Katerina Sakellaropoulou é a primeira mulher eleita Presidente da Grécia

por RTP
Sakellaropoulou, uma das principais juízas da Grécia, toma posse a 13 de março, sucedendo a Prokopis Pavlopoulos Orestis Panagiotou - Reuters

Katerina Sakellaropoulou foi eleita a primeira mulher Presidente da Grécia. Foi indicada pelo partido conservador Nova Democracia e conseguiu garantir o apoio do principal partido da oposição Syriza e do partido Movimento pela Mudança, de centro-esquerda.

Esta quarta-feira, Katerina Sakellaropoulou foi eleita para o cargo com o apoio de 261 dos 300 membros do Parlamento, 61 votos a mais do que os exigidos pela Constituição.

Sakellaropoulou, uma das principais juízas da Grécia, toma posse a 13 de março, sucedendo a Prokopis Pavlopoulos, cujo mandato termina no mesmo mês, cinco anos depois.
Segundo Eurostat, a diferença entre os salários entre homens e mulheres na Grécia era superior a 12 por cento, em 2017.

Em 2018, a juíza assumiu a chefia do Conselho de Estado – o principal órgão administrativo da Grécia – na altura com o apoio do Governo liderado pelo partido de esquerda Syriza, tornando-se também na primeira mulher chefe do Conselho de Estado.

O líder do Syriza, Alexis Tsipras, descreveu a nova Presidente como “uma especialista em direito constitucional e ambiental, uma juíza excecional e uma defensora dos Direitos Humanos.

No fim da votação, o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis declarou que este resultado “oferece uma janela para o futuro”, acrescentando que o país “entra com otimismo na nova década”, lê-se na CNN.

A escolha do primeiro-ministro foi vista como um movimento para combater as críticas crescentes sobre a falta de mulheres a ocupar cargos de chefia.

A Grécia encontra-se atrás dos restantes países europeus quando se trata do número de mulheres em cargos importantes da política.
O panorama europeu

Katerina Sakellaropoulou junta-se ao pequeno grupo de mulheres líderes de países da União Europeia.

A Alemanha conta com a chanceler Angela Merkel, considerada pela revista Forbes como a mulher mais poderosa do mundo.

Na Bélgica, o rei Philipe escolheu Sophie Wilmes como primeira-ministra interina, em 2019. A primeira mulher a ocupar um cargo como este foi Kolinda Grabar-Kitarovic, eleita Presidente da Croácia em janeiro de 2015.

Também a Estónia, com a Presidente Zuzana Caputova e a Dinamarca, com a primeira-ministra Mette Frederiksen, fazem parte dos países onde existem mulheres em cargos políticos de chefia.

Também a Finlândia entrou para a lista, com a eleição de Sanna Marin para o cargo de primeira-ministra, tornando-se a mais nova do mundo, com 34 anos.

Em países fora da União Europeia, outras mulheres ocupam atualmente cargos de poder. São exemplos a Noruega, Islândia, Geórgia e Sérvia.

c/ agências
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