Líderes dos países bálticos qualificam anúncio russo de manobras nucleares de "táticas de medo"
As chefes de Governo dos três países bálticos qualificaram de "táticas de medo" do Kremlin o anúncio emitido esta segunda-feira por Moscovo sobre manobras com armas nucleares táticas para efetuar simulacros de exercícios.
A primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, afirmou em conferência de imprensa após receber em Riga o chanceler alemão Olaf Scholz, acompanhada pelas homólogas da Letónia e Lituânia, que as declarações do Presidente russo Vladimir Putin não constituem nada de novo e "foram feitas para fazer questionar as decisões" de apoiar a Ucrânia.
A primeira-ministra da Letónia, Evika Silina, afirmou que as ameaças do Kremlin são dirigidas aos países que planeiam assistir em junho na Suíça à conferência de paz sobre a Ucrânia.
Por sua vez, Scholz recordou que a Alemanha e aliados referiram por diversas ocasiões que as ameaças nucleares são inaceitáveis.
A chefe do governo lituano, Ingrida Simonyte, defendeu por sua vez o "pleno apoio à Ucrânia, custe o que custar a vitória".
As líderes bálticas também abordaram a melhor forma de financiamento as indústrias nacionais de armamento, incluindo através do Banco Europeu de Investimento (BEI) e do setor privado.
Scholz também assinalou a utilização plena do Fundo de Assistência à Ucrânia, avaliado em cinco mil milhões de euros para 2024, e o consenso, segundo disse, para que 90% dos juros dos ativos russos congelados em território da União Europeia sejam utilizados para financiar a ajuda militar à Ucrânia.