Libertação de Mossul "é iminente" mas a batalha "permanece difícil"

As forças iraquianas apoiadas pela coligação internacional travam os últimos combates para expulsar os combatentes do Estado Islâmico da cidade de Mossul. E acreditam que a reconquista está por dias.

Jorge Almeida - RTP /
As forças iraquianas já tomaram o controlo do que resta da histórica mesquita de al-Nuri, onde Abu Bakr al-Baghdadi declarou o califado do Estado Islâmico em 2014 Erik de Castro - Reuters

A libertação de Mossul "é iminente", mas a batalha "ainda não terminou e permanece difícil". As palavras são do porta-voz da coligação liderada pelos Estados Unidos, o coronel Ryan Dillon.

A reconquista da cidade deverá demorar apenas mais alguns dias. As forças iraquianas já tomaram o controlo do que resta da histórica mesquita de al-Nuri, onde Abu Bakr al-Baghdadi declarou o califado do Estado Islâmico em 2014.

João Botas, Carlos Felgueiras - RTP

Depois de uma batalha de oito meses, travam-se os derradeiros combates nos últimos quarteirões da parte ocidental.
Milhares de crianças presas
Mais de 700 mil pessoas deixaram Mossul nos últimos meses. Ainda assim, “milhares de crianças” continuam presas no oeste da cidade, segundo o representante da UNICEF no Iraque.

Milhares de crianças estão retidas em Mossul. Foto: Erik de Castro - Reuters

"As crianças estão a enfrentar múltiplas ameaças às suas vidas. Existem muitas pessoas escondidas com medo dos ataques. Os que tentam fugir correm o risco de ser feridos ou ser utilizados como escudos humanos”, referiu Peter Hawkins.
Machadada final
O Comité de Resgate Internacional calcula que pelo menos 150 mil pessoas, incluindo 75 mil crianças, ainda estejam em territórios controlados pelo Estado Islâmico.

Tomar Mossul "não significa o fim do sofrimento", avisa Wendy Taeuber, diretora do CRI no Iraque.

Forças iraquianas ainda combatem na zona velha de Mossul. Foto: Alaa Al-Marjani - Reuters

O grupo terrorista ainda ocupa cidades nas províncias de Kirkuk, Nineveh e Anbar, nomeadamente Hawija, Tal Afar, Qaim, Ana e Rawa.

Na frente síria, faltará libertar Raqa, a cidade que o grupo tomou por capital de facto. Ali, as forças apoiadas pelos Estados Unidos garantem ter fechado nas últimas horas o cerco aos combatentes extremistas.
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