No Iraque, o chefe do Estado Islâmico mostrou-se confiante na vitória e apelou à resistência contra o avanço das tropas iraquianas na cidade de Mossul.
Na mensagem al-Bagdadi apela à mobilização de 3.500 jiadistas para defenderem Mossul da ofensiva iraquiana.
O líder do grupo Estado Islâmico afirma que a "guerra total" na segunda maior cidade iraquiana é "prelúdio de vitória".
E apela os seus homens a invadir a Turquia.
"Esta batalha em curso e guerra total e a grande jihad que o estado do islão está a combater só aumenta a nossa crença e, assim queira Deus, a nossa convição de que tudo isto é o prelúdio da vitória", afirmou o líder do EI na mensagem áudio.
Os membros do grupo Estado Islâmico acreditam numa profecia que refere uma grande derrota das forças islâmicas em campos da Síria antes da vitória final do Islão no mundo inteiro.
Apelo ao martírio
As mensagens de al-Bagdadi - que tem sido várias vezes dado como morto ou severamente ferido - são raras. A mais recente datava até hoje de dezembro de 2015 a sossegar os seus apoiantes de que os bombardeamentos russos e da coligação internacional liderada pelos EUA não tinham conseguido enfraquecer o grupo na Síria.
A professora Sherifa Zuhur, da Universidade da California, Berkeley, afirmou à televisão al Jazeera que esta mensagem de hoje é um apelo aos militantes do EI para lutarem até à morte.
"É um apelo ao martírio que diz: se te vires perante a coligação, mantém-te firme e diz "Deus basta-nos"", disse.
"Por outro lado é um reconhecimento de que o Estado Islâmico vai perder terreno físico por agora, e irá regressar à sua forma que tinha em 2010. É ainda um recado para os que ele diz serem traidores, [os muçulmanos] sunitas de outros grupos", acrescenta.
Para Zuhur, esta mensagem foi gravada "nos últimos 10 dias".
"Sabemos isto porque ele se refere a uma frase de um discurso de al-Maliki [Nouri al Maliki, ex-o primeiro-ministro iraquiano] sobre uma operação recente da província de Nínive", afirmou.
Invasão da Turquia
O líder do Estado Islâmico apelou a população de Nínive a "não vacilar na jihad" contra "os inimigos de Deus."
Chamou também os esquadrões de bombistas suicidas a "tornar em dia a noite dos descrentes, a lançar o caos na sua terra e fazer correr o seu sangue como rios."
Ordenou ainda aos seus apoiantes para "soltarem o fogo da sua raiva" contra as tropas turcas na Síria e para levar a bataha até à Turquia.
"A Turquia entrou hoje no alvo da nossa ação e o objetivo da nossa jihad. Invadam-na e tornem a sua segurança em medo", ordenou.
