Segundo as autoridades norte-americanas e afegãs, o líder do autoproclamado Estado Islâmico no Afeganistão, Abdul Hasib, foi abatido. Até ao momento ainda não houve confirmação por parte do grupo extremista.
Já no mês passado o Pentágono tinha afirmado o mesmo.
Contudo, o ramo do Estado Islâmico no Afeganistão ainda não confirmou a morte do líder.
Dois rangers do exército norte-americano morreram na mesma operação, perto de um sistema subterrâneo de túneis que seria utilizado por combatentes do grupo radical. Os túneis foram os alvos da maior bomba convencional já usada pelos Estados Unidos.
Ataque a hospital de Cabul
Acredita-se que Hasib esteja na origem do ataque de março a um hospital militar de Cabul, que provocou as mortes de meia centena de pessoas. Contudo, alguns peritos de segurança afegãos questionam-se sobre a capidade do grupo de Hasib, relativamente pequeno, para planear e realizar uma tal operação.
O autoproclamado Estado Islâmico reivindicou o ataque enquanto este ainda decorria, a 8 de março.
Durante o ataque, os pacientes foram alvejados e esfaqueados nas suas camas. Algumas testemunhas oculares viram os agressores dispararem vestidos como médicos, sugerindo que pudessem ter tido ajuda interna.
Já a versão oficial contradiz as testemunhas, deixando questões-chave sem resposta.
Além de Hasib, os militares dos Estados Unidos adiantaram, em comunicado, que as forças norte-americanas e afegãs mataram e capturaram, este ano, centenas de combatentes do Daesh.
"Até ao momento, a campanha libertou mais de metade dos distritos controlados, o que permitiu que os moradores retornassem às suas casas pela primeira vez em mais de dois anos", sublinha o comunicado.
Um porta-voz do Presidente afegão, Sediq Sediqi, culpou Hasib pelo ataque ao hospital e felicitou os militares.
O fracasso do Estado Islâmico em ampliar a base política e territorial no Afeganistão e no Paquistão é uma das razões, segundo a generalidade dos analistas, para os ataques dos últimos meses.