Kanye West expulso da sede da Skechers depois de aparecer sem aviso

por RTP
Reuters

A empresa norte-americana de calçado desportivo anunciou na última quarta-feira que expulsou o rapper Kanye West, depois de o mesmo ter aparecido na sede da empresa sem avisar e sem ser anunciado. Este episódio surge um dia após a Adidas ter terminado o contrato que a ligava ao artista devido às suas posições antissemitas.

Num comunicado publicado nos meios de comunicação, a empresa declarou “não ter intenção de trabalhar com West” e que os seguranças levaram Ye (nome pelo qual o rapper agora é conhecido) para fora do edifício.

“Condenamos os seus comportamentos e declarações mais recentes e não toleramos comentários antissemitas ou qualquer outra forma de discursos de ódio”, disse a Skechers.

De acordo com a imprensa, Kanye West estava a tentar um novo contrato para a produção de ténis com o seu nome.

Os chefes da Skechers são judeus e esta atitude da marca surge em consonância com o término do contrato que ligava a Adidas a Kanye West, após comentários do rapper contra os judeus nas redes sociais Instagram e Twitter.

O anúncio da marca alemã foi feito na terça-feira depois de muita pressão sobre a empresa. A parceria tinha já vários anos, mas as últimas polémicas do rapper nas redes sociais levaram à decisão.

“A empresa decidiu terminar imediatamente a parceria com Ye, terminar a produção dos produtos da marca Yeezy e parar todos os pagamentos a Kanye West e suas empresas. O negócio Yeezy termina com efeito imediato”.

Com o corte de relações negociais, a Adidas anunciou que espera um impacto negativo nas suas contas num montante que pode chegar aos 250 milhões de euros. De acordo com analistas financeiros, os negócios com Kanye West geravam mais de dois mil milhões de euros por ano.

Também a GAP terminou a parceria que tinha com o rapper americano em setembro último, estando agora a tentar remover todos os produtos Yeezy das lojas físicas e online.
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