sánchez [primeiro-ministro espanhol], o Partido Socialista apela a uma reunião urgente dos líderes do Partido Socialista Europeu", que reúne 60 partidos nacionais, incluindo 32 membros efetivos.

No comunicado de imprensa, o PS francês disse que "a União Europeia não é o 51º Estado americano".

Por essa razão, "deve agora tomar consciência da sua própria força e medir a sua responsabilidade na cena internacional, num mundo abalado pelo ressurgimento dos impérios, do obscurantismo religioso, da conspiração, do racismo, do ceticismo climático e do nacional-populismo", acrescentou.

Neste contexto, "a esquerda europeia, e os socialistas em particular, devem desempenhar plenamente o seu papel", afirmou o PS francês, apelando a "um despertar, que passa pela afirmação de um projeto para a França e para a Europa".

O antigo Presidente socialista francês, François Hollande, alertou na quarta-feira contra um poder "sem limites" de Donald Trump , afirmando que a nova vitória do republicano como Presidente dos Estados Unidos era "uma má notícia para a Europa".

Relativamente à Ucrânia, Donald Trump "disse de forma arrogante que ia resolver o problema em poucos dias. Não há dúvida de que vai abandonar a Ucrânia a Vladimir Putin [Presidente russo] (...) se os europeus não reagirem", acrescentou François Hollande.

O atual Presidente francês, Emmanuel Macron, e Donald Trump manifestaram hoje a "vontade de trabalhar para o regresso da paz e da estabilidade", face às "grandes crises internacionais em curso", segundo a Presidência francesa.

Durante uma "excelente conversa de 25 minutos" por telefone, o chefe de Estado francês "sublinhou a importância do papel da Europa e disse ao Presidente Trump que estava disposto a continuar esta conversa e a trabalhar em conjunto sobre estas questões" quando o candidato tomar posse, afirmou o Eliseu.

Donald Trump foi eleito o 47º Presidente dos Estados Unidos tendo já conquistado mais do que os 270 votos do colégio eleitoral necessários, quando ainda decorre o apuramento dos resultados. Trump segue também à frente da adversária democrata Kamala Harris no voto popular, com 51,1% contra 47,4% dos votos contados.

O Partido Republicano recuperou ainda o Senado ao ultrapassar a fasquia de 51 eleitos, enquanto na Câmara dos Representantes segue igualmente na frente no apuramento com 201 mandatos, a apenas 17 da maioria.

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Márcia Rodrigues analisou a vitória de Trump

A editora de Internacional da RTP esteve no Telejornal para fazer uma leitura da vitória do republicano nas Presidenciais de 2024.

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Kremlin reage com cautela à vitória de Donald Trump

O fim das guerras na Ucrânia e Médio Oriente foi uma das promessas feitas por Donald Trump caso fosse eleito presidente. Horas após o anúncio da vitória, o Kremlin reagiu com cautela e Zelensky e Netanyahu aproveitaram para realçar as afinidades com o novo presidente.

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Líderes mundiais já felicitaram Donald Trump

Os líderes mundiais felicitaram Trump pela vitória nas eleições dos Estados Unidos. Victor Orbán foi o mais entusiasmado. Na União Europeia houve prudência e da China chegou uma felicitação diplomática.

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Trump de regresso à Casa Branca com promessas polémicas em carteira

Donald Trump vai regressar à Casa Branca após ter feito muitas promessas polémicas. Durante a campanha, o candidato do partido republicano prometeu acabar com a guerra na Ucrânia em 24 horas e fazer a maior deportação da história de imigrantes ilegais.

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Trump arrecada vitória que lhe confere um poder superior a 2016

A correspondente da RTP Candida Pinto acompanha em Washington a ressaca da eleição presidencial de 2024.

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Democratas falam de dia trágico para a democracia

Kamala Harris já ligou a Donald Trump a felicitá-lo pela vitória. A candidata democrata remeteu-se ao silêncio. Os democratas falam de um dia trágico para a democracia.

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Donald Trump teve vitória esmagadora na corrida presidencial

O candidato republicano ganhou sem margem para dúvidas numa noite em que os republicanos conquistaram também a maioria no Senado e deixaram em aberto a possibilidade de alcançar a maioria na Câmara dos Representantes.

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por Lusa

Como será feita a transição após a vitória de Trump

O regresso iminente de Donald Trump à Casa Branca implicará a constituição de uma administração totalmente diferente daquela que serviu o governo de Joe Biden e com poucas semelhanças à que constituiu após a vitória em 2016.

Com um período de 75 dias para formar a sua equipa antes da tomada de posse, em 20 de janeiro, o presidente eleito vai ter de ocupar cerca de quatro mil cargos governamentais com nomeados políticos, escolhidos pela equipa de Donald Trump, desde o secretário de Estado a outros chefes de departamento do Gabinete do Presidente, mas também todos os nomeados para servir a tempo parcial em conselhos e comissões.

Cerca de 1.200 dessas nomeações presidenciais requerem a confirmação por parte do Senado, agora com maioria republicana.

 

+++ Como será a transição? +++

 

Depois de ter sido eleito em 2016, Donald Trump também constituiu uma administração totalmente nova e, por isso, o republicano tem ideias definidades sobre o que fazer de diferente desta vez e já sugeriu alguns nomes.

Durante as celebrações da vitória, na quarta-feira, Trump adiantou que o ex-candidato à presidência e ativista anti-vacinação Robert Kennedy Jr. será escolhido para "ajudar a tornar a América saudável novamente", acrescentando que "vamos deixá-lo fazer isso".

Na campanha, prometeu também transformar Elon Musk num secretário para o "corte de custos" federal, e o CEO da Tesla sugeriu que é capaz de identificar biliões de dólares em gastos governamentais para eliminar.

Além das nomeações para cargos, a maioria dos presidentes eleitos também recebe balanços dos serviços de inteligência diários ou quase diários durante a transição.

Em 2008, o presidente cessante, George W. Bush, informou pessoalmente o presidente eleito Barack Obama sobre as operações secretas dos EUA e quando o próprio Trump se preparava para tomar posse em 2016, a conselheira de segurança nacional de Obama, Susan Rice, passou informações a Michael Flynn, seu sucessor designado na nova administração.

Em 2020, as contestações legais de Trump aos resultados eleitorais atrasaram o início do processo de transição durante semanas, e as reuniões presidenciais com Biden só começaram em 30 de novembro.

 

 +++ Quem está a ajudar Donald Trump neste processo? +++

 

A transição de Trump está a ser liderada, sobretudo, por amigos e familiares, incluindo Kennedy Jr. e o ex-candidato presidencial democrata Tulsi Gabbard, os filhos Donald Trump Jr. e Eric Trump, e o escolhido para a vice-presidência, JD Vance.

Os co-presidentes da transição são o CEO da Cantor Fitzgerald, Howard Lutnick, e Linda McMahon, a ex-executiva de luta livre que liderou a Small Business Administration durante o primeiro mandato de Trump.

Howard Lutnick adiantou que a operação será "o mais diferente possível" em relação a 2016, na altura liderada inicialmente por Chris Christie.

Depois de vencer há oito anos, Trump demitiu Chris Christie, descartou os planos do ex-governador de Nova Jersey e passou a tarefa de dirigir a transição ao então vice-presidente eleito Mike Pence.

No início do seu primeiro mandato, Trump reuniu um Gabinete original que incluía alguns republicanos e líderes empresariais mais tradicionais que acabaram por desiludi-lo, ou romperam publicamente com o Presidente.

Desta vez, Trump prometeu valorizar a lealdade tanto quanto possível --- uma filosofia que pode garantir que faça escolhas mais alinhadas com os seus valores ideológicos e estilo profissional bombástico.

Ao contrário da campanha candidata democrata e atual vice-presidente Kamala Harris, a equipa de Trump não assinou quaisquer acordos de transição pré-eleitorais com a Administração de Serviços Gerais, que atua essencialmente como "senhorio" do governo federal, tendo já terminado os prazos para chegar a acordo sobre questões logísticas, como espaço de escritório e apoio técnico, e com a Casa Branca sobre o acesso às agências, incluindo documentos, funcionários e instalações

+++ Quais são as novas regras de transição +++

 Em 2020, Donald Trump lançou acusações de fraude eleitoral generalizada, que não se comprovou, que lhe custaram a eleição e atrasou por semanas o início da transição da administração cessante para a de Joe Biden.

Há quatro anos, a chefe da Administração de Serviços Gerais nomeada por Trump, Emily Murphy, considerou que não tinha legitimidade legal para determinar um vencedor na corrida presidencial porque Trump continuava a contestar os resultados em tribunal, atrasando o financiamento e a cooperação para a transição.

Só depois de fracassados os esforços de Donald Trump para subverter os resultados nos principais estados é que Emily Murphy concordou em "determinar formalmente um presidente eleito" e iniciar o processo de transição.

Para evitar este tipo de atrasos em transições futuras, a Lei de Melhoria da Transição Presidencial de 2022 determina que o processo de transição comece cinco dias após a eleição --- mesmo que o vencedor ainda esteja em disputa.

Significa que "uma `verificação afirmativa` por parte da Administração de Serviços Gerais deixa de ser um pré-requisito para obter serviços de apoio à transição", de acordo com as diretrizes da agência sobre as novas regras.

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por RTP

Donald Trump agradece aos eleitores

Num e-mail enviado pela equipa da campanha aos seus apoiantes, Donald Trump referiu-se à sua vitória histórica, considerando-a "uma vitória política que o nosso país nunca viu", repetindo uma das principais frases do seu discurso de vitória.

O presidente eleito prometeu-lhes ainda que irá "lutar" pela América, outra promessa várias vezes repetida.

"Não descansarei até termos alcançado uma América forte, segura e próspera, que as nossas crianças merecem e que vocês merecem", acrescentou Donald Trump. "Juntos, iremos dar largas ao destino glorioso da América".

"Obrigada. mais uma vez, por me terem eleito com uma vitória esmagadora", rematou o presidente.

A mensagem incluía no final um link para os apoiantes interessados em prosseguir com doações para a campanha.
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por RTP

Joe Biden convidou Donald Trump para um encontro na Casa Branca

O atual presidente norte-americano telefonou para felicitar o presidente eleito pela sua vitória nas eleições de terça-feira, convidando-o para um encontro na Casa Branca.

Em comunicado, a Casa Branca referiu que Biden está "comprometido em garantir uma transição confortável e sublinhou a importância dos esforços para unir o país".

A mesma fonte referiu que Biden também falou com Kamala Harris, a sua vice-presidente, substituta na corrida presidencial e candidata democrata derrotada por Trump.

De acordo com a Casa Branca, o presidente Biden irá dirigir-se ao país na quinta-feira, para "abordar os resultados eleitorais e a transição".
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por RTP

Trump e Harris de acordo "na necessidade de unificar o país"

Pouco após o telefonema da candidata democrata ao presidente eleito, o porta-voz de Donald Trump revelou que os dois manifestaram "acordo sobre a necessidade de unificar o país".

"O presidente Trump agradeceu a determinação, o profissionalismo e a perseverança da vice-presidente Harris, ao longo da campanha", acrescentou Steven Cheung em comunicado.

Durante a campanha, Trump e Harris atacaram-se mutuamente diversas vezes. O republicano falava habitualmente da rival como a 'Kamala mentirosa' ou 'Kamala louca', questionando a sua identidade enquanto mulher negra. A acusou Trump de pensar apenas em si mesmo, comparou-o a Hitler e chamou-lhe 'fascista'.
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por Antena 1

João Gomes Cravinho vaticina ameaça à NATO com vitória de Trump

Foto: Miguel A. Lopes - Lusa

A NATO está ameçada. É a convicção do ex-minsitro dos Negócios Estrangeiros João Gomes Cravinho que está muito pessimista com o futuro da Europa e do mundo após a vitória de Donald Trump nas presidenciais norte-americanas.

"Tal qual a conhecemos, atualmente, seguramente que está ameaçada. O presidente dos Estados Unidos tem o poder infinito de fazer a vida negra à NATO e para enfraquecer a NATO. Nós deixámos de ter um aliado na Casa Branca", vaticinou João Gomes Cravinho.

Em declarações à Antena 1, o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou ainda que a Europa tem que reagir.

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por RTP

Vitória de Donald Trump "aumenta riscos para a economia mundial"

O governador do Banco de França, François Villeroy de Galhau, reagiu aos resultados das eleições norte-americanas com advertências graves.

Durante uma conferência em Lyon, Villeroy disse acreditar "que o resultado da eleição norte-americana aumenta ao mesmo tempo os riscos para a economia mundial e a necessidade de uma remobilização europeia".

Uma Administração Trump irá implicar "provavelmente mais de protecionismo", "o que significa mais inflação, pelo menos nos Estados Unidos, e à priori menos de crescimento em todo o mundo", sublinhou o responsável pelo banco central francês.
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por RTP

Kamala Harris já telefonou a Donald Trump

Um conselheiro da candidata democrata confirmou que a atual vice-presidente já falou com o rival, para o felicitar pela eleição como 47º presidente dos EUA.

Kamala Harris reconheceu a derrota e evocou com o futuro presidente a importância de uma transferência pacífica de poder, pedindo-lhe para ser um presidente de todos os americanos, revelou a mesma fontes, citada pela AFP sob anonimato.
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por Lusa

Macron e Trump querem trabalhar para regresso da paz e da estabilidade

O Presidente francês, Emmanuel Macron, e o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestaram hoje a "vontade de trabalhar para o regresso da paz e da estabilidade", face às crises internacionais, segundo a Presidência francesa.

Durante uma "excelente conversa de 25 minutos" por telefone, o chefe de Estado francês "sublinhou a importância do papel da Europa e disse ao Presidente Trump que estava disposto a continuar esta conversa e a trabalhar em conjunto sobre estas questões", afirmou o Eliseu.

O Presidente francês referiu ainda que este trabalho conjunto passará pelas "grandes crises internacionais em curso", em particular da Ucrânia e do Médio Oriente, "quando [Donald Trump] tomar posse" no final de janeiro de 2025, após a vitória do candidato republicano à Casa Branca.

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por RTP

Guterres pronto a "trabalhar de forma construtiva" com Trump

Guterres também já felicitou Donald Trump e garante estar pronto para trabalhar com presidente eleito.

Em comunicado o secretário-geral da ONU sublinha a importância da cooperação entre os Estados Unidos da América e as Nações Unidas.

Guterres sublinha a necessidade de "trabalhar de forma construtiva com a próxima administração para enfrentar os desafios dramáticos do mundo".
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por RTP

Joe Biden deverá falar com Trump ainda hoje

O presidente democrata irá felicitar o sucessor num telefonema ainda esta quarta-feira, referiu a ABC News na rede X.

Joe Biden planeia discursar sobre as eleições apenas na quinta-feira.
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por RTP

Venezuela pronta a estabelecer "boas relações" com os EUA

Em comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Caracas felicitou a eleição de Donald Trump, assumindo-se pronta a "estabelecer boas relações" com os Estados Unidos.

A "Venezuela felicita os Estados Unidos" referiu o comunicado, "e o presidente eleito Donald J.Trump". "A Venezuela estará sempre pronta a estabelecer boas relações com os governos dos Estados Unidos, num espírito de diáologo, de respeito e de bom senso", acrescentou.

"O reconhecimento da soberania e da autodeterminação dos povos [é] fundamental para a construção de um mundo novo, onde prevaleça o equilíbrio entre as nações livres", adiantou.

"O povo da Venezuela partilha laços históricos com o povo dos Estados Unidos, com quem aspiramos percorrer um caminho de paz e justiça social, onde não haja lugar para a guerra, a exclusão ou a discriminação, e onde a cooperação e o respeito mútuo entre as nações sejam o estandarte das relações internacionais", referiu o documento.

A Venezuela rompeu as relações diplomáticas com Washington em 2019, durante a primeira Administração Trump.
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Trump vence no Michigan, outro dos Estados decisivos

Com esta vitória, o presidente eleito adiciona 15 grandes eleitores à sua maioria, e soma agora 292 delegados.

Trump venceu com 49,8 por cento dos votos, contra os 48,3 por cento da democrata Kamala Harris.

O Michigan, um dos estados chave nas eleições dos EUA, é considerado um bastião democrata. Trump já ali tinha ganho em 2016 mas perdeu o Estado para Joe Biden em 2020.

Com esta vitória no Michigan, a somar-se às da Pensilvânia e do Wisconsin, Donald Trump consegue praticamente o pleno nos Estados-chave do norte do país, considerados, até terça-feira, largamente favoráveis a Kamala Harris.
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George W.Bush felicita "os nossos novos líderes"

O ex-presidente republicano emitiu um comunicado para felicitar os vencedores eleitorais de terça-feira.


"Felicito o presidente Donal Trump pela sua eleição enquanto 47º presidente dos Estados Unidos da América, assim como o vice-presidente eleito J.D.Vance, e as suas famílias", referiu, agradecendo ainda ao atual presidente Joe Biden e à vice-presidente e candidata derrotada, Kamala Harris, "pelo seu serviço ao nosso país".

"A grande participação nestas eleições é um sinal da saúde da nossa República e da resistência das nossas instituições democráticas", escreveu também George W.Bush.

"Juntamo-nos aos nossos concidadãos nas orações pelo sucesso dos nossos novos líderes a todos os níveis do Governo", acrescentou.

Apesar de vários apelos, Bush nunca chegou a endossar qualquer dos dois candidatos, mas a sua filha Bárbara apoiou Kamala Harris, assim como Dick Chiney, que foi seu vice-presidente.
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Mitch McConnell adverte para os "tempos mais perigosos desde a II Guerra Mundial"

O líder da minoria republicana no Senado dos EUA, Mitch McConnell, que está de saída do cargo, alertou que a eleição de Trump surge "nos tempos mais perigosos desde a Segunda Grande Guerra".

"Precisamos de escorar a despesa em Defesa, de forma a evitar um conflito direto com os nossos adversários. É muito mais barato evitar a guerra", afirmou.

McConnell foi um dos maiores opositores de Trump dentro do Partido Repúblicano, em particular em política externa e questões de segurança interma.

Esta quarta-feira mostrou-se satisfeito com a vitória republicana. Este "é um dia feliz" para o Partido, afirmou, felicitando a campanha de Trump por "conduzir uma operação mais inteligente desta vez".

Para McConnel, numa eleição "a qualidade do candidato é essencial", referindo que "tínhamos o melhor candidato".

"Foi um dia mesmo muito bom", acrescentou, em conferència de imprensa.

O senador republicano considerou ainda a eleição como "um referendo à atual Administraçáo", já que as pessoas estão "insatisfeitas" com ela.

McConnell irá abandonar o cargo de líder dos republicanos, em janeiro, mas já afirmou que irá manter-se focado na defesa da América e "fazer tudo para ajudar a nova Administração a ser bem-sucedida".
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Discurso de Kamala Harris antecipado para as 21h00

A candidata democrata deverá dirigir-se ao país a partir da Universidade Howard, em Washington DC, para conceder as eleições a Donald Trump.

O discurso esteve inicialmente marcado para as 23h00 em Lisboa, mas a campanha de Harris confirmou que foi antecipado em duas horas, para as 21h00.

Até lá, Kamala irá estar reunida com o seu staff em encontros fechados à imprensa.

Antes do discurso, a ainda vice-presidente deverá telefonar a Donald Trump para conceder a eleição, de acordo com informações avançadas por diversos media, citando fontes próximas da campanha.


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"Regresso extraordinário". Jeff Bezos considera vitória de Trump "decisiva"

O fundador da Amazon foi mais uma das vozes a congratular Donald Trump pela vitória, considerando-a "um regresso político extraordinário e uma vitória decisiva".

"Nenhuma nação tem maiores oportunidades", escreveu na rede X.

Bezos é também proporietário do jornal Washington Post, que tradicionalmente endossa um candidato durante as campanhas presidenciais.

Este ano, contudo, Bezos impediu que se cumprisse a tradição, numa decisão anunciada a poucos dias das eleições e contra a vontade da própria redação, que se preparava para apoiar a candidata democrata.

O multimilionário escreveu então que endossar um candidato criava junto do público "uma impressão de parcialidade".
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Bolsas no vermelho. Investidores reagem a vitória de Trump

O reposicionamento político nos Estados Unidos está "a fazer com que os investidores reposicionem as suas carteiras", defendeu à RTP o analista de mercados Pedro Lino.

Estão a vender "o que não vai ser renovado" como as energias renováveis, e a comprar ativos no setor financeiro ou no setor petrolífero.

A tendência já iniciada deverá prolongar-se no médio a longo prazo, vaticina ainda.

As bolsas europeias têm estado a negociar no vermelho, com o euro a perder valor perante a valorização do dólar.

Paris encerrou a perder 0,51%, Frankfurt -1,13% e Londres -0,07%.
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por Antena 1

Eleições EUA. PCP critica acentuado nível de degradação do sistema político

Foto: Rodrigo Antunes - Lusa

O PCP considerou esta quarta-feira que a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos traduz o "acentuado nível de degradação" do sistema político norte-americano e o "descrédito das elites dominantes" após os anos da Administração Biden.

Em declarações aos jornalistas no Parlamento, a chefe da bancada comunista, Paula Santos, reiterou que as eleições norte-americanas revelaram "uma acentuação da degradação do sistema política dos Estados Unidos da América, que se arrogam o direito de querer dar lições de democracia ao mundo".

Questionada sobre a resposta devida da Europa, a deputada defendeu que "não pode ser um caminho de reforço do militarismo".

"Nem pode ser, a pretexto destes resultados, o caminho de se avançar numa perspetiva quase de transformação num bloco militar complementar à NATO. O que é necessário é o respeito pelos povos, pelos seus direitos, de soluções pacíficas para os conflitos e combatendo este caminho armamentista, de militarização", considerou.
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Momento-Chave
por RTP

Netanyahu falou ao telefone com Donald Trump

O primeiro-ministro de Israel falou com o presidente eleito, revelou o seu gabinete.

Benjamin Netanyahu e Donald Trump debateram a "ameaça iraniana", referiu a fonte.

"A conversa foi amigável e cordial. O primeiro-ministro felicitou Trump pela sua vitória eleitoral e os dois [líderes] concordaram em cooperar para a segurança de Israel. Discutiram também a ameaça iraniana", que apoia o Hamas palestiniano e o Hezbollah libanês em guerra com Israel, disse a mesma fonte.

"O primeiro-ministro [israelita] foi um dos primeiros a telefonar ao Presidente eleito dos Estados Unidos. A conversa foi calorosa e cordial. Os dois concordaram em trabalhar em conjunto para a segurança de Israel e discutiram também a ameaça iraniana", refere o comunicado do gabinete do primeiro-ministro, sem avançar pormenores.

Hoje de manhã, quando os resultados já apontavam Trump como vencedor, Netanyahu foi um dos primeiros líderes mundiais a celebrar publicamente a vitória na sua conta no X.

com Lusa
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por RTP

Governo do RU expressa confiança nas relações comerciais com EUA

A responsável pelas Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, acredita que as trocas comerciais entre o país e os Estados Unidos vão manter-se, apesar da imposição de tarifas às importações proposta por Donald Trump.

"O presidente Trump já foi presidente dos Estados Unidos e continuámos a ter uma relação económica forte e saudável, e nós enquanto Governo, iremos continuar a pressionar para um comércio livre", afirmou Reeves perante o Comité do Tesouro da Câmara Baixa do Parlamento britânico.

"Confio qie estes fluxos comerciais irão continuar com o novo presidente", afirmou, referindo ser demasiado cedo para avaliar o impacto das eleições norte-americanas na Economia do Reino Unido.
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por RTP

China felicita Trump pela vitória

Pequim deu os parabéns ao presidente eleito dos EUA, em comunicado emitido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.

"Respeitamos a escolha do povo americano e endereçamos as nossas felicitações ao senhor Trump pela sua eleição para a presidência" norte-americana, refere o texto.
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Momento-Chave
por RTP

Kamala Harris reage hoje aos resultados eleitorais

A candidata democrata às eleições norte-americanas deverá dirigir-se à nação esta quarta-feira, na Universidade Howard, em Washington, para admitir a derrota, avança a NBC News.

Segundo a agência Reuters, Harris fará o seu discurso às 18h00 locais (23h00 em Portugal).

Harris e Joe Biden deverão também entrar hoje em contacto com o presidente eleito, Donald Trump.
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por Lusa

Wall Street saúda em alta acentuada a vitória de Trump

A bolsa de Nova Iorque iniciou hoje a sessão em forte alta, com os investidores animados com a vitória de Donald Trump nas presidenciais norte-americanas.

Às 14:50 (hora de Lisboa), o índice Dow Jones subia 2,89% para 43.441,36 pontos e o Nasdaq, dominado pelo setor tecnológico, avançava 1,70% para 18.752,18 pontos.

O índice alargado S&P 500, considerado o mais representativo do mercado, registava uma valorização de 2,02% para 5.899,58 pontos.

 

 

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por RTP

Bolsas europeias impulsionadas pela vitória de Trump

A vitória de Donald Trump impulsionou as bolsas europeias, ao contrário do que se esperava. Os principais índices negociaram esta manhã acima de 1%.

As bolsas de Portugal e Madrid destoaram desta tendência, com desvalorizações acima de 1%.

No entanto, as cotadas da energia estão a pressionar as negociações, efeito da promessa de Trump, durante a campanha, de que iria suspender a produção de energia eólica "offshore".

Nota ainda para a valorização do dólar americano, está no valor mais alto desde julho.
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por RTP

Eleições nos EUA. A análise de José Pedro Teixeira Fernandes

José Pedro Teixeira Fernandes, comentador da RTP, esteve no Jornal da Tarde a analisar a dimensão da vitória de Donald Trump e perspetivou o que se espera no caso dos republicanos vencerem as duas câmaras do Congresso.

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por RTP

Democratas elegem o primeiro senador latino do Arizona

O Partido Republicano conquistou a maioria no Senado dos Estados Unidos, que estava com os democratas desde 2020. Em noite de vitória Republicana, o partido Democrata conseguiu segurar alguns Estados, como o Arizona.

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por RTP

RTP em Miami. As reações à vitória de Trump

O enviado da RTP a Miami, José Manuel Portugal, revela que os norte-americanos não estão muito surpreendidos com os resultados das eleições presidenciais. O que está mais em causa é a dimensão da vitória.

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por RTP

Multiplicam-se as reações ao regresso de Donald Trump à Casa Branca

Nas redes sociais multiplicam-se as reações ao regresso de Donald Trump à Casa Branca. Benjamin Netanyahu vê a possibilidade de um "poderoso compromisso" entre Israel e a América. Zelensky sublinha uma "impressionante vitória". Já o primeiro-ministro da Hungria, um dos primeiros a reagir, fala no "maior regresso da história política dos EUA". Viktor Orbán diz que esta é uma vitória "muito necessária para o mundo".

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por RTP

Apoiantes de Kamala Harris deixaram a sede de campanha em silêncio

A candidata democrata promete falar esta quarta-feira. A contagem dos votos revelou muito cedo que Kamala Harris ia perder. Os apoiantes deixaram a sede de campanha em silêncio e de semblante pesado.

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por RTP

Trump prometeu fazer tudo para unir o país

Donald Trump diz que esta é uma vitória política como os Estados Unidos nunca viram. Num discurso mais moderado, sem isultos e sem referir o nome de Kamala Harris, o candidato republicano prometeu fazer tudo para unir o país.

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Momento-Chave
por RTP

Políticos portugueses reagem à vitória de Donald Trump

Andrew Kelly - Reuters

Por cá, também começam a surgir as reações à vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas.

Na rede social X, Rui Rocha, presidente da Iniciativa Liberal, não se referiu a Donald Trump, mas disse que a “Europa vai ter de cuidar de si própria”.

“A primeira consequência para Portugal é óbvia. Foco do Estado em áreas essenciais: segurança, defesa, justiça, mobilidade, acesso universal a saúde/educação. Fazer muito bem aí. Já não há margem para desbaratar recursos públicos em supérfluo/acessório”, escreveu.

Em declarações na Assembleia da República, Rui Rocha disse que lamentar a vitória de Trump “é uma má opção”, lembrando que esta foi uma “decisão democrática” dos norte-americanos.

O líder da IL defende que a União Europeia deve “assumir a responsabilidade e criar um caminho de autonomia, de capacidade de inovação, de dinamização das nossas economias”.


Para Portugal, Rui Rocha aponta algumas lições, nomeadamente que é “é fundamental valorizar a economia” e que o “Estado tem de se focar naquilo que é essencial”, ou seja, na defesa, segurança, mobilidade, justiça e num serviço de acesso universal à saúde e educação.

Em Bruxelas, João Cotrim de Figueiredo, eurodeputado da Iniciativa Liberal e ex-presidente do partido, prevê “tempos difíceis” para a Europa.

Sobre a intenção de Trump de aplicar um imposto de 20% sobre as importações, Cotrim de Figueiredo considera que a Europa tem de ser “inteligente e não reagir emotiva ou epidermicamente a essa decisão”.

“A Europa não deve retaliar de forma generalizada”, disse o eurodeputado, defendendo que deve ser “firme nas suas convicções”.

“Temos um presidente eleito com toda esta legitimidade que tem rédea livre para executar aquilo que foi o seu programa”, disse Cotrim de Figueiredo.

Sebastião Bugalho, eurodeputado da Aliança Democrática, destaca que a UE deve assegurar que o novo presidente americano será um bom aliado numa altura em que a Europa está sob ameaça da parte da Rússia.

António Tanger Corrêa, eurodeputado eleito pelo Chega, disse não ter ficado surpreendido com a vitória de Donald Trump.

O líder do Chega também já reagiu. Numa publicação na rede social X, André Ventura disse que esta foi “uma grande vitória de Donald Trump nos EUA” e apelou à Europa a seguir o mesmo caminho.

“Grande vitória de Donald Trump nos EUA. Contra os interesses do sistema instalado, contra os meios de comunicação social tradicionais, contra o globalismo woke. A América mudou hoje e virou à direita. A Europa tem de fazer o mesmo!”, escreveu. 

Em declarações aos jornalistas, Ventura disse que a eleição de Trump “tem uma importância muito grande para a Europa do ponto de vista político”.

“A mudança à direita nos EUA é não só um bloqueio à agenda de esquerda, que tem estado a varrer algumas capitais europeias e os próprios EUA, como um estímulo a todos os partidos parceiros do Partido Republicano, como é o nosso caso”, disse o líder do Chega.

João Almeida, do CDS, saudou a vitória de Donald Trump, considerando que “faz todo o sentido que a Europa tenha o seu caminho e que lute para ter, mas que não seja uma economia de costas voltadas para os EUA”.

A esquerda, por sua vez, critica o regresso de Donald Trump à Casa Branca.

Em declarações na Assembleia da República, Marisa Matias, deputada do Bloco de Esquerda, considerou a vitória de Donald Trump “uma péssima notícia”, afirmando que é um “vitória da política do ódio, do racismo, da xenofobia”.

“Todos os erros que vêm da presidência Biden/Harris, a começar pela promoção do genocídio em Gaza, só sairão agravados com esta vitória”, disse Marisa Matias, observando que a “vitória de Trump é também uma vitória de Netanyahu e de Putin”.

Por este motivo, a deputada bloquista defende uma maior autonomia da Europa na promoção da paz.

Inês Sousa Real, do PAN, diz que “foi dado um passo atrás nos EUA”, mas sublinha que a vitória de Trump “não deve desesperançar-nos, mas sim reforçar o nosso compromisso com a democracia, com o combate às alterações climáticas e com os direitos humanos”.
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Momento-Chave
por RTP

Presidente da República pede reforço da cooperação com EUA

Marcelo Rebelo de Sousa reagiu à eleição de Donald Trump como novo Presidente dos Estados Unidos da América. Lembrou momentos de 2018 com as questões dos Açores, do gás líquido e exportações portuguesas em cima da mesa.

Para o futuro, pede o reforço da cooperação com os Estados Unidos, e não um recuo. Afirma que o povo americano foi soberano e que agora o que interessa é o futuro e o trabalho conjunto.
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Momento-Chave
por RTP

É oficial. Donald Trump eleito 47º presidente dos Estados Unidos

Donald Trump venceu no Estado do Wisconsin, alcançando 277 votos no colégio eleitoral – mais do que os 270 necessários para vencer as eleições presidenciais.

Com este resultado, fica confirmando que Donald Trump regressará à Casa Branca como 47º presidente dos Estados Unidos.
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Momento-Chave
por Mariana Ribeiro Soares - RTP

Eleições EUA. As reações dos líderes internacionais à vitória de Trump

EPA

Donald Trump declarou vitória nas eleições presidenciais e depois disso começaram a chegar, de todo o mundo, as reações ao regresso do ex-presidente à Casa Branca.

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Órban, foi um dos primeiros a reagir. “A caminho de uma vitória maravilhosa”, escreveu Órban numa publicação no Facebook, quando ainda se contabilizavam os votos.

Mais tarde, quando a eleição de Trump estava praticamente assegurada, o primeiro-ministro húngaro voltou a mencionar as eleições norte-americanas, afirmando que este “é o maior regresso da história política dos EUA”.

"Parabéns ao presidente Trump pela sua enorme vitória. Uma vitória muito necessária para o mundo", disse Órban numa mensagem publicada na rede social X.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, também já reagiu, saudando “o maior regresso da história”. Na rede social X, Netanyahu disse que o regresso de Trump à Casa Branca “oferece um novo começo para a América e um poderoso compromisso com a grande aliança entre Israel e a América”.

Também os ministros de extrema-direita do Governo do primeiro-ministro israelita comemoraram a presumível vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA.

O ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, felicitou Trump e disse que juntos vão “fortalecer a aliança EUA-Israel, trazer de volta os reféns e permanecer firmes para derrotar o eixo do mal liderado pelo Irão”.

O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, escreveu no Twitter: "Sim! Deus abençoe Trump". Já o ministro das Finanças, Bezalel Smitrich, disse: "Deus abençoe Israel, Deus abençoe a América".

O Hamas, por sua vez, disse que Trump será testado e afirmou que o “apoio cego” dos EUA a Israel “deve acabar”.

“Este apoio cego à entidade sionista deve acabar, porque ocorre à custa do futuro do nosso povo, bem como da segurança e estabilidade da região”, disse Bassem Naïm, membro do gabinete político do Hamas, à AFP.

"Pedimos que Trump aprenda com os erros de Joe Biden", disse outra fonte do Hamas à agência Reuters.


O Governo iraniano declarou-se, por sua vez, indiferente à vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas e mantém que as relações entre os dois países não vão mudar.

A porta-voz do Governo iraniano, Fatemeh Mohajerani, afirmou que "a eleição do presidente dos Estados Unidos da América não tem qualquer ligação clara com o Irão. As políticas gerais dos Estados Unidos e do Irão são políticas fixas".

"Considerando a história das sanções nas últimas quatro décadas, o Irão enfrentou-as e não está preocupado com uma reeleição de Trump, pois não houve qualquer diferença com a outra pessoa [o atual presidente, Joe Biden]", disse, antes de acrescentar que "as sanções fortaleceram o poder interno do Irão, que tem a capacidade de lidar com novas sanções".

O presidente ucraniano também congratulou Trump pela sua “notável vitória eleitoral”.

"Eu aprecio o comprometimento do presidente Trump com a abordagem «paz pela força» em assuntos globais. Este é exatamente o princípio que pode praticamente trazer a paz justa para a Ucrânia", disse Volodymyr Zelensky na rede social X.

“Estamos ansiosos por uma era de uns Estados Unidos da América fortes sob a liderança decisiva do Presidente Trump. Contamos com o apoio bipartidário forte e contínuo para a Ucrânia nos Estados Unidos”, acrescentou.

Do lado russo, o Kremlin disse que Vladimir Putin não tem intenções de felicitar Trump. "Não sei nada sobre um plano do presidente (russo) para felicitar Trump pela eleição. Não esqueçamos que estamos a falar de um país hostil que está direta e indiretamente envolvido numa guerra contra o nosso Estado", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em referência ao conflito na Ucrânia.

"É praticamente impossível que as relações se deteriorem ainda mais. Elas estão no nível mais baixo de todos os tempos. Quanto ao que pode acontecer, tudo dependerá da liderança americana", disse Peskov, acrescentando que o Kremlin vai avaliar Trump “com base em ações concretas”.


“Veremos o que acontece em janeiro”, disse, referindo-se à data da tomada de posse do próximo presidente dos Estados Unidos.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, também já parabenizou o seu “amigo” Donald Trump.

“Espero que as relações Turquia-EUA se fortaleçam, que as crises e guerras regionais e globais, especialmente a questão palestiniana e a guerra Rússia-Ucrânia, cheguem ao fim; acredito que mais esforços serão feitos para um mundo mais justo”, escreveu Erdogan no X.

A China disse que continuará a trabalhar com os Estados Unidos com base no “respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação vantajosa para ambas as partes”, disse um porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning.

"A nossa política em relação aos EUA é consistente", frisou.
Reações na Europa
Do lado europeu, uma das primeiras reações chegou de França. O presidente Emmanuel Macron deu os parabéns a Donald Trump e disse estar pronto para trabalhar com o republicano.

“Estamos prontos para trabalhar juntos, como fizemos nos últimos quatro anos. Com as suas convicções e com as minhas. Com respeito e ambição. Por mais paz e prosperidade”, escreveu Macron no X.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também parabenizou Trump pela sua “vitória histórica”. “Estou ansioso para trabalhar consigo nos próximos anos. Como aliados mais próximos, estamos ombro a ombro na defesa dos nossos valores compartilhados de liberdade, democracia e empreendedorismo”, escreveu Starmer no X.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, também saudou Trump, salientando que a “Itália e os EUA são nações “irmãs”, ligadas por uma aliança inabalável, valores comuns e uma amizade histórica”.

“É um laço estratégico, que tenho certeza de que agora fortaleceremos ainda mais”, vincou Meloni, numa mensagem partilhada no X.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, também felicitou Trump na rede social X. “A Alemanha e os EUA têm trabalhado juntos com sucesso por um longo período de tempo para promover a prosperidade e a liberdade em ambos os lados do Atlântico. Continuaremos a fazê-lo para o benefício dos nossos cidadãos”, escreveu.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, também felicitou Trump, afirmando que os dois vão “trabalhar nas nossas relações bilaterais estratégicas e numa forte parceria transatlântica”.

O secretário-geral da NATO disse ter já transmitido as suas felicitações a Donald Trump. “A sua liderança será novamente essencial para manter a nossa Aliança forte. Estou ansioso para trabalhar com ele novamente para promover a paz por meio da força através da NATO", disse Mark Rutte na rede social X.

O seu antecessor, Jens Stoltenberg, também felicitou Trump pela sua vitória, recordando que no seu primeiro mandato, a relação de trabalho entre os dois “focou-se em reforçar a segurança transatlântica e adaptar a NATO para o futuro”.

“Num mundo de crescente instabilidade, uma liderança forte dos EUA continua essencial”, salientou.

A presidente da Comissão Europeia felicitou “calorosamente Donald Trump pela sua eleição como 47º presidente dos Estados Unidos da América”.

“Estou ansiosa para trabalhar com o presidente Trump novamente para promover uma forte agenda transatlântica”, disse Ursula von der Leyen.

"Vamos trabalhar juntos numa parceria transatlântica. Milhões de empregos e biliões em comércio e investimento em cada lado do Atlântico dependem do dinamismo e estabilidade de nossa relação económica", salientou.

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, disse que “a Europa está pronta para cooperar enquanto enfrentamos desafios geopolíticos sem precedentes e para manter o vínculo transatlântico forte, enraizado nos nossos valores compartilhados de liberdade, direitos humanos, democracia e mercados abertos”.
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por RTP

Presidente da República felicita Trump e pede afirmação da relação transatlântica

Lusa

Marcelo Rebelo de Sousa desejou felicidades ao presidente eleito Donald Trump, "na afirmação da relação transatlântica, da Democracia e dos Direitos Humanos, construção da Paz e do Progresso sustentáveis".

Num nota publicada no site da Presidência, recordou "que Portugal foi o primeiro país neutral a reconhecer a independência dos EUA, a importância da Comunidade Portuguesa neste país, bem como a colaboração durante o seu primeiro mandato, nomeadamente a reunião na Casa Branca em 2018 e durante a pandemia".
Lembrou momentos de 2018 com as questões dos Açores, do gás líquido e exportaç&ot